domingo, 4 de maio de 2014

Lágrimas para lavar a alma

E eis que ontem a cerveja entrou e a verdade saiu em forma de lágrimas. Chorei feito criança, chorei sem vergonha, sem medo do que iriam pensar, falar, dizer ou espernear. Chorei no colo de irmã, de mãe e de prima. Chorei um choro entalado, desgarrado, descontente. Lavei a alma por dois segundos e tive que em mais dois segundos, recompor o que precisava recompor. 
Sou do mundo, o mundo é meu. Sou pequena, frágil, aterrorizantemente angustiada e a ânsia do ser feliz me consome a cada momento.
Não sei o que virá deste momento. Perdi talvez um pequena oportunidade do recomeço do coração, mas aí sei que até quando pequenos deslizes ocorrem, é obra de um Deus que em sua infinita misericórdia me recoloca no caminho. Caminho este que digo sempre, não é tão florido, mas me parece significante.