Ele passou por mim com seu perfume e eu olhei.
Virei o pescoço inteiro como em um guro de 360°, porque eu precisava guardar aquele homem em minha memória.
Alto, moreno, olhos verdes. Ele não existia, deveria ser fruto de minha imaginação desgastada pela solidão.
Continuei meu caminho, afinal de contas a vida seguia seu rumo e ele não havia nem notado meu olhar penetrante e entusiasmadíssimo.
O perfume ficou em minhas narinas por dias seguidos. Descobri o aroma e comprei o perfume, que eu jogava pelo quarto todas as noites antes de dormir. Minhas amigas riam de minhas alucinações, até o dia em que por obra do destino ou seja lá o que for, eu reencontrei o moreno maravilhoso no mesmo local.
E desta vez, ele notou minha presença. Eu levei um estabaco bem à sua frente. Não foi proposital e ele com um jeito educado, me agarrou pelo braço, perguntando como me sentia.
Não!! Aquilo não estava acontecendo. Aquele homem me segurando em seus braços fortes e firmes. Era demais para mim, eu não estava reagindo normalmente aquela cena. Não estava acontecendo meu Deus!.
Nunca mais o vi.
Foi a cena mais bizarra que tive em minha vida. Hoje casada, uso o mesmo ritual de jogar o perfume, agora em meu marido, para lembrar daquele homeme que até hoje habita minha mente em horas de total solidão.
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