sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Faltam 179 textos para eu poder bater a minha meta de mil textos no blog. Se eu continuar ativa e disposta, com certeza chegarei lá, com muita alegria.
Ontem consegui finalmente fazer a minha inscrição para um curso rápido de Gestão de Eventos. O pessoal do curso adorou saber que morei fora e obviamente acabei contando pela milésima vez algumas partes dos anos em Moscou, na Argentina e de minha visita à Londres. As pessoas as vezes me acham metida por isso, mas na verdade o que exsite em mim não é metidez, é uma eterna nostálgia de tempos felizes e cultos.
Sinto sim muita falta de Moscou. Principalmente da neve, e de algumas pessoas que lá ficaram. Mas o que eu mais sinto falta é do cheiro de cultura que exalamos diariamente. Livros à nossa disposição, de graça. Lá eu lia, muito mais do que eu leio aqui. Eu pegava a chave da Biblioteca, e ficava horas lá dentro (em minha escola não tinha um bibliotecário), porque lá cada um se responsabiliza pelo seu crescimento intelectual.
Quando cheguei na Rússia, lembro que eu não lia nem gibi da turma da Mônica e em minha terceira semana na escola a diretora me chamou. Eu não entendia o Russo, e ela falou comigo em Espanhol. Ela me explicou que lá, se eu reprovasse seria expulsa da escola. E que ela me aconselhava a começar a ler. Ela perguntou se eu gostava de ler, disse que não. E ela riu e me disse: "olha menina, ou você se esforça e se adapta, ou você sofrerá as consequências infinitamente várias vezes, e doi, porque nós somos um povo muito difícil de conviver.".
Chorei bem ali, com medo, com vergonha, com insegurança de minhas capacidades intelectuais e me arrependi das várias vezes em que perdi tempo vendo TV.
Mas valeu a pena a bronca. Em 4 anos eu me adpatei tanto ao país, que terminei o ano em 4º lugar no ranking de alunos mais dedicados. (Lá eles fazem essas estatísticas na escola como incentivo).
Tudo valeu, cada segundo. Aprendi a gostar de ler e fazer da leitura uma fonte de isnpiração para meus textos e para a minha vida pessoal.
Aquela diretora mudou a minha vida e serei sim muito grata sempre!

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