Agosto é um mês especial para mim. Nele me casei, é um acontecimento, que mesmo não tendo sido um sucesso, me marcou bastante, e foi no dia 26 de agosto que colei grau. Então, celebro este mês de forma muito consciente de quem sou.
E 2020 é ainda mais especial, apesar de não estarmos vivendo nosso melhor ano, por ser o que marca 15 anos de Secretariado Executivo. Profissão que me acolheu quando eu não sabia mais o quê fazer da vida.
Lembro muito bem de meu primeiro dia de aula. 14 de fevereiro de 2005. Já naquele ano, em meu segundo semestre, eu passei a atuar como Secretária, embora, claro, como Estagiária.
E fui construindo minha história. Com humildade, com muita luta, com muita fome, com muita vontade de desistir, várias vezes. Nossa, quantas vezes me questionei se estava tomando as melhores decisões sobre a profissão que me levaria pela vida.
O fato é que ainda me questiono. Principalmente quando cometo algum erro, ou quando o que eu fiz não parece ser algo normal. E a verdade é que isso vem acontecendo demais nos últimos 5 anos. São 5 anos trabalhando no mesmo lugar e ainda parecendo ser o primeiro dia.
Tem dias que eu choro. De soluçar. Porque são coisas aparentemente bobas, mas que ou mostram que eu não sou uma boa Secretária, ou que provavelmente demonstram que eu realmente não tomei a melhor decisão no dia que fiz o vestibular para Secretariado Executivo.
Mas eu tento. Muitas pessoas me ajudaram ao longo destes 15 anos. E muitas me ajudam ainda. Pessoas que me inspiram, me guiam e me dão a mão. As vezes, em forma de crítica e bronca, mas, ainda assim, me sinto ajudada. Eu que prefiro ficar calada. Não sei mais se sou exemplo, se inspiro, se estou no caminho certo.
Não trabalho somente pelo dinheiro. Eu realmente amo a área de secretariado e espero, de verdade, poder me aposentar, se é que este dia chegará, como Secretária. E estou sempre matando um leão por dia, graças a Deus, não de forma tão sofrida. Mas sim, todos os dias eu repenso, eu me recolho em pensamentos sinceros de que amanhã será um novo dia, e talvez, eu não erre.
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