domingo, 25 de fevereiro de 2018

Fevereiro termina...

Domingo, 25 de fevereiro. 2018 começou extremamente agitado, exigente e causador de pequenas dores em minha alma. Dois meses que eu sinto que vivi uma vida inteira.
Fevereiro teve muita farra, teve carnaval, mas teve também uma pequena dose de drama, porque se não não é a minha vida.
Teve reflexão, teve pontapé na bunda, chega pra lá, chacoalhada, cuspe na cara, soco no estômago. Teve respira fundo e não pira, vai passar, é só uma fase.
Mas não passou. Este fevereiro ficará para sempre em minha memória como sendo o mês onde eu fui do céu ao inferno, onde o que parecia ser não era e o que não era, era.
Os planos que não fiz tiveram que ser iniciados e o amor que poderia brotar, ficou lá aos pés de Iemanjá, que em sua sabedoria me disse que vai ficar tudo bem.
E eu acredito que ficará tudo bem. Porque a minha vida, a sua, a nossa é um eterno AA, onde você espera ansiosamente pela moedinha de superação. 
Março virá trazendo o meu aniversário e uma fé inabalável de que eu sou o que sou e posso melhorar.
Você vem comigo?

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Ainda sobre o Carnaval - 10 observações pessoais sobre a folia mais legal do mundo!

Há uma semana eu viva a melhor semana da minha vida. Ainda sinto cada vibração, cada pedaço meu ainda se recompõe das caminhadas, do suor que insiste em cair naquele calor maravilhoso.
Que benção foi ter tido estes dias em minha vida. Ainda agradeço imensamente pela oportunidade. Resolvi fazer algumas observações sobre o que achei desta semana.

1) A cidade é um caos. Mas o metrô de Salvador dá de mil à zero no de Brasília. Me senti mega segura, tem um ar-condicionado potente e segurança circulando dentro do vagão o tempo inteiro. Peguei vazio porque era feriado e o povo vai pro Carnaval mais tarde e ainda era cedo, mas eu adorei. E super barato em relação ao nosso metrô que vai do nada para lugar nenhum. O de Salvador vai até ao Aeroporto.

2) Não comi muito lá, mas fui em dois restaurantes, que obviamente não lembro o nome. Mas no geral gostei do que comi. Se tem uma comida que é a minha cara no carnaval é Yakissoba. Como quase todos os dias no camarote e comi na rua também.

3) Achei a cidade suja e fiquei sabendo que é assim quase sempre. Uma pena que sejamos, sim me incluo nessa, porquinhos. Eu até que tentei não jogar nada na rua, mas como aqui lá não tem lixeira e o povo realmente faz sujeira.

4) Os camarotes no qual fui eu adorei. Tudo muito organizado, limpo, galera que sabe receber e cuidar. Torci meu pé no Camarote da Skol e fui muito bem atendida. No da Band, nem se fala. Galera mesmo trabalhando feito cão durante uma noite exaustiva não tirava o sorriso do rosto. 

5) Se você é uma mulher solteira e está achando que vai se dar bem em Salvador, no Carnaval e beijar na boca, um recado: o número de gays é muito, infinitamente maior do que de héteros. E não estou criticando aqui nada viu? Só uma observação pertinente. Definitivamente em Salvador não dá pata ter um amor de Carnaval. Recebi uma cantada oficial e uma meia boca porque o cara nem sabia onde estava. Então me senti super de boas, sem dramas e me senti muito respeitada.

6) Não achei os homens de Salvador muito bonitos não. Achei os Filhos de Gandhi bonitos. Tinha muito homem relativamente bonito, mas a maioria não era de Salvador não. As mulheres são práticas, acho que pelo calor, pela farra, são muito de boas, nada de maquiagem, elaboração não. A palavra em Salvador é não se estrague na folia, se acabe no conforto! hahah A maioria que usava salto por exemplo ou chegava direto pro Camarote ou pelo valor conseguia uma van pra acesso o mais próximo possível. De resto é tênis, sapatilha e o mais leve possível. 

7) Me diziam que o Aeroporto de Salvador era um caos, pois pasmem, achei ele muito melhor que o nosso. Foi uma surpresa enorme e deu até para comprar minha blusa da Bahia. Tento manter esta tradição em todas as cidades que visito e fui muito, mas muito bem atendida. Não senti este mesmo cuidado em Recife por exemplo.

8) Ganhei de presente na ida algumas horas na Sala Vip do Aeroporto de Brasília e gostei bastante. Se você tiver a oportunidade e nunca se atentou à isso te aconselho a tentar. Dá uma olhada aí no seu cartão de crédito e se der, se joga. Comi horrores e bebi pra caramba. Se tivesse dado tempo eu teria até tirado um cochilo.

9) Enquanto eu aguardava pra entrar na tão avassaladora pipoca do Nana, tomávamos cerveja de uma moça franzina. Perguntei se ela tinha filho e ela me contou que tinha levado a filha pra folia no dia anterior só pro Juizado levar a criança para um abrigo e assim ela poder trabalhar. Ela buscaria a criança na quarta de cinzas. Não me choquei não, achei inclusive muito esperto da parte dela, afinal ela precisava trabalhar não é? 

10) Caminhar em Salvador é para quem pode viu? Se você for e decidir correr na pipoca atrás do trio se prepare para mais ou menos 7 horas sendo amassado, exprimido, pisoteado, acotovelado. A dica é: Comprou Camarote, tente ir cedo, ande na avenida tranquilamente, chegue ao camarote com calma. Porque depois é muito doido. Não é para qualquer um. Eu particularmente andaria, mas como tínhamos camarote, achei por bem muito melhor aproveitar, até porque foi muito, muito caro tudo. Uber lá é uma fortuna. Por isso tente ficar o mais próximo do circuito possível e cuidado com os taxistas que infelizmente são extremamente olho grande. 

Eu adorei Salvador. De verdade. Tive a sorte logicamente de ter ido com pessoas que conheciam e que curtem Carnaval e de ter ficado na casa de um casal top, Felicia e Neto, que inclusive deveriam abrir uma pousada, porque estes sabem receber bem viu?  Quero voltar logo e absorver ainda mais toda a magia da cidade que ferve o ano inteiro. 

Beijos fofos! 




segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Alguém me disse

Alguém me disse uma vez que eu nunca mais encontraria ninguém na vida. Eu imatura questionei se era um homem como meu ex. Esta pessoa me respondeu: não, ninguém. Pessoas como você morrem sozinhas.
Imaginem como vivo minha vida diante desta afirmação tão profunda. Há anos eu tento. Tento ser uma mulher ideal. Sem saber ao certo o quê seria isso de mulher ideal.
E nesta busca eu me atropelo. Me atropelo principalmente por tentar ser algo que caiba no contexto do outro. E eu meio que levo isso para todos os sentimentos da minha vida. 
É fato que desde que me separei eu tive um namoro sério, que dentro do possível foi bom e não foi, e fora isso me relacionei com camaradinhas que queriam apenas uma diversão. E eu sinto que nem para me divertir eu consigo me desvencilhar da bendita frase citada.
E o tempo passa e eu vou me tornando o que eu menos queria: uma pessoa amargurada, inconstante e cheia de medos. E sempre que começo a acreditar que sou capaz, vou lá e estrago tudo.
É uma pena. No fundo eu ainda quero acreditar que sou uma pessoa legal, boa em alguns aspectos. Não sou bonita, tenho lá meus desvios, principalmente porque sou um tipo de pessoa que quando gosta quer abraçar o mundo com as pernas. Mas sou uma pessoa adaptável, que em alguns aspectos pode ser muito ruim, mas em outros pode ser legal. Não sou do tipo que fica escolhendo demais, o que provavelmente me leva na grande maioria das vezes a levar aquele bom e velho pé na bunda com a mesma naturalidade em que eu escova os dentes. 
Hoje eu acordei com uma enorme vontade de nem sair da cama. É duro encarar a realidade de que sim, em mais ou menos um mês eu completo 34 anos e ainda tenho mentalmente 19, onde eu achava que o mundo era belo e tudo podia ser resolvido.
A verdade é que quanto mais o tempo passa, mas eu temo morrer sozinha. 
E espero em Deus forças para reconquistar minha confiança, que eu perdi há anos, mas que por força da necessidade de sobrevivência, eu finjo ter. Mas eu creio. E é essa fé que me diz: vai dar tudo certo. 


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Meu primeiro carnaval de verdade

Quem me conhece e convive comigo sabe que um grande sonho meu era ir para Salvador no Carnaval. E conheci Fabrício, que generoso como é me propôs irmos juntos para lá. E eu fui gente! Fui com o coração em festa, animada, com vontade de ser feliz.
E eu fui. Ivete não estava lá, mas eu sabia que indo sem ela era meio que para testar se eu realmente iria gostar do evento. E eu gostei tanto, mas tanto que eu quero voltar pra lá o mais breve possível. Hoje, mesmo gripada, com as pernas doendo, eu quero voltar e viver tudo àquilo novamente.
A festa é contagiante. As pessoas se reúnem, mesmo no pior de suas vidas, para celebrar. Celebrar o que for preciso, afinal já temos, cada um à sua maneira, momentos muito difíceis.
Particularmente eu consegui esquecer 95% dos meus problemas. Cada trio que passava, cada artista que eu via e que eu só conseguia ver pela TV, me enchia a alma de uma gratidão por estar ali. Deus foi extremamente generoso comigo e eu nunca esquecerei das coisas que vivi, das músicas que vi ali em frente aos meus olhos, cada pulo, cada pisada, cada empurrão... Porque Carnaval é guerra também.
Peguei duas pipocas: a do Nana e a do Olodum, que por coincidência homenageavam Oxum, e sério, é surreal de contagiante. Consegui ver os Filhos de Ghandi e tomei muito banho de alfazema. Ganhei até um colar e sem beijo (você ganha um beijo para ganhar um colar, beijo na boca), mas o meu foi na camaradagem. 
Tem coisa negativa? Tem, claro. Tem muita sujeira, tem gente mal educada, que não respeita, que se mete no que não deve, que cria confusão, tipo um taxista que nos extorquiu 50 reais por vontade de arranjar briga. Mas se tem uma coisa que eu aprendi sobre mim neste carnaval é que eu sou muito sensata e pago para não ter confusão na minha cabeça. Teve dor, meio que torci meu pé justo no primeiro dia e no show da Claudinha. Mas no outro dia eu estava zerada. Pulei 4 dias, em camarote, ok, que é tecnicamente mais confortável, mas foi lindo amanhecer na cidade do melhor carnaval do mundo. 
Teve por do sol, teve amanhecer, teve conversa com Yemanjá, teve piscina, praia e teve companhias muito agradáveis e leves. Nos hospedamos na casa de um casal que eu adorei conhecer, que é muito cordial e que eu desejo toda felicidade do mundo. 
E teve é claro, Fabrício, que foi muito cuidadoso comigo, que conhecedor de Salvador como é me apresentou tudo o que podia. Me ajudou a olhar tudo direitinho os lugares, me ensinou a correr atrás do trio, a pular, a andar olhando pra frente porque se não você se perde no mar de gente surreal. 
Teve Geysa e Will, casal maravilhoso que nos levaram para o Camarote da Band, junto com a Ana e o Thiago. Nos divertimos muito e tirei muitas fotos.
Mas o melhor está aqui, no meu coração, na minha mente. Sempre serei grata à cada um que acompanhou esta fase de preparativos emocionantes, que aguentou todas as vezes que eu só falava disso e agradeço a quem esteve comigo estes dias, mesmo à distância.
A vida é para realizar sonhos. E eu realizei mais um. E eu espero em Deus que eu volte naquela terra do axé, da alfazema, da alegria e da esperança.