Enquanto permanecia imóvel, observava as diversas caras que rodopiavam na pista do baile de máscaras.
No canto esquerdo do salão algo chamou sua atenção.
A fumaça do charuto supostamente cubano a embriagou de longe. Por detrás da máscara haveria de existir uma alma esnobe e insessante de amor.
Ela não errara. O beijo ainda com a máscara, na mesa de sinuca, da sala de jogos a fez tremer e suspirar.
O gosto de conhaque, a lavanda francesa, o suor que insistia em cair sob o olhar e por debaixo da máscara preta com detalhes dourados.
O corpo forte e mãos macias. Uma teoria que ela precisaria desvendar. Que ela insistia em segurar ali naquele exato momento.
O tempo parecia conspirar. Ninguém aparecia e o beijo prolongado revelou que aquele máscarado, com olhos verdes e barba rala era seu chefe.
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