quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Responsabilidade afetiva.

 


Mais uma vez, venho desabafar, porque é isso mesmo. O blog é muito mais para isso. Na verdade, a ideia é inspirar pessoas que assim como eu, estão no meio termo da vida: nem feliz, nem triste. 

E achei essa frase ontem no insta e fiquei pensando nisso horas. Eu vinha pensando nessa questão de responsabilidade afetiva há um tempo. Aliás, desde que levei um fora e ainda estou sendo tratada como louca varrida bruxa do 71. 

Me peguei pensando no quanto eu já fui irresponsável afetivamente com a dor do outro. Porque essa questão toda de responsabilidade afetiva ela é muito ampla. Acho mesmo que vai além do relacionamento amoroso, ela se encaixa em todas as relações que existem em nossa convivência com o próximo, inclusive com animais e plantas. 

Já terminei namoros, amizades e relações familiares, sem me preocupar como o outro ficaria. Sem escolher a melhor maneira, as melhores palavras, o melhor momento. Na ânsia de me livrar daquela angústia, medo, insegurança e muitas vezes desamor, eu simplesmente fui, com certeza e perdão pela palavra, uma escrota. 

Mas pensando um pouco mais, isso aconteceu até o meu casamento. aprendi muito com meu ex marido sobre esta questão e assim, quando terminamos, tivemos um com o outro esta responsabilidade, pois a vida precisava seguir e ainda hoje, mesmo não sendo melhores amigos, sei que posso contar com ele e ele sabe que pode contar comigo. E depois do meu divórcio, eu fui semi escrota só uma vez, mas graças a Deus com o tempo, resolvi a questão.

Agora, a quantidade de pessoas que me fazem mal pela falta real de responsabilidade afetiva, olha gente, se eu contar, vocês choram junto. Uma grande parte de pessoas que diziam ser minhas amigas ou me amar, bem, no final me deram um facada extrema e expressa, alegando que meus chacras são desalinhados, que eu tenho que procurar Deus, que eu sou louca... Mas nenhuma destas pessoas, imaginava o quanto isso afetaria profundamente a minha caminhada. E nenhuma delas me ofereceu a mão, enquanto eu sofria/sofro. 

Ah mas é um problema delas como eu fico ou não fico depois do fim? Não, mas a gente espera o mínimo de respeito, consideração e carinho quando se trata, supostamente de uma amizade verdadeira ou ainda mais supostamente, o amor de sua vida. 

É o cuidado com o sentimento do outro. Perceber que se não for amor, se não for para ficar, seja como amigo, como namorado... apenas não fique e deixe-nos com o que for necessário. E quando for sair, ainda que doa um pouco em nosso coração, que o outro não nos trate como se fossemos lixos, desumanos rastejantes e como se toda a história vivida, não tivesse servido de absolutamente nada.

Claro que nem todo relacionamento que termina, precisa ficar com marcas uhuu positivas, mas sei lá, é estranho quando você divide o coração, a vida, a alma, sonhos, projetos e copos de cerveja e no final, àquela pessoa se torna uma fumaça de um cigarro barato. 

Quero evoluir cada dia mais. Quero não ser mais tóxica e se Deus quiser, sempre, ainda mais agora que aprendi o poder da irresponsabilidade afetiva, quero cuidar do outro, para que ele se sinta acolhido, amado e seguro para acreditar que o amanhã poderá ser muito melhor.

Peço perdão, do fundo do meu coração meio gelatinoso neste momento, por todas as vezes que eu fui uma total irresponsável afetiva.




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