Hoje conversei com minha amiga russa, a Lilia. Figura muito especial em minha caminhada nesta vida. Começando é claro pelos meus primeiro meses em Moscou.
Não me lembro bem como a nossa amizade começou. Eu me lembro bem que fomos grandes amigas. Ela topava tudo comigo, foi até à minha missa de despedida, logo ela que não acreditava em Deus, em nada.
Éramos meio competitivas. Mas ao mesmo tempo nos respeitavámos. Ela tinha um jeito bem carinhoso comigo, mas costumava me dizer que eu complicava demais as coisas. Quando vim embora ela ainda não tinha dado nenhum beijo e eu já namorava, e ela ficava me perguntando como era beijar e por incrivél que apreça, ela que é a coisa mais linda desse mundo, achava que nunca arranjaria um namorado. Eu dizia que ela arranjaria algo muito melhor do que eu tinha conseguido, apesar de que meu primeiro namorado, foi até hoje o cara mais lindo com quem eu já me relacionei (fisicamente falando).
Lilia era carente que doía. A família russa em si não é tão família como pensamos. São pessoas frias, detalhistas e cheias de provérbios. E a família da Lilia não era diferente. Mas ela era forte, nunca a vi chorando por bobagem, ela brigava com os meninos por minha causa, quando eu ainda não entendia bulhufas do russo.
Ah se eu pudesse escreveria milhões de coisas sobre minha amiga. Agora tão distante, tantos anos sem nos vermos. Falei com ela que ficarei em sua casa quando for para lá de novo e ela disse que me espera de braços abertos, que teremos nossos grandes momentos de volta.
Que Deus cuide desta moça, desta joia que é minha flor Lilia (que significa Açucena!)
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