Tive um almoço absurdamente sem sal. Não na comida propriamente dito, mas me faltou sal no rosto, vontade, alegria.
Algo me angustiava e descobri que precisava conversar com a minha amiga que perdeu a mãe para um câncer maldito.
E ouvir sua voz me acalmou em certos aspectos, mas eu que era apenas uma amiga de faculdade, me sinto um pouco tensa com a situação. Afinal, a mãe de minha colega, durante algum tempo de nossas aulas, nos pegava de carro em um determinado ponto e me deixava na porta de casa. Nunca me cobrou nada. Era sempre sorridente, sempre achava engraçado meus comentários ácidos e era atenta aos nossos passos como profissionais, opinando, esclarecendo dúvidas. E o lanche que ela nos ofereu um dia, enquanto nós nos estapeavámos verbalmente na tentativa de elaborar um trabalho!!. Foi um lanche divino.
Não sei como é a dor de quem perde uma mãe. E espero estar preparada, caso chegue em algum momento esta bendita hora.
Aí lembrei que indo para o restaurante, uma garotinha passava com a mãe e dizia:"Preciso de um dia para crescer".
Quem me dera se fosse tão simples assim. Há pessoas que precisam de uma vida inteira e não observam e não crescem.
Tenho certeza que não foi o caso da Mercedoca.
Que Deus a tenha em seu lugar mais florido e brilhante.
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