terça-feira, 21 de julho de 2020

Resiliência

Hoje eu participei de 2 lives com o mesmo tema: Resiliência. Acho que o Universo está me enviando sinais.

E eu finalmente entendi o que significa isso e consigo visualizar em minha vida essa total resiliência diante de meu destino. 

Conforme foi explicado, se resiliente é cair, porque isso é inevitável, e encontrar dentro de nós, a forma como nos levantaremos. Inclusive, foi usado o exemplo da mola, que foi a forma como a ciência explicou esse tema: a mola, mesmo apertada, ela volta para o seu normal. 

E assim somos emocionalmente. Somos apertados de todos os lados, mas precisamos voltar ao normal. E tirar dessa volta ao normal, as melhores lições. 

Quando eu observo o meu caminho, percebo o quanto eu tenho sido resiliente. As vezes, um pouco mais resignada, que não é o objetivo de ser resiliente. Mas tenho conseguido superar, no meio de tantos problemas, que nunca vão embora, de forma muito mais equilibrada do que imaginei.

Tem sido, claro, um dia por vez. Tem dias que eu estou mais para baixo, mas quando eu sinto isso, eu respiro mais profundamente e aceito que preciso reiniciar a informação que me incomoda, e levantar. Acredito que sou uma resiliente que fala demais, que precisa aprender a se calar um pouco mais, a julgar menos o caminho do outro. A questão tem que ser o meu caminho e a forma como eu lido com o caminho do outro. 

Acredito que todos nós temos momentos muito difíceis, e nestes últimos meses, com a pandemia, eles ficaram mais evidentes. Agora, é importante, que a gente trabalhe diariamente a autoestima, o autocontrole, o lado espiritual, porque com mau humor e com um nível elevado de depressão, infelizmente, nada será resolvido. 

Ao colocar isso de forma pessoal, eu sinto que apesar de tudo, estou colhendo deste momento, caminhos mais leves. Achei, sinceramente, que eu estaria muito mais pirada com essa pandemia. Talvez o que ainda me atrapalhe, é o medo do desemprego. E diante deste medo, estou sempre alerta, recomeçando, achando novas formas de me sentir mais segura para poder ter ao longo desta vida, do qual quero viver cada segundo, um coração mais puro, sincero e de absoluto respeito por mim, pelo meu caminho e pelo próximo. Ok, nem sempre dá muito certo, ontem mesmo eu consegui me estressar com meu notebook e bati na gata. Poderia só ter respirado e aceitado que o sistema não estava funcionando. Mas preferi perder o controle. Ou seja, tenho um longo caminho pela frente. 

Ser resiliente não é aceitar tudo, não é se deixar levar pelo que o outro acha e deixar como está. Você, e eu, precisamos olhar para nós mesmos, com mais carinho, mesmo que tenhamos mil defeitos e mil momentos de desespero. E em momentos de muito desespero, medo, insegurança e vontade de sumir, encontrar a maneira ideal e segura de retomar o caminho. Resolver uma coisa por vez. Não agir por impulso. Não perder aquela luz. Não perder a solução do problema. 

Sejamos o equilíbrio: nem bobos demais, nem sonhadores demais, nem perseverantes demais, confiantes demais, duros demais, tristes demais, resignados demais, reclamões demais... Tudo demais, já dizem, é veneno. Aceitemos o problema, a dor, o desespero, a perda, a queda... Mas aceitemos também a nossa capacidade de voltarmos ao nosso estados mais leve, mais normal, como a mola. 

Desejo que você consiga se descobrir resiliente. E aproveitar a caminhada para construir seu caminho de uma forma mais leve, divertida e criativa. 

Vai dar tudo certo. 

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Solicitude

Fiz uma dessas brincadeiras de instagram perguntando o quê as pessoas achavam ao meu respeito. Obviamente que tive crises de ansiedade muito mais pelo medo de ninguém responder. 

Graças a Deus meus punhados de amigos especiais responderam várias coisas fofas e emocionantes, e dentre elas, que sou solicita. 

E claramente eu entrei em absoluto pânico, porque de fato ser solicita, assim como intensa, são características que não me ajudam muito em determinados momentos. 

O intensa todos sabemos que é bem chato, porque as pessoas me acham muito mais louca e acabo colocando os pés pelas mãos. E o solicita também. E o resultado são críticas veladas de elogios e afastamento. 

Estou tentando aproveitar a quarentena para cortar estes 2 vícios. Acalmar minha ansiedade tem dado certo. Surtei poucas vezes e não transferi nem para a comida, nem para a bebida e nem para o sexo. E tem sido bom porque não estou colocando minha carência em artifícios passageiros e que podem me deixar doente com o Covid. 

Quanto à solicitude, ainda é um processo. Assim como a intensidade, eu preciso me concentrar em mim primeiro. E estou conseguindo dizer mais não do que sim, porque não tem nem como eu dizer sim para tudo e todos, justamente neste momento. O que sugere que eu sossegue em casa, fale menos e vigie mais. 

Tenho fé que sairei desta pandemia muito mais centrada, silenciosa, sem chamar a atenção para mim, somente para minha empresa. E meu compromisso se estende aos meus anos futuros, até porque estou cada dia mais próxima dos 40 e realmente não dá mais para agir por impulso e seguir com fama de uma maluca do pedaço. 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Não precisa ter pressa, o amor não é uma corrida, é um encontro.

Achei essa frase no instagram do Bolshoi Cerimonial e ela faz tanto, mas tanto sentido para mim, ainda mais neste momento.

Ficar em casa, sozinha, tem me colocado nos eixos. Me acalmei da necessidade de ter alguém, à qualquer custo. Tenho vivido o que falo sempre: o outro precisa ter compatibilidade e ser reciproco. Não estou colocando em primeiro plano a carência que tem batido forte nesta quarentena. 

Não sou adepta de sites de encontro, e estou muito mais silenciosa no whatsapp. Só converso de fato ou por conta do trabalho, ou com pessoas a quem posso ajudar a atravessar de forma mais leve este caos generalizado e principalmente, com quem fala comigo. Inclusive estou bloqueando e tirando de minha vida on line quem eu sinto que não quer muito papo. 

E este momento é importante para deixar de correr atrás, digamos, do homem antibiótico, que é aquele que fala contigo a cada 8 horas, quando não, 8 dias, 8 semanas e até 8 meses. 

Tenho em minha vida, várias pessoas que me dizem que querem me ver feliz no amor. E não sou hipócrita, eu também quero ser feliz nessa área. Sou super realizada profissionalmente, cheia de projetos, sonhos e desejos reais de ajudar ao próximo, de me tornar ainda mais profissional e capacitada e sim, quero ter a sorte de um amor tranquilo, mas tem que ser com alguém que também queira isso. 

Anos trabalhando com casamento e solteira. E justamente por isso peço a Deus que coloque em minha vida uma pessoa realmente para amar, ser amada e nos amarmos como manda o figurino. E que seja um encontro lindo, de almas, de vontades e sonhos em comum. Na hora certa. Da forma certa. Não para competir quem mostra mais ou menos. Mas que ambos nos dediquemos a fazer dar certo. 


quarta-feira, 8 de julho de 2020

Né?

A imagem pode conter: texto que diz "Meta de relacionamento: Além de namorados serem melhores amigos. Resolver tudo na base da conversa. Zoar 100%, confiar 100%. Ter piadinhas internas. Conversar até pegar no sono. Contar segredos um pro outro. Ambos respeitarem as opiniões. Se declarar sempre."

5 anos de Ministério

Ainda me lembro bem como tudo se desenrolou até que de repente, eu viesse a aterrizar no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Eu estava há 6 anos na ANTAQ e, dentro do que é possível como terceirizada, estável, feliz e segura. Sinceramente, não sei o quê aconteceu para eu simplesmente dar a louca, fazer uma entrevista, aceitar e mudar de emprego. Estava em casa, na época fomos afastadas porque estávamos sem empresa. E enquanto umas aproveitaram o tempo como se fossem férias, eu segui trabalhando com eventos e puft, mudei completamente a minha vida. 

Já havia, em fevereiro, mudado de casa. Então que 2015 foi o ano das mudanças. E voltando estes 5 anos, penso que de repente, eu estava bem maluca mesmo. 

Não me arrependo. Já tive meus momentos de arrependimento, sim, não sou hipócrita. Já achei tudo chato, difícil. Em muitos momentos, muitos mesmo, já saí daqui querendo não voltar. E me questionei da onde tinha saído meu diploma e se essa seria de fato a profissão correta para mim. 

Mas sei que isso de me sentir um pouco abaixo das minhas colegas e até aquém do cargo, nunca me abandona, e será em qualquer lugar que eu trabalhe, sozinha ou em grupo. Sempre achei ao longo de minha carreira, que existem milhares de pessoas milhões de anos luz melhores do que eu. Até porque a vida é assim mesmo, somos totalmente substituíveis e sempre haverá na caminhada pessoas e situações que nos colocarão na geladeira, no cantinho do castigo, para pensar e repensar. 



É preciso também, eu detesto ingratidão, ressaltar que ao longo destes 5 anos eu venho evoluindo muito. Aprendido demais. Me colocado à disposição e servido, que é a regra número 1 da profissão de Secretariado Executivo. E muitos momentos foram super divertidos, alegres, de companhias especiais, de pessoas que me colocaram para cima, me ajudaram quando eu entrei em desespero, pânico e insanidade. Quando eu quis desistir. E me empurraram, quando eu parecia congelar, de medo. 

Agradeço a Deus todos os dias pela minha conquista diária de conseguir trabalhar, enquanto nosso país atravessa uma crise social sem precedentes em nossa história. Tanta gente precisando de um emprego e tanta gente boa, desempregada, passando fome. Todos os dias eu tento valer a pena meu diploma, minha história, e principalmente, as pessoas que depositaram e ainda depositam a fé em mim e no pouco que faço. 

Desejo conseguir superar, um dia de cada vez, meus medos e minhas dores internas. Amo ser Secretária, mesmo que algumas vezes questione como consegui me formar. Agradeço por trabalhar com pessoas que confiam em mim sua amizade e sua paciência com meus erros infinitos. Pessoas que compartilham e todo o dia me ensinam a ser melhor do que ontem. E tantas outras que desde 2005 me dão a mão na caminhada. 

Que nada seja em vão. Que todo trabalho seja realizado com dedicação e amor. 

E que as coisas sigam sendo como Deus quiser! 

terça-feira, 7 de julho de 2020

Sobre quebrar a quarentena

Passou no Fantástico (meu domingo só faz sentido quando assisto), sobre como os solteiros tem driblado a solidão na quarentena. E claro, vários conselhos foram dados, entre eles, não quebre a quarentena. Em resumo. 

Não sei como tem sido para vocês, mas para mim tem a parte boa e a parte ruim.  

Parte boa - além de eu não ficar doente por esse fato em específico, porque sinceramente eu odiaria transmitir ou pegar covid, eu tenho mantido uma rotina individual muito boa, apesar de tudo. Tenho lido, tenho me observado, me reconstruído e tenho me silenciado. Estou realmente no processo de tentar resgatar algumas coisas que eu nem sei quando havia perdido. 

Essa fase solteira e sozinha, tem sido muito gratificante. Principalmente porque estou conseguindo descansar. Domingo é de fato o dia que tiro para fazer absolutamente nada. Mantenho minha rotina de trabalho, mesmo quando estou em casa, sábado me programo mentalmente como se estivesse em evento e faço aulas de dança com minha sobrinha, algo que era impensável há 4 meses.

Parte ruim - eu sinto falta de uma companhia. Mas acontece vez ou outra. Mas sinto falta sim. Acho que nem sei mais namorar, me relacionar, porque faz mais de um ano que tive alguma rotina à dois. E tem toda a parte física e mental, que é super positiva para o individuo quando ele encontra uma pessoa bacana. 

Mas neste momento eu confesso que tentei me aproximar, ainda que à distância, de uma pessoa. Mas faltou algo, faltou talvez vontade. E eu acho que este momento é ideal para troca de mensagem, de carinho virtual. É hora de resgatar aquele tipo de conquista que existia por carta, lembram? A quarentena é o momento de se conhecer, de entender o que o outro gosta, sonha, planeja. Já que não dá para encostar né?

No fundo é melhor. Imagina se eu quebro a quarentena e a pessoa me deixa doente e mais sozinha ainda do que já estou?

E você: achou sua cara metade nesta quarentena? 



O que você diria se pudesse visitar a si mesmo aos 15 anos, em uma frase e desaparecer?

A pergunta foi reformulada, mas peguei do Twitter do Rômulo Neves - Diplomata e ex-BBB. 

E eu respondo: estude mais, porque o que estudará será pouco. 

Amanhã, completo 5 anos de Ministério e em agosto, 15 anos de profissão. Atuo como Secretária Executiva desde o 2º semestre da faculdade e tenho um super orgulho disso. 

Só que eu me questiono todos os dias. Fico tentando articular que tipo de vida eu teria se eu tivesse seguido meu sonho de infância e me tornado Jornalista. Teria sido uma boa profissional da área? 

Não sei. Sei que o que me tornei hoje, é fruto sim de muito estudo e muitas lágrimas no fim do dia. Muita insegurança e medo de errar. Escuto muitas críticas, acho que até mais do que mereço, sempre tem algo que não está correspondente ao que o outro quer. Tantas vezes que me questionaram onde estudei, porque parece mesmo que apenas comprei o diploma. 

Com o que sou hoje, obviamente teria feito um monte de coisas diferentes, se pudesse voltar no tempo. Teria feito na verdade, exatamente o que respondi na frase: estudado mais e mais, porque o que estudei tem sido insuficiente. 

Nunca é tarde, claramente, e por isso estou com um projeto muito desafiador para quando a pandemia acabar e espero em Deus muita saúde e poucas distrações na caminhada para retomar meus estudos, me aperfeiçoar e diminuir o número de críticas: internas e externas com o qual convivo todos os dias. 

E você: o que diria aos 15 anos que poderia mudar seu destino? 

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Já estamos em julho!

Chegamos no mês de julho e eu realmente não entendi nada até agora. Sinto que os dias se arrastam em dúvidas, inseguranças e um falso isolamento. 

Ontem, reabriram os bares na cidade do Rio de Janeiro e o que se viu foi de chorar absurdamente. Por aqui, o nosso Governador está seguindo a mesma lógica e eu entro em pânico imaginando o tanto de gente irresponsável que irá chutar o balde e viver a vida como se não houvesse amanhã. Acho que essa galera que está colocando o meu isolamento e o seu, no lixo, deveriam assinar um documento abrindo mão de cuidados médicos caso fiquem doentes.

Não sinto que as coisas estejam melhorando. Mais de 60 mil mortos no Brasil e nossos governantes seguem perdidos e cada um tomando decisões duvidosas. E aí que eu sigo achando que essa pandemia não veio para melhorar o brasileiro: ela veio para mostrar o quanto somos egoístas e não fazemos ideia do que é seguir regras e respeitar ao próximo. 

Pessoalmente sigo em crise existencial, solitária e um pouco amarga. Ando meio relapsa e diria que se decretassem lockdown seria minha salvação interna. De repente assim eu retomasse minhas atividades profissionais de uma forma mais eficiente.

Meus eventos de 2020 foram todos transferidos para 2021. Meu coração ficou partido, mas aliviado ao mesmo tempo. Estava expressamente preocupada com meus casais, com minha equipe e com os fornecedores. As restrições são sérias e isso comprometeria todo o desenvolvimento e sei que isso seria péssimo para eles, que sonham com o grande dia, assim como eu, há meses. 

Só nos resta seguir em orações, o tempo todo. Por cada um, por nossas famílias e amigos, pelas famílias de um modo geral. Todos estamos em tempos sombrios e incertos. Essa vida assim, vivida desta forma, é muito doída. 

Continuo esperando, assim como todo mundo, que as coisas possam voltar ao mínimo da normalidade. Gostaria pelo menos de rever meus pais e irmãos, alguns punhados de amigos ou simplesmente andar pela rua sem medo. 

E você? Como tem vivido essa fase bizarra? 

segunda-feira, 22 de junho de 2020

O que o seu último relacionamento te ensinou?

Começo a semana com uma pergunta bem complexa né? Mas achei bem legal pensar sobre isso. Aliás, estou há mais de 15 dias para escrever sobre. Esperei ver se vingava aí um relacionamento, mas não foi bem o quê aconteceu. 

O meu último relacionamento oficial, que quem acompanha o blog sabe, durou exatos 20 dias. Os 15 primeiros foram ótimos, os último 5, um desastre. Em 20 dias eu pude aprender um pouco sobre mim. Um pouco mais. 

A resposta à pergunta é simples: eu aprendi a ficar sozinha sem sofrer por isso. Porque eu sempre achei que precisava me relacionar, estar me relacionando, à qualquer custo e de qualquer maneira. E isso me levou, principalmente, a me relacionar com caras absolutamente nada a ver comigo. 

Quando eu paro pra pensar o que já teve de cara que não gosta de dançar, que não é família, que não gosta de gato, que reclamou da minha cama de solteiro e das gatas brincando pela casa. Já me zoaram pela minha profissão, já riram da minha língua presa, das minhas tatuagens. Já declararam sentir vergonha quando eu danço. Fora alguns que tentaram me humilhar por eu ser muito workaholic e um tanto quanto muquirana e claro, ainda assim morar de aluguel, não ter um carro. Entre várias outras coisas, que quando eu olho para trás, me pergunto o porquê ter aceito tanto. 

Mas este último me questionou muito sobre a minha fé. Sobre o meu trabalho com casamentos. E eu aprendi ali, naqueles 20 dias, que eu sou muito feliz com a minha fé, com meu trabalho e que se eu for parar mesmo para colocar as coisas na ponta do lápis: não preciso de ninguém querendo me mudar, mudar minhas crenças e meu estado de espirito. 

Eu amo trabalhar com casamentos. Acredito muito no amor. Acredito que exista um poder que unam pessoas. As vezes pessoas parecidas, as vezes diferentes, e que é possível ser feliz com alguém. Mas eu aprendi com o meu último relacionamento, que como estou hoje, eu realmente estou bem. 

Peço, claro, em orações sinceras, que um dia, na hora certa, apareça alguém com quem eu me identifique, que se identifique comigo e que entre respeito, lealdade e companheirismo, eu não me sinta diferente e para baixo. Ainda bem que quem tentou me derrubar, até conseguiu, mas eu, no meu tempo, consegui me levantar. 

E você: o que aprendeu com seu último relacionamento? 

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Silêncio. Estou com raiva.

Estamos com a nossa live no Jornal Capital em Foco falando sobre raiva. Que tema gente!!! Ainda mais no meio deste caos que se chama Covid-19, crise política, social, econômica, moral e intelectual. 

Estamos todos à beira de um colapso mental, interno, externo, sexual, visceral. Meu Deus, como estamos conseguindo mesmo? Como a gente viveu este tempo todo sem perceber que estávamos rumo ao buraco?

Estive pensando um dia desses, que a melhor coisa do meu ano de 2020 é que em 2019 eu não planejei meu ano de 2020. Serião! Eu pensei coisas expressamente concretas: não ficar desempregada, nem doente, nem falida. Não pedi nada específico à Deus, somente, realmente terminar o ano, que nem tinha começado, em paz. A mínima paz e dignidade de alguém que achava até então, que apesar de todos os defeitos, não merecia nada minimamente semelhante ao que estamos vivendo. 

E o quê tem a live citada acima a ver com o meu texto? Pois eu te digo: eu hoje estou com muita raiva. De verdade. E antes eu ficava com raiva de estar com raiva, mas hoje eu aprendi, ao longo destes longos 4 meses de pandemia insana, que todos estamos com muita raiva. Por diversos motivos e com razão, em quase sua totalidade dos atos. 

Obviamente que seguimos não tolerando que pessoas com raiva cometam crimes. Mas conseguimos suportar raivas que não interfiram psicologicamente e fisicamente na rotina do outro. E é esta raiva que tem me acompanhado em vários momentos do dia e eu tenho colocado pequeninas ações em prática para que eu não tenha um surto que só vá desaparecer em 2035. 

Não sou muito boa em dicas, mas começo meu dia fazendo o sinal da cruz e já arrumo a cama, dizem que faz bem e eu acredito. E tenho rezado tanto, mas tanto. Só que a gente sabe que o outro interfere demais nessas alterações e é essa administração do quanto o outro vai interferir no seus excessos, medos e raivas, que farão a diferença na sobrevivência ao dia 21 de junho (dizem que é o dia do fim do mundo, pela milésima vez).

Enfim. Só esta semana, juro, já quis esfaquear umas 35 pessoas. Uma galera com suposições, interferências, críticas, palavras pesadas e silêncio. Sim, até o silênico tem me deixado muito irada. 

Por sorte eu não meti a faca em ninguém, não tenho revidado nenhuma acusação ou crítica, e estou em silêncio com quem está em silêncio comigo.

E amanhã, sexta-feira, a gente vem na rotina, na gratidão, no sentimento de que estamos todos em algum ponto do tempo, em que nada faz total, ou nenhum sentido. 

Te desejo fé e que você consiga silenciar e não ter assim tanta raiva. Te falar: vale a pena. 


segunda-feira, 15 de junho de 2020

100 dias

Tenho usado muitos números em meus últimos textos. Mas parece que nos últimos tempos é muito isso que vem rolando, números.

Chegamos ao centésimo dia em que o primeiro caso de COVID-19 foi divulgado. Até porque a gente nem sabe efetivamente quando foi o primeiro caso mesmo. De lá para cá só piora. Pelo Brasil quase chegando a 45 mil mortos. Em Brasília já são mais de 280. 

E as coisas vão abrindo: shoppings, parques, feiras... E as pessoas seguem sem usar máscara, ainda que seja até passível de multa e detenção. E elas seguem aglomerando. Fazendo festas. Correndo. Comprando em shopping. E agora, vamos à feira, porque claro, é muito importante e necessário. 

E seguimos, porque não há nada a ser feito. A não ser, tomar vergonha na cara e tentar ficar o máximo em casa. Sei que a economia precisa girar, mas ela girar e você morrer, ou eu, por sua culpa, é de uma extrema falta de humanidade. 

Neste dia emblemático, que sugere que as coisas tendem a piorar, peço por cada um que perdeu alguém pela simples falta de empatia. E você que não usa máscara, que resolve visitar um parente e mais 10 pessoas tem a mesma ideia, peço que caiam em si enquanto ainda tem oportunidade e observem quais são seus valores que precisam ser cuidados para em conjunto, tentarmos chegar ao fim dessa pandemia, apenas vivos. 

Não sou perfeita e sei que tenho cometido vários erros. Afinal a gente está aprendendo ainda, mesmo tanto tempo depois, como se comportar. Mas fico com a consciência tranquila por usar minha máscara, inclusive no trabalho, por não visitar ninguém e manter meu já medo de ir ao shopping, intacto. 

Se Deus quiser isso vai passar. Quando, depende muito de cada um de nós. 

sexta-feira, 12 de junho de 2020

12 de junho

E lá vamos nós para mais um 12 de junho. Mais uma data importante que será vivida de uma maneira totalmente diferente. 

Acompanho, claro, todas as redes sociais, e apesar da crise, tem muita gente que não deixará de presentear seu amor no dia de hoje. E isso me alegra, porque sou super à favor de que as pessoas sigam com essa demonstração de afeto, mesmo no meio do caos. 

Eu não sei como anda minha vida amorosa. Talvez depois de muitos anos, seja possível que eu vá conseguir desenvolver um relacionamento. Mas não é motivo ainda para comemorar. Ainda mais esta data tão importante. 

A verdade é que eu acho que não sei mais me relacionar. Eu nunca fui tão boa nisso, vide um divórcio e muitos namoros e pseudo-namoros expressamente fracassados. Mas se tem algo que eu ainda sou é pseudo-romântica. 

Quando falo pseudo-romântica, é porque acredito que só de não gostar de flores, chocolate e datas forçadas de celebração, já me tiram do patamar de romântica. Mas eu tenho um lado fofo que é de demonstrar com frases, poesias, textos, memes... Gosto de postar fotos fofas e escrever. Será que eu gosto de escrever? O meu medo é somente perder a mão. 

Se eu perco a mão com alguém que não gosta deste tipo de demonstração de afeto, eu me frustro. Porque obviamente a gente espera que o outro demonstre algo pela gente né? E a vida me ensinou na marra que nem todo mundo será recíproco para seu afeto, e as vezes ele te ama, mas é diferente de você. No caso de mim. 

Então para meu próximo relacionamento: menos demonstrações públicas de carinho. Pelo bem da minha sanidade. A gente envelhece e aprende que nada é do jeito que queremos, sonhamos ou planejamos. Lidar com isso é ser maduro e feliz por dentro. 

Aos casais, feliz dia dos namorados. Não importa quanto tempo estejam juntos, desejo que todo dia seja dia de amor, carinho, respeito e muitos beijos. 

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Rotina normal

Enquanto o mundo discute se flexibiliza ou não a quarentena, graças a Deus por aqui no meu trabalho, já flexibilizamos e estamos à todo vapor. Temos nova gestão e as coisas precisam seguir firmes, temos muito a realizar. Com saúde.

Obviamente tenho tido algumas crises por conta de ter voltado ao uso de transporte público, mas tenho tentado tomar os cuidados necessários e fora isso, me mantenho em casa. Mas já circulo com muito mais confiança do que há 3 meses, quando demoraram a definir como seria a quarentena das Secretárias e dentro de mim eu morreria em 1 semana. Não morri e até que me digam o contrário, estou bem. 

Agora que estou vindo todos os dias, tenho até reparado, que a grande maioria das pessoas tem se cuidado, ao menos com o uso da máscara. E eu tenho feito um horário bom, porque assim eu não ando em metrô e ônibus cheios. Tem dias que vou de motorista particular.

Mas uma coisa tem me encafifado: o meu grau de lerdeza no trabalho, sabe-se lá se posso culpar a pandemia, está muito alto. Muito mesmo. Estou em uma agonia extrema. Coisas mínimas, parece meu primeiro emprego. Sinto uma vergonha. Ok, já passei por isso em outros momentos, mas passar por isso estando quase a completar 5 anos de Ministério, 4 só neste Gabinete, é duro de aceitar. Saio do trabalho diariamente com uma sensação de que estou em um beco sem saída. 

E assim vamos atravessando esta fase. Tem dias que chego em casa feliz, afinal, como não ficar tendo casa, comida, roupa lavada, emprego e saúde? Estamos sim em um privilégio. Estou sendo amada em um nível profundo por Deus. Mas não nego, que em muitos outros dias acontece tudo ladeira abaixo e eu fico com a cara do John Travolta na janela do Windows.

E seguimos. Não tem outra forma não é mesmo? Coragem gente! Isso há de passar.