segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Ontem, eu fui assitir à uma apresentação de uma Orquestra da Siberia, na inauguração do Natal na Capital.
E não tem como eu não me empolgar.
A Rússia, está entalda aqui, e eu fico com aquela cara de boba do tipo, humpf eu falo russo.
Aí me lembrei que quando eu cheguei no Brasil, com meus gordinhos 15 anos, eu tinha receio de contar que estava vindo de lá.
Por um bom tempo eu sofri a saudade e confesso que sofri mais na volta do que na ida.
Porque quando eu fui morar lá, eu tinha certeza de que voltaria, mas com meu retorno eu já não sabia como seria.
E todos os dias sinto uma angústia. Uma vontade de largar tudo e voltar para lá, reviver, ou simplesmente viver.
Sempre que eu posso, espalho na cama, fotos e cartas e fatos. Relembro dias e noites e neves e frios e lágrimas.
E retomo iniciativas não tomadas, palavras não ditas, amizades feitas à base de pequenos murros mentais. Ou amizades verdadeiramente sinceras e felizes.
A Rússia sou eu, adolescente, gordinha, com dentes tortos e óculos estranhos. Mas eu era um ser intenso, infeliz, ou feliz, dentro das minhas possibilidades catastróficas.
Estou marcada e resignada e esperançosa.
Todos os dias!.
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