O pessoal do serviço morre de rir de minhas histórias da vida cotidiana.
Uma das meninas aqui contando como era quando ela começou a estudar na UNB. Ela patrcinha, em meio a pessoas descabeladas, há séculos sem banho e obviamente sem saco para se quer coçar a bunda. Ela afirma que em pouco tempo abandonou o salto alto e passou a ir de camiseta e chinelão.
Tentei entrar na UNB, seis vezes. Sim, foram seis tentativas frustradas pela redação. Eu tirava altas notas, passava em qualquer curso (sem modéstia!) e era eliminada pela redação.
Mas o fato que vou contar aconteceu na inscrição de meu primeiro vestibular.
Na época ainda não era via internet (eu acho!). Meu chefe me liberou pela manhã para ir lá no Minhocão para fazer o que tinha que fazer e logo ir trabalhar. Peguei o busão e desci um pouco longe, já que não existia uma parada perto do local da inscrição.
Fazia um calor felomenal às 08h30 e eu como sempre carregava um milhão de sacolas (meu apelido era sacoleira). Desci, e quando comecei a andar, a minha sandália simplesmente arrebentou. Ela era uma sandália de dedo, o que me proporcionou uma caminhada relativamente tranquila até o Minhocão. Chegando lá, já nervosa, com fome, com sede e muito puta, eu já não conseguia nem lembrar qual era o curso que eu queria fazer. O pior foi enfrentar fila, e preeencher aquele formulário idiota com umas milhares de bolinhas pretas. Ao meu lado, uma loira falava ao celular (rosa!!), com o pai sobre qual curso escolher.
Foi uma manhã de fato muito ruim, mas consegui voltar em casa e colocar uma outra sandália que obviamente quebrou algum tempo depois.
Depois de algum tempo refletindo sobre tudo isso eu aprendi que nada na vida é sem algum sacrifício, e mesmo não passando na UNB, aprendi a valorizar cada pedaço de terra que eu tive que andar e cada sandália que insistiu em arrebentar em momentos tensos.
Na hora claro, achei muito chato, mas hoje me divirto com cada coisa que aconteceu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário. Me ajude a ser melhor!