terça-feira, 31 de março de 2015

Branco




Bedroom



In love. Comfy outdoor chairs. Water resistant fabric and white so they don't fade in the sun.



Beautiful grey and white bedroom on Stylizimo blog #interiors #scandinaviandesign #grey


black kitchen

Looks e seus sapatos - de segunda à domingo


O foco aqui é a composição do sapato com o look de uma forma geral. Porque não dá para se arrumar toda e o sapato ter nada a ver. E isso independe se é uma combinação mais sofisticada ou mais simples. A harmonia tem que reinar!

Dei preferência neste post à sapatos fechados. Todo mundo sabe que não sou muito fã de sandálias e rasteirinhas, principalmente no ambiente de trabalho. Apesar de morarmos em um país muito quente e ao mesmo tempo chuvoso, o que compromete o uso de sapatos, como Secretária Executiva ainda tenho essa tradição de que temos que usar scarpins, quando possível, ou sapatilhas. Mas isso é uma coisa minha, muito pessoal que vez ou outra nem me lembro. 




Haute Couture Fall 2014 - Street Style - Harper's BAZAAR





Eleonora in a Cot dress, Topshop bag, and BIK BOK sunnies #streetstyle






22 Trendy Street Style With Tube Skirts





Classic



Business casual.



simple



segunda-feira, 30 de março de 2015

31 anos - dia 31

E o post dos 31 anos, não teria como ter sido escrito sem toda a emoção vivida ao longo do fim de semana.
Comecei comemorando em um bar que tocava rock na companhia da Amiga K. M, que foi muito fofa me acompanhando na virada da noite, pois encuquei que não queria começar meu dia sozinha em casa. Depois de 3 cervejas e muito Mettalica depois fui para casa muito feliz.
No sábado trabalhei em um evento para noivas e foi muito especial passar um dia leve, descontraído e cheio de sorrisos ao lado da equipe da Eficace Cerimonial. Tive um pequeno stress, uma pequena chateação, mas de uma maneira geral foi maravilhoso. Depois passei na minha mãe, tomamos uma cerveja e eu capotei cedo.
E aí chegou domingo e eu pude finalmente comemorar com os meninos do orfanato. E vou confessar à vocês, que isso eu já deveria ter feito há muito tempo. Não só pela questão da comemoração, mas pelo apoio que recebi, pelo carinho que veio de todos os lados e de lados que eu nunca imaginei. Foi uma tarde muito leve, onde eu pude perceber o quanto sou feliz, o quanto a vida foi justa e perfeita comigo. O sorriso daquela crianças, que nos receberam de forma tão tranquila, me deu mais força em ajudar ao próximo e aprendi que não é preciso muito, o pouco com o coração já é o suficiente. E eu só posso agradecer imensamente quem me ajudou para que o domingo no orfanato fosse muito especial. Muita gente doou: roupa, brinquedo, itens de higiene e limpeza, comida. E para a festinha também: bolo, docinho, gelatina, refrigerante, cachorro-quente, suco, e quase teve pipoca, mas a minha amiga confundiu os dias. Teve balão, lembrancinha, bombom, e eles comeram numa simplicidade. 
O que mais me impressionou nesses dias em preparação ao meu niver é que ajudar ao próximo sempre dá uma certa dor de cabeça. E não estou reclamando. Mas até o momento do evento, pessoas se perderam, ficaram doentes, uma brigou com a outra. Nossa! Mas aprendi em tempos de Igreja, que ajudar ao próximo e servir a Deus nunca acontece de forma leve, tem que ter emoção, meio que faz parte da provação.
Terminei o domingo visitando o Pacotinho de Amor e família Ratattoulie e aí sim, fechei com chave de ouro.
E aí que cheguei aos 31 anos. Cheguei em paz. Cheguei sendo desafiada, sendo questionada, contestada, humilhada (porque um episódio de sábado me fez sentir isso), mas consegui me levantar hoje muito grata por mais um aniversário. Grata por todo amor, por todo esforço que muita gente fez para passar o dia de ontem comigo no orfanato. Meus pais muito especiais, foram lá mesmo cansados e eu errando o caminho, fazendo meu pai gastar gasolina. Agradeço imensamente a cada doação, seja em dinheiro ou físico. À cada pessoa que doou itens para a festinha e claro, que estiveram presentes. Ganhei presentes também, mas o maior deles foi o sorriso de cada um daqueles pequenos, que eu espero em Deus conseguir continuar ajudando, porque eu não posso deixar que esse momento fique só no domingo. Ajudar ao próximo não precisa ser um ato televisionado. Tem que ser um ato diário e de coração.
E espero em Deus que a vida me dê ainda mais motivos para sorrir. Para festejar. Para ajudar e aprender. O caminho para a maturidade é longo, mas me sinto muito privilegiada e sou muito grata pela minha história e agradeço à cada um que me ama, que me quer ao lado dela e sinceramente, agradeço até mesmo quem não gosta de mim. Porque assim, nunca desistirei de ser quem sou. 
Um beijo e até o próximo ano. 



sexta-feira, 27 de março de 2015

31 anos - dia 30

E amanhã é meu aniversário!! ah eu estou nervosa sabe? Sei lá, esse lance de ser adulta me incomoda muito. Queria ser criança de novo. Não criança pequena, mas acho que os meus 11, 12 anos foram bem legais. Sei lá! 
Enfim.
Estava pensando aqui no que eu quero com essa nova era. Sinceramente: não sei. Quero tanta coisa. Sinto que caminhei muito até aqui, mas que não alcancei muitos objetivos. Ao mesmo tempo, sinto que sou vitoriosa, que consegui coisas que não me passaram pela cabeça nem em um milhão de anos. A começar pelo meu próprio nascimento, considerado para quem conhece minha história, um milagre. Eu ter sobrevivido ao estilo de vida de minha mãe biológica, dizem que devo agradecer de joelhos por ter saúde hoje em dia.  E por aí vai. Graças a Deus não tive uma infância pobre, triste, sofredora. Meus maiores traumas foram ter presenciado o falecimento da minha primeira sobrinha, depois o e ter conhecido meu avô, que eu achava que era meu tio e não ter tido tempo de conviver com ele e ele ter morrido sem que eu pudesse cuidar dele e amá-lo como avô. Acho que esses são traumas que me moldaram muito. Não gosto da morte e brigo toda vez que alguém se vai, embora, claro, entenda que essa é a vida, todo fim é o mesmo.
Chego aos 31 anos com uma certa vontade de mais liberdade. Liberdade que já alcancei, mas sendo mulher, sempre fica faltando algo. Quero um amor, mas como diz minha mãe, eu nunca sei o que quero nessa parte né? Mas a verdade é que amor não se cria, se sente, do nada e eu não tenho me conectado com ninguém e estou cansada da vida carnal que ando levando. Não que eu queira um amor para casar, mas tem dias que eu só quero ter com quem conversar. As Meninas não falam, tadinhas, dá um aperto de vez em quando. E sinto falta de um braço forte para trocar lâmpadas, toda vez tenho que chamar o Marido de Aluguel! E ele é bem carinho.
Queria mais respeito profissional. Cansada do descaso da empresa que me contrata. Cansada deles não pagarem meu INSS, FGTS e ainda de quebra terem me colocado em dívida com o Leão. Cansada deles me cobrarem o uso do uniforme mas me pagarem o vale alimentação 11 dias depois do previsto.Cansada da cobrança de passar em um concurso público enquanto exigem que eu seja um super mega Secretária. E principalmente, cansada do desrespeito entre a própria classe, que é desunida, não paga o sindicato e quer tudo na hora. Sempre escuto que quero aparecer, não gente, eu só quero exercer minha profissão em paz, da mesma forma que todos tem esse direito. Eu sei que nenhum trabalho é perfeito, mas olha, eu sei que mereço mais. Principalmente, dignidade para pagar minhas contas e sonhar um pouco mais alto na vida.
E por falar em sonhar, ah como eu tenho sonhos!. Sonho principalmente em viver mais uns 31 anos, ou mais. Quem sabe né? Sonho com a valorização do ser humano, sonho com o respeito ao próximo e até com o fim da fome. Sonho com crianças na escola, com adultos felizes. Peço à Deus que eu não presencie a falta de água, luz e vida.  Que sobrevivamos à escassez de tudo, porque eu sei que a minha geração não se preparou para o fim do mundo. Confio na volta do bem, do muito obrigada e com o dia que ser gay, negro ou albino não sejam motivos de morte. 
Sonho em voltar à Moscou, à Londres, à Buenos Aires. Sonho em conhecer a China, a Mongólia e o Camboja. Sonho em andar nas ruas da minha cidade sem torcer o pé caindo no buraco, sem ser assaltada ou com medo. Sonho com civilidade, com o respeito às classes, com respeito aos mais velhos, aos mais novos, aos menos favorecidos. 
Quero ser cada dia melhor. Melhor aluna, secretária, filha, irmã, tia, sobrinha, madrinha, amiga, cerimonialista, professora e palestrante. Sonho com mais paciência, cordialidade, sinceridade, coragem. Sonho em respirar mais, comer melhor, dormir mais, sorrir mais. Sonho em ser eu, cada vez mais eu, ainda que com meus defeitos. Que eu não desista de meus sonhos, objetivos, metas, planos. E que a cada conquista eu agradeça, suspire de amor, de felicidade e que dentro do bem ou do mal, eu mantenha a humildade.
Até aqui eu não cheguei sozinha. Então meu Deus! Que eu continue com as melhores pessoas ao meu lado. E que se porventura me desejarem o mal, que o Senhor devolva em amor e paz. E que eu não vire jamais as costas, a cara, nem dê tapas na cara. Que eu silencie, não responda, não seja mal criada e que minha fé não se perca, nem nas quedas, nem nas vitórias. E que eu reze. A cada momento. E que independente de qualquer coisa, eu seja a Karla Karina que sempre quis ser. 


quinta-feira, 26 de março de 2015

31 anos - dia 29

Ai gente, está acabando né? Adorei escrever aqui um pouco mais sobre mim. Alguns compartilhei, outros não. Não tenho a pretensão de fazer dos meus textos um filme ou best-seller. Escrevo porque me solto, me permito, me liberto de minhas próprias indecisões. Lavo a alma mesmo.
E daqui a pouco chega o meu dia. Irei trabalhar, ótimo. Adoro quando não tenho tempo para pensar em nada. Trabalhar me dá essa energia. Me enche de paz.
Há uns dias eu tive, infelizmente, que cancelar um de minhas aulas. Optei pela de inglês com as meninas. Decidi continuar com uma amiga minha perto do trabalho e com a de russo. E olha, foi difícil chegar e decidir isso, mas eu precisava. Sou ariana e enjoo muito rápido das coisas, mas se tem algo que não enjoo é trabalhar, mas quando eu percebo o meu desgaste, eu paro. Ainda mais as aulas que são muito mais para mim um hobby. É a maneira que encontrei de continuar falando inglês e a maneira de ajudar também. Mas eu estava cansada, muito cansada. E decidi que irei me dedicar às aulas duas vezes na semana e nos outros dias vou estudar, ler, coçar, rezar, amar, por que não?
Engraçado que quando eu era mais nova, bem mais nova eu era ultra-mega preguiçosa. Era desorganizada, não lia, não pretendia nada além de "quando crescer quero casar e ter filhos". Ter morado em Moscou me deu um senso de trabalho absurdo e eu passei a trilhar lentamente o caminho que hoje persigo. Dou palestras sobre isso. Sobre como ser feliz no trabalho e fora dele, trabalhando. Sobre administrar o tempo, sobre como abrir mão de um coisa pode te ajudar a chegar em alguns outros pontos.
A verdade é que eu amo trabalhar. Não sou fã de acordar cedo, mas ah, prefiro isso a não trabalhar. E optar pelo fim das aulas doeu um pouco, mas eu aprendi com o fim do meu casamento, que infelizmente trabalhar não é tudo. Poderia ser né? Mas não é.
E o meu desafio agora é conciliar mais o meu lado pessoal com o meu espirito guerreiro. Prestar mais atenção ao meu corpo, largar uns vícios irritantes, como por exemplo a preguiça de estudar para concurso. Quero focar mais em melhorar a minha intelectualidade. Ando almejando um relacionamento com um homem mais culto sabe? Cansada de pagodear. 
E assim vou levando essa vida, que entre tapas e beijos, é sonho e é loucura. 
Queria deixar meu registro às meninas do inglês que não foi nada pessoal. Até foi, mas pessoal com a minha alma. Ainda não me adaptei, mas preciso me adaptar à novos ares. Amo vocês e muito obrigada.
E em 2 dias, comemoro meus 31 anos. E que Deus me guie. 

quarta-feira, 25 de março de 2015

31 anos - dia 28

Eu sei que escrevo muitas mensagens fofas, que meus textos tentam passar, e eu sei que passam, uma mensagem bem positiva. E essa sou eu. Mas a verdade é que não sou o tempo toda fofa não sabe? Muita coisa me irrita e as vezes eu solto uma faísca, mas a grande maioria das vezes engulo os sapos bem calada.
Daí o texto de hoje é para isso. Destilar um pouco de raiva, dizer mais ou menos o que não gosto muito, porque a verdade é que não sou perfeita e nunca serei. Eu arroto, peido, xingo, e xingo muito, mantendo sempre uma certa dignidade.
Uma coisa que me irrita muito são as opiniões. Mais ou menos essas:
Ah você precisa ter um carro. Sério? Me dá um. 
Mas você não dirige? Não. Tem que dirigir!. Ok, me dá uma carteira. 
Você mora de aluguel? Mas porque não tenta um financiamento? Não, não quero um financiamento. Aliás acho que você deveria me dar uma casa.
Para que tanta tatuagem? Como diz uma frase no facebook: o tatuador tinha horário e eu o dinheiro. É por isso que tenho tatuagem e farei as minhas 10. Se me der vontade de fazer mais, farei. Já passo um tempão escolhendo locais para que não apareçam no meu trabalho.
Ah você tem que ter filho! Nossa essa me irrita profundamente. Nada contra gente, olha, vocês sabem disso. Mas eu não tenho que ter um filho. Se acontecer, ok. Mas não me obriguem a pensar na possibilidade. Porque eu sou da seguinte teoria: ter filho casada já é uma coisa complicada, imagina solta na pista que nem eu.
Você precisa de um homem! Não gente. Não preciso. Obrigada!
Mas você namora muito! Sim, namoro escondido. hahaha Não por causa dos meus pais, mas é bom não ter que ficar circulando por aí com um namorado. Prefiro vários. Obrigada! (essa é uma das questões que mais pesam, incomodo sendo solteira, incomodo namorando! Gente decidam)
Ah mas você não é concursada? Não. E olhem as minhas rugas de preocupação. Tá, eu me preocupo, mas hoje não me frustro. Não sou tão inteligente quanto o esperado e confesso: sou preguiçosa para estudar. Pronto, desabafei.
Mas por que você não trabalha na Embaixada da Rússia? Então, até parece que eu nunca tentei né? Não consegui e ponto. Não morro porque não sou rica às custas do russo.
Mas você precisa malhar! Preciso, Mas não malho. Próxima.
Você bebe muito! bebo! Bebo todo dia! haha SQN. Gente, trabalho par ser feliz, dá licença. Não sou alcoólatra não viu?
Você xinga muito! Pois é. Preciso mudar. Mas geralmente só faço isso quando me sinto livre. 
Mas você precisa comer carne! Não gosto do gosto. Como quando dá, mas não gosto. Assim como não gosto de jiló, laranja, banana, barra de cereal, caqui e McDonalds! Não me ofereçam. 
Mas você não leu 50 tons de Cinza? Não, não li. Tentei. Parei na página 12. Assim como não assisti ao Senhor dos Anéis, nem Matrix, nem nada do gênero. Poxa, já sou apaixonada por Machado de Assis, não é intelectual o suficiente não?
Para quê tanto sapato e bolsa? Pois é. Sou centopeia. Acho até que tenho menos do que gostaria de ter. Já foi bem pior. Mas ando em uma fase de economizar, de não gastar e contribuir para o equilíbrio do mundo. Vivo me privando com a água, a luz e faço tudo à pé. Não está bom isso não?
E por aí vai. Sei que eu tenho a mania, quando me dão a liberdade, de opinar na vida dos outros. Mas sempre me arrependo. Sempre! Porque depois eu penso que o que eu não quero para mim, não posso querer para os outros né?
Essa é uma meta que espero alcançar nessa nova era aí dos 31 anos. Nem tão novinha, mas nem tão velhinha. Esse equilíbrio preciso restaurar em minha vida, porque eu já fui bem mais equilibrada e costumo dizer, certinha. Eu era toda cheia de não me toque, mas ao me separar comecei a repensar algumas coisas. Nem sempre respondo dessa forma às coisas que sou criticada, mas na grande maioria da vezes o silêncio me faz mal. Mas fui criada para não responder, principalmente aos mais velhos, então, aproveitei o blog para estabelecer de uma vez por todas um respeito pela minha pessoa. Não sou 100%, mas tento que os meus 50% sejam de uma pessoa do bem. Vamos todos morrer mesmo né?






terça-feira, 24 de março de 2015

31 anos - dia 27

Sábado passado o irmão do meu cunhado morreu. E lembrei que eu escrevi um texto falando do medo que eu tenho de perder meus pais para a morte não é? E daí fiquei pensando com este fato, que eu tenho medo também de perder meus irmãos. E senti a dor do meu cunhado vendo aquele que cresceu com ele, com idade muito próxima, perder para várias paradas cardíacas. 
Nunca parei para pensar em como seria se eu perdesse um irmão. Tê-los é algo tão natural que eu não fico pensando, logicamente, em não tê-los. 
Sei que nunca fui a melhor irmã do mundo. Sendo caçula e com diferenças largas de idade, entre 14 e 20 anos de diferença, sei que em muitos momentos eles já quiseram me matar. E não neste sentido literal não, mas sempre fui a irmã mais chata, hahaha. Digo isso sem rancor algum. Imagina. Eu tenho muito amor pelos meus irmãos, muito orgulho de cada um deles. Encho a boca por exemplo, quando conto que tenho dois irmãos aposentados da Polícia Militar. Nunca usei isso para nada pessoal, muito pelo contrário, sempre cuidei da minha vida para que nunca envergonhasse um irmão meu, ligando e pedindo ajuda. E sempre tive muito carinho pelo trabalho deles, não aceito que falem mal da PM, porque sei da honestidade dos meus irmãos.
Tenho um irmão que eu admiro pela facilidade de aprendizado dele. Esperto para caramba! Queria ter o dom artístico que ele tem para desenhar e pintar. Tanto que um de meus maiores sonhos é tatuar nas costas uma de suas pinturas, que pasmem vi quando tinha 5 anos e desde então planejo isso. Ele é de fato uma das criaturas mais incríveis que já conheci na vida.
E tem a minha irmã, que eu tenho uma gratidão sobre humana por tudo que ela fez por mim na vida. Quando eu era pequena e minha sobrinha nasceu, ela sempre me manteve por perto. Quando comprava roupa para a Sobrinha Ratattoulie, sempre comprava algo para mim. Quando moramos fora, ela era nossa ponte com o Brasil, mandava cartinhas, videos, revistas e amor. Ela cuidou de nossa casa por 4 anos, enquanto nos esperava. A admiro, porque como convivi muito mais com ela, a vi superar muitas coisas negativas e hoje é uma avó espetacular. Um ser humano respeitável e caridoso. 
Todos os meus irmãos, cada um à sua maneira, são exemplos para mim. Com um aprendi a amar meus pais acima de tudo. Com outro a não ter preguiça. E por aí vai. Sempre olhei para as coisas positivas deles e tentei imitar. São todos casados, pais de família, com suas esposas e esposo há anos, com filhos muito bem criados, e agora netos também. Sempre me espelhei neles quando mais nova, e muitas vezes chorei quando percebi que eu não sou metade do que eles são. Quando me separei me senti envergonhada em contar para eles, porque imagina, tem irmão meu que fará 30 anos de casamento!. Eu mal aguentei 3. Senti um fracasso enorme, mas graças a Deus, eles me apoiaram e me respeitaram. 
E quando recebi a notícia da morte do irmão do meu cunhado, eu fiz uma prece por cada um dos meus irmãos. Pedi que eles tenham muita saúde, que realizem todos os seus sonhos, que sejam muito felizes ao lado de suas famílias e que eles fiquem comigo por muitos e muitos anos. 
Sempre fui muito grata a Deus pelo dia em que entrei para a família Lopes de Souza. Sempre tive para mim que eu era obrigada a ser como eles. Mas com a maturidade eu percebi que de fato não sou como eles, mas sendo quem sou, sou muito amada e sei que eles entendem isso de ser diferente deles. Somos irmão e não somos obrigados a sermos iguais. Nos complementamos e isso para mim é motivo de alegria diária.
Gostaria muito que cada um deles pudesse ler este texto e sentir este amor e esta gratidão que eu tenho. Sei que não demonstro, porque ando muito fria sabe? Mas quero que eles sintam minhas orações e que ao perceberem que eu cresci e amadureci, possamos nos aproximar mais. 
Amo muito. Amo para sempre. Obrigada meu Deus pelos meus irmãos. Cuida deles tá? Amém!





segunda-feira, 23 de março de 2015

31 anos - dia 26

Em maio completo 6 anos na Assessoria Internacional da ANTAQ. E me lembro exatamente da minha ansiedade no primeiro dia. Não imaginava que ficaria tanto tempo no mesmo lugar. Nesses anos cheguei a fazer algumas entrevistas. Geralmente quando faço uma nem sempre é para sair daqui. Gosto de fazer meu currículo circular, de acompanhar o desenvolvimento do mercado do Secretariado Executivo e principalmente, gosto de me testar. 
Muitas pessoas me dizem que eu tenho potencial para mais. Também acho. Mas sou acomodada e medrosa e eu não trocaria jamais o certo pelo duvidoso. Tenho um medo gigante do desemprego. Sei que aqui é o máximo que irei conseguir, mas gosto do que alcancei nesses últimos anos. Estou me aperfeiçoando para dar o meu melhor aqui dentro. Mas não sou hipócrita ao ponto de recusar algo que me pague mais, mas enquanto isso não acontece, não reclamo.
Tem dias e dias. Em alguns dias me sinto super útil. Em outros não. Estou tentando terminar um MBA pela segunda vez na área. Meu objetivo na verdade é dar aula em faculdade e palestras para os profissionais de Secretariado. Amo a minha profissão e espero de fato me aposentar nela. E isso é de coração.
Tenho muito reconhecimento pelo meu currículo e pela profissional que sou. Acho que sou dedicada, entregue, pontual, disciplinada e tenho uma paixão por cada ação que realizo ao longo do dia. Essa sensação de utilidade me enche de paz.  
Mas também além de me cobrar, sou muito cobrada. A profissão sugere que estejamos sempre impecáveis, sorridentes e desenvolvidas. Não há muito espaço para falhas, pelo dinamismo que é o nosso dia a dia. 
Tem muita gente que me admira e diz isso e muita gente que não e diz isso também. As vezes não na minha cara. Semana passada por exemplo ao transferir uma ligação escutei uma pessoa dizendo que me detestava. Ela devia estar comentando com alguém. Não sei se ela percebeu que eu acabei ouvindo sem querer o comentário. E infelizmente não posso afirmar que não era para mim. Fica a dúvida. 
A verdade é que este episodio na hora me encheu o coração de medo, insegurança e não nego, arrependimento. Fui dormir questionando que tipo de Secretária Executiva eu sou e o que eu quero para o meu futuro. E olha, eu agradeci muito ter ouvido isso, porque no fundo é um impulso para que eu me policie mais, que eu estude mais e que eu acredite mais em mim. Não sou presunçosa achando que as pessoas tem inveja de mim. Isso não entra na minha cabeça. Não há motivo para ter inveja de mim, principalmente porque eu sou ainda muito crua no ramo e sei que tenho que desenvolver ainda mais habilidades e melhorar meu relacionamento com o próximo. E espero que além de eu me manter no emprego, ainda mais agora em tempos de crise, que eu não deixe de querer aprender e ajudar. Não me tornei Secretária por mim. Não acordo cedo para trabalhar querendo fazer tudo errado. Muito pelo contrário, tenho úlcera mental cada vez que sinto que fiz algo errado ou que o que eu fiz não foi válido. 
E assim vou vivendo profissionalmente. Tento aprender ao máximo com os meus superiores. Observo cada documento recebido para sempre fazer o próximo com mais atenção. Leio muito e me anteno às novidades do mercado. Vejo jornal, leio jornal, livro. Dentro da minha área eu me dedico à ser cada vez mais entregue. 
Só tenho a agradecer estes quase 6 anos. Agradeço à cada Gestão vivida aqui dentro, cada mudança de perfil, de atividades. Cada reunião, cada telefonema ou e-mail, seja em inglês ou em espanhol. 
Amo ser Secretária. Amo a ASI e espero que quem comigo trabalha sinta que eu não me sinto melhor que ninguém. Só não aceito ser humilhada, embora sendo de minha característica interna não bater boca. Chega a ser o verdadeiro: falem mal, mas falem de mim.
O mundo dá voltas e temos que sempre nos aprimorar. E não perder tempo metendo pedra no outro.

domingo, 22 de março de 2015

31 anos - dia 25

Faltando bem pouco para terminar a minha saga de 31 textos. Sei que nem todos eles fazem sentido, outros emocionaram, ou emocionarão. A verdade é que estou escrevendo neste momento muito mais por mim. Acho que eu gosto dessa nostalgia e gosto principalmente de agradecer ao dom da minha vida fazendo algo que me completa, que é o ato de escrever sem parar. 
Daí vim aqui meditar sobre os meus medos. E olha, tenho vários. Mesmo com toda fé que eu tenho em Deus, eu tenho um outro medo que me faz conversar com Ele mais intensamente.
Um dos meus maiores medos é perder meus pais. Apesar de sabermos que é algo natural e que uma hora isso acontecerá, não tem jeito: tenho medo. E converso muito com o meu coração para que eu pare com isso. Não posso pensar nesse tipo de assunto. Peço muito que eu tenha equilíbrio para lidar com isso na hora certa. Tenho muita gratidão pelos meus pais e não sei como será o meu mundo sem eles. Agradeço demais por tê-los em minha vida e sinto que graças a Deus e na fé eles viverão muitos e muitos anos.
Outro medo constante é o desemprego. Meu Deus! E não é pela questão do material em si, do dinheiro em si. É muito mais amplo do que isso. Vivemos além de uma crise bizarra, em um mundo que é altamente competitivo, cobra mais do que muitas vezes podemos oferecer e tem sob nós um poder absurdo de destruição. Se você não estuda e acompanha o desenvolvimento do mercado, oh! Fora. E eu tenho medo. Acho que se eu não o tiver, me acomodo. E não gosto. Estou no mesmo local há quase 6 anos e sempre terei esse medo diário. Sei que as vezes é necessário, mas na minha atual situação todos os dias peço a Deus que me guie, para que eu nunca desanime na hora do desespero.
E destaco aqui um livro que estou lendo aos poucos: Como vencer o medo de fracassar, do Hans Morschitzky que tem me ajudado a respirar mais profundamente e a ter a certeza de que o meu maior inimigo é o meu pensamento negativo que me desestimula a querer o melhor e mais. Essa briga da vontade com o medo será eterna, certamente, mas ela não pode ser um bicho papão.
Agora que farei mais um ano de vida e cada vez mais ficando velha, eu aprenda e me acalmar enquanto o mundo gira e me leva ou para frente ou para trás. Antes de tudo: não desistir de na queda, limpar os joelhos, olhar para o céu a agradecer cada libertação. 


sábado, 21 de março de 2015

31 anos - dia 24

Nunca achei que aos 31 anos pudesse me sentir bem comigo mesma. E não digo fisicamente. Eu sou inquieta e sei que tenho muito mais defeitos que qualidades e de fato isso me incomoda muito, muito mesmo. 
Um defeito que pessoalmente me irrita é a minha mania de achar que sei de tudo e que tenho a solução de todos os problemas dos outros. O que me faz falar demais, as vezes no momento errado e da forma errada. Dou altas mancadas. 
Algumas até surtiram um efeito positivo na pessoa, outros geraram ódio. Lidar com isso me emagrece mais ainda porque eu fico muito aflita quando o resultado é negativo.
Um exemplo positivo foi um dia qualquer de aula, chamei uma amiga do nada e perguntei porque ela estava desleixada com ela. Disse que a vinha observando e ela estava mais deprimida e mais gorda. Na hora me arrependi amargamente, mas hoje, muitos anos depois me lembro que depois dessa conversa ela mudou de emprego, se estabilizou com o namorado e ficou uma das mulheres mais lindas que eu conheci na vida. Tem dois filhos, super bem casada. Não sei se foi essa conversa em si, mas sinto que eu tive algo a ver com essa mudança de postura. 
Mas casos como este são raros. Muito raros. O último comentário negativo foi sobre o lance de não visitar a Sobrinha Ratattoulie na maternidade, que gerou um post com mais de 55 comentários. Entre eles fui acusada de não ter amor à família. Chorei litros e tive que me desculpar formalmente com todas as pessoas que se sentiram ofendidas. E não foram poucas. Talvez eu não tivesse que ter dito nada, muito menos no facebook né? Pois é, mas essa sou eu.
Segunda eu tive a capacidade de perguntar para minha chefe se era eu quem tinha arrumado os cartões dela, porque eu não me lembrava. E disse que se tivesse sido eu estava muito mal feito. A verdade é que a ela tinha arrumado os cartões, ou seja, abri minha boca para ofender. De graça. 
Estou aprendendo dia a dia a me manter com a boca mais fechada. Ainda mais em tempos de facebook e os donos da verdade, não quero me tornar a Rainha do Sabe Tudo. A verdade é que nada sei e dependendo do tema sou uma completa abestalhada para opinar. Não é fácil, porque acho que sou assim porque desde pequena eu juro que sou uma jornalista, o que me faz falar com tanta convicção sobre algumas coisas que até eu acredito. Mas a verdade é que sim, eu preciso me observar mais, observar o ambiente, a hora, para emitir alguma opinião mais concreta. Assim, evito não só de magoar as pessoas, mas de magoar à mim e aos que amo com verdade. Espero aliás que esse tipo de mudança não aconteça só a partir do dia 28. Não é dieta que eu começo na próxima segunda. O silêncio é algo pelo qual eu devo doar a minha vida para o meu crescimento interno. E principalmente para que eu seja respeitada. 


sexta-feira, 20 de março de 2015

31 anos - dia 23

Eu adoro fofoca de famosos. Desde pequena eu leio sobre isso. Sou bem julgada por isso, mas já me adaptei. Só que uma coisa tem me incomodado muito: a exposição de dietas e malhação na internet, principalmente pela parte dessa turma que querendo ou não influencia muita gente.
E aí entro na questão mais profunda que sempre me incomodou também: por que eu preciso ser magra e feliz como na revista Caras?
Quando me interesso por um ator ou atriz é muito mais pelo seu trabalho e não pelo seu corpo. Não pelo que ele faz para manter o bumbum na nuca, como dizem atualmente. Não ligo se fulano come salada ou carne, se beltrano malha 60 horas. Isso não me interessa. Nem no famoso nem na pessoa comum. 
E finalmente chego neste ponto, que no fundo nem tem nada a ver com o inicio do texto. Vamos viver mais livres do que a mídia diz. Paremos com isso de loucamente procurar o corpo ideal, a maquiagem ideal, a roupa ideal. Acho que tudo tem um limite e eu como já passei pelo exagero sei que precisamos nos amar um pouco mais como somos, seja sendo gordo ou magro, com olhos verdes ou amarelados. 
Falta amor próprio. Falta um pouco mais de conversa com a própria alma. Eu detesto seguir tendência e foi justamente isso que me ajudou a mudar algumas questões internas. Sei que está na moda ser vegetariano, mas a minha escolha de não comer carne não teve nada a ver com o modismo. Eu simplesmente não suporto o gosto da carne e isso tem mais ou menos uns 2 anos que vem sendo pensado e repensado por mim. A decisão não foi baseada no que a revista de dieta X me disse, mas é fruto de muito estudo e claro conversa com a minha médica. Juntas decidimos que seria bom para mim. Eu não escutei os xiitas da comida. 
Eu não malho, e sou extremamente criticada por isso, mas não me critico porque eu tenho plena consciência do que me faz bem, me agrada e me inspira. Não critico quem cuida da saúde, malha e se priva, mas por favor, viva mais e morra menos diariamente se privando de algumas pequenas loucuras.
O importante é ter saúde né? Não seguir a palavra do momento: tendência. A tendência é ser feliz. Se você é feliz, pronto, o corpo e a mente se encaixam. Foi assim comigo que era a louca da dieta, por que não pode ser assim com todos?


quinta-feira, 19 de março de 2015

31 anos - dia 22

Está quase acabando, mas ainda faltam alguns textos né? Então vamos que vamos.
Hoje eu queria falar sobre um assunto um pouco pesado, mas necessário, porque quero acabar de uma vez por todas com essa questão da minha fé e da minha escolha religiosa para a vida. 
Mas acho que preciso meio que parar de me cobrar, principalmente. Demorei muito para assumir para mim que eu não era mais católica e aprender a lidar com o fato de que no fundo de todas as questões eu não tenho nenhuma religião. Assumir isso me libertou. 
Deixar de ser católica foi uma decisão muito dolorosa e auto-crítica. Depois de viver toda uma vida entre missas, encontros de jovens e equipe e por aí vai, eu falei que não queria mais àquilo para mim. E não tinha nada a ver com a falta do sentimento do amor de Deus. Muito pelo contrário. Só que eu não queria mais isso para mim, nem missa, nem grupo jovem, nem velho. 
Aí me casei e tentei seguir a religião do meu ex. Tentei. Porque também acabei não me identificando. E agora estou nessa fase onde eu leio sobre o espiritismo, converso com algumas pessoas, mas ainda não me posicionei sobre seguir ou não.
Daí que optei pela fé e pela caridade. Ações que eu julgo de fato as mais importantes dentro de qualquer religião. Eu prego a paz e o amor, e não tem nada a ver com uso de entorpecentes. Sou à favor da tolerância de todas as formas e o respeito à individualidade. Não vivo em uma oração, vivo as orações em agradecimento à tudo que ganho de Deus diariamente. Não ir à um templo não me difere de quem vai. Gosto de toda noite sentar e rezar, mas um rezar diferente do que me foi ensinado em tempos católicos. Tento conversar com Deus pedindo menos que agradecendo. Acho que eu só posso agradecer. Acredito muito que Deus nos guia na caminhada e ter essa certeza me dá mais vontade de conversar com Ele. O sinto presente nas atitudes de bondade e dialogo constante com o próximo. Quando deixei de me sentir o centro do universo e passei a deixar Deus me guiar, as coisas fluíram e eu sei que não preciso disso em nenhum outro lugar, preciso disso em meu coração.
Não julgo nenhuma religião, até porque trabalho com casamento e e essa é a primeira questão a ser respeitada. Trabalho em todo tipo de cerimônia com a mesma vivacidade. Sou à favor da celebração do amor e confio que Deus também.
E agradeço de coração puro à quem me respeita. Pode me julgar, faz parte do ser humano. Agradeço também. Acho que cada um precisa ter sua escolha pessoal clara primeiramente para si. Eu optei por viver no caminho de ajudar ao próximo, seja apenas com uma palavra ou com dinheiro. Acho que isso é pregado em todas as religiões, então sei que Deus me acolhe como eu sou e se orgulha de mim. De nós. Sempre. 




quarta-feira, 18 de março de 2015

31 anos - dia 21

Uma das maiores ironias que aconteceram em minha vida nos últimos 31 anos, foi o fato de eu ter há 2 anos, começado a trabalhar como Cerimonialista de Casamentos. Quem me conhece sabe que é para mim um desafio. Um desafio gostoso, digo bem claramente. 
Não só porque me separei. Mas porque, mão de vaca que sou, sempre achei que gastar com festa de casamento é um desperdício. Ideia essa que mudou completamente quando trabalhei em meu primeiro casamento. Não lembro qual foi e nem como foi, por milagre, mas sinto até hoje, que é uma realização, mesmo não sendo uma realização pessoal. 
Para mim não há neste mundo nada mais gratificante do que finalizar um casamento com os noivos te abraçando e agradecendo. Não há nada mais lindo do que as daminhas entrando felizes na Igreja. A alegria dos pais vendo seus filhos casar. A alegria dos convidados, e até mesmo a bebedeira, poque mesmo sabendo que a grande maioria sairá falando mal, a outra parte se diverte e e agradece na pista de dança bombando, ao convite tão especial dos noivos.
Sou contra ostentação, mas sou à favor da celebração. Independente de como ela seja, de qual gênero seja, de dia ou de noite, na igreja ou não. A celebração do amor é o que me inspira diariamente, e quando trabalho em casamento, eu sempre me emociono. 
Tento melhorar a cada evento. E aprendo muito cada vez. É desgastante, é cansativo, estressante, mas o resultado é perfeito. Cada sorriso que vejo e até lágrimas emocionadas me inspiram a ser mais entregue e mais carinhosa com o evento. Porque é um investimento alto, mesmo que seja só um bolo com champanhe. É a realização de um sonho, muitas vezes de infância e eu não desdenho disso jamais. 
O que sempre aconselho quando coordeno um casamento, é que os noivos vivam isso como de fato um momento especial, mas não pirem. Evitem que as brigas aumente, porque não tem jeito, algo nos preparativos vai dar merda. Mas é preciso equilíbrio. Também digo que é preciso realizar o que pode ser pago sem morte. Se os noivos só podem algo simples, façam algo simples. Não ficar pensando nos outros de fato. Há uma preocupação para que os convidados se divirtam, comam bem, bebam e dancem, mas isso não pode ser o foco do casamento. 
A lista de conselhos que eu dou é imensa. Depende do casal. Mas hoje eu me sinto mais preparada para isso. Confesso inclusive que cada dia que passa eu pretendo mais trabalhar para outras empresas que montar a minha de cerimonial. Gosto de não ter que sofrer, porque as vezes nos envolvemos tanto que seguramos muitas ondas para evitar fadiga.
Eu particularmente cada dia que passa quero menos casar. Nem na Igreja, nem em outro lugar. Mas isso é de mim. É da minha personalidade apenas morar juntos. Me arrependi muito de ter me casado no civil com meu ex. Não por ele em si, mas a percepção de que mesmo tendo sido uma noite linda, foi em vão me dá vontade de chorar.
Quero casar de novo? Não, mas também não peguei raiva e se acontecer que eu me casa novamente, farei algo muito legal e diferente e divertido. 
Porque para mim não é o amém do Padre ou outro que vale. O que vale para mim é a celebração do amor de duas pessoas em troca de uma vida à dois muito especial. 
E Deus gosta disso.


terça-feira, 17 de março de 2015

Looks de segunda à sexta - ela só pensa em trabalhar




Get Dark



, Tendencco and Alain Afflelou Ferrolterra



Persunmall


 and



Style

Mesas inspiradoras para qualquer tipo de evento



Pretty party decor - baby boy shower??




Designer inspired wedding day. #weddingchicks Captured By: Alicia Thurston Photography http://www.weddingchicks.com/2014/09/15/modern-designer-inspired-wedding/






I like the crate idea. rustic wedding ideas #rusticwedding #wedding



50 Out of this world dessert table ideas to inspire you! #weddingchicks http://www.weddingchicks.com/dessert-table-bonanza/




honey bee dessert table: boxes and table runner out of wrapping paper, all yellow + white desserts

Looks e suas sandálias - de segunda a domingo

Como prometi, teremos hoje looks de segunda à domingo com sandálias. Não recomendo muito para as Secretárias, mas olha, não precisa acreditar mesmo em tudo que eu falo. Apenas espero que sirva de inspiração mesmo. Acho que nunca é demais né?






 and


Ray-Ban,  and Camila's




, Teria Yabar and Teria Yabar



,  and




,  and



Missguided



 and Parfois


31 anos - dia 20

Texto número 20! Uhuu! Gente como eu tenho coisa para falar viu? Caramba! 
Há alguns dias, li alguns relatos de pessoas que vivem com pouco, no mato, sem toda essa pressão social do ter, ser e não parar de querer ter e ser. Daí eu repenso minhas próprias pressões pessoais de ser e ter que me sufocam e que me custaram o meu casamento. Porque eu admito que o meu maior erro em meu casamento foi esse. Era um tal de você precisa estudar, precisa fazer uma faculdade, precisa passar em um concurso, precisa ser magro. Eu vivia repetindo que precisaríamos comprar um apartamento ou uma casa, ter plano de saúde, televisão à cabo, internet, carro, bens, dinheiro, viajar... Coitado! Deve ter engordado mais de raiva de mim e da minha vontade de seguir o mundo. 
Ao mesmo tempo me vejo até um pouco paralisada na vida. Farei 31 anos, não dirijo, não tenho um mestrado, uma casa, filhos, plano de saúde e não fui à Europa para um mochilão como planejado logo que voltei da Rússia. Não estudei Jornalismo, nem passei em um Concurso Público e pois é, estou divorciada sem nenhuma pretensão de formar família de comercial de margarina. Só trabalho, trabalho e trabalho, embora viva dizendo que ser professora de inglês e de russo e ser cerimonialista sejam hobbies, me deparo muitos domingos simplesmente estática de tão cansada de tanto trabalhar e não ter nada mais concreto do que o dinheiro do aluguel. 
Mas aí reparo que eu sou desencanada. Me mudei para um apartamento bem menor que antes, com um valor bem menor e muito mais longe do meu trabalho. Tirei a televisão à cabo e coloquei só a tal da Netflix que é para assistir quando posso, meus seriados que eu amo e que são na grande maioria das vezes o meu único lazer do fim de semana. Não sou de badalar, muito menos em boates caras, porque sou meio muquirana quando o assunto é perder tempo na noite. Não gosto de supermercado, embora compre uma coisa ou outra, principalmente material de limpeza, afinal preciso limpar a casa né? Mas gosto de sentar em um restaurante de vez em quando e comer bem. Pasmem! Como até carne se deixar. Em minha casa atualmente tenho dois armários adquiridos no casamento e uma geladeira. O sofá foi uma troca de uma cama e hoje está completamente detonado pelas meninas, mas que eu cubro com um lençol e para mim está ótimo. Tem um armário que já participou de sua 4ª mudança e uma comoda que já mudou de local umas 5 vezes. Ah tem a mesa que é da mãe do meu ex que eu me recusei a vender porque foi presente da mãe dela e eu preferi usar a velha desculpa de manter a tradição. Mas de resto: doei panela de pressão, forma de bolo, travessa de vidro, copo, prato, pano de prato, lençol, toalha... Tenho o mínimo e ainda acho que tenho demais. Parei de comprar sapato e roupa até em brechó, porque ultimamente até lá ando achando caro. Percebi que preciso de pouco para vestir e calçar, afinal só tenho dois braços e duas pernas. Só ando fazendo a unha quando faço casamento e a do pé ixi! tem demorado um tempo. Não compro maquiagem, cremes de pele caros, perfumes chanel, nem brinco, relógio e pulseiras. Vez ou outra compro anel, gosto de anel. Meu celular é bom, mas demorei mais de um ano para mudar, e antes dele, demorei uns 4 anos com o mesmo celular. 
Não me privo. Mas o meu objetivo é conseguir fazer uma viagem por ano. Nem sempre dá certo claro, mas é nisso que me apego mais. E quero viajar pelo Brasil o máximo que eu puder, mesmo sendo um pouco mais caro que viajar para a Europa. E tem a Copa em 2018 que eu espero poder ir. Mas sabe: parei de me frustrar por não ter, nem ser. Não culpo Deus por isso, acho que sou o que Ele acredita ser o melhor para mim. Sou corajosa, dedicada e um pouco inteligente, mas agora sou mais desapegada. Se eu conseguir um marido rico, massa, se não ok, me contento com a paquera uma vez por semana, não me rebaixando, logicamente. Se eu terei carteira de motorista? Não sei, não faço questão, vou onde meus pés podem chegar. Terei uma casa? Não tenho nem filho, para quem deixarei a casa mesmo? Ser concursada pública é um sonho? dia sim e dia não. Se eu conseguir passar no Itamaraty, massa também. 
O que eu sei é que o eu levarei desta vida nem ficará na memória, afinal há vida depois de tudo isso aqui? Não sei nem se acho legal acreditar nisso sabe? Prefiro tomar cozumel, rir com os amigos, planejar uma viagem, pagar o aluguel e dormir com saúde. 
Se nada disso acontecer rica, tem problema não. Está tudo bem, do jeito que está. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

31 anos - dia 19

Hoje me deu vontade de ter um filho! Pois é gente, acontece. Vez ou outra me dá vontade sim, me julguem. Mas já passou, como sempre passa quando paro para pensar direitinho na vontade. 
Meu relacionamento com crianças sempre foi o básico e não acredito que serei eternamente feliz sendo mãe. Não quero e nem irei colocar a esperança da minha realização tendo um filho. Sou pratica o suficiente e digo egoísta também, pois sou contra colocar filho no mundo atual. Mundo bizarro, insano, egoísta, desidratado e faminto. 
E eu até pensei em várias maneiras de escrever aqui no blog sobre isso de forma fofa. Até que li uma entrevista da atriz Totia Meirelles onde ela dizia algo que me definiu como pessoa de fato: "É mais difícil a mulher bancar não ter um filho do que ter". E eu acabei definindo isso de uma vez por todas em minha vida: não quero mesmo ter filhos. E não significa que eu não goste de crianças. Mas não quero e assumir isso é muito simples e libertador. As críticas doem, mas não posso sonhar com algo que não é o meu sonho. 
Não critico quem tem filhos. Muito pelo contrário: curto cada amiga grávida, a minha sobrinha eu curti muito, a esposa do meu sobrinho. E nunca irei criticar. Acho que ser mãe é algo especial, mas não é especial para mim. E tem toda uma questão histórica, psicológica e econômica que eu levo muito à sério.
Sei que comigo filho só no susto. Planejei isso apenas uma vez, enquanto casada. Agora não sinto a menor vontade de me envolver com médicos para ser mãe, pois eu tenho uma dificuldade para engravidar presente e não sei se toparia realizar por exemplo uma inseminação artificial. As vezes penso em adotar, mas descarto. Não quero ser mãe e ponto. Só se Deus achar certo, mas aos 31 anos melhor deixar isso quieto. 
E vou vivendo. Feliz com essa escolha e tranquila. E só não quero que as pessoas tenham pena ou fiquem me dando possibilidades. A minha possibilidade é de ser feliz. Só isso. 

domingo, 15 de março de 2015

31 anos - dia 18

Dia desses deitada na minha cama, sozinha e chorando, eu parei para pensar no fim do meu casamento. Penso nisso direto. Sempre em forma de oração. Não consigo chorar de tristeza ou saudade, mas de gratidão. E não no sentido tosco que algumas pessoas pensam, eu não acho que me livrei de algo ruim, apenas encerrei um ciclo para dar espaço para algo novo, e nem sempre esse algo novo é para mim de fato.
Na época me consideraram extremamente egoísta. Em outros momentos ouvi que fui ingrata, principalmente porque na época ele não estava trabalhando e pareceu que eu esperei ele ficar desempregado para terminar o casamento. Ouvi também que eu era metida a besta, que era uma pessoa que queria luxo e paparicos desnecessários. Sim, ouvi muita coisa ruim à respeito do fato de que simplesmente senti que não fazia mais o bem àquele que eu havia escolhido para a vida inteira, mas a verdade é que isso era muito claro desde o começo do relacionamento: se um dia um dos dois sentisse que não fazia o outro feliz, era hora de acabar o casamento.
Comecei a sentir isso 8 meses antes de pedir a separação. Comecei a perceber que eu reclamava demais, via defeitos no lugar de qualidades e principalmente, perdia a paciência facilmente. Em vários dias eu me pegava olhando para ele e pensando: ele não está feliz. Será necessário mesmo que ele seja infeliz? Não achava justo nem com ele, nem comigo. 
A decisão de dizer acabou doeu muito em mim. Depois fiquei com dúvida, pelo medo que se instalou em meu coração quando percebi que havia perdido meu companheiro e que eu não nutria mais o desejo ardente de ajudar. E aí foi me dando medo de não conseguir recuperar essa chama, fato constatado em meio à lágrimas.
Ao longo desse último ano divorciada eu me arrependi muito da separação. Senti muito o vazio da solidão, do não ter com quem dividir as angústias, o dia a dia em si. Gostei muito de ser casada, embora hoje não queira repetir a dose. Para quem duvidava de si, acho que mesmo sendo uma esposa mediana, me saí bem. Fui fiel, leal e tentei seguir os mandamentos sugeridos às esposas. Falhei obviamente, infelizmente não fui capaz de lidar com as diferenças.
A verdade é que eu o amei. Amei com amor de verdade, não só com paixão. Amei o ser humano que eu sei que ele é e sempre será: integro, honesto, inteligente, carinhoso. Mas não fui capaz de fazê-lo feliz. Isso me tornou uma pessoa que não acredita muito nisso de amor, porque eu fui criada para me casar apenas uma vez e mesmo não tendo me casado na Igreja acho que já cumpri minha missão. E falhei, mas hoje tento não me culpar mais, até porque não vale mais a pena. Cada um seguiu seu caminho e eu espero que já que ele não foi feliz casado comigo, possa estar feliz. Desejo muito que ele encontre o amor novamente, pois pessoas especiais como ele é raro encontrar. Ele me ajudou muito nos piores momentos, foi meu ombro amigo na hora da dor, me fez rir quando eu entrei em várias crises, acreditou em mim quando eu duvidava do que era capaz, me carregou no colo, nas costas, na alma. Me deu comida, banho, cuidou de muitas feridas, internas e externas. Meu ex foi meu melhor amigo enquanto marido, foi meu amante especial, àquele a quem confidenciei meus segredos mais profundos. Terminei um casamento cheio de amor, na esperança de quem o receba em seus braços futuramente, possa receber em dobro tudo o que ele me deu. Sou grata infinitamente pela oportunidade vivida e humilde o suficiente para me conformar com o que fui e na fé de que eu melhore. Melhorar para quem sabe viver um nova experiência e feliz no caso de não mais ter a oportunidade de amar novamente. E só peço à Deus que eu ouvi: você nunca mais encontrará um amor como esse, não aconteça na verdade. Quero o que for melhor para mim. Sempre. 


sábado, 14 de março de 2015

31 anos - dia 17

Ontem falei sobre o não querer me casar mais, o que não me tira a vontade de ter uma pessoa comigo. O que eu não quero é o casamento em si. Não esse que vemos no dia a dia, cheio de amarras e Drs chatas para caramba. Daí sempre rola um pensamento do tipo: qual o meu tipo de homem?
Ao longo da minha vida amorosa eu já namorei todo o tipo de homem possível. Gosto, magro, bonito, feio, com deficiência física, branco, negro, rico e pobre. Já namorei skatista, roqueiro, cawboy, maloqueiro. Nunca fiquei idealizando muito o meu par ideal, porque não existe e pronto. Também não acredito no encontro de almas, amor à primeira vista ou que os opostos se atraem. O que sugere realmente que eu não acredito no relacionamento.
Mas a verdade nem é essa. Eu acredito sim que duas pessoas, parecidas ou não, possam ficar juntas para sempre. E é justamente nisso que eu acredito. Mas para mim a prioridade mesmo é a tal da química. 
E essa questão é bem pele mesmo. Não ligo se o cara gosta de Ivete que nem eu ou não, se ele curte macarrão com molho branco ou não. Ele não precisa gostar do que eu gosto, porque eu não preciso gostar do que ele gosta. Mas essa coisa de pele tem que ser muito intensa. Eu tenho que olhar para a pessoa e querer devorá-la, no sentindo mais sexual que a palavra destaca. Quero pensar nela e me arrepiar, mas não preciso sentir borboletas na barriga. Preciso pensar que essa pessoa me faz bem, mas ela não precisa me dar o mundo não. 
Claro que coloco a hipocrisia de lado e digo que sim, tenho lá um pensamento do que seria o cara ideal para mim. Afinal, fui adolescente e fiquei muitas vezes fazendo brincadeiras que sugeriam com quantos anos eu me casaria, quantos filhos teria e se ele seria branco, pardo, negro, rico ou pobre. E sempre que penso nisso, eu penso que além da química que já citei, eu gostaria que o meu cara ideal curtisse dançar um forró, tomar uma cervejinha, um vinho no domingo à noite vendo um filme bacana. Que vez ou outra gostasse de viajar, de comer comida italiana e pipoca. Gostaria que ele já tivesse uma situação financeira mais calma, porque eu ralo tanto que eu queria poder ter algum tipo de conforto, sem que essa pessoa me sustente. Gosto de homem moreno claro, cabelos pretos. Que goste de se arrumar, andar cheiroso. Que não tenha filhos e que goste de ler, não me importa o gênero.  E principalmente, que não me critique pela minha paixão pela Ivete, tatuagens e gatos. E que ache interessante a minha história de vida, bem como me escute quando eu achar que sou muito feia e gorda. 
E assim eu vou vivendo. Muito criticada pela minha mudança de namorado na mesma velocidade em que troco de roupa, mas ao mesmo tempo desfrutando de momentos únicos e especiais. Se até os meus 60 anos eu não encontrar o cara ideal, tem problema não, terei me divertido horrores!

sexta-feira, 13 de março de 2015

31 anos - dia 16

Sempre fui de pequenos romances fogosos e intensos. Desde que comecei nessa área, acho que nunca fiquei tanto tempo sozinha como estou desde que me separei. A verdade é que perdi um pouco o jeito com a paquera. Antes existiam os bilhetes, os suspiros, os sonhos. Hoje, mesmo eu sendo intensa, acho tudo muito prático demais para o meu gosto. Sou do tipo que gosta dessa de alongar o primeiro encontro, conhecer mais e daí sim partir para a alegria.
Me irrita muito como são feitas as abordagens masculinas. Tentei usar um aplicativo para arranjar macho 3 vezes e me deu preguiça. Não sou hipócrita achando que lá encontrarei o homem da minha vida e sei que 90% da galera do Tinder, por exemplo, quer mesmo é safadeza pura. Conheço história de cara que sai praticamente com uma mulher por dia da semana só conversando neste aplicativo, mas eu ainda acho que não vale muito a pena o que tem lá. 
E daí que desde que separei, a grande maioria dos caras com quem tive algo eram figurinhas repetidas. Casos que eu engavetei para o caso de necessidade máxima. São pessoas especiais claro, também não dá para sair por aí com qualquer um. Mas cansei. Quero algo novo. Quero algo que eu não precise apenas pela necessidade física.
Mas não me vejo casando novamente. E era esse o ponto onde queria chegar. Não me vejo dividindo despesas, problemas e tendo intermináveis discussões de relacionamento. Não perdi a fé no amor em si, mas não quero mais a intimidade diária. Não quero saber de ter que lavar, passar, cozinhar e fazer agenda. Nem quero ter que lembrar o que a pessoa precisa fazer. Meio que fiz isso de forma tão intensa no meu casamento, que sinto que já vivi um casamento como ele deveria ser, ou não, e que isso de fato não é para mim. 
Quero um amor sim, mas em casas separadas, problemas individualizados e sem a pressão social que existe quando duas pessoas resolvem se envolver. Não quero passar Natal e Ano Novo, fazer planos econômicos, nem quero ter que me preocupar se a pessoa comeu e fez suas necessidades. 
Não digo que me tornei uma pessoa amarga e insensível. Acho que tive essa minha fase há alguns anos. Acho que sou realmente hoje, ainda mais prática. Não sou apegada à datas, cheiros. Gosto do momento especial. Gosto do carinho, mas sempre prefiro chegar em casa, colocar meu pijama e ler meu livro com as minhas gatas ao lado. E sinceramente, se eu tiver que fazer isso para sempre, não me entristeço.

quinta-feira, 12 de março de 2015

31 anos - dia 15

Estamos naquela fase de textos em que eu preciso encontrar um tema mais especifico para falar, embora eu tenha tanta coisa para dizer. Daí pensando um pouco mais sobre alguns temas resolvi falar sobre um compilado de coisas que eu acredito serem importantes, principalmente para quem está me conhecendo agora. Algumas pessoas sabem o que eu acho sobre várias coisas, outras não. São opiniões muito fortes e muito intensas, mas que apesar disso, me tornam quem eu sou. Escolhi três tópicos que sei que são polêmicos, mas que na minha humilde opinião, ainda que recebendo críticas, são opiniões de uma mulher de 30. Não tem jeito, mesmo me sentindo tão imatura, ainda assim preciso tentar agir como adulta. Os temas são: aborto, homossexualidade e bulling. 

Aborto - este tema está bem em evidência. Rola vez ou outra uma campanha contra o aborto e várias mulheres postam fotos grávidas. Acho muito legal porque eu adoro ver mulheres grávidas. Gosto de compartilhar esse momento especial na vida das mulheres que convivem comigo. E mesmo sendo contra o aborto, eu não julgo quem é à favor ou quem tenha praticado este ato. Com o tempo percebi que as decisões pessoais, são como o nome diz, pessoais. Não creio que quem aborte deva ser colocado em pregos. Também não uso a frase: na hora de fazer foi bom, para definir uma pessoa que opta por essa decisão. Eu dou graças a Deus por nunca ter precisado passar por isso, embora quando eu tinha 19 anos eu achei que estava grávida e sim, a primeira coisa que me veio à cabeça foi tirar a criança. Hoje, aliviada, penso muito na minha atitude na época e agradeço por não ter que carregar algum fardo relacionado à isso. Mas sempre pensei por exemplo que se eu ficasse grávida após um estupro eu talvez voltasse a querer tomar tal atitude. Mas o tempo passou e nada de gravidez. Hoje aos 30, nutro metade da vontade de ser mãe e metade da vontade de ser apenas tia e tia-avó. Não ter filhos deve ser uma opção decidida, acredito eu, ainda jovem. Sou completamente à favor do planejamento familiar e do ensino sobre sexualidade na escola. Defendo o uso de preservativo e como já disse, jamais julgarei uma mulher que decida pelo aborto. Sei que é difícil e sinto que não deva ser uma decisão muito simples de ser tomada, mas quero que quem ler este texto e precisar de um apoio, possa recorrer à mim sem medo. E principalmente, rezo para que quem aborte o faça com o mínimo de dignidade e que possa principalmente se perdoar. 

Homossexualidade: quem me conhece sabe que eu sou totalmente relax com relação à este tema. Acho super natural, embora exista por aí sempre uma discussão super fervorosa sobre o tema. Me espanta o preconceito com relação aos seres humanos que são gays, lésbicas e simpatizantes. Acho que não é algo que se adquire, mas que é algo com o qual você nasce. Não se vira gay, não é culpa da criação da avó, nem acredito que a TV vá influenciar nessa opção e acho cafona quem vira e diz que não é preconceituoso, mas quando acontece com algum parente vira as costas. A única coisa que eu sempre converso muito, principalmente com quem está naquela duvida, é que é preciso manter sempre o respeito. Principalmente com quem não é. Acho que é importante manter essa posição e respeitar. Um respeitando o outro, sem violência. Ser hétero ou não, ser gay, branco, negro, ou qualquer outra coisa, não me difere do outro. As dívidas permanecem, as contas precisam ser pagas, o mundo precisa de pessoas, não de sexo, raça ou credo. Simples. Não há necessidade de agir preconceituosamente. É feio e sei que Deus não gosta disso.

Bulling - parece esquisito tocar nesse assunto, mas é outro tema que anda muito em evidência nos últimos anos. Digamos que virou moda, embora não veja dessa forma. Quando criança eu sofri algum tipo de bulling: ou por ser sempre a mais baixa da turma, ou por não falar o R, ou por me confundir nos idiomas. Quando fui crescendo, era porque era gorda, depois porque era magra e por aí vai. Ter sido magra, muito magra, foi meio que resultado de tudo que ouvi sobre o meu corpo. Chorei muitas vezes calada, embora não me visse como vítima da sociedade careta e mau educada. Sofri muito mais por não saber responder à altura. E é isso que me entristece e me dá medo. Porque o problema é justamente quando a pessoa não consegue responder ao desrespeito. Eu foquei. Não me fechei em meu mundo. Demorei a aceitar a situação negativa, mas quando acordei, e sei que foi à tempo, ignorei totalmente os olhos atravessados e os sussurros inconvenientes. Sou à favor do dialogo. E essa questão eu falo em tudo que penso. Falta para o ser humano, humanidade e dialogo. Desta forma surge, porque muitas pessoas precisam que esse sentimento surja, de respeito. Para mim, respeito ao ser humano é algo que você nasce com ele. 

Sei que muitas vezes, nos três temas acima, fui infantil de alguma maneira. Essa minha visão mais humana das situações, é resultado de muita reflexão e de muitos erros e injustiças. Sei que não estou livre de errar e de julgar, mas eu agradeço à Deus pelo auto-reconhecimento do erro. Já dei muitos foras, comentei o que não devia e claro, desrespeitei. Mas imediatamente me retrato, não para aparecer, mas porque sei que não sou e nunca serei superior à absolutamente ninguém. O erro do outro, não é o meu erro. A escolha do outro, também. 



terça-feira, 10 de março de 2015

31 anos - dia 13

Muitas águas irão rolar até o dia 28 de março, por isso sigo a minha rotina de postar textos sobre meus últimos anos no mundo. Os temas são bem aleatórios. Escrevo sobre coisas que sinto, vivi, quero, gosto e acho legal. Não obrigatoriamente você precisa ler. Espero que leia, claro. Mas não é obrigado nem a opinar. Aliás, prefiro. hahah Medo da rejeição.
E o texto 13 é uma homenagem ao meu blog que foi ao ar pela primeira vem em 13 de abril de 2007.
Já já 8 anos serão completados e cada dia mais eu gosto de escrever e vivo cheia de ideias. As vezes penso em virar blogueira. Mas sabe, escrevo muito mais por prazer. Ganhar dinheiro eu ganho de outra forma.
O fato é que tenho um projeto específico de criar um livro a partir de alguns textos meus aqui. Um sonho antigo mesmo. Fico até imaginando a tarde de autógrafos. Mas ao mesmo tempo penso que não terei público. O que gerará um misto de vergonha e mico. E rapidamente esqueço esse sonho e parto para outro sonho: o de escrever puro e simplesmente pelo prazer que me dá colocar para fora metade das coisas que sinto e penso. 
Ao longos desses quase 8 anos de carreira, sim porque apesar de tudo, consegui muitas coisas por conta dessa coisa toda de achar que escrevo bem, eu ouvi muitas e muitas críticas. Algumas me fizeram repensar o blog. Já ouvi de pessoas muito próximas e especiais que eu me acho a escritora, mas que as coisas que escrevo são baboseiras. Imagina! Eu queria morrer neste dia. Quando pequei a impressão que a pessoa havia feito do texto só para me machucar, me senti pequena e vazia. Isso foi logo no começo mesmo, acho que não tinha nem um mês de blog. Lembro até hoje com um certo carinho desse momento. 
E é isso que eu sinto pelas críticas: carinho. Apesar de algumas lágrimas derramadas, sinto que algo do que escrevo ajuda. Pode não ajudar à você, mas ajuda sim. Porque eu leio tantos blogs, muito deles nem famosos e me ajudam tanto! Não é que eu me ache, mas é bom imaginar que uma pessoa leia o blog, se identifique de alguma maneira. Porque sinceramente eu não venho aqui escrever só para mim, porque nem faz sentido. O sentido todo é dividir mesmo. Mesmo que eu não seja uma ativista, feminista, dona de uma ONG ou caridosa, quero muito que meu blog seja uma transmissão de esperança e vontade para quem o ler.
E assim eu continuo escrevendo. As vezes falo bobagem mesmo, mas até Paulo Coelho foi criticado, porque eu devo acreditar que não receberei alfinetadas né? E continuo agradecendo imensamente, porque sei que foram esse momento de deixa eu pisar na sua cabeça, que me fizeram a pessoa que eu sou. Ninguém se torna internamente poderoso sem atravessar caminhos tortuosos.
E graças a Deus por conta do Bolshaia tenho muitos amigos, recebo vários e-mails com elogios. O facebook me ajuda muito pois gosto de compartilhar uma coisa ou outra. 
E peço a Deus sempre sabedoria. Para escrever sempre de forma honesta, intensa e alegre. E que eu possa ser um pequeno instrumento de alegria na vida do outro e que ao ler meu blog ele se sinta com vontade de seguir sorrindo.
Agradeço muito a quem me incentivou lá atrás para que não desistisse. Ouvi várias vezes que seria injusto pois ela dava gargalhadas quando lia meus textos críticos. E que se emociona quando eu conto algo um pouco mais triste mas com leveza. Ambas críticas foram positivas e me trouxeram para o caminho que hoje sigo cada vez mais feliz. 
E que até o meu último dia de vida eu escreva. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

31 anos - dia 12

Adoro rever minhas fotos antigas. Ando postando um monte delas no instagram e facebook. Junto vem toda a história relacionada a cada pose, sorriso. Alguém comentou comigo que a grande maioria das fotos eu estou sozinha. Mas é que eu sou exibida. Sempre fui. Sempre gostei de fotografar e por isso mesmo me imaginava sendo jornalista, aparecendo na TV. E como eu tenho foto!. Quando cuidava da mudança para o novo lar me surpreendi com o tanto de cd com foto. Olhando o facebook tenho tanta foto que nem sei como não enjoo da minha própria cara.
Não me acho bonita. Nunca me achei. Até os 15 anos então me achava medonha. Aí ganhei um aparelho e arrumei meus dentes. Aí pronto. Nunca mais parei de sorrir. Costumo ouvir muitos elogios a ele. E aproveito. Mas continuo achando que possuo uma beleza interior muito mais intensa do que a exterior.
Quando estava de férias em Florianopolis, uma pessoa comentou a facilidade que eu tenho de fazer amigos e conseguir paquerar. Mas a verdade é que eu não chego em um lugar e chamo atenção até eu sorrir. E sei que muito do que alcanço é muito mais pela minha espontaneidade e zero timidez. 
Graças à isso consegui muito do que tenho hoje. Na adolescência fiz teatro, cheguei inclusive a participar de um festival de música, mesmo com a voz mais piorada do mundo. Porque eu sou assim: eu quero causar, mas não no estilo Vice-Miss bumbum. Sempre achei que deveria ser simples, honesta e simpática ao ponto de que sintam a minha falta. E não somente pela beleza, essa que eu sei que não tenho.
Não faço um estilo. Aliás nem tenho um estilo. Uso a primeira coisa que vejo no armário. E sou Secretária e uso terno, que é a base da profissão. Fora isso, gosto de conforto. Daí que isso reflete na tal beleza. Ser simples por dentro e por fora é sempre minha meta, ano após ano e espero muito que aos 40, daqui a 9 anos, eu esteja magra, e com o mesmo sorriso de muitos anos atrás. Porque eu sou feliz há 31 anos e quero muito que as pessoas que convivem comigo entendam isso e sintam isso. 
E só. Nada de procedimentos estéticos, botox, lifting e sei lá mais o quê. Pensei no silicone, mas ah, quem me quiser será assim mesmo. Não malho, mas não como carne, acho que já uma boa ajuda.E sou feliz. 

domingo, 8 de março de 2015

31 anos - dia 11

Esse ano eu completo 10 anos como Secretária Executiva. As aulas começaram em 14 de fevereiro de 2005 e em julho de 2008 eu tive meu último dia de aula. Boa parte dos textos deste blog foram escritos na biblioteca da minha antiga faculdade. Passei muitas horas sentada em frente ao computador ou dormindo. Sempre fui muito dedicada, mas as vezes eu estava só cansada.
Foram anos muito intensos. Em outros momentos tristes.  Conheci muitas pessoas. Fiz 5 estágios e tive 2 empregos. Por mais de um ano fiz dois estágios. No começo de tudo eu caminhava por mais de uma hora e 15 minutos porque eu só tinha a passagem de ida e volta para casa. No fim do curso voltei a caminhar, porque eu saía muito cedo do estágio, preferia ir caminhando. Cheguei a ficar algum tempo muito dura mesmo. Pedi para sair da loja porque precisava pagar as mensalidades atrasadas. Emagreci tanto que cheguei a pesar 37 quilos. Fui em muitas festinhas sem beber nada de álcool. Namorei algumas pessoas. Amei algumas. Agradeço à vários professores que sempre acreditaram em mim, apesar de na grande maioria das aulas eu só babar em cima dos livros. Participei ativamente como Representante de turma, embora quase tenha sido expulsa do cargo porque dedurei uma professora que dormia durante as provas. Colei também, em Matemática Financeira e Contabilidade, calcular nunca foi o meu forte mesmo. Consegui um mês de bolsa e assim terminei os estudos sem dever absolutamente nada. Chorei, briguei, ganhei inimigas, perdi amizades. Mudei o estilo do cabelo umas 10 vezes. Já defendi causas, já paguei mico, engessei o braço, faltei apenas 4 vezes em quase 4 anos. Já saí arrasada de prova e ao mesmo tempo fiz apresentações perfeitas de trabalhos. 
Eu poderia ficar falando horas sobre esses anos de estudo. E mesmo que não pareça, eu estudei. A partir do segundo semestre eu decidi que me formaria. E que me formaria por mim em primeiro lugar. Em todas as minhas quedas eu pedia a Deus que não desistisse. Vontade não faltou. Faltou também em vários momentos vontade de seguir. Senti preguiça. Desanimo. Me questionei. Chorei. Quando eu precisava decidir entre tomar banho, comer ou dormir e eu escolhia dormir e acordava as 05 da manhã para chegar em casa meia noite, sim meus caros, eu pensava que nunca teria fim. Mas teve. Não um fim comum, mas um fim com um começo profissional especial na Embaixada do Peru e em seguida ANTAQ, onde há 5 anos me sinto feliz e realizada. 
Ainda tenho um longo caminho. 10 anos ainda é pouco. Pouco para quem sonha, para quem quer que essa profissão seja respeitada. Almejo um futuro cada dia mais promissor para mim e para meus e minhas colegas de profissão. Amo o que eu faço e quero fazer o melhor todos os dias. Sou humana, as vezes quero enforcar um, chutar a cara de outro, responder atravessado. Mas aí eu me lembro da promessa feita no dia da minha Colação de que eu respeitaria a profissão acima de qualquer coisa. Quem me conhece sabe que eu sou Secretária Executiva por amor. Um amor que aumenta cada vez mais. 

sábado, 7 de março de 2015

31 anos - dia 10

Quando falei do meu primeiro namoradinho ontem, lembrei do meu aniversário de 15 anos. Faz tanto tempo mas me lembro muito bem daquele domingo. Fiquei feliz porque seria na Igreja que eu frequentava com meus pais lá me Moscou e que fazia parte de 3 dos 4 anos que vivi lá. Meus pais tinham feito uma festa super legal no meu aniversário de 13 anos, mas no de 15, por ainda estar longe dos familiares, optei por algo menor e mais simples. Não teve convite, não teve valsa, nada disso. Mas foi muito, muito lindo.
Minha mãe costurou as duas roupas que eu usei, comprou um sapato lindo, arrumou meu cabelo, me maquiou de forma discreta, pintou minhas unhas. A missa aconteceu às 15 da tarde com a presença de muitos amigos da Igreja e da Embaixada. Minha afilhada Belipia, seus pais e sua irmã estiveram presentes. Quase que o povo se atrasa, pois era o primeiro dia do horário de verão por lá. 
Foi emocionante. A missa foi especial, celebrada por 3 padres de quem eu era muito amiga, um espanhol, um colombiano e um brasileiro. Voltamos para casa e tinha bolo feito pela minha comadre, docinhos feitos pela minha mãe, champanhe para o brinde e tive direito à dançar com meu pai, não uma valsa, mas uma salsa que ninguém dançou de fato, só mexemos o corpo. Mas os sorrisos eram sinceros e vieram do fundo do coração. Abrimos os presentes e estavam comigo duas amigas da escola: Lilia e Ira. Foi muito legal! Talvez a única coisa que hoje me pareceu estranho foi que eu comemorei meu niver com a filha de um casal  de amigos, que faz aniversário junto comigo. Mas não chega a ser nada dramático. Nem na época me pareceu. 
No outro dia meu pai chegou com as passagens para o nosso retorno para o Brasil: 26 de maio de 1999. Eu fiquei radiante. Era muita alegria para o meu coração. 
Nunca sonhei com uma grande festa de 15 anos. Já naquela época achava um desperdício de dinheiro. Não via lógica em fazer uma festa grande, principalmente lá, pois não estariam presentes mais da metade das pessoas que eu queria que estivessem. Por isso olhos as fotografias deste dia e sinto uma paz enorme. Porque desde sempre gostei de comemorar meu aniversário de forma discreta, com poucas pessoas e sempre agradecida. E aquele domingo nublado, de fim de inverno foi um dos mais especiais que já vivi na vida. Um dos melhores aniversários, um dos mais sinceros. 

sexta-feira, 6 de março de 2015

31 anos - dia 09

Ontem falei sobre fim de relacionamento e daí lembrei do meu primeiro namoradinho. A nostalgia tem batido forte por aqui nestes últimos dias. Estou adorando conversar um pouco sobre vários assuntos. A verdade é que nem sei se alguém vem lendo, mas mesmo assim, escrevo para a minha posteridade pessoal. 
Vamos lá. 
Conheci meu primeiro amor em fevereiro de 1999. Ele chegou com o pai, a irmã e madrasta. O seu pai ia para substituir o meu quando ele voltasse para o Brasil. Papai chegou em casa dizendo que ia emprestar um TV para eles e eu o acompanhei. Quando eu entrei e o vi, pronto. Minha perdição estava instalada. Moreno, alto, três anos mais velho do que eu, eu então com 14 anos. Nascia ali uma amizade gostosa. Adorava conversar com ele. E tirar onda obviamente. Eu era gorda, feia, dos dentes tramelados, mas por algum motivo atraia este menino cada vez mais para perto de mim. Descobri depois que era a solidão. Ele se sentia solitário e inconscientemente, acho eu, acabou se deixando envolver. 
Meu aniversário foi comemorado no domingo, no dia mesmo em que eu completava 15 anos. E quando ele me parabenizou ele me disse que queria me dar um beijo. Eu não tive coragem. Eu era boba e nunca havia beijado de verdade. 
Mas no dia 04 de abril, um domingo depois, finalmente ganhei o beijo mais doce e suave que já dei até hoje. Me apaixonei perdidamente. Foi engraçado porque estávamos almoçando na casa dele, e meus pais estavam na cozinha com o pai dele e madrasta. A irmã desapareceu e ele tascou um beijo do nada. Na TV, Believe, com Mariah Carey e a saudosa Whitney Houston. Lembro cada detalhe, mas esqueci a roupa que eu usava, sorry!
Foi sem dúvida um namoro bom. Nunca foi nada sério, porque claro primeiro que eu só tinha 15 anos. Venho de uma família muito tradicional e por mais que eu fosse uma pessoa à frente do meu tempo, não tínhamos muita coisa em comum. Ele era muito lindo, mas não se encaixava naquilo que eu vinha planejando quando retornasse ao Brasil. Vim embora em maio de 1999, ele em agosto do mesmo ano, tentamos levar adiante o romance, mas cansei depois de passar 3 anos ele me ligando dizendo que estava indo me visitar e não aparecer. Dizendo que estava enviando flores e até hoje as espero. Um dia sem mais nem menos me contou que seria pai. Chorei copiosamente, apesar de sentir que nunca daríamos certo.
16 anos depois, cada um seguiu seu caminho. Eu divorciada, ele recém-casado. Ele pai e eu planejando retornar em 2018 para o lugar onde tudo começou. Moscou. Copa do Mundo. Quem sabe agora eu não consiga um russo bacana né?



quinta-feira, 5 de março de 2015

31 anos - dia 08

No oitavo dia de muitos relatos sobre a minha vida e pessoa, pensei em desabafar sobre como eu lido com os finais dos meus relacionamentos. Pensei nisso porque realmente sou expert na arte de dar foras e levar foras. Na adolescência isso era mais comum eu dar foras, mas com o passar do tempo a coisa toda se voltou contra mim. 
Sempre fui de namoricos. Nunca gostei muito de namorar. Achava estranho minhas amigas com 17 anos namorando há 3, por exemplo. Achava insano. Ainda acho. Sempre quis curtir a vida, principalmente porque eu sabia que teria muita luta pela frente quando crescesse. 
Então sinceramente e sem nenhuma culpa admito que como diz o ditado popular: passei o rodo. É feio? Não sei. Nunca parei para ficar pensando no que os outros pensam de mim. Principalmente com 15 anos, quando eu já tinha meus próprios complexos. 
E aproveitei ao máximo para namorar vários tipos de rapazes. Gostava de ter opções. Sei lá. Curti mesmo.
Meu primeiro namorado oficial mesmo, de durar, como costumo dizer, foi aos 19 anos. Um rapaz da Igreja, 10 anos mais velho, super gente boa. 6 meses depois eu já estava muito entediada. Terminei e sofri um pouco, mas depois disso somente aos 22 anos que namorei novamente por mais de 6 meses. E depois disso, só meu ex-marido que foi àquela loucura toda de em um período de um ano morar junto, noivar e casar. 
O que me deixa tensa é que todo começo é lindo, mas por mais que o tempo passe, o fim de uma relacionamento é sempre um trauma. Eu sei que isso é para todo mundo. Mas eu fico triste as vezes porque eu tenho muito mais finais de relacionamentos do que o normal. Já tratei isso na terapia e cheguei a conclusão nenhuma. 
Só sei que com o tempo você aprende a dizer a verdade. Já não é "o problema sou eu e não você". Quando se consegue terminar um casamento de 3 anos, é possível reagir de forma mais serena em qualquer tipo de final de relação, durando o tempo que for. E é isso que eu faço. Quando alguém termina comigo eu xingo até a terceira geração dos filhos dele, mas entendo. Porque eu sei que sou uma pessoa complicada de conviver. Se fosse fácil eu não estaria aí à procura. Quando eu termino eu digo logo: o problema é você. Não curti, não quero e acho que não tem nada a ver. Viro e saio correndo. hahahaha.
Enfim. Dói. Terminar ou ser descartada sempre é para mim motivos de muito álcool. Mas hoje sofro bem menos do que na adolescência . E por sorte tenho me divertido mais. Não pedi para ter a liberdade de escolha lá atrás, mas já que me deram essa chance eu irei sempre aproveitar.