segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Própria compaixão

Tive um fim de semana pensativo daqueles. Em pleno show de Alceu Valença eu pensando nas coisas da vida. Pensei em meus pais e no quanto os amo. Pensei no quanto gostaria que o tempo nunca tivesse passado, que meus sobrinhos nunca crescessem, no quanto eu gostaria de voltar no tempo e reconstruir todos os meus relacionamentos. Gostaria de pedir perdão e ser perdoada por falhar tanto ao longo de todos esses anos.
Mas não tem como. A vida passa a seu passo e não podemos controlar nada. Nem mesmo os sentimentos. Um vazio em meu peito se fez quando Alceu cantou uma música lá que eu não sei o nome que diz: " foi divino o brinquedo, se amar como dois animais". Não sei realmente o que tem a ver essa frase, mas me arrepiei toda. E depois de tudo, voltei para a solidão de meu apartamento, ao escuro de meu quarto e recomecei a pensar, chegando é claro a nenhuma conclusão obvia, apenas com a certeza de que meu hoje depende apenas deu me aceitar, de eu me perdoar, de eu me vivenciar exatamente como sou. E seguir à procura de minha própria compaixão.

Um comentário:

  1. As mudanças em nós acontecem a cada momento, mas as mais significativas acontecem quando a gente percebe, como nesse seu caso de sentir-se completamente acompanhada de si mesma em meio à multidão.

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