terça-feira, 23 de março de 2021

O que você deixou de ser quando cresceu?

Achei esta pergunta no instagram e fiquei um tempo refletindo para vir escrever. 

Daqui a uns dias eu completo 37 anos e as vezes eu não acredito que estou neste momento, chegando quase aos 40 anos. Nunca imaginei mesmo, quando era criança, que o tempo pudesse passar tão rápido. 

E respondendo à pergunta: 

Eu deixei de ser leve. 

Eu era uma criança muito alegre, sonhadora, falante. Eu queria ser jornalista e já era uma, escrevendo o tempo todo, tagarelando. Também já era líder, pois não aceitava ninguém mandando em mim. E também, acredito hoje, que eu era cerimonialista também, porque eu adorava planejar as festas com a mamãe, ajudar, antes, durante e depois e ainda perguntava se alguém estava precisando de algo. Era espontânea. Risonha. Confiante. 

Eu deixei de ser sonhadora. 

Na adolescência fui perdendo um pouco desse sonho livre. Fui assumindo responsabilidades muito cedo, nada voltado à trabalho, mas eu tinha uma sobrecarga mental muito intensa. Sofria dias pensando em coisas que, no final, não eram nada demais. Me envolvi muito cedo com um universo de pressão interna, cobranças com relação ao futuro profissional e criei meu próprio mundo, de lágrimas e angústias. 

Eu deixei de ser criança.

Não cresci no tamanho, mas me tornei quando cresci por dentro, uma pessoa muito mais amargurada. Até faço o que tenho que fazer, enfrento o que preciso enfrentar, trilhei até aqui um caminho profissional de muita luta, dedicação e respeito. E doei meu coração à pessoas e situações que me deixaram cansada. 

Me tornei uma adulta cansada pelas dores da alma. Pelas críticas, quase sempre por eu ser quem eu sou, pela vontade de acertar mas acertando em futilidades e depressão. 

Cresci até demais. 37 anos, mentalidade amadurecida, quase envelhecida. Em determinados dias, me perco um pouco e sou bobalhona, brincalhona e cheia de não me toque. De repente me lembro, que é esta intensidade e excesso de liberdade que me afastam do que me cerca e das poucas pessoas que ainda acreditam em mim.

Para meus próximos anos, desejo saúde. E que eu torne todos os meus lapsos em estudo, silêncio e força. 

 

terça-feira, 16 de março de 2021

Ainda sobre o BBB - Carla Diaz e Arthur

Uma edição do BBB sem um casal, não é BBB. Alguns casais se formam lá dentro, mas acabam logo; outros aqui fora, até se casam e tem filhos. 

Ao longo de 21 temporadas, já vimos todos os tipo de casais. Mas é certo que o casal desta edição é um do que me lembro serem o mais chato. Saudades até do trio Fani-Alemão- Siri. 

Carla Diaz é atriz, que como uma grande parte da classe artística, está desempregada. Viu no programa a oportunidade de se reinventar e claro, além de ganhar um milhão e meio, quem sabe um contrato fixo, um papel arrebatador.

Arthur, Instrutor de Crossfit, machista, mau educado, ranzinza e que perde a maioria das provas para o mais fumante da edição, o Fiuk, que vem a ser filho do eterno  maravilhoso, Fábio Junior, irmão da gata da Cléo Pires e não, ele não é filho da Glória Pires. 

Depois deste resumo, de quem é quem, iremos falar sobre o fato de que a Carla fugiu dias do Arthur. Ele insistiu. Muito. E ela aceitou. Fim. Fim, porque a Carla fica naquela, insistindo, se dedicando, e ele, daquele jeito que homem fica quando não quer, mas não sai de cima. Ele está com ela, provavelmente porque ela faz o serviço dela todas as noites, e porque ele a acha forte dentro do jogo. 

E levando o que estamos acompanhando para vida real, quantas vezes não fomos uma Carla? E quantos homens são um Arthur? 

Não tenho mais vergonha de admitir, que fui como ela, muito mais vezes do que gostaria. E tive ao longo de minha trajetória amorosa, que começou aos 15, muitos caras neste tipinho do Arthur. 

E não tem nada a ver com idade. Inclusive, quando adolescente eu conseguia perceber quando o garoto era escroto. Mas quanto mais velha me tornei, mais idiota. Desta forma, me relacionei muitas vezes na base da carência, da insegurança e do medo de ficar sozinha. Inclusive, meu último relacionamento, que como sabem, terminou na noite de Natal, foi um pouco baseado nesta história: uma pessoa que me quis durante muitos anos, mas que quando conseguiu, não gostou, e resolveu ser um tiquim escroto. Não digo totalmente, porque eu ainda estou na terapia para tentar entender qual foi a minha real parcela de culpa. 

Claro que quando a Carla sair do BBB e perceber o que viveu e que tipo de macho é o Arthur, ela ficará com vergonha. Porque ela foi o que muitas mulheres são, e não querem, mas que se deixam levar pelo sentimento de que vai dar certo. 

Não dá certo. 

Vai por mim. 



Você é protagonista, coadjuvante ou figurante da própria vida?

Todo mundo sabe que eu amo o BBB e que às segundas eles fazem um Jogo da Discórdia. Ontem, a pergunta era essa: quem você acha que é protagonista, coadjuvante ou figurante no jogo? 

Trouxe a reflexão para minha vida imediatamente. Quando fui fazer minha oração antes de dormir, me fiz esta pergunta e sinceramente, fiquei um pouco confusa.

Estou prestes a completar 37 anos. Tenho uma história pautada em valores muito específicos, e uma trajetória vivida dentro de uma realidade média. Nunca passei fome, necessidade de itens básicos, recebi uma educação muito rígida, mas nada que me tornasse uma pessoa revoltada. Nunca infringi a lei de forma a ser presa, nem tomei atitudes que me ferissem de forma concreta. 

Mas ainda não sou protagonista de minha própria vida, porque eu tenho um coração muito mole e inconstante. Não sei me comportar de forma fria, sofro com pequenas ações, que podem tornar um dia lindo em um dia infernal. 

Sou coadjuvante, porque eu ainda trilho meus dias pensando mais nos outros do que em mim e até o momento não acho que isso esteja me afetando de uma forma que me destrua internamente. Claro, tem coisas que eu não espero daquela pessoa que eu tento ajudar, mas eu no geral também não espero muito em troca não. Mas não sei caminhar sozinha, com desdém pelo próximo ou sua história pessoal. 

Acho que meu lado figurante é muito forte no que diz respeito aos relacionamentos amorosos. Só fui protagonista até um certo ponto do meu casamento, depois parti rapidamente para o status de figurante e desde então, é assim que tem sido. Me deixei influenciar várias vezes por mensagens de pessoas que diziam gostar de mim, mas que no fundo me achavam a pior pessoa, e infelizmente, isso ainda é muito presente em meu cotidiano. 

Acredito que o mais importante é a auto análise, reconhecendo onde é necessário melhorar, investir mais energia ou simplesmente entregar para os passarinhos comerem. Algumas coisas não tem jeito mesmo.

Se eu quero se protagonista? Obviamente. Mas é importante não se tornar arrogante, soberba, intolerante e se achar extremamente auto suficiente, em um mundo que as vezes é muito mais interessante ser coadjuvante, evitando excesso de confiança, dor, tristeza e solidão. 

Já já meu grande dia chega. Como será que estarei me sentindo neste dia? Só espero que não seja figurante. 


sábado, 13 de março de 2021

Como está seu sábado à noite?

Me perguntaram como está minha noite de sábado.

Decidi seguir lendo um livro. Já havia lido 74 páginas e até este momento, estou indo para a leitura de mais 200, desde às 16h, mais ou menos. 

Acordei cedo. Rezei meu terço, fui às compras, fiz a unha, me atrasei para a aula de inglês, dormi, acordei umas 15h, comecei a escrever minha matéria para o Capital em Foco, almocei em torno das 15h40, joguei Qboa no banheiro e quase tive uma intoxicação e comecei a ler. Algumas pausas para twittar, olhar o instagram, o face e os jornais on-line. 

Um sábado comum. Tranquilo. E eu agradeço por isso.

Dentro de mim, a angústia de ter cometido um erro ontem, que me deu o silêncio eterno de uma pessoa que eu gosto muito. Acompanhando duas pessoas especiais, que amo e estão com Covid. Acompanhando, aliás, várias pessoas que sequer conheço, que estão atravessando seus piores dias por conta desta doença maldita.

Completamos um ano desta pandemia. Sinceramente, em minha cabeça já estamos há muito mais tempo. Nada melhora, só piora e o que mais me irrita são as pessoas ainda insistirem em não usar máscara, nem lavar as mãos, e comemorarem a vida como se tudo estivesse normal. 

Amanhã, 14 de março, fará um ano em que quase o Bolshoi realizou seu último evento. Graças a Deus conseguimos realizar mais um casamento quase no fim de 2020. Este casal, que celebrará Bodas de Papel, é um casal expressamente importante para nós, por muitos motivos, e são, claramente o sinal de que tudo vai dar certo. Só não sabemos quando, afinal, já estamos nos arrastando por aí sem vacina e em um lockdown boqueta, sem leito, sem remédio e com muita gente ruim proliferando o que tanto tem atingido o mundo de forma tão brutal. 

É isso. Escrevi isso em meu diário, mas vim escrever para vocês, muito mais para dividir que estou em casa, graças a Deus, em um sábado à noite. Acho que quis responder à pergunta feita para acalmar a mente, o coração, dar um respirada, já que não podemos sair. 

Acho que também para agradecer a Deus por estar bem, porque eu li um texto há pouco sobre a ingratidão que é reclamarmos de tudo, quando a geração de nossos bisavós e avós atravessou guerras, Gripe Espanhola e tantas situações, para que estivéssemos hoje, muito melhores e mais seguros, inclusive, dentro de casa. Não podemos reclamar de nosso conforto tecnológico enquanto neste momento tem muita, mas muita gente mesmo passando fome, tentando sobreviver e morrendo por conta do Covid.

Termino. Sem mais.

Boa noite!


segunda-feira, 8 de março de 2021

Mais um dia das mulheres!

Cada dia que passa eu me sinto muito triste por ser mulher. Agradeço a Deus, mas quando vejo a quantidade de mulheres sendo mortas, humilhadas e tratadas com indiferença pela sociedade, fico pensando qual é o meu papel como mulher. 

Ainda não sinto que fiz real diferença na vida de outras mulheres, até o momento. Muitas vezes julguei seus posicionamentos, falas e trajetórias, com um olhar machista e eu tenho uma vergonha muito intensa dentro de mim.

Hoje em especial estou muito triste. Pessoalmente me sentindo não só uma mulher ruim, mas uma mulher que não merece ser celebrada. Olho minha própria história e percebo que todas as vezes que fui traída, humilhada e desconsiderada, não foi somente por ser mulher, mas por não ser a mulher adequada para este mundo. E imagino o tanto de mulher mundo afora sente o mesmo do que eu e entendo o quanto machuca e nos tira a paz. 

Mas como tem sido desde o Natal passado, estou pouco a pouco me silenciando. Parei de postar muitas coisas, focando mais no Bolshoi, estudando, não comentando, somente quando é algo positivo. Estou julgando cada vez menos o outro, principalmente quando é uma mulher, porque eu sei que é errado e que cada pessoa neste mundo merece meu silêncio e meu respeito.

Em minhas orações matinais, pedi a Deus por todas as mulheres de meu convívio, que habitam minha rotina e ocupam meu coração: mãe, irmã, sobrinhas, cunhadas, amigas, companheiras de trabalho, de Bolshoi, de freelas, de pandemia, fornecedoras, noivas, debutantes - e as mulheres de suas vidas. Rezei por quem não conheço, porque eu sei que cada mulher merece muito amor, carinho e celebração diária. 

Agradeço por ainda assim, ser mulher. Espero um dia, ter orgulho de mim. 

quarta-feira, 3 de março de 2021

Se você pudesse voltar para 1º de janeiro de 2020 e dar um só aviso a você mesmo, o que você falaria?

Quando li esta frase, chorei.

Já choro naturalmente, mas quando lembro que há pouco mais de um ano, toda a nossa história parecia que seria outra não é?

No dia 01 de janeiro de 2020, se eu realmente pudesse me dizer algo, seria para ter cuidado. Para tentar melhorar como pessoa, como ser humano, como profissional.

A verdade é que eu atravessei 2020 sem planos oficiais. Bem como eu vinha meditando na virada do ano. Fui me deixando levar, produzindo o que precisava, sobrevivendo ao caos mundial, sentada no meu próprio barco no meio da tempestade que estamos vivendo há um ano. 

No dia 01 de janeiro de 2021, eu lembrei de como, há um ano, eu só pedi a Deus saúde e meu emprego no lugar. Graças a Deus, mesmo tendo Covid, trabalhei muito, aprendi muito e me silenciei um pouco mais, eu acho (risos).

2021 está sendo, dentro de uma perspectiva pessoal, um pouco melhor do que o ano passado. Estou de fato muito mais caladinha, cuidando da minha cabeça, estudando muito e me preparando para atravessar meu aniversário de 37 anos em mais um ano pandêmico. 

Me sinto agraciada, principalmente, porque meus pais puderam tomar a vacina, por eles estarem com saúde, minha família toda de um modo geral, eu acho também. 

E vamos juntos. Cada um do seu jeito, no seu ritmo, no seu momento, com quem tem que ser e como tem que ser. 

Até 2022, felizmente, ou não, ainda teremos muito a superar. 

E iremos.

Com fé em Deus. 


segunda-feira, 1 de março de 2021

Mulheres também magoam homens.

 


Falei sobre isso em um texto anterior e hoje encontrei essa mensagem no facebook e vim aqui reforçar esta realidade. 

Acho que eu sou uma dessas mulheres que certamente já magoou milhares de pessoas, entre elas, homens incríveis. Mas isso não é também algo que apague o fato de que muito certamente, também, eu fui muito mais magoada. 

Não que a questão aqui seja medir quem magoa mais, mas é preciso antes de tudo fazer uma reflexão.

Sei que em muitas relações eu fui abusiva, incoerente, mau caráter, infiel, desleal, rabugenta, ciumenta e tantos adjetivos, que infelizmente me tornam, dentro de uma certa margem, não apenas uma mulher ruim, mas um ser humano ruim.

Não é algo que acontece sempre, mas em algum momento, algo do citado acima, aconteceu. Não tudo ao mesmo tempo, eu acho. 

Estou prestes a completar 37 anos, aliás, este mês, e o que mais quero no momento é ficar sozinha. Entendi em meu último relacionamento que não sou nada boa para isso de namorar, e tudo mais que esteja inserido no contexto. Apesar de sentir uma certa falta, o caminho mais seguro é o que tenho escolhido desde 24 de dezembro de 2020.

À quem fiz da vida um inferno ou algo parecido, meus sinceros pedido de desculpas. 



terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Você também pode ter sido o amor ruim de alguém.

Quase caí da cama, ontem, quando li esta mensagem. Primeiro porque eu escrevi um texto, ontem também, sobre o quanto eu tive de amor ruim em minha vida, principalmente, a partir de 2016, e no quanto isso me afeta até hoje.

E eu já escrevi um texto, em 2019, após o fim de um pseudo namoro que durou 20 dias, pedindo desculpas por ter falhado. 

Mas ao mesmo tempo em que eu peço desculpas, eu não peço. Não acho que eu ter errado, ou ter sido um amor ruim, justifique tudo que já me fizeram.

Obviamente que também não sou tão ingrata, até dar errado, vivi muitos momentos legais e divertidos, mas olha, isso tudo é imediatamente esquecido.

Provavelmente os seres humanos que me fizeram sofrer já estejam em outra há tempos, e não fazem muita questão de esconder que se divertiram com o meu sofrimento, mas vou te contar um segredo: hoje, apesar de doer muito cada término, eu estou finalmente entendendo que nenhum deles me matou e que apesar de ter optado por fechar meu coração, eu ainda acredito no amor, porque, graças a Deus, ele pode ser vivido de várias maneiras. 


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

É o teu medo de ficar sozinha que te coloca em relações fracassadas.

Esta frase nunca fez tanto sentido para mim, quanto tem feito neste momento de minha vida. E tantas outras, que seja pela inteligência artificial ou o universo conspirando, me aparecem ao longo do dia. 

E isso se conecta com toda a minha análise que venho fazendo desde o dia 24 de dezembro, que é para mim o fim de uma era.

De lá para cá eu me envolvi rapidamente com 3 pessoas, nada além de 1 ou 2 dias. E de lá para cá eu efetivamente decidi ficar sozinha, até que eu encontre alguém minimamente capaz de estar à altura do que almejo, sonho e desejo. 

Percebi o quanto me desgastei por pessoas que em nada estavam na minha vibe, que apenas me usaram, mesmo eu sendo pobre, que me fizeram chorar, me sentir um lixo, uma brega, feia e mau caráter. 

Pessoas que me questionaram a alma, os sonhos, os objetivos e principalmente, minha trajetória, através do desprezo, do desrespeito e da falta de coragem de me olharem com carinho e afeto. 

Estas pessoas não precisaram me trair, me enganar ou me machucar fisicamente. Eles me deixaram efetivamente me sentindo a pior pessoa do mundo. Uns em 2 meses, outros em apenas um dia. Não é preciso muito para magoar uma pessoa como eu, que acredita no ser humano e acaba entregando tudo que tem de melhor. 

Chegar neste ponto, uma pessoa que acredita tanto no amor, que sonha em ter uma pessoa legal, que tenha reciprocidade e me faça bem, ao mesmo tempo em que eu deixe minha insegurança de lado, é cruel. 

Cruel porque eu sempre fui leve, divertida e corajosa no que diz respeito à relacionamentos. Mas desde 2016 eu perdi a mão, o coração e a vontade. E em 2020, em meio à uma crise interna e pandêmica, eu sofri o maior golpe que poderia sofrer e optar por seguir sozinha, até que Deus me permita realmente encontrar a minha tampa da panela, porque eu não sou frigideira, eu sei que terei que me guardar, me manter mais fria, calculista, sóbria e distante. 

Novos rumos. Mais silêncio. Ainda dói e até quero que doa muito tempo. Não desejo mal à nenhuma pessoa que me fez ou me deseja o mal. Quero apenas me recuperar, me manter firme no que acredito e aceitar os caminhos. E refazê-los com a mesma intensidade com o que sou abandonada. 

Acredito demais que hoje eu não preciso mais ter medo de ficar sozinha. Algumas almas se bastam. 







quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Me perdoando

Sabe o que é engraçado? Quando você olha para alguém com um olhar positivo, todos os pontos negativos parecem só pontos.

Quando li esta frase, pensei em mim mesma, imediatamente. Porque eu estou tão cansada das pessoas, não todas, amém, só enxergarem meus pontos negativos e transformá-los somente em pontos negativos.

Eu tenho em minha criação, uma frase que diz que amigo meu tem defeito e eu tiro, e sabe, eu faço isso tanto, mas nem todo mundo faz isso comigo.

Daí que me resta ficar me pedindo desculpas o tempo todo, as vezes, sem nem saber pelo quê estou realmente me desculpando. 

Antes me pedia perdão por ser intensa. Depois por não ser mais intensa. Depois por tratar todos bem, depois por acabar detestando uma grande parte de pessoas. 

Mas eu agora peço perdão por existir. Porque é uma sensação real de que minha existência e tudo que preciso fazer para viver, é um erro. 

Caras tortas, silêncio, patadas, ligeiros foras, foras grandes... As pessoas só conseguem me deixar ainda mais lá no fundo do meu mini poço, até porque pelo meu tamanho, qualquer poça vira um oceano.

Cansada de dar muro em ponta de faca, de insistir, de pedir, de me desmerecer e de me sentir assim, solitária, enquanto muitas pessoas se divertem me tratando como se eu fosse absolutamente, nada.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Não é não, não é? - BBB 21 e o assédio vindo de uma mulher.

 E lá vamos nós de BBB...

Ontem na festa do BBB 21 a Karol com K (sei lá como escreve o nme desta chata nível hard) seguiu perdendo a linha e tombando sua imagem, já extremamente descascada pela mídia, contratantes e fãs. 

A treta é tensa! 

Lá na casa tem um ex-namorado da Maraia e Maraisa (nunca sei quem está pegando mesmo o Fernando) e eis que a Karol está desde o começo de sua loucura, dando em cima real do Acrebiano (pois é, mais conhecido como Microbiano). 

E chegamos ao dia da segunda festa e ela fez que fez que fez até que: o beijou. E dizem que terminou a noite beijando mais (e otras cocitas más).

A questão toda é que o Acrebiano, ou Bil para os íntimos, não queria, não quer e quis. Mas a cara dele dizia desde o primeiro minuto da existência da Karol que ele não queria. Aliás, o beijo de ambos só não foi pior do que o beijo da Thaís (não sei quem é) no Fiuk (famoso, sic, filho do Fábio garanhão Junior), que foi bem beijo adolescente e talz. 

Novamente levamos o tema acima para a vida real de quem paga contas e psicólogo para lidar com as merdas da existência. Quando a mulher faz o que a Karol fez, ela leva nome de quê? Porque se ele faz isso com ela, coitado, seria taxado de assediador. Se ele diz não pra ela, além de ouvir piada por ser gay, provavelmente, ainda seria acusado de racismo. 

Aí eu me lembro, infelizmente, que eu já fiz este mesmo papel ridículo da Karol e eu tenho uma vergonha sinistra disso. Não lembro quantas vezes, mas um em específico me faz querer sair correndo até hoje. 

Réveillon de 2016 para 2017 eu estava pendurada no pescoço de um cara que olhava para mim exatamente como o Bil estava olhando para a Karol e eu pensei ontem: eu realmente paguei um mico colossal. Sorte que desisti logo e  vida se encarregou, graças a Deus de me acalmar. Se bem, que de lá para cá minha vida amorosa seguiu um completo desastre. 

O que me leva a pensar em uma frase que um sobrinho me disse lá em 2010: nem todo cara é obrigado a ficar contigo. E há 2 semanas ouvi que se eu ficar sozinha, está tudo bem.

Caracas, tudo se encaixa absolutamente bem. Principalmente agora que eu estou sofrendo absurdamente pelo fim de um relacionamento. Vou aproveitar e fazer um detox geral de macho alfa, escroto ou não. 

E com quase 37 anos, finalmente aprendi que antes só do que acompanhada e só e mais: cuidado mulherada, as vezes o jogo pode virar e de princesa, você pode se tornar uma assediadora, louca e destemperada (eu entendo bem disso). Vai por mim, não vale a paz. 

Se o cara não quer, ok. O famoso não é não né?


Responsabilidade afetiva.

 


Mais uma vez, venho desabafar, porque é isso mesmo. O blog é muito mais para isso. Na verdade, a ideia é inspirar pessoas que assim como eu, estão no meio termo da vida: nem feliz, nem triste. 

E achei essa frase ontem no insta e fiquei pensando nisso horas. Eu vinha pensando nessa questão de responsabilidade afetiva há um tempo. Aliás, desde que levei um fora e ainda estou sendo tratada como louca varrida bruxa do 71. 

Me peguei pensando no quanto eu já fui irresponsável afetivamente com a dor do outro. Porque essa questão toda de responsabilidade afetiva ela é muito ampla. Acho mesmo que vai além do relacionamento amoroso, ela se encaixa em todas as relações que existem em nossa convivência com o próximo, inclusive com animais e plantas. 

Já terminei namoros, amizades e relações familiares, sem me preocupar como o outro ficaria. Sem escolher a melhor maneira, as melhores palavras, o melhor momento. Na ânsia de me livrar daquela angústia, medo, insegurança e muitas vezes desamor, eu simplesmente fui, com certeza e perdão pela palavra, uma escrota. 

Mas pensando um pouco mais, isso aconteceu até o meu casamento. aprendi muito com meu ex marido sobre esta questão e assim, quando terminamos, tivemos um com o outro esta responsabilidade, pois a vida precisava seguir e ainda hoje, mesmo não sendo melhores amigos, sei que posso contar com ele e ele sabe que pode contar comigo. E depois do meu divórcio, eu fui semi escrota só uma vez, mas graças a Deus com o tempo, resolvi a questão.

Agora, a quantidade de pessoas que me fazem mal pela falta real de responsabilidade afetiva, olha gente, se eu contar, vocês choram junto. Uma grande parte de pessoas que diziam ser minhas amigas ou me amar, bem, no final me deram um facada extrema e expressa, alegando que meus chacras são desalinhados, que eu tenho que procurar Deus, que eu sou louca... Mas nenhuma destas pessoas, imaginava o quanto isso afetaria profundamente a minha caminhada. E nenhuma delas me ofereceu a mão, enquanto eu sofria/sofro. 

Ah mas é um problema delas como eu fico ou não fico depois do fim? Não, mas a gente espera o mínimo de respeito, consideração e carinho quando se trata, supostamente de uma amizade verdadeira ou ainda mais supostamente, o amor de sua vida. 

É o cuidado com o sentimento do outro. Perceber que se não for amor, se não for para ficar, seja como amigo, como namorado... apenas não fique e deixe-nos com o que for necessário. E quando for sair, ainda que doa um pouco em nosso coração, que o outro não nos trate como se fossemos lixos, desumanos rastejantes e como se toda a história vivida, não tivesse servido de absolutamente nada.

Claro que nem todo relacionamento que termina, precisa ficar com marcas uhuu positivas, mas sei lá, é estranho quando você divide o coração, a vida, a alma, sonhos, projetos e copos de cerveja e no final, àquela pessoa se torna uma fumaça de um cigarro barato. 

Quero evoluir cada dia mais. Quero não ser mais tóxica e se Deus quiser, sempre, ainda mais agora que aprendi o poder da irresponsabilidade afetiva, quero cuidar do outro, para que ele se sinta acolhido, amado e seguro para acreditar que o amanhã poderá ser muito melhor.

Peço perdão, do fundo do meu coração meio gelatinoso neste momento, por todas as vezes que eu fui uma total irresponsável afetiva.




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Tem muita testa oleosa achando que é mente brilhante

Amo esta frase! E acho que é possível seguir falando sobre o tema de ontem, cancelador X cancelado. E seguir comentando o BBB 21 que está babado! 

Quando leio esta frase eu penso no tanto de vezes me senti uma retardada, burra e incompetente. Mas também, graças a Deus, consigo lembrar das vezes que me senti inteligente e que isso contribuiu positivamente na vida de alguém. 

E principalmente, me lembro, um a um, quem realmente se achou brilhante perto de mim, mas que não passava de uma testa muito oleosa. 

Não sou hoje, nem nunca fui, e provavelmente, nunca serei, melhor do que ninguém neste mundo. E tenho aprendido, principalmente, desde o dia 24/12/2020, que o que é preciso cada um trilhar seu caminho, que nunca será fácil, na construção de mundos melhores. 

E levando a frase para o BBB 21, fico olhando a Karol, a Lumena e o Projota e fico imaginando que pessoas que pareciam tão inteligentes, não passam de uns cabeça cheia de milho. Se acham superiores, integradores da injustiça e cavaleiros da honra humana, mas são hipócritas, falso moralistas, não vivem a militância que tanto pregam e acham que quem está assistindo está amando. 

E por aí existem muitas Karols, Lumenas e Projotas, que ao menor sinal de burrice alheia, convencem, à eles mesmos, que são superiores nível PhD da vida. 

Espero que você que está por aí, por algum motivo, se achando melhor do quem quer que seja, te digo uma coisa: baixa a bola. Arrogância e prepotência pode até nos levar ao alto, mas nos cobra caro no fim da jornada. Ser humilde, não é ser ingênuo e bobo, mas ter a certeza de que o bem, sempre vem.