quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Precisamos mesmo de um par?

 Li uma frase da psicanalista e escritora que eu adoro, Regina Navarro, que diz assim: "Não ter um homem ao lado pode abalar profundamente a auto estima, fazendo com que mulheres se sintam desvalorizadas. É preciso mudar isso"

Olha, isso de trabalhar com casamento poderia me tornar uma pessoa esquisita, desesperada para casar, e até amarga, porque sabemos como é minha vida amorosa, vide que eu vivo comentando por aqui. 

Mas a frase da Regina é o que, depois de muito tempo, eu tenho colocado em prática em um nível que não estou mais me envolvendo com ninguém, puro e simplesmente porque eu aprendi muito a repensar a minha forma de me relacionar. 

E não estou sendo falsa, ou pagando de feliz nas redes sociais e em casa comendo chocolate, assistindo filmes românticos e lamentando a solidão. Na verdade eu tenho um imenso orgulho de ter conseguido mudar isso em 2 anos, desde que vivi o meu último e tenebroso relacionamento. 

Temos que ser pessoas muito fortes e abençoadas para conseguirmos nos reerguer depois de não dar certo com alguém. E isso vale para homens e mulheres. E somos ainda mais especiais quando aprendemos a esperar que o tempo sozinhos nos amadureça a tal ponto que realmente não exista espaço para relacionamentos medíocres e vividos por osmose. 

Reafirmo todos os dias, que se for para me relacionar que seja com calma, com sabedoria, com vontade de acertar. E que desta forma eu não deixe de ser eu, que eu deixe o outro livre de amarras, ciúmes e desespero, e que seja uma relação sólida, divertida e reciproca. 

Enquanto isso, meu coração segue calmo, mesmo na pandemia, onde eu aprendi ainda mais que a solidão é frutífera para o planejamento de caminhos, projetos e amor próprio. 

15 anos como Secretária Executiva

 

Ontem, 26 de agosto, celebrei mentalmente, 12 anos de um dia importante: minha colação de grau. E comemoro este ano, 15 anos atuando como Secretária Executiva. 

Quando comecei a faculdade em 2005, eu não fazia ideia do que me tornaria tanto tempo depois. Eu não sabia sequer, se seria minimamente, uma boa profissional. 

Planejei desde a infância, que seria jornalista e o tempo foi passando, e eu não passando nos vestibulares para Comunicação Social na UNB e me desesperando. Até que uma alma caridosa, pagou meu vestibular e minha matrícula, e assim dei inicio à minha trajetória profissional do qual muito me orgulho. 

Hoje quando analiso tudo, vejo que ainda que tenha sido difícil em alguns aspectos, estes 15 anos foram de muito aprendizado, de conhecimento adquirido na prática, de apoio de milhares de pessoas, de muita paciência com meus erros, meus questionamentos e meus medos e inseguranças. 

Sou muito grata a Deus por neste momento de pandemia, estar empregada, trabalhando com o que gosto, com pessoas que me inspiram significadamente, e por poder me sentir segura e equilibrada, enquanto tanta gente infelizmente está desamparada. 

Desejo muita saúde para seguir construindo meu caminho sem passar por cima de ninguém, com muita humildade, verdade e vontade de acertar. 

Agradeço a cada pessoas que ao longo destes anos de alguma maneira, por mais singela que fosse, me ajudou e me orientou, me escutou, me acalentou as dores, me deu apoio e principalmente, acreditou em mim como Secretária Executiva. 

Vida longa e feliz para mim. Que eu nunca desista de ser um pouco melhor do que ontem e seja capaz de me perdoar quando algo não for como planejei. Até porque como diz a frase acima, foi exatamente por tudo que eu planejei ter dado errado, que cheguei até aqui. 

sábado, 22 de agosto de 2020

Sophia e André - os noivos humanos.

 Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Se o ano tivesse transcorrendo de forma natural, sem a pandemia, e eu não tivesse fechado nada de março até aqui, hoje, 22 de agosto de 2020, seria o dia de realizar meu primeiro casamento do ano.

Pois quis Deus, e é nisso que acredito, que um vírus mudasse calendários, desejos, planos e sonhos. Sendo assim, o casamento de hoje foi adiado para o dia 12 de junho de 2021.

Como forma de homenagear o casal e trazer um pouco de alento, enviamos um buquê de flores, em parceria com a decoradora da festa, um espumante e um cartão. 

Fato é que não fiz isso como Karla, fiz isso como Karla Bolshaia, a dona do Bolshoi Cerimonial, mas também como Karla. E nós estamos dando ao casal a importância que eles tem para nós, não somente como noivos pagantes e clientes fieis, mas como um casal, com nome e cpf, neste caso, Sophia e André. 

A vida se entrelaça, sabemos. Existem pessoas que são profissionais e profissionais que são pessoas. E foi também por isso que resolvemos homenageá-los, porque eles não são somente noivos, já se tornaram parte de nossas vidas, como empresa e como seres humanos. 

E encontrar a frase acima fez total sentido. 

E saber equilibrar isso, sempre com respeito e foco, nos tornam, dentro do trabalho e fora dele, capazes, resilientes e verdadeiros. Nem tudo é pau e pedra, raciocínio lógico e planilhas. Nem tudo é só coração. E como vamos lidar com isso é que nos torna seres humanos diferenciados .

Desejo que em termos profissionais, as coisas sigam sendo reais. E como ser humano também. 

Ao nosso casal Bolshoi Cerimonial de hoje, Sophia e André, desejamos uma vida à dois plena, saudável, feliz e com muito amor. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Hebe Camargo

 Hebe Camargo

Fui dormir pensando neste ícone da televisão brasileira. Está passando um seriado sobre ela, e mesmo sabendo que há mais ficção do que verdade, eu tento captar o que vai além do que é apresentado ali.

Sempre acompanhei Hebe, enquanto ela era viva. Há 8 anos ela morria e sua história de vida segue sendo destrinchada e é motivo de muita comoção e até, risadas.

Hebe, não se pode negar, era muito a frente de seu tempo e desde muito cedo mostrou isso. Mas uma cena em especial ontem me chamou a atenção, e eu acho que deve ter acontecido, que é quando um diretor diz que ela é bonitinha e canta bem, mas que a televisão não era para ela.

Agora, imagina se ela tivesse nascido para a televisão? Ou, e se ela tivesse desistido ali, naquele momento? Pois ela não só persistiu como se tornou a Rainha da Televisão e carregava esse título com muito carisma e verdade. 

Dia desses alguém comentou que estava decepcionada com ela, porque ela na verdade tinha vivido uma vida muito nada a ver com o que ela aparentava. Oras, Hebe era uma artista e sabia muito bem como separar o pessoal do estrelismo da televisão. Sofreu como muitas mulheres sofriam naquela época: machismo, preconceito, calúnias e muitas ofensas, perpetuaram sua trajetória, afinal minha gente, ela era sim diferente e o diferente nunca deixou de incomodar. 

E para terminar, o que me chama a atenção na trajetória dela, é que ela sempre quis casar e acreditou no amor, nem sempre reto e certeiro, ao longo de sua vida. E foi sem dúvida, uma pessoa que teve que batalhar, que teve que quebrar barreiras, que precisou ser firme, se posicionar, falar e combater. Mas ela foi uma mulher e isso por si só já dá a ela uma caminhada mais árdua, e apesar de todo sofrimento, se transformou ao longo do tempo e nos mostra que quando alguém nos diz que não somos capazes, aí é que a gente usa da malemolência íntegra para realizar tudo que se deseja. 

A minha mensagem de hoje, depois de uma noite quase em claro, e de muita reflexão, é que a gente não pode deixar de ser quem é e acreditar em si, mesmo que um milhão de pessoas te digam para se calar e ir lavar uma louça. 





quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Mudanças necessárias, não assustadoras.

 Academia CBN - Mario Sergio Cortella

Nossa identidade pode ser mutante

Mário Sergio Cortella fala sobre percepção alterada. Ele destaca que a nossa vida passa e nós também. Mantemos apenas o que chamamos de identidade. Marquês de Maricá uma vez escreveu: "Temos o mesmo nome nas diversas idades da vida. E, contudo, somos bem diferentes de nós mesmos em todas elas". Ou seja, nossa identidade também sofre alteração.

Lembro que no Natal de 2003 comentei que em 2004 eu seria uma pessoa diferente. E hoje, tantos anos depois, percebo o quanto eu realmente sou diferente daquela época. 

Neste ano que estamos vivendo, cada um ao seu modo, no modo sobreviver, fico pensando no quanto mudaremos e não seremos os mesmos no próximo ano. 

E aprendi ao longo desse meu tempo neste mundo, que é normal isso, de não sermos os mesmos o tempo inteiro. E que está tudo bem mudar de gosto, de estilo, de religião e partido político. Só não é aceitável virar bandido e assassino, todo o resto, devemos estar abertos às mudanças que com o tempo não são apenas físicas. 

Algumas coisas não mudam e existem várias pessoas que tendem a ser as mesmas ao longo da vida e nem por isso estão erradas. O que precisamos manter igual que ontem é o respeito pelo próximo e o auto amor. 

Quando acordo já não sou a mesma Karla de ontem, e nos últimos anos, depois de tantas relações amorosas ruins, me transformei realmente em uma pessoa muito diferente de 10 anos atrás, por exemplo, que não sofria por amor, que terminava um relacionamento super de boas e não escutava desaforo sem resolver. A Karla de hoje, é mais reclusa, mais quieta, acredito, mais sábia e generosa. Sou muito menos egoísta do que era quando adolescente e me permito assumir algumas coisas com mais verdade do que quando eu era casada. 

O melhor de tudo é estar sempre preparado para as mudanças constantes e reais em nossas vidas. Tenho para mim que a pessoa dançarina, festeira e carente de afeto amoroso ficou para trás no dia que começou a pandemia. 

E você: está reparando quais mudanças em você mesmo ao longo destes tempos? 

Eu não tenho COVID

Este texto é para agradecer a Deus por não me permitir atravessar uma treva. Apesar de ainda me sentir um pouco gripada, e não como uma gripe normal, e minha médica afirmar que eu tenho COVID, apesar do exame ter dado negativo, este momento é de agradecimento profundo.

Sei que muita gente rezou por mim, me enviou pensamentos positivos e cuidou de mim. E isso para mim sempre será especial e motivo de muita gratidão. Nunca irei esquecer. 

Mas teve gente que achou que eu estava maluca, que só poderia ser coisa da minha cabeça e que provavelmente, eu estava inventando. 

E eu me abalei profundamente com isso, chorei bastante. E acabou que fui duramente criticada por não estar demonstrando felicidade por não estar doente. Meu Senhorrrrrrrrrrr! Sério? Como não ficar feliz? Caracas, eu pareço maluca e debiloide, mas não sou uma pessoa ruim. 

Então, que este texto é para meu futuro. Quando eu resolver destrinchar meu passado, quero lembrar deste momento que foi e ainda está sendo tão pesado, com gratidão sincera.

Mamãe diz que tudo de ruim quando vem é para melhorar. 

Além de pedir a Deus por mim, peço por você, pela sua família e pessoas próximas, para que elas sequer tenham um espirro, que no meio de uma pandemia é quase uma sensação de morte. 


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Ela só tem 10 anos.

 2020 só piora e não acaba. Já não bastasse tudo que estamos vivendo, uma garota de 10 anos engravida do tio, depois de 4 anos sendo abusada. Foi uma comoção, com direito à fanatismo religioso contra a interrupção da gravidez, por motivos muito claros. Por sorte, ela conseguiu passar pelo procedimento de retirada do bebê e o tio-monstro foi preso. 

Não gosto de abordar temas polêmicos por aqui, mas este assunto não tem como não ser falado. O que aconteceu com esta criança, acontece o tempo todo e muitas delas, infelizmente, prosseguem com a gravidez e em sua maioria, sendo abusadas. 

O que eu tenho para mim é que de nada adianta falar sobre aborto se não falarmos sobre educação sexual e planejamento familiar. Inclusive, tenho uma teoria que bato bastante na tecla, de que a solução para todos os nosso problemas coletivos está na abordagem destes 2 pontos. Quanto mais crianças nascerem, maior a demanda de educação, saúde e segurança. 

Não estou falando que sou contra ou à favor do aborto. Na verdade eu sou apenas consciente do meu papel, porque desde cedo tive a orientação, nem sempre correta, do valor monetário que é a constituição de uma família, principalmente quando nela nascem crianças. Ter um filho não é só mágico, é um trabalho a mais, é gasto a mais, aliás, gasto infinito. 

Então que eu sempre penso que muita coisa poderia ser diferente se nossas crianças e adolescentes tivessem uma educação de qualidade e acesso aos métodos contraceptivos. O dialogo em família sobre o que pode acontecer de fato quando se engravida, e principalmente, quando esta gravidez é precoce e sem estrutura básica. 

Transar todo mundo quer, pode e deve, mas é preciso que criemos uma consciência social do que pode acontecer além do prazer obtido. 

Quanto à esta menina que teve sua infância roubada, espero que ela consiga ter um futuro digno. Seu psicológico com certeza foi para sempre desestruturado, mas espero em Deus que ela seja respeitada e tenha uma vida como mulher, minimamente feliz e de conquistas. 

Não tocaria jamais neste tema do ponto de vista religioso. Isso para mim é expressamente individual. Respeito quem acha que o aborto era desnecessário. Mas meu aplauso a quem cuidou para que esta garota não tivesse o fim de muitas espalhadas por este mundo. E que o tio dela, tenha seu castigo merecido. 


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Eu combino máscara com a roupa.

 https://introspectors.blogspot.com/2020/08/se-eu-fosse-fy.html

Uma grande amiga, escritora, escreveu em seu blog sobre seu estilo e seus óculos de sol apaixonantes. Sugiro uma leitura, vale cada palavra. 

Obviamente, o texto me colocou para realizar uma auto reflexão e cheguei a conclusão de que eu não me preocupo muito com isso de estilo, justamente porque eu não tenho um estilo. E concordo com ela quando ela diz que essa questão de que andamos muito parecidos uns com os outros. Também não gosto muito disso não. 

Costumo dizer que eu sou Secretária, então provavelmente eu só tenho looks sóbrios. E aí veio a pandemia e o uso obrigatório das máscaras e eu decidi comprar várias e com cores sem estampa e acabou que eu percebi que era possível combinar as máscaras com alguma peça do dia. Tudo bem que um dia desses dei uma exagerada: até a bolsa combinava. 

Claro que ouço comentários sobre essa excentricidade e tem dias que recebo bem a informação e em outros me sinto meio retardada. 

Mas lá no fundo, não me importo de fato. Porque no frigir do ovos, eu sou uma pessoa bem comum, que evita, ou tem aprendido a evitar nestes tempos, a comprar roupas que eu de fato não vá usar. Não uso estampa, justamente porque é super difícil de combinar e porque nunca fui muito fã mesmo. Não sigo uma tendência e adoro comprar roupas em brechó, justamente para fugir das lojas de departamentos. 

Claro que entendo que isso é um reflexo de uma sociedade que tenta se igualar e essa questão acaba caindo para nosso colo quando precisamos nos destacar ou nos entendermos como cidadãos. Mas temos que ser realmente muito corajosos para fugir disso sem levar o nome de loucos. 

Aos 36 anos, a gente já começa a adquirir certos hábitos e um deles é não me concentrar tanto no que pensam de mim. Até porque não tem muito o que pensar, tendo em vista que não sou famosa e nem realizo grandes feitos político-sociais, então, sou mais uma pessoa no mundo tentando sobreviver.

Finalizo dizendo para a minha amiga, que eu adoro os óculos dela, que eu adoro a Fernanda Young e admiro ambas por não serem mulheres comuns, mas com um jeito muito singular de viver suas vidas. E isso para mim é mais do que importante e inspirador. 

E seguirei combinando as máscaras com o look do dia. Não tenho nada mesmo para fazer além de rezar para atravessar estes tempos com saúde e empregada. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Minha primeira matéria gravada

 https://www.capitalemfoco.com/post/foco-especial-reviver-social


Bem, quem me conhece e me acompanha neste blog e pela vida, sabe que eu sou uma pessoas metida à jornalista. Não sou uma frustrada por não ter estudado para tal, ou por não estar trabalhando na área.

Mas apesar de não estar trabalhando na área, como formada em tal profissão, quem está comigo de verdade, sabe também, que sou colaboradora do Jornal Capital em Foco. 

Sábado passado, fomos convidados para uma noite dentro do "novo normal" no Noah Garden Bar e pudemos verificar bem de pertinho como está sendo para os bares e restaurantes o funcionamento dentro de todas as regras estabelecidas. 

E eu embora soubesse que era um trabalho, fui pega de surpresa quando me disseram que eu faria 2 entrevistas. Na verdade era somente uma, e 2 cervejas depois, viraram 2. 

Brincadeiras à parte, confesso à vocês que fazia muito tempo que, internamente, eu não sorria tanto. Que eu não me olhava, internamente, e não tinha tanto orgulho de mim. 

Eu me senti muito grata por estar viva, em meio a esta pandemia pesada, realizando um sonho, ao lado de pessoas especiais, que me apoiam e me deram esta oportunidade. 

A matéria ficou muito legal, eu falei lindamente, apesar da máscara que torna tudo muito caótico. E senti que aos poucos, chegarei em um nível bom, dentro daquilo que julgo capaz de fazer, com honestidade e muita verdade. 


Jornal Capital em Foco - Conectando pessoas, histórias e profissões. 


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Seriam 9 anos.

 

Há 9 anos, desci estas escadas com uma emoção enorme, com uma alegria que não cabia em meu peito. 

Ali para mim parecia que todos os problemas tinham acabado e que nada de ruim nos aconteceria. Que era para sempre. Eterno. 

Mas a vida cuidou de cada um e decidiu que não era eterno e que viveríamos anos difíceis, apesar de todo amor existente. 

E aqui seguimos. Eu sigo descendo escadas, mas subindo também, um dia por vez, degraus importantes.

O quê aprendi em todos estes anos? O amor é único. E tem que ser vivido. 

Se eu me casarei novamente? 

Só o tempo dirá. 



terça-feira, 11 de agosto de 2020

11 de agosto - Dia do Estudante.

 Faz muitos anos que saí da escola. Fato. Lá se vão quase 20 anos da primeira fase de estudos e 12 da segunda, que foi a faculdade. 

E depois de tanto tempo, fico repensando aqui que tipo de estudante fui. Tudo bem que seguimos, porque a vida é uma escola daquelas não é? 

Mas bem. Eu sempre fui uma estudante mediana. A verdade é que eu amava ir para a escola, mas estudar nunca foi meu forte. Sempre fui a líder, que amava jogar queimada, bete, apresentar os trabalhos e escrever. Mas até por volta dos 12 anos eu achava chato ler. Então que eu sempre tinha dificuldade de interpretar as coisas que eu lia. 

Aí minha gente, fui morar em Moscou. E se existia a possibilidade de eu reprovar, devido à vários motivos, o medo de ser expulsa da escola me fez até, pasmem, começar a amar ler livros e revistas. 

Foi lá que eu entendi a necessidade de uma leitura, de uma pesquisa bem elaborada e metodologia. Aprendi que estudar das 08h30 às 16h ainda é muito pouco e apesar de ainda hoje, ter uma mania péssima de ter sono assim que abro um livro que não seja de literatura para ler, foi ali, em terras geladas e com um idioma esquisito, que eu me apaixonei ainda mais pela arte de escrever. 

Mas, sempre fui uma estudante mediana, que passava na força do ódio ou pela compaixão dos professores. Não entendo muito como cheguei até aqui, mas acredito que deva-se ao fato de apesar de, ser pontual, disciplinada e amar apresentar os trabalhos que a maioria detestava. 

Então que hoje, desejo que esta pandemia acabe para que os estudantes tenham seu retorno às aulas, ao cotidiano necessário para que, tecnicamente, tenhamos um mundo melhor.  

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Não acreditem no horóscopo do dia.

Meu horóscopo no dia 07 de agosto de 2020 disse que um amor do passado retornaria. E eu levei isso à sério. E deu tudo errado. 

Entender que era para ter sido. Entender que pode ter havido aquela falta de dialógo, paciência e... vontade. 

Perceber que a pessoa está vivendo muito bem o que talvez pudesse ter sido vivido com você. 

Colocar em palavras que sim, você era a fim da pessoa, mas não soube lidar com àquilo tudo.

Foi direto. Cruel. Me gerou duas cervejas e uma raiva profunda.  Eu realmente acreditei em meu horóscopo e não deu muito certo. 

Nada deu certo. Palavras não puderam expressar o sentimento. Sentimento? Ele realmente existiu? O que teria sido feito se ele existisse hoje?

Não existe mais. Nada existe para ser revirado, resgatado. Nenhuma intenção. Nem vontade. 

Mas sigamos. Não há nada a ser feito. 

E dica: leiam o horóscopo apenas quando o dia acabar. 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Como conseguir um marido - Parte 2

https://bolshaia.blogspot.com/2011/08/diva-da-kukla-conseguir-um-marido.html

Há 9 anos escrevi este texto. Na época me preparava para casar e tudo estava muito perfeito. Meu relacionamento era estável, gostoso e estava vivendo, de longe, a melhor fase de minha vida. 

Hoje, não estou de longe, vivendo a melhor fase de minha vida. Pandemia, insegurança profissional, cabeça que não para, medo, choro e solidão. 

Quem poderia imaginar que uma relação tão incrível, terminaria em silêncio, como se nunca tivesse existido?

Mas, está tudo bem. De verdade. De lá para cá, a vida foi sendo vivida, construída. Obviamente não sou mais a Karla daquela época. Eu tinha 27 anos, estava perdidamente apaixonada e achava do fundo do meu coração que meu casamento era para sempre. 

E vamos seguindo. Efetivamente um dia por vez. Sem necessidade real de achar um segundo marido. Até tenho me fincado na teoria de que talvez não seja uma boa ideia morrer sozinha. Acho que o corona me fez refletir que casar novamente não seja lá de tudo ruim 

Só não achei a pessoa. E no ritmo que as coisas andam, vai demorar a rolar. Graças a Deus, todo esse tempo depois, eu ainda acredito no amor. Mesmo que eu tenha vivido, depois da separação, os piores relacionamentos que uma pessoa como eu, poderia viver. 

Eu ainda acredito no amor. De verdade. 

Sobre matar um leão por dia.

Agosto é um mês especial para mim. Nele me casei, é um acontecimento, que mesmo não tendo sido um sucesso, me marcou bastante, e foi no dia 26 de agosto que colei grau. Então, celebro este mês de forma muito consciente de quem sou. 

E 2020 é ainda mais especial, apesar de não estarmos vivendo nosso melhor ano, por ser o que marca 15 anos de Secretariado Executivo. Profissão que me acolheu quando eu não sabia mais o quê fazer da vida. 

Lembro muito bem de meu primeiro dia de aula. 14 de fevereiro de 2005. Já naquele ano, em meu segundo semestre, eu passei a atuar como Secretária, embora, claro, como Estagiária. 

E fui construindo minha história. Com humildade, com muita luta, com muita fome, com muita vontade de desistir, várias vezes. Nossa, quantas vezes me questionei se estava tomando as melhores decisões sobre a profissão que me levaria pela vida. 

O fato é que ainda me questiono. Principalmente quando cometo algum erro, ou quando o que eu fiz não parece ser algo normal. E a verdade é que isso vem acontecendo demais nos últimos 5 anos. São 5 anos trabalhando no mesmo lugar e ainda parecendo ser o primeiro dia. 

Tem dias que eu choro. De soluçar. Porque são coisas aparentemente bobas, mas que ou mostram que eu não sou uma boa Secretária, ou que provavelmente demonstram que eu realmente não tomei a melhor decisão no dia que fiz o vestibular para Secretariado Executivo. 

Mas eu tento. Muitas pessoas me ajudaram ao longo destes 15 anos. E muitas me ajudam ainda. Pessoas que me inspiram, me guiam e me dão a mão. As vezes, em forma de crítica e bronca, mas, ainda assim, me sinto ajudada. Eu que prefiro ficar calada. Não sei mais se sou exemplo, se inspiro, se estou no caminho certo. 

Não trabalho somente pelo dinheiro. Eu realmente amo a área de secretariado e espero, de verdade, poder me aposentar, se é que este dia chegará, como Secretária. E estou sempre matando um leão por dia, graças a Deus, não de forma tão sofrida. Mas sim, todos os dias eu repenso, eu me recolho em pensamentos sinceros de que amanhã será um novo dia, e talvez, eu não erre.