terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Discriminação na Rússia!

Li sobre um jogador de futebol que se sente discriminado, morando na Rússia. Segundo ele, um russo jogou de propósito uma xícara de café no colo de sua esposa e ela afirma que quando ele passam na rua os nativos fazem o sinal da cruz.
E eu acredito nele. Porque mesmo não sendo negra fui discriminada quando lá cheguei.
Em meu quarto dia morando em Moscou fui para à escola. Era uma aula de música e tal. Eu até já contei essa história aqui. A risada que eles deram ao me ver, foi justificada segundo eles, porque eu não tinha aparência de macaco e aquilo os surpreendeu. Mas o fato é que fui morar lá no ínicio das disputas por terras com a Chechênia. Eu era de uma cor muito semelhante a cor das moças chechenas e com um cabelo escuro e ainda por cima usava uma franja magnífica. E eles me xingavam de chechena, diziam que eu não era do Brasil. Tive que pedir a um tradutor que explicasse da onde eu realmente era.
Assim achei que o preconceito diminuiria. Mas aumentou, porque além de ser brasileira, meus amigos eram quase todos latino americanos e minha melhor amiga na época era uma negra.
Não foi fácil conquistá-los mostrando que eu era sim brasileira, que eu era amiga de negros, mas que a cor não importava. Algumas pessoas não se adaptaram a idéia. Precisei estudar muito, mostrar interesse em aprender sobre a cultura deles, precisei provar que era de confiança.
Ganhei grandes amigos que me pediram perdão pelo julgamento do primeiro de dia de aula e isso foi importante para que eu entendesse que o que separa as pessoas é simplesmente a falta de coragem de conquistarmos uns aos outros, o comodismo social, a preguiça de pensarmos em coisas boas para nós e para o próximo.
Aprendi morando na Rússia, que somos todos iguais, ainda que com culturas totalmente diferentes, a vontade de conviver, de aprender e de vencer é que nos unem e nos fazem irmãos!

Kaká- o melhor do mundo!

Estou muito orgulhosa do Brasil. Todo mundo sabe que não sou nada fã de esporte e tal, mas não dá para fingir que não estou feliz. É gratificante ver que apesar de sermos fracos como país em muitas situações, temos lá fora bons representantes. Ter o Kaká, a Marta, Pelé, como os melhores do mundo é de extrema felicidades para todos nós. Temos também alguns músicos que embora eu não seja muito fã nos representam também com muita pompa, tal como Aline Barros, Bebel Gilberto, a feiosa da Daniela Mercury. Eu realmente me emocionei ao ver o Kaká levantando o troféu de melhor jogador do mundo e apesar de detestar o Pelé, por achá-lo falso em relação aos seus sentimentos de patriotismo, foi muito bom ver a sua emoção com o também recebimento do prêmio lá em Zurique.
O futuro de nosso país está dignamente em nossas mãos e já que muitos de nós nada fazemos, muitos estão lutando para nos representarmos da melhor maneira possível, passando a nossa imagem de fortes, batalhadores e com certeza felizes..........

Agora um breve comentários sobre a morte do lutados de Jiu-jitsu, Ryan Grace. Não sei quem é o culpado e somente a justiça poderá definir, ou não, o fato é que nada é em vão. Esse rapaz parecia ser um perigo à sociedade. Talvez ele não merecesse morrer, talvez apenas um corretivo básico. É de extrema urgência a necessidade que temos de cuidarmos desses pitboys que estão à solta, difundindo uma luta de forma tão errada. Dá pena ver como muitos atletas se corrompem e deixam o pouco sucesso subir à cabeça.

Foi assim com a Rebecca Gusmão...........Ela pensou que não seria pêga no dopping........Se ferrou.....Estamos avançados nessa tecnologia e acredito que para ser um bom esportista deve-se acima de tudo saber o valor da honestidade, do perder e do ganhar com respeito ao próximo e à nação. Para se vencer, tem que se vencer limpo, como Thiago Pereira e muitos outros que também querem ganhar, também querem o pódio e para isso trienam, se esforçam como todos para serem atletas prestigiados e respeitados.

Chorei bastante.......Hoje acordei emotiva. A solidão faz isso com a gente. Por sorte uma grande amiga me visitou ontem e encheu minha noite de um papo super agradável, que me engrandeceu. Obrigada Lidi por sua amizade e confiança!!
No mais, faltando uma semana para o Natal fico pensando que depois faltará uma semana para o Reveillon, e isso me dá uma ansiedade infinita. 2008 é o ano em que completo 24 anos, o ano em que me formo, mais um ano onde o improvável poderá acontecer, onde surpresas agradáveis ou não podem surgir, onde sonhos podem se realizar, ou decepções aflorar. No fundo quero apenas meu diploma, e não irei pensar como será que chegarei até lá.........quero apenas a vida.......Bem vivida!