Eu não poderia terminar minha semana sem falar sobre o filme 12 anos de Escravidão. E sem dividir com vocês minha admiração pelo ator Brad Pitt, que atuou em alguns minutos, mas acalmou meu coração, me deu esperança. E pela sensibilidade com que este filme foi realizado. Quem não assistiu, por favor assista. Não só pela beleza técnica dele em si ou a atuação. O filme é lindo porque nos dá um soco e nos faz refletir. Tente enxergar além do contexto histórico. Faça uma auto reflexão. Encontre em si uma mudança de postura, principalmente se você que está lendo este texto se acha de alguma forma melhor do que o outro.
12 anos de Escravidão nos remete à uma época que nenhum de nós viveu, mas que está presente em nossos dias ainda com uma força imensa. O preconceito que a diferença de cor de pele, de religião, de status social, de preferência sexual, de sonhos gera no mundo. E nada de mais moderno consegue apagar. Esse tipo de imbecilidade é um modismo que causa ânsia.
Me sinto envergonhada de viver em um mundo a onde ser índio ou negro ou simplesmente ser diferente, se é que existe isso, era pecado e que por conta disso milhares tiveram suas vidas destruídas. Eram tidos como animais. Que nojo que tenho só de pensar que homens puderam acreditar na balela da superioridade. Me entristeço percebendo que a mesquinhez humana é tão intensa. E que ela nunca foi sanada. O preconceito só mudou de ramo, quando Hitler existiu. E choro de medo pelos filhos que não tenho. Porque se antes era nojento ser negro, hoje em dia os preconceitos se potencializaram e alcançaram a esfera cibernética. O ser humano perdeu, se é que algum dia teve, a razão. E histórias como a de Solomon se repetem no silêncio da ganância e da hipocrisia.