Quando o amor acaba!

Tenho uma grande amiga que começou a namorar um rapaz quando ela tinha 13 anos e ele 14. 10 anos depois ele a surpreende numa noite fria de domingo com o fim do relacionamento. Nem eu acreditei quando ela me contou, chorando, aos prantos. Por uma semana ela continuou sem acreditar. Magoada, ferida, inconsolada. Ela nunca imaginou, embora todos avisassem, que o amor poderia acabar e que os planos de casamento poderiam não se concretizar afinal. Ela sonhava com o dia que entraria na igreja de branco, com uma mega produção, com tudo que uma pessoa amada merece. A justificativa dada pelo rapaz, é que ele queria curtir a vida, a juventude e que o amor havia acabado há anos, mas que por medo, pressão e um pouco de carinho ele insistia em ficar lá.
A dor que minha amiga sente é pelo tempo perdido de ambos. Ela se sente culpada, por não ter percebido essa necesidade de firmação pessoal que ele precisava ganhar.
Hoje, um mês depois do acontecido, ela entra no orkut do bruto e vê uma foto dele e uma garota linda em um parque de Águas Claras. A foto de pombinhos apaixonados a fez chorar ainda mais. Não por ele estarem felizes, mas por ela entender que na verdade ele queria mudar de carne. Ver a foto em clima romântico a fez perceber o quanto esses últimos 10 anos que ela esteve com ele, foram na verdade momentos passageiros. Porque ele simplesmente pediu para que ela desaparecesse da vida dele.
Eu não tenho categoria para aconselhar ninguém quando o assunto é amor. Minha vida amorosa daria um seriado de telvisão, tamanha é a confusão. Depois de escutar tudo que ela disse, depois de passar algumas horas de alguns vários dias consolando-a, eu disse: " toque sua vida!. Faça de conta que o próximo amor é o primeiro. Se ele não acontecer, ame-se".
Tenho utilizado essa afirmação também para a minha outra amiga do e-mail. Ela também ainda não se conforma em ver que o ex, está de vida amorosa estabilizada e feliz. Para ela, nada agora tem sentido e ela quer mesmo é que os pombinhos morram.
Mas se ferir dessa forma é muito ruim. Levantar nas horas difíceis é uma tarefa que precisa ser feita com coragem. E o gosto da recompensa da auto-afirmação é muito especial.
Para esses dois casos de amores perdidos a receita é amar-se. Valorizar-se. Procurar acreditar em sua capacidade de ser feliz sozinha. Pois como o ditado popula diz: "antes só do que mal acompanhada". E estar mal acompanhada pode ser estar com uma pessoa e não se sentir feliz, e não sentir a retribuição de todo amor que se pode dar.
Desejo que o amor, em toda forma que ele existe, possa ser verdadeiro. E aconselho aos casais em crise, que se houver tempo para terminar, termine logo, não sinta pena, não escute críticas e muito menos deixe que a pressão que existe de pessoas que nada têm a ver com a relação atrapalhe.
Seguir o coração muitas vezes dá certo!