quinta-feira, 27 de junho de 2019

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Eu sei que de boas intenções o mundo está cheio. E de pessoas cheias da razão. E muitas outras com um conselho, uma solução para o nosso devido problema, na hora certa e na errada também. 

Já me deparei na vida com pessoas muito especiais e incríveis, que me apoiaram, que me incentivaram, que me falaram palavras lindas em momentos ruins e palavras lindas em momentos ótimos. Em minha caminhada, já me deparei com ajuda da onde nunca imaginei, pessoas que me acolheram, que cuidaram de mim e me transformaram em uma pessoa melhor. E por essas eu guardo um carinho enorme, e hoje agradeço sempre que posso, em pequenos gestos, em palavras, com um muito obrigada, p.s: eu te amo. 

Mas tem outras, minha gente do céu. Me arrepio só de lembrar as doces e amáveis formas de demonstrar que gostavam de mim. Até hoje preciso de terapia, juro, muito embora eu nunca tenha tentado ir em uma terapia. Colho cacos do meu coração despedaçado, da alma em frangalhos e poucos baldes conseguiram aparar tantas lágrimas. 

Obviamente que hoje eu realmente não me importo, até porque em determinadas crises de existência, eu conversei com Deus e Ele me disse que era um pouco para "devolver" o mal que eu devo ter feito para algumas pessoas, sorry, não sou santa. 

Sendo assim além de pedir desculpas a quem interessar pelo meu mau comportamento em algum dado momento de alguma dada relação, e incluo aqui as amizades, os amores e os sexos casuais; gostaria de pedir perdão por você que de alguma forma me deu um empurrão na vida, seja me dando um fora, me demitindo (uffa, só uma vez na vida); seja me ignorando na balada, na rede, na cama, no sofá ou no banheiro enquanto eu vomitava. Peço perdão por você que me chamou de linda em uma noite de luar e fedida em pleno camarote de Salvador. E você que me humilhou porque te traí, mas já estava ficando há séculos com minha colega. Perdão por você que me encheu de cores o coração, depois mandou eu tratar meus chacras desestabilizados; perdão por você que comeu, bebeu, dormiu e ganhou novos ares ao meu lado, mas depois sei lá, resolveu que eu não era a garota, amiga, vizinha, inimiga ideal; e para terminar, porque a lista de desejos é imensa, perdão por você que foi meu amigo, minha amiga, namorado, ficante, amante, colega de balada, conheceu meu mundo interno e externo e decidiu que era muito mais divertido fingir que eu não existo. 

Neste sentido, declaro que hoje, com 35 anos, divorciada, sem filhos, minha vida, apesar de nunca ser ops totalmente perfeita, acaba que é realmente bem melhor sem você. Sem vocês. 

Como costumo dizer: ao meu lado só quem me aguentar e eu aguentar. Nada de peso. Se for para sacanear geral, siga o fluxo, passe em minha lateral e vá com Deus! 

Beijos! 



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