Remeta-me os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que voce tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era o seu jeito ou de propósito
mas era bom,
sempre bom e assanhava as tardes.
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima firme
confirme o ardor
dessas jorradas de versos
que nos bolinaram os dois a dois.
Pense em mim
e me visite no correio de pombos
onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.
Elisa Lucinda
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