sábado, 1 de agosto de 2009

Quando a dor da morte vem com força!

Estava lembrando esse lance de perder pessoas e começei a relembrar alguns fatos.
A primeira vez que perdi alguém foi minha sobrinha. Eu tinha 4 anos e me lembro em flashes daquela noite em que minha cas a se encheu de dor e sofrimento. Ela permaneceu pouco tempo com a gente, mas foi o suficiente para instalar em nossos corações aquela dor infinita da saudade. Sempre conto quantos anos ela teria, já que a nossa diferença de idade seria pouca e penso no quanto faríamos um monte de coisas juntas e seria bom.
Depois, em 98 perdi meu avô. Pai de minha mãe biológica, soube do parentesco aos 12, em minha primeira comunhão, antes eu achava que ele era meu tio. Ele era dentista, sem nunca ter feito faculdade. Tinha um montão de filhos (há um cidade, onde uma rua é composta somente por herdeiros). Tive um certo contato com ele e sempre o admirei pela inteigência. Minha mãe que é sua irmã, afirma que muito do que tenho em minha personalidade positiva, eu herdei dele. Mas o dia de sua morte, foi natural. Ele sofria de câncer, então a gente meio que espera. Eu morava fora e não tinha real entendimento do quanto aquilo afetaria a minha vida. Afetou e ainda penso nele com carinho, ainda imagino se quando eu voltei, ele ainda estivesse entre nós como seria tudo. Quantas alegrias, curtiriamos pelos anos em que ficamos afastados.
Perdi também o filho de uma amiga da família, que era adolescente quando moravámos na Argentina e que usava drogas. Como ele adorava meus pais e até mesmo os respeitava de tal meneira que se matinha sóbrio quando estava com a gente, nós recebemos a notícia na Rússia e ficamos muito abalados. Até porque ele estava com 21 anos e isso mexe mesmo com a gente. A idade da morte conta muito, e a dor geralmente é maior.
Em meu aniversário de 18 anos contratei dois DJs para animar a galera. Me apaixonei por um deles que obviamente tinha namorada. Meses depois, liguei em sua casa para contráta-lo novamente para uma festa e recebi a notícia de que ele tinha falecido em uma acidente de carro há 2 meses. Não falei nada por 2 dias. Aquilo me deu uma certo desprezo pela vida de um modo geral.
E também algo que mexeu comigo bastante foi o falecimento da mãe de um ex-namorado, que era praticamente uma mãe para mim também. Ela era minha parceira, confidente, conselheira. Mesmo com o fim do namoro, fazia questão de me manter pertinho dela. No dia de sua morte, ela me avisou. E foi um momento tenso em meu coração. Aquilo era demais. Como eu teria apoio de uma pessoa que eu amava tanto?. Ela é e sempre será tão especial pela vida que me deu e pelos conselhos perfeitos.
Algumas outras pessoas partiram e eu acabo sentindo mesmo, talvez nem precise ter tanto contato ou laço afetivo. Eu tento lidar ocm esse fato de maneira mais natural possível, mas infelizmente o medo que eu tenho de partir deste mundo ainda é apavorante e o de perder meus entes mais queridos também. Mas espero serenidade. Porque a vida, precisa seguir!

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