terça-feira, 16 de março de 2021

Você é protagonista, coadjuvante ou figurante da própria vida?

Todo mundo sabe que eu amo o BBB e que às segundas eles fazem um Jogo da Discórdia. Ontem, a pergunta era essa: quem você acha que é protagonista, coadjuvante ou figurante no jogo? 

Trouxe a reflexão para minha vida imediatamente. Quando fui fazer minha oração antes de dormir, me fiz esta pergunta e sinceramente, fiquei um pouco confusa.

Estou prestes a completar 37 anos. Tenho uma história pautada em valores muito específicos, e uma trajetória vivida dentro de uma realidade média. Nunca passei fome, necessidade de itens básicos, recebi uma educação muito rígida, mas nada que me tornasse uma pessoa revoltada. Nunca infringi a lei de forma a ser presa, nem tomei atitudes que me ferissem de forma concreta. 

Mas ainda não sou protagonista de minha própria vida, porque eu tenho um coração muito mole e inconstante. Não sei me comportar de forma fria, sofro com pequenas ações, que podem tornar um dia lindo em um dia infernal. 

Sou coadjuvante, porque eu ainda trilho meus dias pensando mais nos outros do que em mim e até o momento não acho que isso esteja me afetando de uma forma que me destrua internamente. Claro, tem coisas que eu não espero daquela pessoa que eu tento ajudar, mas eu no geral também não espero muito em troca não. Mas não sei caminhar sozinha, com desdém pelo próximo ou sua história pessoal. 

Acho que meu lado figurante é muito forte no que diz respeito aos relacionamentos amorosos. Só fui protagonista até um certo ponto do meu casamento, depois parti rapidamente para o status de figurante e desde então, é assim que tem sido. Me deixei influenciar várias vezes por mensagens de pessoas que diziam gostar de mim, mas que no fundo me achavam a pior pessoa, e infelizmente, isso ainda é muito presente em meu cotidiano. 

Acredito que o mais importante é a auto análise, reconhecendo onde é necessário melhorar, investir mais energia ou simplesmente entregar para os passarinhos comerem. Algumas coisas não tem jeito mesmo.

Se eu quero se protagonista? Obviamente. Mas é importante não se tornar arrogante, soberba, intolerante e se achar extremamente auto suficiente, em um mundo que as vezes é muito mais interessante ser coadjuvante, evitando excesso de confiança, dor, tristeza e solidão. 

Já já meu grande dia chega. Como será que estarei me sentindo neste dia? Só espero que não seja figurante. 


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