Não gosto de salão de beleza. Não sou vaidosa como gostaria de ser. Me preocupo somente com duas coisas básicas: a cor de meu cabelo e as unhas. Com isso eu gasto uma nota preta, primeiro porque não sei pintar nem nada, segundo, porque são os dois aspectos que eu utilizo como ferramenta física de conquista.
Ok. Não sei se ter um cabelo laranja é realmente uma forma séria de conquistar homens sérios, mas as minhas unhas da mão sim, elas são maravilhosas.
Mas além de adorar ler as revistas que vem no salão, geralmente eu faço amizade com as manicures. Não gosto das que ficam falando da vida alheia, mas das que eu posso trocar figurinhas sobre um monte de outros aspectos interessantes da vida em si.
E hoje não foi diferente. Fui a um salão aqui perto do serviço. E lá estava ela sentada, à espera de uma cliente desesperada como eu, que já havia detonado metade da unha, já que acabou o acetona em casa.
E ficamos lá de papo. Ela me contou o sufoco que foi para que ela pudesse ter seu único filho, hoje um rapaz bonito e alto (segundo a teoria dela, eu não conheço), e que só traz alegria e orgulho.
Diante do que ela me contou, eu voltei pensando, no quanto eu também sou amada e sei que minha mãe tem tanto orgulho quanto, apesar de que eu sou sem dúvida a filha que deu muito trabalho.
E aprendi que em todo lugar, seja qual for a profissão, mãe que é mãe, sempre ama seu filho e dedica boa parte de sua vida para que este possa ser feliz. E apesar de tudo, é uma relação que vale muito a pena (talvez uma das únicas que valem realmente a pena).
E voltar para o trabalho foi um momento feliz. Me sentir realmente amada, faz muita diferença.
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