terça-feira, 6 de março de 2012

Bolinhas brancas

Ontem estava um calor e hoje amanheceu bem fresquinho. Quase coloquei o casaquinho preto, mas calma, resisti bravamente e aqui estou eu com um frio daqueles, mas elegantemente irei aguentar.
P.S: Tecnicamente acabei de assinar o aviso de férias. Lamentavelmente receberemos tanto o salário quanto as férias sem o reajuste de 9% da categoria, o que nos deixa ainda mais ansiosas e com o sentimento ainda mais forte de desrespeito e desvalorização.
Marido ainda gripado em casa e eu com uma febre ao ponto de quase não conseguir colocar a lente de contato.

O look está bem fofo ao mesmo tempo com uma postura absolutamente adulta, que é uma característica marcante minha. Afirmo que gosto desta mistura do mimosos com o fortalecedor e colocar toda essa loucura no look é algo que me dá um gás para aguentar o dia. 


Odeio quando percebo que a cadeira azul sem ser convidada aparece em minhas fotos.












Moonwalk




Maquiagem bem leve e discreta, sombra branca com lápis preto.


Já contei a história do vestido né?. Era da irmã, que me deu e que era apertadíssimo, mas com o tempo ele passou a caber e para mim é uma alegria imensa usá-lo. É o tipo de vestido que para mim pode ser usado em qualquer ocasião. O colete branco é um charme. Também é uma peça, que mesmo fora da moda, é coringa. E claro, o colar de "pérolas", que deixou o look mais requintado.




Um beijo para um dia bem especial à todos que moram em meu coração!



Blogueira inspiração!

Como eu achei que estaria em férias, eu havia preparado vários posts bem legais sobre looks para serem usados nesta ocasião especial. Porém com o adiamento ou com a possibilidade destas férias nunca acontecerem, os posts sobre looks leves e felizes serão usados aos sábados, na seção Sábado: Posso sair assim?.
E hoje colocarei fotos de uma blogueira que eu gosto muito e tentarei nas próximas terças colocar aqui fotos de outras blogueiras nacionais ou internacionais que são fonte de inspiração total.
Uma delas é a Karla do Karla´s Closet, que além de ter um corte de cabelo que eu acho lindo, tem um estilo muito, muito chique, com vestidos e saias super estilosas. Vale a pena a visita e a inspiração diária.
Escolhi 4 looks que podem ser usados no ambiente de trabalho, que geralmente é o meu foco aqui. Sempre falo que se a Secretária não precisa usar o combo terninho preto + camisa branca, ousar no limite da descência, sem perder a essência, é muito bem vindo. A Karla é para mim um exemplo de como ser chique, na maioria das vezes, sem perder a noção.





Apesar dela ter um cabelo curto, ela abusa sem medo de maxi brincos. Não sei se ela é baixa, mas sei que ela adora saltos muito altos. No dia a dia eu percebo que ela usa muito vestido e saia lápis, mas em eventos mais informais, ela usa muito brilho, mini saias e no inverno, casaco invejáveis.
Ela é uma de minhas blogueiras preferidas e isso é perceptível, pois leio quase todos os dias. Qual é a sua blogueira preferida?.

Um lindo dia com muito calor e água!

Beijos e beijos!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Blue Gripe!

Como relatei mais cedo, Marido está bem, mas bem gripado mesmo. E ontem eu falei para ele ir ao hospital, mas ele não quis incomodar o padrasto. Então, hoje às 06h30, ele me diz que decidiu ir ao médico e se eu não podeira acompanhá-lo. Levantei no susto e nem reparei muito na minha escolha de look. Não havia pensado em nada ainda. Eu geralmente faço isso uma dia antes, mas como eu também estava gripando, não pensei em nada. Ou seja, a escolha foi no sopetão. Como hoje é dia de usar calça, até que não dei uma mancada tão grande assim. Talvez o que eu poderia ter deixado em casa era o colete, que assim como o casaquinho preto, já deve estar doendo nos olhos dos leitores. Mas é assim, a gente não pensa antes, e corre o risco. Eu corri, mas não tão assustadoramente. Achei que fiquei descente e conseguirei aguentar o calor que faz na cidade.







Calor demais minha gente!
Eu achei o look simples, mas ao mesmo tempo, com cara de segunda feira leve e gripada hihih.

Beijos e beijos!

O domingo das flores

O fim de semana foi digamos estranho até demais. Sábado, foi um dia bem comum. Tive aula de dança, arrumei a casa, recebi visitas ilustres e descobri que no domingo teríamos um almoço. Marido tinha esquecido de me avisar. Sorte que eu tinha este vestido como um elemento surpresa. Mandei fazer junto com o macacão de matrioshka e foi usado pela primeira vez. Sorte também que fazia um mega calor, então ele foi super bem vindo.
Do almoço do aniversário do Tio do Marido, fomos visitar Mamys Linda na casa do meu irmão e ao voltarmos para casa, caímos numa gripe monstra. Marido foi ao hospital, sempre fazemos isso. Ele trabalha em Embaixada e os estrangeiros são bem ariscos quando o assunto é doença. A qualquer sinal de que vai ficar dodoi, Marido trata logo de descobrir o que tem e se possível pega atestado. Melhor prevenir do que contaminar.
E aí que a semana começa ainda quente, ainda estranha e ainda preocupante. Espero em Deus que seja uma semana boa para todos nós!.

E o look?


Olhando as fotos agora, penso que eu poderia ter usado uma sapatilha né?. Claro que ao mesmo tempo, sinto que fiquei mais adulta usando a plataforma, mas eu poderia ter dado uma leveza maior ao look.






As costas do vestido foi algo que eu idealizei bastante no processo de costura. A moça que costurou o vestido, ficou com um pouco de receio da manga não segurar com um decote digamos, tão generoso. Mas o resultado foi extremamente satisfatório e penso que para dá até para usá-lo no trabalho com um terninho ou um casaquinho mais leve.









Meu cabelo ontem não me deixou na mão. Estava brilhoso, sedoso e com uma cor forte maravilhosa. Todo mundo que me viu sem o óculos de grau ontem super me elogiou (quem percebeu na verdade né?) hahah. Estou amando usar a tal lente viu?. Só alegria!



Espero que tenham gostado do vestido. E do look. E eu desejo uma super semana à todos meus queridos e queridas!


Beijos e beijos!

sábado, 3 de março de 2012

Sábado: posso sair por aí assim, usando uma regatinha básica?







Descansar é sempre bom demais né?

Beijos e beijos!

Dica de beleza e saúde: Cauterização Capilar - o milagre



Todo mundo reparou nas fotos e pelos meus comentários que eu pintei o cabelo novamente. Com a cor que eu amo, que eu nunca sei o nome, pois nunca pergunto, mas que me deixou com uma cara mais saudável e madura.
E aí em conversa com a moça que cuidou dos meus bebelos, ela comentou que o que faltava em meu cabelo, além de uma definição de cor, era uma hidratação profunda. E aí que ela sugeriu uma Cauterização. 
No começo achei que era de comer, claro. Mas ela me explicou direitinho e senti uma super confiança no tratamento. Ela me falou também da importância da hidratação em casa mesmo, com um creme de nossa escolha, na hora do banho.
Mas eu irei por partes. Hoje falarei da Cauterização.

A Cauterização é uma plástica capilar que reestrutura os fios cicatrizando a cutícula e hidratando. O tratamento consiste na recuperação da elasticidade de forma profunda selando as escamas dos fios e suavizando as pontas duplas. Com isso os cabelos perdem o aspecto de fios arrepiados.

Com a cauterização é possível recuperar a queratina, um dos principais componentes do cabelo, formado por aminoácidos, que são responsáveis pela recomposição da fibra do cabelo.

É indicado que seja feito por profissionais qualificados, embora seja possível cauterizar os cabelos em casa.  Cada cabelo possui sua forma de hidratação, mas é possível que todos eles sejam recuperados.

O processo de cauterização tem como base o uso de xampu anti-resíduo que  abre as escamas capilares e prepara para o uso do hidratante capilar. Após a lavagem, retira-se o excesso de água e seca-se o cabelo. O cabelo é separado por mechas que recebem o creme de tratamento à base de colágeno. Com 15 ou 20 minutos e mais uma lavagem dos cabelos, aplica-se outro produto à base de queratina. Assim o cabelo é novamente seco com secador e com chapinha.

Cuidar dos cabelos não parece algo tão complicado né?. Eu particularmente adorei. Saí do salão com cara nova, com cabelos novos e hidratada. 

Cuide de seu cabelo, beba sempre muita água e mantenha sempre os cuidados com a alimentação também. 

Beijos e beijos!


sexta-feira, 2 de março de 2012

Coral

Sexta!. Meu Deus, que semana que não passou para mim, ela se arrastou... Mas estou com saúde e é isso que realmente importa.
O look está super em clima de férias. Meio que para compensar o adiamento delas. Aliás, mês de março, um mês especial em?. Faltam 26 dias para os meus 28 anos de muita alegria e sorrisos.
Calça caqui, blusa coral, plataforma e simpatia eterna.


Não quis ousar não sabe?. Mas achei que a combinação ficou romântica.











Achei esta pose um pouco exagerada né?. Mas meu sorriso está tão verdadeiro nela, que resolvi postar mesmo assim.


Adoro esta plataforma. Consigo andar de forma tranquila e no fim do dia não estou morrendo com dores nos pés. 











Eu estou bem confiante de que hoje será um dia bacana. Ainda estou com àquele problema já relatado em forma de desabafo com a Empresa Lelé, mas quem liga?. Eu tenho Deus em meu coração, confiança e pessoas que me amam, o resto se resolverá como deve ser.

Uma ótima sexta e um ótimo fim de semana!

Beijos e beijos!

Sexta da Música : ЮЛИЯ САВИЧЕВА СКАЖИ МНЕ ЧТО ТАКОЕ ЛЮБОВЬ

E o russo continua mexendo comigo.
Quando será que para lá voltarei, nem que seja por um minuto, além do que vou diariamente em meus sonhos?.




Uma linda sexta e um feliz fim de semana!
Beijos e beijos!

Sexta-feira: vamos ao trabalho lindas assim?

Hoje começariam minhas férias, mas já que elas foram passear na vida de outra pessoa, continuaremos com a rotina normal do Blog. Eu havia preparado uma série de posts sobre looks legais para usar nas férias, mas eles ficarão agendados e irei postando em outra oportunidade.







Um pouco de cor, ainda é verão pois!

Um ótimo dia de trabalho!

Beijos e beijos"

quinta-feira, 1 de março de 2012

Deus e seus sutis exemplos para nossa reflexão - Revista Época

Eu li. Me emocionei e vou ali refletir.

Reynaldo Gianecchini: "Meu transplante foi um renascimento"

O ator fala de seu tratamento, de como quase morreu num acidente cirúrgico – e também de espiritualidade, fofocas, trabalho, sexualidade e futuro.


Texto: RUTH DE AQUINO 

Pequenos objetos como elefantes, bicicletas, velocímetro de táxi, placa de carro de Montevidéu e girassóis artificiais preenchem cada canto da sala de estar de Reynaldo Gianecchini. Na estante do apartamento em que o ator mora, na região paulistana dos Jardins, há DVDs de músicas de Carnaval, do filme argentino Um conto chinês e de O artista, sensação deste Oscar. Um imenso livro de fotos de Steve McCurry, o lendário fotógrafo da revista National Geographic, domina a mesa de centro. Uma poltrona de Sergio Rodrigues fica em frente à televisão de plasma. Uma instalação colorida da artista plástica e grafiteira Nina Pandolfo anima a entrada da cozinha. “Adoro essas pinturas que remetem a desenhos animados, meio japoneses, lúdicos, com animais, crianças. Tenho uma criança eternamente alimentada dentro de mim”, diz Reynaldo – ou Giane, como é conhecido entre os amigos. 
Nem sempre foi assim. Antes do câncer, a casa de Giane só tinha móveis pretos e brancos, nenhum objeto. A doença o internou no hospital e no apartamento paulistano. “Passei a fazer terapia e descobri que a casa é você. Comecei a encher as prateleiras de objetos de antiquário, transformar livros antigos em mesa, pintar parede de laranja e até pensei em fazer faculdade de arquitetura”, diz Giane. “Mudei tudo internamente com a doença. Tenho uma nova medula. E mudei minha casa. Agora tenho cantinhos que representam meu desejo de aventura, de pegar uma moto e sair pela América Latina.”
De seu primeiro estágio em escritório de advocacia em São Paulo – quando, estudando Direito na PUC, conheceu a cidade “quase como um office boy, de metrozão e busão” – até hoje, Giane atravessou muitas estradas, algumas delas tortuosas. Ele não esquece que, na primeira novela na TV Globo, no ano 2000, assistia a seu desempenho “com o chicote nas costas”. “Eu era muito ruim, me sentia muito mal, não sabia nada, era estabanado, derrubava cenário do estúdio, meus colegas até se condoíam de mim, mas aprendi com a ajuda deles e dos diretores.”

Apaixonado pela profissão, diz que quer retomar quanto antes o trabalho interrompido por causa da doença – ele interpretava, no teatro, o papel de vilão na peça Cruel, baseada num texto do sueco August Strindberg. Sentado no sofá do apartamento cada vez mais personalizado, Gianecchini falou sobre o câncer, a espiritualidade, as fofocas, a sexualidade, o trabalho e o futuro.


ÉPOCA – Você se sente curado?
Reynaldo Gianecchini
– A operação de medula para mim foi um renascimento. Meu transplante é um pouco menos cabeludo do que os que se fazem com a medula de outra pessoa, quando pode rolar uma rejeição. Eu super me aceitei (risos). Meu transplante foi nada mais que uma quimioterapia muito pesada. Eu sabia que seria duro, mas não tinha noção. É uma quimioterapia que mata sua medula, aí você toma suas células de novo, as que foram salvas e são sadias. E essas células vão se reproduzindo para formar uma nova medula. Foi o único momento de meu tratamento em que eu pensei, caramba, será que aguento isso? É muito penoso. Seu corpo inteiro, por dentro, fica em carne viva. Não para nada dentro. Você come, vomita, tem diarreia. Comer ainda está uma briga, porque eu não tenho apetite.


ÉPOCA – Como ficou sua imunidade?
Gianecchini
– Logo após o transplante, imunidade zero, por não ter mais medula. Você fica com febre, fica sujeito a tudo. Eu, graças a Deus, não tive nenhuma infecção. Fiquei o tempo todo no hospital, a gente fica bem isolado, não pode receber visita, nada. A boa notícia é que a operação é intensa, mas rápida. Em nove dias, minha nova medula já tinha “pegado”. Aí você é um bebê. A gente perde todos os anticorpos, tem de tomar todas as vacinas de novo.


ÉPOCA – O que você quer fazer agora?
Gianecchini
– Nadar. E ir à praia no Rio.


ÉPOCA – Como será sua volta ao palco?
Gianecchini
– A partir de 13 de março, vou começar bem devagar minha peça Cruel às segundas e terças. Faço o vilão, o cruel. Isso vai ser meio louco. Lidei com tanto amor, tanta gente vai me assistir, as pessoas tão carinhosas, querendo me rever no palco. E vou estar lá fazendo horrores (risos), supermalvado. Mas vou continuar muito cuidadinho. Tenho de me alimentar direitinho, e não quero trabalhar como um louco. Gravações de novela os médicos liberaram só a partir de junho.


ÉPOCA – Você continuará a fazer exames?
Gianecchini
– Tenho de fazer exame de sangue sempre, porque ainda estou sujeito a pegar qualquer bactéria. São seis meses de acompanhamento mais profundo. Na verdade, são cinco anos de acompanhamento. Posso viajar, mas não posso ficar dando mole. Não posso ficar com gente gripada. Uma coisa meio chata é que, na minha peça em São Paulo, não vou poder receber as pessoas no camarim, ficar abraçando, beijando. Porque uma pessoa que pode nem saber que está gripada pode me custar muito caro.


ÉPOCA – Qual foi a primeira reação ao descobrir que estava mesmo com câncer?
Gianecchini
– Meu médico me ligou e disse: “É. Vai para o hospital”. Minha mãe estava na cozinha aqui em casa fazendo comida. Pensei: como vou falar isso para minha mãe, se o marido dela, meu pai, está com câncer terminal? Era só isso que eu pensava. Sentia muito por minha mãe. Essa é uma notícia que não dá para rodear. Eu disse: “Mãe, eu tenho de ir para o hospital porque estou com câncer”. Não tinha outra maneira de falar. Ela desligou o fogão. A gente foi em silêncio absoluto para o hospital.



ÉPOCA – O que você sentiu?
Gianecchini
– É como se um buraco se abrisse em sua vida, como se tudo começasse a passar em câmera lenta. O tratamento tinha um prazo de seis meses. Pensei: nesse tempo vou virar uma chavinha, nada mais vai me importar a não ser me curar.


ÉPOCA – Em que momento profissional chegou o diagnóstico?
Gianecchini
– A doença me pegou num momento muito cheio de vida e de muitos planos de trabalho. Como disse, eu estava fazendo a peça Cruel. Quando me internei, dois dias depois ia começar a ensaiar um musical com Claudia Raia, Cabaret, que amo e está em cartaz lindamente. Ia voltar para a TV com uma novela. Foi uma rasteirinha.


ÉPOCA – Quais eram seus sintomas?
Gianecchini
– Sentia umas dores, estava com o pescoço meio inchado, tinha acabado de operar uma hérnia, meu corpo estava meio esquisito, parecia uma gripe com dor de garganta, apareciam uns gânglios pequenos. Fui a um médico para verificar se era bactéria, virose. Fiz todos os exames possíveis, desde a coisa mais cabeluda até a mais simples. E deu tudo negativo. Até aí, beleza. Mas meu médico, infectologista, resolveu se certificar de tudo. O exame detectou que eu tinha gânglios no corpo inteiro. Daí para chegar ao câncer foi relativamente rápido, mas não se chegava a um diagnóstico. É preciso saber que tipo de câncer é, que subtipo. Câncer tem nome e sobrenome. Cada um tem um tratamento. Como eu me sentia bem, tinha dia que eu pensava: não é câncer. Eu tomava cortisona, sumiam os gânglios e a febre. Ficou um mês nisso. É. Não é. Fiquei um mês internado. Ficava num quarto, fazendo todos os exames, esperando os resultados, exames chegaram a ir para os Estados Unidos. Quando os laudos todos bateram, descobriu-se que era um tipo muito raro e agressivo de câncer.


ÉPOCA – De onde veio inicialmente sua certeza de cura?
Gianecchini
– Eu aprendi, li sobre minha doença. Soube que era uma doença muito agressiva, mas que tinha um elemento positivo. Como ela é muito agressiva e sou muito jovem, podia entrar com um tratamento superagressivo e bater de frente. Com tumores menos agressivos, às vezes o tratamento pode durar a vida inteira. No meu caso, eu poderia receber uma quimioterapia muito forte, porque meu corpo conseguiria combater. A doença chegou com tudo, mas o remédio iria também com tudo. Um campo de batalha feroz, um tratamento muito intensivo, mas falei: “Vamos lá!”.


ÉPOCA – Você teve medo de morrer?
Gianecchini
– O importante para mim era saber que valores eu precisava rever, qual o sentido de tudo isso. A primeira questão foi, sim, a morte. Caramba, pensei, a gente age como se não tivesse de lidar com isso. Estou lidando muito cedo, muito jovem, é claro que não quero morrer agora. Mas ela está aqui na minha frente. Comecei a fazer terapia para fuçar em mim tudo o que havia para fuçar, porque era o momento. A gente vive o dia a dia como se a morte não fosse uma certeza. A gente devia viver sempre com a certeza de que amanhã a gente pode morrer. Tanta coisa fica tão pequena, tão sem valor diante da possibilidade da morte. Decidi viver o presente, que é maravilhoso, sem passado e futuro. Comecei a viver de forma tão intensa que até nos momentos de introspecção eu ia muito fundo.


ÉPOCA – Você chegou a ficar na UTI porque a colocação de um cateter perfurou uma veia sua. Foi uma noite de sofrimento.
Gianecchini
– Uma noite é delicadeza sua. Na verdade, foi uma intercorrência, um acidente cirúrgico bem grave. Era o primeiro passo, nem tinha feito quimioterapia ainda. E foi uma loucura. Eu poderia ter morrido ali facilmente. Uma cirurgia que deveria durar poucos minutos. Mas acordei sete horas depois, muito mal, com todas as minhas funções muito ruins. Fiquei 10 quilos mais pesado de tanto que inchei. Demorei dias para recuperar todas as minhas funções, minha pressão foi lá embaixo. Fiquei totalmente ferrado. O doutor Raul Cutait foi falar comigo, me explicou que foi uma fatalidade. Ele foi muito delicado. Vi que ele sentia muito. Acreditei nele. Eu não ia brigar, nem questionar. O cateter perfurou uma veia minha, e ela sangrou muito lá dentro, num procedimento muito simples que em 99% dos casos é bem-sucedido. Não vai mudar nada eu ficar buscando agora se foi erro ou não. Eu gosto do Raul. Mas ele não é meu médico. Ele é gastro e quis estar presente naquele momento.


ÉPOCA – Como surgiu a história de que você seria HIV positivo?
Gianecchini
– Foi quando procurei o infectologista por causa da dor na garganta e dos gânglios. Logo se espalhou o boato: o cara tem HIV. Nunca desmenti nada. Porque eu ficaria eternamente nesse jogo. Mas agora acho melhor falar, até por respeito às pessoas que gostam de mim e nem comentam comigo. Eu não poderia jamais fazer o tratamento agressivo que fiz se tivesse aids. Primeiro chequei todos os vírus, todas as bactérias, para depois chegar ao câncer. Por isso posso dizer com toda a alegria do meu coração para quem se preocupa realmente comigo: “Eu não tenho aids”. Poderia mostrar um exame aqui, mas não é o caso. Já fui invadido com tantas mentiras absolutamente infundadas. Fui dado como morto. Alguém resolveu soltar essa notícia – e chegou às redações.



ÉPOCA – Foi o que aconteceu também com a história de seu ex-empresário, que disse ter recebido de presente um apartamento seu?
Gianecchini – Outro caso tratado de forma muito leviana. Essa é uma história que tem muitos desdobramentos, que envolve dinheiro, bens e contas. Ele não era meu empresário. Era uma espécie de administrador. Administrava toda a minha vida profissional e até minha casa. Como eu estava sempre viajando, precisava de alguém assim. É uma história que vai levar dez anos na Justiça. Eu o estou processando, porque tem muito dinheiro meu de que ele precisa prestar conta. Não é uma questão amorosa, definitivamente, que está em jogo. Não é uma questão homossexual. Fui ameaçado no meu patrimônio maior, a minha imagem. Mas é uma questão de trabalho, e precisa ser comprovado por A mais B onde foi parar meu dinheiro.


ÉPOCA – Você se considera hétero ou bissexual?
Gianecchini
– Penso que essa questão da sexualidade é muito mais complexa do que as pessoas tendem a achar. Cada um tem sua sexualidade. Nunca tive uma história com um homem, nunca fui casado com um homem, nunca tive um romance com um homem. Mas a sexualidade, ou a sedução, é outra coisa. A gente é sexual no dia a dia sem transar. Conheço amigos que seduzem homem, mulher, seduzem a porta. A gente é mais sensual nos trópicos. Mas essas coisas são muito íntimas e, no meu caso, sou tão discreto que, se a história está publicada numa revista como fofoca, pode ter certeza de que é mentira.


ÉPOCA – Sua família é muito religiosa. Qual foi o papel da religião em sua cura?
Gianecchini
– Existe uma distinção muito grande entre religião e espiritualidade. Religião é uma coisa às vezes perigosa, manipuladora, cheia de “não faça isso”, “não pode aquilo”. Uma religião pode até conduzir para o sentido contrário da espiritualidade. Respeito todas as religiões, mas acho que só vale o que nos coloca em contato com uma coisa maior. Só a troca nos coloca numa outra dimensão. A troca é o amor, a caridade. Tirar o foco de você e se doar, entrar numa outra sintonia. Como acredito no amor, a imagem que mais me alimenta é a do Cristo. Não me fiz de vítima. Achava que minha jornada seria tão enriquecedora que no final eu acharia tudo uma bênção. Como acho mesmo. Tive a oportunidade de ver como eu podia mudar tanta coisa.




ÉPOCA – Você chegou a se submeter a tratamento espiritual?
Gianecchini
– Não fiz nenhum tratamento miraculoso para me curar. Pessoas no Brasil me procuravam, de todas as crenças e credos. Do rabino a alguém do candomblé, passando por evangélicos, católicos e espíritas. Sempre conversei com todos. Rezo sempre. Fui batizado, fiz primeira comunhão. Adoro ouvir o que as pessoas falam e sou grato por toda a energia positiva que as pessoas me enviaram orando por mim. Mas teve uma hora que precisei abstrair e ir buscar a minha crença.



ÉPOCA – E qual é sua crença?
Gianecchini
– Não acredito que alguém vá colocar a mão na minha cabeça e me curar. Mas acredito em outras vidas, na reencarnação. E que é sempre para melhorar que voltamos. Para mim, não faz sentido ter uma vida só. Independentemente de religião, porque não me considero espírita.



ÉPOCA – Pensa em ter filhos?
Gianecchini
– Meus amigos do interior falavam já aos 14 anos em casar e ter filhos. Comigo, nunca foi assim. Sempre fui uma alma muito solta. Adoro criança e sou um ótimo tio dos filhos de meus amigos, brinco a tarde inteira, mas depois devolvo – “vai com papai” –, porque eu fico exausto. Mas é verdade que, depois de encarar a morte, minha doença e a do meu pai, a ideia de ter um filho tem rondado minha cabeça. Mexe um pouco com o ciclo da vida, o sentido de tudo. Meu pai vinha passar as férias comigo. Geralmente no Rio de Janeiro. Mas a gente não participava tanto da vida um do outro. Ele ficou doente em janeiro do ano passado e já deram seis meses de vida para ele. Tenho certeza de que vou ser um pai incrível, muito presente.



ÉPOCA – Quando você ficou solteiro, passou a usar uma camiseta com a inscrição “Me pega”. Era um convite às mulheres?
Gianecchini
– Faltou informação nisso. Era uma fase em que eu estava meio soltinho, querendo curtir a vida. Homem é muito mais solto, separa o sexo mais facilmente. Vi uma frase: “Me pega mas não se apega”. E mandei fazer a camiseta, só que o complemento da frase estava nas costas e ninguém fotografou. As mulheres se apegam. Não dá para curtir um pouco de sexo sem se apegar tanto?



ÉPOCA – Você disse que hoje as mulheres estão oferecidas demais.
Gianecchini
– É, acho mais graça na sutileza. Pode esfregar o peito na minha cara, mas depois. Primeiro me conquista. Claro que às vezes tem uma graça na sedução barata. Homem pode ser bagaceiro demais. Mas a mulherada perdeu um pouco o rumo. Tem mulher que chega assim: vai me comer ou não? Porque, se não me comer, é gay. Logo respondo: não vou te comer e não sou gay. Gosto de mulher ousada, mas os dois precisam ter a sensibilidade de saber como chegar lá.



ÉPOCA – Se você brincasse Carnaval de que se fantasiaria?
Gianecchini
– Não costumo pular, mas adoro bloco de rua. Os amigos me convenceram no ano passado que eu tinha de me fantasiar. Ninguém me reconheceu. Uma sensação muito boa. Eu fiquei muito, muito feio. Coloquei uns dentes enormes para fora. Acabou meu sorriso, é como se tivesse uma outra boca. Botei uns óculos e um negócio na cabeça. Curti horrores a tarde inteira no Leblon. Voltei para casa de ônibus e ninguém desconfiava, meus amigos riam muito. E a graça era só essa, porque eu não ia pegar ninguém com aquela cara.



ÉPOCA – O que o atrai numa mulher?
Gianecchini
– Gosto de mulher forte. Tenho admiração. Diferentemente da maioria dos homens que costuma se concentrar se a bundinha está durinha, para mim o que é sexy é um conjunto de coisas, e a inteligência faz parte disso. No caso da Marília, tem vários fatores que a deixam super sexy. Não só a inteligência, mas a postura, a segurança, uma coisa de peitar o mundo. Quando as pessoas criticavam e preferiam acreditar que eu era gay por estar com uma mulher mais velha que não era “a gatinha”, eu falava: “Vocês não entendem nada do que é uma mulher sexy, ou têm outro conceito”. Tenho muita dificuldade em levar uma relação com uma pessoa que só tenha uma bundinha e um peitinho, pode ser uma delícia uma noite, mas ter uma relação envolve muitas coisas. Fui criado no universo feminino, com mãe, tias, vizinhas, primas, irmãs. Aprendi a respeitar a natureza da mulher. Nós, homens, somos mais escrachados. Mas gosto muito de ser um homem sensível.



ÉPOCA – Sua mãe disse que você nunca chorou de tristeza durante o tratamento.
Gianecchini
– É louco eu falar isso, mas nem sei se tive momentos de tristeza. Eu pensava: tenho de ter uma participação ativa na minha cura. Não quero ficar aqui sentado na minha cama de hospital recebendo os remédios. Para falar a verdade, só chorei de emoção ao constatar o amor que vinha para mim. Uma carta ou uma pessoa que me parava no hospital com um sorriso enorme, força, estou junto com você. Falo e me arrepio. Eu embarquei muito nisso. De trazer o amor para mim. Voltar para o sentido real da vida. E o sentido era este: troca. Um aprendizado. Só pode ser esse o sentido. Trocar um olhar de amor. É isso que move a gente para um outro patamar. É isso que faz a gente até se curar.





Viu... E a gente achando que a vida estava ruim né?.  Quantos neste mundo diverso e enorme passam por momentos assim?. E a gente nem valoriza os obstáculos e o aprendizado.

Beijos e beijos

Pérolas e flores

Dia super quente na cidade. Preguiça e desânimo?. Sim, mas isso não se refletiu no look fofo de hoje. Vestido presente do Marido, sapatilha presente do Marido, colar de pérola, brinco presente da Prima de Juazeiro, cinto de laço e sorrisos infinitos pela beleza do meu cabelo.


Amigo Estagiário Modelo disse que a foto parece de presidiário. hahhaha. Morri de rir!








 Eu tenho a força!










É ou não é de morrer de felicidade andar pela rua com uma sapatilha dessas? 


Eu amo tanto este colar, meu Deus! Adoro pérola e achei que a mistura com o look leve ficou perfeitamente aceitável no ambiente corporativo. 
Espero que seja uma quinta feira bem gostosa para todos e que os problemas com a Empresa Lelé se resolvam logo.

Beijos e beijos!