segunda-feira, 23 de março de 2015

31 anos - dia 26

Em maio completo 6 anos na Assessoria Internacional da ANTAQ. E me lembro exatamente da minha ansiedade no primeiro dia. Não imaginava que ficaria tanto tempo no mesmo lugar. Nesses anos cheguei a fazer algumas entrevistas. Geralmente quando faço uma nem sempre é para sair daqui. Gosto de fazer meu currículo circular, de acompanhar o desenvolvimento do mercado do Secretariado Executivo e principalmente, gosto de me testar. 
Muitas pessoas me dizem que eu tenho potencial para mais. Também acho. Mas sou acomodada e medrosa e eu não trocaria jamais o certo pelo duvidoso. Tenho um medo gigante do desemprego. Sei que aqui é o máximo que irei conseguir, mas gosto do que alcancei nesses últimos anos. Estou me aperfeiçoando para dar o meu melhor aqui dentro. Mas não sou hipócrita ao ponto de recusar algo que me pague mais, mas enquanto isso não acontece, não reclamo.
Tem dias e dias. Em alguns dias me sinto super útil. Em outros não. Estou tentando terminar um MBA pela segunda vez na área. Meu objetivo na verdade é dar aula em faculdade e palestras para os profissionais de Secretariado. Amo a minha profissão e espero de fato me aposentar nela. E isso é de coração.
Tenho muito reconhecimento pelo meu currículo e pela profissional que sou. Acho que sou dedicada, entregue, pontual, disciplinada e tenho uma paixão por cada ação que realizo ao longo do dia. Essa sensação de utilidade me enche de paz.  
Mas também além de me cobrar, sou muito cobrada. A profissão sugere que estejamos sempre impecáveis, sorridentes e desenvolvidas. Não há muito espaço para falhas, pelo dinamismo que é o nosso dia a dia. 
Tem muita gente que me admira e diz isso e muita gente que não e diz isso também. As vezes não na minha cara. Semana passada por exemplo ao transferir uma ligação escutei uma pessoa dizendo que me detestava. Ela devia estar comentando com alguém. Não sei se ela percebeu que eu acabei ouvindo sem querer o comentário. E infelizmente não posso afirmar que não era para mim. Fica a dúvida. 
A verdade é que este episodio na hora me encheu o coração de medo, insegurança e não nego, arrependimento. Fui dormir questionando que tipo de Secretária Executiva eu sou e o que eu quero para o meu futuro. E olha, eu agradeci muito ter ouvido isso, porque no fundo é um impulso para que eu me policie mais, que eu estude mais e que eu acredite mais em mim. Não sou presunçosa achando que as pessoas tem inveja de mim. Isso não entra na minha cabeça. Não há motivo para ter inveja de mim, principalmente porque eu sou ainda muito crua no ramo e sei que tenho que desenvolver ainda mais habilidades e melhorar meu relacionamento com o próximo. E espero que além de eu me manter no emprego, ainda mais agora em tempos de crise, que eu não deixe de querer aprender e ajudar. Não me tornei Secretária por mim. Não acordo cedo para trabalhar querendo fazer tudo errado. Muito pelo contrário, tenho úlcera mental cada vez que sinto que fiz algo errado ou que o que eu fiz não foi válido. 
E assim vou vivendo profissionalmente. Tento aprender ao máximo com os meus superiores. Observo cada documento recebido para sempre fazer o próximo com mais atenção. Leio muito e me anteno às novidades do mercado. Vejo jornal, leio jornal, livro. Dentro da minha área eu me dedico à ser cada vez mais entregue. 
Só tenho a agradecer estes quase 6 anos. Agradeço à cada Gestão vivida aqui dentro, cada mudança de perfil, de atividades. Cada reunião, cada telefonema ou e-mail, seja em inglês ou em espanhol. 
Amo ser Secretária. Amo a ASI e espero que quem comigo trabalha sinta que eu não me sinto melhor que ninguém. Só não aceito ser humilhada, embora sendo de minha característica interna não bater boca. Chega a ser o verdadeiro: falem mal, mas falem de mim.
O mundo dá voltas e temos que sempre nos aprimorar. E não perder tempo metendo pedra no outro.

domingo, 22 de março de 2015

31 anos - dia 25

Faltando bem pouco para terminar a minha saga de 31 textos. Sei que nem todos eles fazem sentido, outros emocionaram, ou emocionarão. A verdade é que estou escrevendo neste momento muito mais por mim. Acho que eu gosto dessa nostalgia e gosto principalmente de agradecer ao dom da minha vida fazendo algo que me completa, que é o ato de escrever sem parar. 
Daí vim aqui meditar sobre os meus medos. E olha, tenho vários. Mesmo com toda fé que eu tenho em Deus, eu tenho um outro medo que me faz conversar com Ele mais intensamente.
Um dos meus maiores medos é perder meus pais. Apesar de sabermos que é algo natural e que uma hora isso acontecerá, não tem jeito: tenho medo. E converso muito com o meu coração para que eu pare com isso. Não posso pensar nesse tipo de assunto. Peço muito que eu tenha equilíbrio para lidar com isso na hora certa. Tenho muita gratidão pelos meus pais e não sei como será o meu mundo sem eles. Agradeço demais por tê-los em minha vida e sinto que graças a Deus e na fé eles viverão muitos e muitos anos.
Outro medo constante é o desemprego. Meu Deus! E não é pela questão do material em si, do dinheiro em si. É muito mais amplo do que isso. Vivemos além de uma crise bizarra, em um mundo que é altamente competitivo, cobra mais do que muitas vezes podemos oferecer e tem sob nós um poder absurdo de destruição. Se você não estuda e acompanha o desenvolvimento do mercado, oh! Fora. E eu tenho medo. Acho que se eu não o tiver, me acomodo. E não gosto. Estou no mesmo local há quase 6 anos e sempre terei esse medo diário. Sei que as vezes é necessário, mas na minha atual situação todos os dias peço a Deus que me guie, para que eu nunca desanime na hora do desespero.
E destaco aqui um livro que estou lendo aos poucos: Como vencer o medo de fracassar, do Hans Morschitzky que tem me ajudado a respirar mais profundamente e a ter a certeza de que o meu maior inimigo é o meu pensamento negativo que me desestimula a querer o melhor e mais. Essa briga da vontade com o medo será eterna, certamente, mas ela não pode ser um bicho papão.
Agora que farei mais um ano de vida e cada vez mais ficando velha, eu aprenda e me acalmar enquanto o mundo gira e me leva ou para frente ou para trás. Antes de tudo: não desistir de na queda, limpar os joelhos, olhar para o céu a agradecer cada libertação. 


sábado, 21 de março de 2015

31 anos - dia 24

Nunca achei que aos 31 anos pudesse me sentir bem comigo mesma. E não digo fisicamente. Eu sou inquieta e sei que tenho muito mais defeitos que qualidades e de fato isso me incomoda muito, muito mesmo. 
Um defeito que pessoalmente me irrita é a minha mania de achar que sei de tudo e que tenho a solução de todos os problemas dos outros. O que me faz falar demais, as vezes no momento errado e da forma errada. Dou altas mancadas. 
Algumas até surtiram um efeito positivo na pessoa, outros geraram ódio. Lidar com isso me emagrece mais ainda porque eu fico muito aflita quando o resultado é negativo.
Um exemplo positivo foi um dia qualquer de aula, chamei uma amiga do nada e perguntei porque ela estava desleixada com ela. Disse que a vinha observando e ela estava mais deprimida e mais gorda. Na hora me arrependi amargamente, mas hoje, muitos anos depois me lembro que depois dessa conversa ela mudou de emprego, se estabilizou com o namorado e ficou uma das mulheres mais lindas que eu conheci na vida. Tem dois filhos, super bem casada. Não sei se foi essa conversa em si, mas sinto que eu tive algo a ver com essa mudança de postura. 
Mas casos como este são raros. Muito raros. O último comentário negativo foi sobre o lance de não visitar a Sobrinha Ratattoulie na maternidade, que gerou um post com mais de 55 comentários. Entre eles fui acusada de não ter amor à família. Chorei litros e tive que me desculpar formalmente com todas as pessoas que se sentiram ofendidas. E não foram poucas. Talvez eu não tivesse que ter dito nada, muito menos no facebook né? Pois é, mas essa sou eu.
Segunda eu tive a capacidade de perguntar para minha chefe se era eu quem tinha arrumado os cartões dela, porque eu não me lembrava. E disse que se tivesse sido eu estava muito mal feito. A verdade é que a ela tinha arrumado os cartões, ou seja, abri minha boca para ofender. De graça. 
Estou aprendendo dia a dia a me manter com a boca mais fechada. Ainda mais em tempos de facebook e os donos da verdade, não quero me tornar a Rainha do Sabe Tudo. A verdade é que nada sei e dependendo do tema sou uma completa abestalhada para opinar. Não é fácil, porque acho que sou assim porque desde pequena eu juro que sou uma jornalista, o que me faz falar com tanta convicção sobre algumas coisas que até eu acredito. Mas a verdade é que sim, eu preciso me observar mais, observar o ambiente, a hora, para emitir alguma opinião mais concreta. Assim, evito não só de magoar as pessoas, mas de magoar à mim e aos que amo com verdade. Espero aliás que esse tipo de mudança não aconteça só a partir do dia 28. Não é dieta que eu começo na próxima segunda. O silêncio é algo pelo qual eu devo doar a minha vida para o meu crescimento interno. E principalmente para que eu seja respeitada. 


sexta-feira, 20 de março de 2015

31 anos - dia 23

Eu adoro fofoca de famosos. Desde pequena eu leio sobre isso. Sou bem julgada por isso, mas já me adaptei. Só que uma coisa tem me incomodado muito: a exposição de dietas e malhação na internet, principalmente pela parte dessa turma que querendo ou não influencia muita gente.
E aí entro na questão mais profunda que sempre me incomodou também: por que eu preciso ser magra e feliz como na revista Caras?
Quando me interesso por um ator ou atriz é muito mais pelo seu trabalho e não pelo seu corpo. Não pelo que ele faz para manter o bumbum na nuca, como dizem atualmente. Não ligo se fulano come salada ou carne, se beltrano malha 60 horas. Isso não me interessa. Nem no famoso nem na pessoa comum. 
E finalmente chego neste ponto, que no fundo nem tem nada a ver com o inicio do texto. Vamos viver mais livres do que a mídia diz. Paremos com isso de loucamente procurar o corpo ideal, a maquiagem ideal, a roupa ideal. Acho que tudo tem um limite e eu como já passei pelo exagero sei que precisamos nos amar um pouco mais como somos, seja sendo gordo ou magro, com olhos verdes ou amarelados. 
Falta amor próprio. Falta um pouco mais de conversa com a própria alma. Eu detesto seguir tendência e foi justamente isso que me ajudou a mudar algumas questões internas. Sei que está na moda ser vegetariano, mas a minha escolha de não comer carne não teve nada a ver com o modismo. Eu simplesmente não suporto o gosto da carne e isso tem mais ou menos uns 2 anos que vem sendo pensado e repensado por mim. A decisão não foi baseada no que a revista de dieta X me disse, mas é fruto de muito estudo e claro conversa com a minha médica. Juntas decidimos que seria bom para mim. Eu não escutei os xiitas da comida. 
Eu não malho, e sou extremamente criticada por isso, mas não me critico porque eu tenho plena consciência do que me faz bem, me agrada e me inspira. Não critico quem cuida da saúde, malha e se priva, mas por favor, viva mais e morra menos diariamente se privando de algumas pequenas loucuras.
O importante é ter saúde né? Não seguir a palavra do momento: tendência. A tendência é ser feliz. Se você é feliz, pronto, o corpo e a mente se encaixam. Foi assim comigo que era a louca da dieta, por que não pode ser assim com todos?


quinta-feira, 19 de março de 2015

31 anos - dia 22

Está quase acabando, mas ainda faltam alguns textos né? Então vamos que vamos.
Hoje eu queria falar sobre um assunto um pouco pesado, mas necessário, porque quero acabar de uma vez por todas com essa questão da minha fé e da minha escolha religiosa para a vida. 
Mas acho que preciso meio que parar de me cobrar, principalmente. Demorei muito para assumir para mim que eu não era mais católica e aprender a lidar com o fato de que no fundo de todas as questões eu não tenho nenhuma religião. Assumir isso me libertou. 
Deixar de ser católica foi uma decisão muito dolorosa e auto-crítica. Depois de viver toda uma vida entre missas, encontros de jovens e equipe e por aí vai, eu falei que não queria mais àquilo para mim. E não tinha nada a ver com a falta do sentimento do amor de Deus. Muito pelo contrário. Só que eu não queria mais isso para mim, nem missa, nem grupo jovem, nem velho. 
Aí me casei e tentei seguir a religião do meu ex. Tentei. Porque também acabei não me identificando. E agora estou nessa fase onde eu leio sobre o espiritismo, converso com algumas pessoas, mas ainda não me posicionei sobre seguir ou não.
Daí que optei pela fé e pela caridade. Ações que eu julgo de fato as mais importantes dentro de qualquer religião. Eu prego a paz e o amor, e não tem nada a ver com uso de entorpecentes. Sou à favor da tolerância de todas as formas e o respeito à individualidade. Não vivo em uma oração, vivo as orações em agradecimento à tudo que ganho de Deus diariamente. Não ir à um templo não me difere de quem vai. Gosto de toda noite sentar e rezar, mas um rezar diferente do que me foi ensinado em tempos católicos. Tento conversar com Deus pedindo menos que agradecendo. Acho que eu só posso agradecer. Acredito muito que Deus nos guia na caminhada e ter essa certeza me dá mais vontade de conversar com Ele. O sinto presente nas atitudes de bondade e dialogo constante com o próximo. Quando deixei de me sentir o centro do universo e passei a deixar Deus me guiar, as coisas fluíram e eu sei que não preciso disso em nenhum outro lugar, preciso disso em meu coração.
Não julgo nenhuma religião, até porque trabalho com casamento e e essa é a primeira questão a ser respeitada. Trabalho em todo tipo de cerimônia com a mesma vivacidade. Sou à favor da celebração do amor e confio que Deus também.
E agradeço de coração puro à quem me respeita. Pode me julgar, faz parte do ser humano. Agradeço também. Acho que cada um precisa ter sua escolha pessoal clara primeiramente para si. Eu optei por viver no caminho de ajudar ao próximo, seja apenas com uma palavra ou com dinheiro. Acho que isso é pregado em todas as religiões, então sei que Deus me acolhe como eu sou e se orgulha de mim. De nós. Sempre. 




quarta-feira, 18 de março de 2015

31 anos - dia 21

Uma das maiores ironias que aconteceram em minha vida nos últimos 31 anos, foi o fato de eu ter há 2 anos, começado a trabalhar como Cerimonialista de Casamentos. Quem me conhece sabe que é para mim um desafio. Um desafio gostoso, digo bem claramente. 
Não só porque me separei. Mas porque, mão de vaca que sou, sempre achei que gastar com festa de casamento é um desperdício. Ideia essa que mudou completamente quando trabalhei em meu primeiro casamento. Não lembro qual foi e nem como foi, por milagre, mas sinto até hoje, que é uma realização, mesmo não sendo uma realização pessoal. 
Para mim não há neste mundo nada mais gratificante do que finalizar um casamento com os noivos te abraçando e agradecendo. Não há nada mais lindo do que as daminhas entrando felizes na Igreja. A alegria dos pais vendo seus filhos casar. A alegria dos convidados, e até mesmo a bebedeira, poque mesmo sabendo que a grande maioria sairá falando mal, a outra parte se diverte e e agradece na pista de dança bombando, ao convite tão especial dos noivos.
Sou contra ostentação, mas sou à favor da celebração. Independente de como ela seja, de qual gênero seja, de dia ou de noite, na igreja ou não. A celebração do amor é o que me inspira diariamente, e quando trabalho em casamento, eu sempre me emociono. 
Tento melhorar a cada evento. E aprendo muito cada vez. É desgastante, é cansativo, estressante, mas o resultado é perfeito. Cada sorriso que vejo e até lágrimas emocionadas me inspiram a ser mais entregue e mais carinhosa com o evento. Porque é um investimento alto, mesmo que seja só um bolo com champanhe. É a realização de um sonho, muitas vezes de infância e eu não desdenho disso jamais. 
O que sempre aconselho quando coordeno um casamento, é que os noivos vivam isso como de fato um momento especial, mas não pirem. Evitem que as brigas aumente, porque não tem jeito, algo nos preparativos vai dar merda. Mas é preciso equilíbrio. Também digo que é preciso realizar o que pode ser pago sem morte. Se os noivos só podem algo simples, façam algo simples. Não ficar pensando nos outros de fato. Há uma preocupação para que os convidados se divirtam, comam bem, bebam e dancem, mas isso não pode ser o foco do casamento. 
A lista de conselhos que eu dou é imensa. Depende do casal. Mas hoje eu me sinto mais preparada para isso. Confesso inclusive que cada dia que passa eu pretendo mais trabalhar para outras empresas que montar a minha de cerimonial. Gosto de não ter que sofrer, porque as vezes nos envolvemos tanto que seguramos muitas ondas para evitar fadiga.
Eu particularmente cada dia que passa quero menos casar. Nem na Igreja, nem em outro lugar. Mas isso é de mim. É da minha personalidade apenas morar juntos. Me arrependi muito de ter me casado no civil com meu ex. Não por ele em si, mas a percepção de que mesmo tendo sido uma noite linda, foi em vão me dá vontade de chorar.
Quero casar de novo? Não, mas também não peguei raiva e se acontecer que eu me casa novamente, farei algo muito legal e diferente e divertido. 
Porque para mim não é o amém do Padre ou outro que vale. O que vale para mim é a celebração do amor de duas pessoas em troca de uma vida à dois muito especial. 
E Deus gosta disso.


terça-feira, 17 de março de 2015

Looks de segunda à sexta - ela só pensa em trabalhar




Get Dark



, Tendencco and Alain Afflelou Ferrolterra



Persunmall


 and



Style

Mesas inspiradoras para qualquer tipo de evento



Pretty party decor - baby boy shower??




Designer inspired wedding day. #weddingchicks Captured By: Alicia Thurston Photography http://www.weddingchicks.com/2014/09/15/modern-designer-inspired-wedding/






I like the crate idea. rustic wedding ideas #rusticwedding #wedding



50 Out of this world dessert table ideas to inspire you! #weddingchicks http://www.weddingchicks.com/dessert-table-bonanza/




honey bee dessert table: boxes and table runner out of wrapping paper, all yellow + white desserts

Looks e suas sandálias - de segunda a domingo

Como prometi, teremos hoje looks de segunda à domingo com sandálias. Não recomendo muito para as Secretárias, mas olha, não precisa acreditar mesmo em tudo que eu falo. Apenas espero que sirva de inspiração mesmo. Acho que nunca é demais né?






 and


Ray-Ban,  and Camila's




, Teria Yabar and Teria Yabar



,  and




,  and



Missguided



 and Parfois


31 anos - dia 20

Texto número 20! Uhuu! Gente como eu tenho coisa para falar viu? Caramba! 
Há alguns dias, li alguns relatos de pessoas que vivem com pouco, no mato, sem toda essa pressão social do ter, ser e não parar de querer ter e ser. Daí eu repenso minhas próprias pressões pessoais de ser e ter que me sufocam e que me custaram o meu casamento. Porque eu admito que o meu maior erro em meu casamento foi esse. Era um tal de você precisa estudar, precisa fazer uma faculdade, precisa passar em um concurso, precisa ser magro. Eu vivia repetindo que precisaríamos comprar um apartamento ou uma casa, ter plano de saúde, televisão à cabo, internet, carro, bens, dinheiro, viajar... Coitado! Deve ter engordado mais de raiva de mim e da minha vontade de seguir o mundo. 
Ao mesmo tempo me vejo até um pouco paralisada na vida. Farei 31 anos, não dirijo, não tenho um mestrado, uma casa, filhos, plano de saúde e não fui à Europa para um mochilão como planejado logo que voltei da Rússia. Não estudei Jornalismo, nem passei em um Concurso Público e pois é, estou divorciada sem nenhuma pretensão de formar família de comercial de margarina. Só trabalho, trabalho e trabalho, embora viva dizendo que ser professora de inglês e de russo e ser cerimonialista sejam hobbies, me deparo muitos domingos simplesmente estática de tão cansada de tanto trabalhar e não ter nada mais concreto do que o dinheiro do aluguel. 
Mas aí reparo que eu sou desencanada. Me mudei para um apartamento bem menor que antes, com um valor bem menor e muito mais longe do meu trabalho. Tirei a televisão à cabo e coloquei só a tal da Netflix que é para assistir quando posso, meus seriados que eu amo e que são na grande maioria das vezes o meu único lazer do fim de semana. Não sou de badalar, muito menos em boates caras, porque sou meio muquirana quando o assunto é perder tempo na noite. Não gosto de supermercado, embora compre uma coisa ou outra, principalmente material de limpeza, afinal preciso limpar a casa né? Mas gosto de sentar em um restaurante de vez em quando e comer bem. Pasmem! Como até carne se deixar. Em minha casa atualmente tenho dois armários adquiridos no casamento e uma geladeira. O sofá foi uma troca de uma cama e hoje está completamente detonado pelas meninas, mas que eu cubro com um lençol e para mim está ótimo. Tem um armário que já participou de sua 4ª mudança e uma comoda que já mudou de local umas 5 vezes. Ah tem a mesa que é da mãe do meu ex que eu me recusei a vender porque foi presente da mãe dela e eu preferi usar a velha desculpa de manter a tradição. Mas de resto: doei panela de pressão, forma de bolo, travessa de vidro, copo, prato, pano de prato, lençol, toalha... Tenho o mínimo e ainda acho que tenho demais. Parei de comprar sapato e roupa até em brechó, porque ultimamente até lá ando achando caro. Percebi que preciso de pouco para vestir e calçar, afinal só tenho dois braços e duas pernas. Só ando fazendo a unha quando faço casamento e a do pé ixi! tem demorado um tempo. Não compro maquiagem, cremes de pele caros, perfumes chanel, nem brinco, relógio e pulseiras. Vez ou outra compro anel, gosto de anel. Meu celular é bom, mas demorei mais de um ano para mudar, e antes dele, demorei uns 4 anos com o mesmo celular. 
Não me privo. Mas o meu objetivo é conseguir fazer uma viagem por ano. Nem sempre dá certo claro, mas é nisso que me apego mais. E quero viajar pelo Brasil o máximo que eu puder, mesmo sendo um pouco mais caro que viajar para a Europa. E tem a Copa em 2018 que eu espero poder ir. Mas sabe: parei de me frustrar por não ter, nem ser. Não culpo Deus por isso, acho que sou o que Ele acredita ser o melhor para mim. Sou corajosa, dedicada e um pouco inteligente, mas agora sou mais desapegada. Se eu conseguir um marido rico, massa, se não ok, me contento com a paquera uma vez por semana, não me rebaixando, logicamente. Se eu terei carteira de motorista? Não sei, não faço questão, vou onde meus pés podem chegar. Terei uma casa? Não tenho nem filho, para quem deixarei a casa mesmo? Ser concursada pública é um sonho? dia sim e dia não. Se eu conseguir passar no Itamaraty, massa também. 
O que eu sei é que o eu levarei desta vida nem ficará na memória, afinal há vida depois de tudo isso aqui? Não sei nem se acho legal acreditar nisso sabe? Prefiro tomar cozumel, rir com os amigos, planejar uma viagem, pagar o aluguel e dormir com saúde. 
Se nada disso acontecer rica, tem problema não. Está tudo bem, do jeito que está. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

31 anos - dia 19

Hoje me deu vontade de ter um filho! Pois é gente, acontece. Vez ou outra me dá vontade sim, me julguem. Mas já passou, como sempre passa quando paro para pensar direitinho na vontade. 
Meu relacionamento com crianças sempre foi o básico e não acredito que serei eternamente feliz sendo mãe. Não quero e nem irei colocar a esperança da minha realização tendo um filho. Sou pratica o suficiente e digo egoísta também, pois sou contra colocar filho no mundo atual. Mundo bizarro, insano, egoísta, desidratado e faminto. 
E eu até pensei em várias maneiras de escrever aqui no blog sobre isso de forma fofa. Até que li uma entrevista da atriz Totia Meirelles onde ela dizia algo que me definiu como pessoa de fato: "É mais difícil a mulher bancar não ter um filho do que ter". E eu acabei definindo isso de uma vez por todas em minha vida: não quero mesmo ter filhos. E não significa que eu não goste de crianças. Mas não quero e assumir isso é muito simples e libertador. As críticas doem, mas não posso sonhar com algo que não é o meu sonho. 
Não critico quem tem filhos. Muito pelo contrário: curto cada amiga grávida, a minha sobrinha eu curti muito, a esposa do meu sobrinho. E nunca irei criticar. Acho que ser mãe é algo especial, mas não é especial para mim. E tem toda uma questão histórica, psicológica e econômica que eu levo muito à sério.
Sei que comigo filho só no susto. Planejei isso apenas uma vez, enquanto casada. Agora não sinto a menor vontade de me envolver com médicos para ser mãe, pois eu tenho uma dificuldade para engravidar presente e não sei se toparia realizar por exemplo uma inseminação artificial. As vezes penso em adotar, mas descarto. Não quero ser mãe e ponto. Só se Deus achar certo, mas aos 31 anos melhor deixar isso quieto. 
E vou vivendo. Feliz com essa escolha e tranquila. E só não quero que as pessoas tenham pena ou fiquem me dando possibilidades. A minha possibilidade é de ser feliz. Só isso. 

domingo, 15 de março de 2015

31 anos - dia 18

Dia desses deitada na minha cama, sozinha e chorando, eu parei para pensar no fim do meu casamento. Penso nisso direto. Sempre em forma de oração. Não consigo chorar de tristeza ou saudade, mas de gratidão. E não no sentido tosco que algumas pessoas pensam, eu não acho que me livrei de algo ruim, apenas encerrei um ciclo para dar espaço para algo novo, e nem sempre esse algo novo é para mim de fato.
Na época me consideraram extremamente egoísta. Em outros momentos ouvi que fui ingrata, principalmente porque na época ele não estava trabalhando e pareceu que eu esperei ele ficar desempregado para terminar o casamento. Ouvi também que eu era metida a besta, que era uma pessoa que queria luxo e paparicos desnecessários. Sim, ouvi muita coisa ruim à respeito do fato de que simplesmente senti que não fazia mais o bem àquele que eu havia escolhido para a vida inteira, mas a verdade é que isso era muito claro desde o começo do relacionamento: se um dia um dos dois sentisse que não fazia o outro feliz, era hora de acabar o casamento.
Comecei a sentir isso 8 meses antes de pedir a separação. Comecei a perceber que eu reclamava demais, via defeitos no lugar de qualidades e principalmente, perdia a paciência facilmente. Em vários dias eu me pegava olhando para ele e pensando: ele não está feliz. Será necessário mesmo que ele seja infeliz? Não achava justo nem com ele, nem comigo. 
A decisão de dizer acabou doeu muito em mim. Depois fiquei com dúvida, pelo medo que se instalou em meu coração quando percebi que havia perdido meu companheiro e que eu não nutria mais o desejo ardente de ajudar. E aí foi me dando medo de não conseguir recuperar essa chama, fato constatado em meio à lágrimas.
Ao longo desse último ano divorciada eu me arrependi muito da separação. Senti muito o vazio da solidão, do não ter com quem dividir as angústias, o dia a dia em si. Gostei muito de ser casada, embora hoje não queira repetir a dose. Para quem duvidava de si, acho que mesmo sendo uma esposa mediana, me saí bem. Fui fiel, leal e tentei seguir os mandamentos sugeridos às esposas. Falhei obviamente, infelizmente não fui capaz de lidar com as diferenças.
A verdade é que eu o amei. Amei com amor de verdade, não só com paixão. Amei o ser humano que eu sei que ele é e sempre será: integro, honesto, inteligente, carinhoso. Mas não fui capaz de fazê-lo feliz. Isso me tornou uma pessoa que não acredita muito nisso de amor, porque eu fui criada para me casar apenas uma vez e mesmo não tendo me casado na Igreja acho que já cumpri minha missão. E falhei, mas hoje tento não me culpar mais, até porque não vale mais a pena. Cada um seguiu seu caminho e eu espero que já que ele não foi feliz casado comigo, possa estar feliz. Desejo muito que ele encontre o amor novamente, pois pessoas especiais como ele é raro encontrar. Ele me ajudou muito nos piores momentos, foi meu ombro amigo na hora da dor, me fez rir quando eu entrei em várias crises, acreditou em mim quando eu duvidava do que era capaz, me carregou no colo, nas costas, na alma. Me deu comida, banho, cuidou de muitas feridas, internas e externas. Meu ex foi meu melhor amigo enquanto marido, foi meu amante especial, àquele a quem confidenciei meus segredos mais profundos. Terminei um casamento cheio de amor, na esperança de quem o receba em seus braços futuramente, possa receber em dobro tudo o que ele me deu. Sou grata infinitamente pela oportunidade vivida e humilde o suficiente para me conformar com o que fui e na fé de que eu melhore. Melhorar para quem sabe viver um nova experiência e feliz no caso de não mais ter a oportunidade de amar novamente. E só peço à Deus que eu ouvi: você nunca mais encontrará um amor como esse, não aconteça na verdade. Quero o que for melhor para mim. Sempre. 


sábado, 14 de março de 2015

31 anos - dia 17

Ontem falei sobre o não querer me casar mais, o que não me tira a vontade de ter uma pessoa comigo. O que eu não quero é o casamento em si. Não esse que vemos no dia a dia, cheio de amarras e Drs chatas para caramba. Daí sempre rola um pensamento do tipo: qual o meu tipo de homem?
Ao longo da minha vida amorosa eu já namorei todo o tipo de homem possível. Gosto, magro, bonito, feio, com deficiência física, branco, negro, rico e pobre. Já namorei skatista, roqueiro, cawboy, maloqueiro. Nunca fiquei idealizando muito o meu par ideal, porque não existe e pronto. Também não acredito no encontro de almas, amor à primeira vista ou que os opostos se atraem. O que sugere realmente que eu não acredito no relacionamento.
Mas a verdade nem é essa. Eu acredito sim que duas pessoas, parecidas ou não, possam ficar juntas para sempre. E é justamente nisso que eu acredito. Mas para mim a prioridade mesmo é a tal da química. 
E essa questão é bem pele mesmo. Não ligo se o cara gosta de Ivete que nem eu ou não, se ele curte macarrão com molho branco ou não. Ele não precisa gostar do que eu gosto, porque eu não preciso gostar do que ele gosta. Mas essa coisa de pele tem que ser muito intensa. Eu tenho que olhar para a pessoa e querer devorá-la, no sentindo mais sexual que a palavra destaca. Quero pensar nela e me arrepiar, mas não preciso sentir borboletas na barriga. Preciso pensar que essa pessoa me faz bem, mas ela não precisa me dar o mundo não. 
Claro que coloco a hipocrisia de lado e digo que sim, tenho lá um pensamento do que seria o cara ideal para mim. Afinal, fui adolescente e fiquei muitas vezes fazendo brincadeiras que sugeriam com quantos anos eu me casaria, quantos filhos teria e se ele seria branco, pardo, negro, rico ou pobre. E sempre que penso nisso, eu penso que além da química que já citei, eu gostaria que o meu cara ideal curtisse dançar um forró, tomar uma cervejinha, um vinho no domingo à noite vendo um filme bacana. Que vez ou outra gostasse de viajar, de comer comida italiana e pipoca. Gostaria que ele já tivesse uma situação financeira mais calma, porque eu ralo tanto que eu queria poder ter algum tipo de conforto, sem que essa pessoa me sustente. Gosto de homem moreno claro, cabelos pretos. Que goste de se arrumar, andar cheiroso. Que não tenha filhos e que goste de ler, não me importa o gênero.  E principalmente, que não me critique pela minha paixão pela Ivete, tatuagens e gatos. E que ache interessante a minha história de vida, bem como me escute quando eu achar que sou muito feia e gorda. 
E assim eu vou vivendo. Muito criticada pela minha mudança de namorado na mesma velocidade em que troco de roupa, mas ao mesmo tempo desfrutando de momentos únicos e especiais. Se até os meus 60 anos eu não encontrar o cara ideal, tem problema não, terei me divertido horrores!