Tenho usado muitos números em meus últimos textos. Mas parece que nos últimos tempos é muito isso que vem rolando, números.
Chegamos ao centésimo dia em que o primeiro caso de COVID-19 foi divulgado. Até porque a gente nem sabe efetivamente quando foi o primeiro caso mesmo. De lá para cá só piora. Pelo Brasil quase chegando a 45 mil mortos. Em Brasília já são mais de 280.
E as coisas vão abrindo: shoppings, parques, feiras... E as pessoas seguem sem usar máscara, ainda que seja até passível de multa e detenção. E elas seguem aglomerando. Fazendo festas. Correndo. Comprando em shopping. E agora, vamos à feira, porque claro, é muito importante e necessário.
E seguimos, porque não há nada a ser feito. A não ser, tomar vergonha na cara e tentar ficar o máximo em casa. Sei que a economia precisa girar, mas ela girar e você morrer, ou eu, por sua culpa, é de uma extrema falta de humanidade.
Neste dia emblemático, que sugere que as coisas tendem a piorar, peço por cada um que perdeu alguém pela simples falta de empatia. E você que não usa máscara, que resolve visitar um parente e mais 10 pessoas tem a mesma ideia, peço que caiam em si enquanto ainda tem oportunidade e observem quais são seus valores que precisam ser cuidados para em conjunto, tentarmos chegar ao fim dessa pandemia, apenas vivos.
Não sou perfeita e sei que tenho cometido vários erros. Afinal a gente está aprendendo ainda, mesmo tanto tempo depois, como se comportar. Mas fico com a consciência tranquila por usar minha máscara, inclusive no trabalho, por não visitar ninguém e manter meu já medo de ir ao shopping, intacto.
Se Deus quiser isso vai passar. Quando, depende muito de cada um de nós.
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