Alguém me disse uma vez que eu nunca mais encontraria ninguém na vida. Eu imatura questionei se era um homem como meu ex. Esta pessoa me respondeu: não, ninguém. Pessoas como você morrem sozinhas.
Imaginem como vivo minha vida diante desta afirmação tão profunda. Há anos eu tento. Tento ser uma mulher ideal. Sem saber ao certo o quê seria isso de mulher ideal.
E nesta busca eu me atropelo. Me atropelo principalmente por tentar ser algo que caiba no contexto do outro. E eu meio que levo isso para todos os sentimentos da minha vida.
É fato que desde que me separei eu tive um namoro sério, que dentro do possível foi bom e não foi, e fora isso me relacionei com camaradinhas que queriam apenas uma diversão. E eu sinto que nem para me divertir eu consigo me desvencilhar da bendita frase citada.
E o tempo passa e eu vou me tornando o que eu menos queria: uma pessoa amargurada, inconstante e cheia de medos. E sempre que começo a acreditar que sou capaz, vou lá e estrago tudo.
É uma pena. No fundo eu ainda quero acreditar que sou uma pessoa legal, boa em alguns aspectos. Não sou bonita, tenho lá meus desvios, principalmente porque sou um tipo de pessoa que quando gosta quer abraçar o mundo com as pernas. Mas sou uma pessoa adaptável, que em alguns aspectos pode ser muito ruim, mas em outros pode ser legal. Não sou do tipo que fica escolhendo demais, o que provavelmente me leva na grande maioria das vezes a levar aquele bom e velho pé na bunda com a mesma naturalidade em que eu escova os dentes.
Hoje eu acordei com uma enorme vontade de nem sair da cama. É duro encarar a realidade de que sim, em mais ou menos um mês eu completo 34 anos e ainda tenho mentalmente 19, onde eu achava que o mundo era belo e tudo podia ser resolvido.
A verdade é que quanto mais o tempo passa, mas eu temo morrer sozinha.
E espero em Deus forças para reconquistar minha confiança, que eu perdi há anos, mas que por força da necessidade de sobrevivência, eu finjo ter. Mas eu creio. E é essa fé que me diz: vai dar tudo certo.
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