segunda-feira, 18 de maio de 2020

No aguardo do fim.

Se eu me afasto, é porque algo aconteceu, algo foi dito, algo se perdeu. Não é do dia para a noite que eu deixo de gostar de alguém, mas posso perder o encanto e a admiração em segundos. 
Autor desconhecido @sintonizoufrases 


Fazia um certo tempo que eu procurava as palavras certas para expressar meu cansaço atual na procura de minha alma gêmea. E eis que navegando aleatoriamente no meu insta do @bolshoicerimonial, encontrei. 

E essa frase disse tudo. Nem precisarei falar muito. Mas complemento que esta quarentena acabou me fechando mais do que imaginei que pudesse me fechar. Me decepcionei tanto nestes últimos 2 meses e em determinados fatos bem mais do que já me decepcionei a vida inteira. 

E acho que é muito por mim mesma. Ando com muita preguiça das conversas e até das que não acontecem. Falta vontade, reciprocidade. No meu caso, as pessoas não se interessam por mim, e eu sei que não sou tão desinteressante. E as que vinha tentando uma interação, conseguiram me decepcionar em um nível que não tem mais jeito. 

Mas acho que é muito Deus me provando a minha real necessidade de esperar. Já vinha fazendo isso antes da quarentena né? Acho que é bem isso aí mesmo. Esperar um pouco mais pelo cara que tenha o quê conversar, que goste de algumas coisas que eu gosto, que não pense só em transar e que se mostre mais presente. Provável que ele não apareça agora, porque além da minha total vontade de interação, não sou adepta de sites de relacionamento. Apesar de que comentei isso outro dia (vale um texto sobre) agora é a hora de aproveitarmos que não podemos embolar os corpos, para tentar embolar as almas, mas nem todos estão preparados para essa conversa. O isolamento para quem é solteiro deveria ser o momento de troca de cartas, como antigamente sabe? De conhecer um ao outro. Tá, escrevo isso em outro post. Melhor. 

Estou bem tranquila apesar de tudo. Este isolamento é o momento ideal para os livramentos, as reflexões, os cuidados pessoais com o corpo e a mente. É tempo de repensar que tipo de vida será necessária ser vivida quando tudo isso acabar. 

Você que assim como eu ainda não deu sorte com ninguém, vai dar tudo certo. Sempre em orações pelo amor no mundo para o maior número de pessoas. Só o amor cura, salva e engrandece a alma. 







sexta-feira, 15 de maio de 2020

Dia Internacional da Família - 15 de maio

Depois que passei a colaborar com o Jornal Capital em Foco tenho escrito muito sobre datas comemorativas importantes. Tento colocar um pouco da história naquela matéria e envolver quem lê.
A minha ideia é que não seja só mais uma data, mas que ela faça sentido. 

E eis que hoje se celebra o Dia Internacional da Família e diferente do dia das mães e demais datas comerciais, eu acho que esta data merecia uma atenção mais específica, merecia de repente que fosse celebrada da mesma maneira como são celebradas as outras datas: com shopping lotado, mensagens de amor e afeto e uma grande festa, talvez no mesmo nível do Natal, por exemplo. 

Porque para mim comemorar uma data desta magnitude é agradecer pelos projetos de Deus em nossas vidas, é agradecer por termos uma família que nos acolhe, que nos ajuda, que nos cria, que nos orienta. Independente da forma que esta família seja constituída, creio que é o bem mais precioso que podemos ter. Tudo começa pela família.

Tudo bem que como tudo nesta vida, nenhuma família é perfeita e que tem muita gente que prefere não ser próxima. Tem gente que está longe da sua e forma nos amigos esse alicerce. Tem gente que tem família grande, pequena, feliz e cheia de problemas. Só que entre tapas e beijos é na família e em pelo menos uma pessoa dela que a gente pode confiar e contar. 

Hoje eu agradeço pela minha família que está comigo desde os meus 3 anos. Nela eu tenho meus exemplos, as orientações necessárias e o aprendizado que me fortalece quando tudo parece perdido. Claro que sou mais próxima de uns do que de outros, mas no geral, a minha família é unida, carinhosa, presente e incentivadora. 

Agradeço também pelas muitas formas de família que me acalentam pela caminhada. Amigos, pais de amigos, avôs de amigos, noivas, as famílias das noivas. Tanta gente que se tornou parte do que me transformo a cada dia. 

E por último, agradeço por ter a minha pequena família, em uma configuração humana e pet, já que tenho minhas duas gatas, que principalmente agora que nos encontramos todos muito loucos e perdidos, me trazem paz. 

E desejo que hoje e sempre, todos sintamos que vale a pena cada membro de nossas famílias naquilo que queremos, sonhamos e estamos construindo ao longo da nossa existência. 


terça-feira, 12 de maio de 2020

Ficar em casa

Eu sei que para a grande maioria da população mundial, ficar em casa durante todo este tempo é uma desgraça sem precedentes. Porque isso significa não trabalhar, logo não ter renda, logo passar a mais profunda das necessidades: a falta de comida. Para muitos nenhum auxílio financeiro será o suficiente, no máximo o de Deus, mas com a barriga vazia, provavelmente ninguém irá perceber isso. Então, não é para eles romântico ficar em casa, e meu coração sofre demais quando penso nisso.

Para mim, pessoalmente, no começo, mesmo saindo para trabalhar 2 ou 3 vezes na semana, ficar em casa era algo puxado, impossível e cansativo. Minha casa sempre foi meu refúgio para dormir minhas 8 horas diárias. Ou descansar depois de um evento, mas faltava uma ligação profunda. 

De repente vamos para o segundo mês de home-office e eu aprendi a amar cada cantinho desses 30 metros. E os planos para quando tudo isso passar será investir pesado em dias melhores em casa, pelo maior tempo possível, aproveitando minhas gatas, meus livros e até mesmo uma comida caseira. 

Tenho para mim que sairei muito menos, provavelmente somente para eventos familiares ou de amigos especiais. Boates e bares fechados não mais serão frequentados por mim. Já não era de ir em show, provavelmente não irei mais. Quero sair mais? Sim, quero prestigiar o quê for menos aglomerado possível, tirando claro, meus eventos, que geralmente são compostos por menos de 200 pessoas, contando com a equipe técnica.

A questão é que essa pandemia tem alterado muito nossas questões internas e externas, não adianta negar. Temos valorizado pequenos momentos, criado outros muito significativos, fortalecido relações e até mesmo deixando para trás coisas e pessoas que não agregam mais.

Não seremos mais os mesmos. Pelo menos espero. E que disso tudo, surjam muito mais atitudes positivas e generosas. E espero que quem não pode ficar em casa, mas é obrigado a estar, que estes dias voem e vocês consigam se recompor da melhor maneira possível.

Vou ficando por aqui. Acabo de almoçar, vou varrer a casa, e voltar à minha mesa de trabalho em casa. Graças a Deus! 

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Fina Estampa

A Globo, impedida de gravar suas novelas, está reprisando alguns de seus maiores sucessos. Já tivemos Avenida Brasil e sua vilã master, Carminha. E no horário das 21 está reprisado Fina Estampa, que é do ano de 2011 e que permanece muito realista. A novela trata da rivalidade da Pereirão e da Socialite Tereza Cristina. 

Pereirão, vivida pela Lilia Cabral é viúva, mãe de 3 filhos e os criou fazendo consertos em casas. Tereza Cristina vivida pela linda Cristiane Torloni, passa a odiá-la depois que sua filha se envolve com um dos filhos do Pereirão. 

E aí que a gente analisa alguns perfis da novela e entende porque ela é tão atual. Temos de tudo: uma mulher batalhadora, pobre, mãe solo, que sustenta a família com o trabalho digno. Ela até ganha na loteria, mas isso não muda seu perfil honesto e família. 

Por outro lado temos a gananciosa, inescrupulosa, mau caráter e mimada, Tereza Cristina. Ela faz de tudo para humilhar seu marido, sua filha, seu irmão, sua tia e seu mordomo, o carismático Crô.

E a novela trata dessa eterna batalha entre o bem o o mal, entre a honestidade e a mentira. O usar de artimanhas para o alcance de objetivos à qualquer custo.

Mas a personagem da Torloni é a que mais impacta. Ela é homofóbica, gordofóbica, xenofóbica. Usa palavras como feio, pobre, biba, múmia, lesma, burro, assim como se estivesse elogiando. Ela é tão mau caráter que chega a propor que sua filha realize um aborto somente porque ela está grávida de um pobre, que vem a ser filho de sua inimiga. 

E o quê isso tem a ver com o hoje? Tudo! Porque o que existe de gente fina, elegante e sincera que acha que ter dinheiro é sinal de honestidade. Que trata o outro que não seja de seu nível social como se fosse um animal. Que despeja sua opinião maldosa e não tem um pingo de empatia pelo mundo que cerca seu umbigo. 

Eu assisto a novela primeiro porque sou noveleira assumida, mas segundo porque mesmo muito agoniada com as cenas da Tereza Cristina, eu consigo refletir sobre quem sou e sobre quem me cerca. Ando tão mexida com todas essas questões, que estou deixando de lado amizades que não tem empatia pelo outro, principalmente em tempos tão difíceis. Eu não sou de fazer caridade, e quando faço eu não costumo mostrar não, mas tenho tentado fazer o mínimo pelo próximo. Acho que é importante não sair se vangloriando nas redes sociais, porque tem um tanto de gente que está em situação precária. 

O que esta novela tem me ensinado, não tem como descrever. Tenho me fortalecido como cidadã e como mulher que luta pela minha sobrevivência, sem humilhar, sem me achar melhor do que ninguém, sempre dentro da honestidade, das lições aprendidas com minha mãe. Sorte que apesar de tudo, temos muitos Pereirão por aí, que atuam no mundo com humildade e bom senso. 

É disso que o mundo precisa. Nunca de autoritarismo e achismo. 


sexta-feira, 8 de maio de 2020

Dia das mães 2020

Assim como todas as comemorações que aconteceram desde que o mundo se tornou perigoso, o dia das mães 2020 será também bizarro, estranho e fora de lógica. 
Quando imaginaríamos que em um domingo especial, estaríamos longe de nossas mães? Tudo bem que nem todos, mas a grande maioria sim, por diversos motivos.
Não vejo a minha mãe desde o começo de março. 2 meses só ouvindo a voz dela. Tem sido muito duro, choro muitas vezes depois que desligo o telefone. E esse sentimento não vai piorar no dia das mães, ele já está em um nível piorado e o dia das mães poderia ser em dezembro, tem sido uma facada não poder abraçar a minha mãezinha.
Será, que me lembre, a primeira vez que não teremos nosso domingo especial, com comida, cerveja, presentes, afagos, risadas e amor. A família não vai se reunir, não haverá aquele discurso inflamado de muita gratidão e respeito. E eu espero que seja o único. 
Quero desejar também um feliz dia à minha irmã e minha sobrinha. Estamos tão perto e não poderemos nos abraçar. 
Desejo claro, um feliz dia das mães à quem está na linha de frente na luta contra este maldito vírus (desculpem a palavra). Desejo um feliz dia das mães às mães que estão com este maldito vírus. Desejo um feliz dia das mães às mães que estão dentro de casa, dando o melhor de si, cuidando de seus filhos e de suas famílias. Desejo um feliz dia das mães às mães que estão sozinhas na luta pela sobrevivência, sem salário, sem emprego, sem comida e com medo. 
E como sempre digo, já é até clichê: Todos os dias é dia de celebrar a sua mãe. Todo dia é dia de agradecer, de se declarar, de mimar, de presentear. Espero que entenda isso no nível máximo e quanto tudo isso passar, celebre sua mãe e não espere o ano que vem.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Pedido de desculpas

Uso este espaço muito como desabafo. Achei inclusive que nestes tempos em casa ia produzir muito mais, mas tenho optado pelo silêncio como forma de amadurecimento de quem quero ser quando tudo isso acabar. 
Mas infelizmente algumas coisas não mudaram ainda, e uma delas é a minha língua gigantesca. Falo demais. Agora por whatsapp tenho cometido alguns erros na forma de me expressar. Por isso também tenho até evitado conversar, porque se eu não estou chorando, estou falando algo nada produtivo.
E daí o tema: pedido de desculpas. 
Tem um caso específico, óbvio, que desencadeou essa minha angústia e me fez me esconder um pouco das redes sociais. Não muito porque amo as fotos que posto no meu insta, principalmente com a Olivia.
Dia desses a conversa fluía, mas rolou uma momento triste na conversa. O assunto era relacionado à mudança de vida. Essa mudança me trouxe muita alegria, mas para a outra pessoa, não. E eu solto algo como: estou cagando para fulano. Sendo que esse fulano era parte da tristeza da outra pessoa. 
Estão entendendo a gravidade?. Claro que quando falei isso o tom que tentei usar era de brincadeira, mas não foi recebido da mesma forma do outro lado da tela. E como não estávamos em videochamada, a minha cara na hora foi de desespero total. Pensei que em meio segundo, ao digitar àquela frase eu possivelmente estava colocando uma pedra em uma linda amizade. 
Isso tem mais de 15 dias e ainda me consome. Já pedi desculpas, mas sinto que perdi a confiança e a vontade até da pessoa conversar comigo. E não tiro a razão dela. Eu também teria agido desta forma se fosse comigo. Porque eu tenho aprendido ao longo da vida a me colocar no lugar do outro e sinto que foi, entre muitas frases ditas por mim, a pior que eu poderia ter falado. 
E eu não sou dessas que tentam amenizar não. Errei, mereço o desconforto e só posso pedir a Deus que 1) eu pare de achar que sou engraçada e 2) aprenda que nem tudo deve ser dito. Sim, eu até já sei disso, mas esse momento foi importantíssimo para definir que tipo de pessoa eu realmente preciso ser não somente quando essa loucura toda passar, mas agora, já.
Então você, à quem escrevo este texto, meu pedido público de perdão. E peço mais uma chance no resgate da amizade sincera que tenho por você. Pelo carinho e por toda história que estamos construindo ao longo desses 5 anos de amizade. Espero do fundo do meu coração que esta frase não seja base para que me imagine alguém incapaz de mudar. Amo você e sei que isso não irá se repetir. 




segunda-feira, 4 de maio de 2020

Norma Lillia Biavaty - os bastidores da Edição Especial

https://www.capitalemfoco.com/coluna-karla-lopes

Desde que retornei ao Brasil, em 1999, quando ia comer no Xique-Xique na 108 Sul, eu olhava a escola de balé que ficava do outro lado da rua. Lembro que cheguei a ver gente entrando e saindo. E ficava fascinada. Não fazia ideia da história linda que estava dentro daquele espaço. 
Quando começamos a pensar na Edição Especial pelos 60 anos de Brasília, aliás, logo que me chamaram para colaborar com o Jornal, imediatamente pensei na Norma Lillia. Eu não sabia ainda que a escola havia encerrado suas atividades. Mas meu interesse era na pessoa, Norma Lillia e conversar com ela foi muito mais fácil do que esperei. 
Primeiro tentei contato através de uma professora de dança. Mas percebi que precisava ser mais cara de pau e mandei mensagem no facebook. Norma respondeu prontamente, trocamos contato no whats e em uma semana a matéria estava pronta. Mandei as perguntas, ela me mandou 10 áudios, eu transcrevi em 2 dias e voalá! 
Escutar Norma e colocar ali sua história foi um divisor de águas em minha vida. Ela me inspira principalmente por ter conhecido e vivenciado o Teatro Bolshoi, o que para mim torna qualquer pessoa especial. Mas foi além. A história de vida dela, a superação de uma bariátrica mal sucedida e tudo que ela pensa sobre arte, dança e sociedade é incrível. Seu relato sobre sua infância, adolescência e vida adulta transformaram minha forma de enxergar a vida. 
Espero que essa pandemia passe logo. Uma de minhas primeiras ações será tentar conhecê-la pessoalmente e agradecer pela colaboração ao Jornal Capital em Foco e à minha vida. Agradecer por ela ter persistido e por ela ter atravessado cada redomoinho para nos mostrar o balé, a arte e uma vida com proposito. 



Dia do Trabalho 2020

Comemorar o dia do trabalho no meio deste caos em que estamos vivendo parece muito indecente. Tanta gente que por motivos muito óbvio perdeu seu sustento e não faz ideia de como irá se recuperar dessa rasteira do destino. 

Mas o que posso dizer deste dia 1 de maio estranho, é que as coisas tendem a mudar em um curto absurdo de tempo. As construções trabalhistas, que já vinham sendo alteradas pela eficiência tecnológica, agora tendem a ser muito mais restritas e específicas.

O tal do Home Office veio com tudo e mostra a possibilidade real de diminuição de custos neste tipo de configuração. Mas será que todos estão preparados para trabalhar de casa? Quais serão os benefícios pessoais? E os pontos negativos?

Particularmente estou muito grata por seguir trabalhando, por não ter sido atingida profundamente pela onda de demissões. Mas pessoalmente eu ainda não me adaptei ao Home Office e fazendo uma reflexão diária, sei que nasci para o cara crachá, para a rotina metrô, ônibus, despertador, bater o ponto, escolher o look do dia, voltar para casa. A rotina de sair de casa para trabalhar é algo do qual sinto muita falta e estou pedindo muito à Deus que isso passe logo e eu volte à rotina que costumei reclamar várias vezes. Só que se tem algo que eu não farei quando tudo isso acabar é reclamar da rotina maluca que eu venho tendo desde que inseri em minha vida os eventos, o que tornou minha vida profissional quase que sem folgas adicionais para vida social. 

Estou aproveitando, se é que esta palavra pode ser usada, para me reconectar comigo de modo que quando as coisas voltarem ao normal eu esteja revigorada, cheia de vontade de dar o meu melhor dentro do que me proponho como profissional. Quero voltar a estudar algo, me especializar na área de eventos, quero ajudar ao máximo de pessoas que estejam precisando no retorno ao trabalho, me conectar com o máximo de pessoas especiais com quem faremos uma rede de recuperação do tempo digamos, perdido. 

Me conta aqui: Como você tem lidado com o Home Office? Está sendo bom? Ou percebeu que não é sua vibe?

Feliz dia do trabalho para quem está com seu emprego digno. Desejo que quem não esteja com o seu emprego digno, que seja só um furacão rápido e que logo você se recoloque profissionalmente. E que tudo melhore. O mundo precisa mudar. Urgente! 

terça-feira, 28 de abril de 2020

BBB 20

Quem me conhece bem sabe que um grande sonho em minha vida é participar do BBB. Já quase cheguei lá, mas não deu. Passa ano e entra ano e eu me entrego 3 meses ao programa, sempre imaginando como seria se eu estivesse na edição. Faço profundas análises, principalmente quando assuntos polêmicos aparecem. 

Neste programa de 2020 não foi diferente. Pensei no tema da minha festa caso eu fosse líder, que seria Minions, obviamente. Penso que provavelmente eu não teria sido líder porque sempre acho as provas muito complexas, principalmente nas que precisam de sorte. 

Mas quem assiste mesmo ao programa sabe que este foi o BBB de maior intimidade com temas muitas vezes esquecido ou ignorado. E tivemos pessoas reais, ainda que famosas, que demonstraram dia após dia que a gente precisa falar, precisa se posicionar, precisa esclarecer muita coisa de nossa ignorância pessoal. 

Temos 2 assuntos, claro que foram muito desenvolvidos ao longo da trama: Machismo e Racismo. 2 temas que na verdade eu sei que sei muito pouco, que provavelmente o viva em minha rotina, mas que devo cometer muitos erros e passando o pano. 

Sobre racismo eu debato muito pouco porque eu não me relaciono, ou tento evitar contato ao primeiro sinal de racismo do outro. Quando vejo que a pessoa destrata por conta de cor da pele (religião e sexualidade também, na verdade) eu realmente prefiro nem ter essa pessoa em minha vida. Acho esse sentimento podre e desqualificante em qualquer pessoa. Gente que desqualifica o ser humano porque ele não tem a pele clara, não merece sequer minha olhada. Convivo porque sou obrigada a conviver, mas prefiro mesmo não ter muita intimidade. 

E o machismo, que muita gente fala que é mimimi eu ainda estou aprendendo a me defender destas situações e a entender os sinais. Mas tenho também melhorado no meu faro para pessoas escrotas machistas. E ao menor sinal desta postura, tenho também eliminado de minha vida. Preciso aprender muito mais sobre respeito ao próximo, porque não sou perfeita. Mas algo que melhorei muito foi o meu posicionamento diante de algumas falas machistas.  Porque percebi que muitas e muitas vezes eu julguei uma mulher por alguma conduta que eu achei que ela não deveria ter tido. Já critiquei muito e não tentei sequer entender o lado dela. 

E aí que o BBB me ajudou bastante neste meu novo processo. Aprendi que uma coisa tem nada a ver com a outra. Cada um é cada um, cada um tem a sua história e não sou eu quem tem que dizer para o outro quem ele deve ser e viver. Mas quando se trata de desrespeito de um homem para uma mulher, eu devo me posicionar. Urgente. Porque sim, já vivi muitos episódios machistas que definiram muito quem sou hoje. E o quê eu não quero para mim, eu não quero para o outro. Se esse outro for uma mulher, eu quero muito que ela seja respeitada. 

Fiquei muito feliz pela vitória da Thelma. Foi merecido porque ela foi muito íntegra, leal e entregue. E tem uma história de vida que é exemplo de dedicação, de alcance de sonhos sem pisar no outro. 

E eu acho que a vida é bem por aí. Cada um viver sua vida, sem pisar no outro. Porque esse corona aí nos colocou em um mesmo patamar. E sabemos que nada será como antes. E nem deve ser. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Renovando o compromisso comigo.

https://bolshaia.blogspot.com/2019/06/pauta-importante-e-no-qual-pensei-muito.html

Ontem completei 1 ano sem namorar oficialmente. Me comprometi comigo em um domingo de Páscoa depois de um namoro com pedido e tudo, que durou 20 dias. 
Aquela noite foi muito importante para mim. E olhando para trás, vejo que apesar de  ter me envolvido com algumas pessoas, eu não cai em nenhuma armadilha, nem me apaixonei, nem esperei nada do outro, muito menos um pedido de namoro ou algo do tipo. 
E isso tem me feito um bem danado. A opção de estar sozinha parece triste, ainda mais para uma pessoa que vive de sonhos como eu, mas é gratificante. 
Neste um ano eu pude me conhecer ainda mais e pude me comprometer ainda mais em me manter bem, feliz, equilibrada e em paz com esta decisão. 
E achei este texto de junho do ano passado e reforço aqui o quê escrevi, principalmente para o tipo de pessoa que eu não quero em minha vida. 
Peço a Deus que eu siga me comprometendo com a minha realização pessoal, profissional e amorosa, sempre com humildade e respeito. E que na hora certa venha uma pessoa especial para caminhar ao meu lado. 

Primeiro não mais me relacionar com ninguém comprometido, mesmo que seja um namoro de 15 dias. Não caio mais no papo de que estou me separando, minha vida sexual é uma bosta, não transo há x anos luz. Foda-se.
Segundo, preciso de estrutura emocional e eu quebrei esse regra duas vezes. Então se eu estiver demente, eu me relaciono com pessoas que usam drogas ou estão se tratando. Em condições normais eu não vou mais aceitar. Foi uma furada que vivi e que hoje eu não tenho estrutura alguma para enfrentar. Foda-se. 
Terceiro, tem que ter o mínimo de afinidade. Eu cansei muito de gente que não dança, por exemplo. Não precisa ser um Carlinhos de Jesus, até porque eu danço de forma bem tranquila, mas é muito chato o cara não dançar. Porque no final terei que ouvir que uso a dança para provocar os homens e sério, não dá. E tem várias outras questões. Já tive gente criticando meu trabalho com casamentos, meu cabelo, meu cheiro. Não ter química é algo que não dá mais e não é só na cama. Se o cara não for admirável e eu não for admirável para a pessoa, foda-se. 
Quarto, não quero mais uma pessoa ansiosa. Porque não tem nada pior do que ouvir que se precipitou e ainda jogar a culpa em mim. Depois ainda dizer que se arrependeu. Por favor, já aviso logo que não sou boneca inflável para teste não. Eu sou uma pessoa imperfeita, que está na vida para ser feliz. Sou intensa e não deixarei de ser e sei lidar com isso, se tu não sabe, por favor, foda-se.  

Homem comprometido pode ter amiga?

Eu havia escrito um texto sobre isso, mas achei tão machista, que resolvi escrever outro. Não costumo apagar o que escrevo, mas o que escrevi me incomodou muito, então acho justo o meu pedido de desculpas e uma nova tentativa aberta de reescrever o que realmente sinto. 
E aí eu respondo à pergunta com outra pergunta: mulher comprometida pode ter amigo?
E a resposta é muito simples: sim. Pensando em algo bem geral, as pessoas podem e devem ter amigos. E quando existe um relacionamento, ambos podem e devem seguir tendo uma vida social de casal e individual. Sempre falo que acho saudável que a pessoa não grude em mim como se eu fosse a única opção de vida dela. Já vivi relações assim e foi péssimo. Porque eu demorei muito a entender que o outro é um complemento, um apoio, mas não é a minha vida. 
Aprendi depois de muito sofrimento que existe toda uma vida que àquela pessoa vem vivendo antes de constituir algum relacionamento. E é expressamente saudável que continue existindo uma vida além da de casal, porque se não ninguém aguenta. Então que não é nem poder ou não poder, é uma questão de necessidade mesmo, pessoal. Até porque é importante que existam afinidades, mas por exemplo, se a pessoa gosta de jogar e eu não, ou eu gosto de dançar e ela não, como fazer? Prefiro continuar gostando das minhas coisas, reforçar as afinidades e respeitar o momento dela com seus gostos pessoais. Eu realmente não vou me interessar por jogo só para agradar aquela pessoa. 
Eu super acredito que duas pessoas quando se relacionam passam quase a ser uma só. Mas acho que é muito importante que elas sigam com suas atividades individuais. 
Agora, claro que é sempre bom ter respeito. Não adianta ter uma amiga ou um amigo e o parceiro (a) se sentir inseguro. Quando traz insegurança a amizade do outro, diálogo é sempre a melhor saída. Para qualquer sentimento negativo em uma relação inclusive. 
Quando eu era casada eu mantive todas as minhas amizades, inclusive com homens e meu ex apesar de poucos amigos, tem uma grande amiga e em nenhum momento eu criei paranoia por isso, mesmo muitas pessoas achando que era um absurdo. O quê eu tirei disso é que se a pessoa for infiel ela será e não há nada que possamos fazer. 
E é isso. Acho que não existe isso de que homem pode ou mulher pode, ou não pode. Acho que precisamos enxergar as relações de forma muito mais leve. E é áquilo, quando a gente prende muito o outro, ele sempre vai querer ir embora. A sensação de liberdade, dá vontade de voltar. 

Beijos e boa semana! 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

As opções passadas que nos levam ao hoje


"Algumas mulheres escolhem seguir os homens, e outras escolhem seguir seus sonhos. Mas lembrem-se que sua carreira jamais acordará de manhã e dirá que não te ama mais". (Lady Gaga) 
Reproduzi a frase para o caso de perder a imagem.

Esta mensagem nunca fez tanto sentido para mim. Estou cumprindo o isolamento em casa, com minhas gatas. Venho, trabalho 2 dias seguidos e volto para casa. Graças a Deus que sigo com meu emprego e tenho conseguido me manter, inclusive emocionalmente, bem. 
No começo eu surtei bastante, chorei bastante, achei que ficar em casa, mesmo sendo apenas 2 dias seriam péssimos. Aí percebi que 2 virariam 5, caso emendasse com o fim de semana e com todos os feriados. Achava isso de ficar em casa algo completamente non sense, porque sempre na minha concepção casa era para dormir. 
Mas aí hoje apareceu esta frase no meu Facebook e eu comecei a pensar no tanto de gente, e eu digo gente, não divido aqui em homem ou mulher, que está neste momento vivendo a pior fase de sua vida. Pessoas que perderam seus empregos. Que não tem o quê comer em nenhum momento do dia. Que precisam cumprir esse isolamento, mas não fazem ideia de como será de fato, porque não existe nenhuma perspectiva. 
Homens que não tem como manter suas casas, sua família, dar o quê comer para um filho, 2, 10.
Mulheres que são chefe de família mas que não tem um pão com água. Mulheres que até tem, mas que estão vivendo seus pequenos infernos com companheiros violentos. 
Homens e mulheres que tiveram seus mundos revirados, e não sabem como será amanhã. 
Gente vivendo na rua. No frio. Na sujeira. Crianças que provavelmente não chegarão à idade adulta. 

E aí que eu peço por nós, "favorecidos", que podemos ir e vir, com nossas mínimas garantias, com o emprego e com as tarefas normais mesmo em casa. E aí sim eu penso em mim como mulher, e penso nas várias mulheres que hoje vivem de seu próprio sustento, que se organizaram para viver esse momento em paz. Que podem decidir se querem um vinho, uma live ou apenas dormir. Sem dar satisfação, sem pressão de uma relação. 

Agradeço a Deus pelas minhas conquistas. Elas nunca fizeram tanto sentido. Chego em casa, consigo dormir sem ninguém ao meu lado me cobrando, me questionando, me pedindo coisas que muito provavelmente eu não vou querer. Agradeço pelas vezes que resolvi economizar um pouco, que resolvi ficar em casa, que eu trabalhei também em algum evento. Tudo isso me preparou, bem ou mal, para estes dias ou meses em casa. 

Do fundo do meu coração, eu desejo isso para todos. Em especial para cada mulher neste mundão. Que elas possam viver sem medo, dentro de suas casas, com o melhor conforto possível, com comida na mesa, com relações felizes. Que seja realmente um momento de renovação e aprendizado.

Ao mundo inteiro. Paz. 

Que esse vírus vá embora...

terça-feira, 14 de abril de 2020

13 anos do Bolshaia

Minha cabeça anda tão perdida que não lembrei que ontem foi aniversário do meu blog gente! Ah que pena!
Até me lembrei aqui que ano passado eu recebi uma declaração de amor linda no dia 13 e uma semana depois, levei um fora. kkkkkkk Deve ter sido trauma né?
Mas enfim. Tendo me lembrado dessa data importante, venho aqui me declarar para este espaço que para mim é incrível. No meu blog eu escrevo um monte de besteira, mas também sei que escrevo algumas coisas legais. Coisas que servem para algumas pessoas, mas servem principalmente para mim.
Escrever sempre foi a minha forma de me conectar com o que fui, com o meu passado, com toda a minha história e finalmente com o meu dia de hoje. 
Meu blog é para mim, embora a intenção seja de que algo possa ser aproveitado no meu mundo externo por várias pessoas legais, escrevo para me acalmar, para me olhar com mais compaixão. 
E obvio, daqui a uns anos eu irei ler vários textos antigos e, ou terei vergonha ou me reencontrarei. 

Obrigada a cada pessoa que passa por aqui eventualmente, que lê, achando bom ou não. E à você que me apoia, que foi ajudado de alguma forma com minha conexões de alma. 

E que eu não perca essa vontade de colocar em palavras o que me leva para frente. 

Mil beijos!