segunda-feira, 4 de maio de 2020

Norma Lillia Biavaty - os bastidores da Edição Especial

https://www.capitalemfoco.com/coluna-karla-lopes

Desde que retornei ao Brasil, em 1999, quando ia comer no Xique-Xique na 108 Sul, eu olhava a escola de balé que ficava do outro lado da rua. Lembro que cheguei a ver gente entrando e saindo. E ficava fascinada. Não fazia ideia da história linda que estava dentro daquele espaço. 
Quando começamos a pensar na Edição Especial pelos 60 anos de Brasília, aliás, logo que me chamaram para colaborar com o Jornal, imediatamente pensei na Norma Lillia. Eu não sabia ainda que a escola havia encerrado suas atividades. Mas meu interesse era na pessoa, Norma Lillia e conversar com ela foi muito mais fácil do que esperei. 
Primeiro tentei contato através de uma professora de dança. Mas percebi que precisava ser mais cara de pau e mandei mensagem no facebook. Norma respondeu prontamente, trocamos contato no whats e em uma semana a matéria estava pronta. Mandei as perguntas, ela me mandou 10 áudios, eu transcrevi em 2 dias e voalá! 
Escutar Norma e colocar ali sua história foi um divisor de águas em minha vida. Ela me inspira principalmente por ter conhecido e vivenciado o Teatro Bolshoi, o que para mim torna qualquer pessoa especial. Mas foi além. A história de vida dela, a superação de uma bariátrica mal sucedida e tudo que ela pensa sobre arte, dança e sociedade é incrível. Seu relato sobre sua infância, adolescência e vida adulta transformaram minha forma de enxergar a vida. 
Espero que essa pandemia passe logo. Uma de minhas primeiras ações será tentar conhecê-la pessoalmente e agradecer pela colaboração ao Jornal Capital em Foco e à minha vida. Agradecer por ela ter persistido e por ela ter atravessado cada redomoinho para nos mostrar o balé, a arte e uma vida com proposito. 



Dia do Trabalho 2020

Comemorar o dia do trabalho no meio deste caos em que estamos vivendo parece muito indecente. Tanta gente que por motivos muito óbvio perdeu seu sustento e não faz ideia de como irá se recuperar dessa rasteira do destino. 

Mas o que posso dizer deste dia 1 de maio estranho, é que as coisas tendem a mudar em um curto absurdo de tempo. As construções trabalhistas, que já vinham sendo alteradas pela eficiência tecnológica, agora tendem a ser muito mais restritas e específicas.

O tal do Home Office veio com tudo e mostra a possibilidade real de diminuição de custos neste tipo de configuração. Mas será que todos estão preparados para trabalhar de casa? Quais serão os benefícios pessoais? E os pontos negativos?

Particularmente estou muito grata por seguir trabalhando, por não ter sido atingida profundamente pela onda de demissões. Mas pessoalmente eu ainda não me adaptei ao Home Office e fazendo uma reflexão diária, sei que nasci para o cara crachá, para a rotina metrô, ônibus, despertador, bater o ponto, escolher o look do dia, voltar para casa. A rotina de sair de casa para trabalhar é algo do qual sinto muita falta e estou pedindo muito à Deus que isso passe logo e eu volte à rotina que costumei reclamar várias vezes. Só que se tem algo que eu não farei quando tudo isso acabar é reclamar da rotina maluca que eu venho tendo desde que inseri em minha vida os eventos, o que tornou minha vida profissional quase que sem folgas adicionais para vida social. 

Estou aproveitando, se é que esta palavra pode ser usada, para me reconectar comigo de modo que quando as coisas voltarem ao normal eu esteja revigorada, cheia de vontade de dar o meu melhor dentro do que me proponho como profissional. Quero voltar a estudar algo, me especializar na área de eventos, quero ajudar ao máximo de pessoas que estejam precisando no retorno ao trabalho, me conectar com o máximo de pessoas especiais com quem faremos uma rede de recuperação do tempo digamos, perdido. 

Me conta aqui: Como você tem lidado com o Home Office? Está sendo bom? Ou percebeu que não é sua vibe?

Feliz dia do trabalho para quem está com seu emprego digno. Desejo que quem não esteja com o seu emprego digno, que seja só um furacão rápido e que logo você se recoloque profissionalmente. E que tudo melhore. O mundo precisa mudar. Urgente! 

terça-feira, 28 de abril de 2020

BBB 20

Quem me conhece bem sabe que um grande sonho em minha vida é participar do BBB. Já quase cheguei lá, mas não deu. Passa ano e entra ano e eu me entrego 3 meses ao programa, sempre imaginando como seria se eu estivesse na edição. Faço profundas análises, principalmente quando assuntos polêmicos aparecem. 

Neste programa de 2020 não foi diferente. Pensei no tema da minha festa caso eu fosse líder, que seria Minions, obviamente. Penso que provavelmente eu não teria sido líder porque sempre acho as provas muito complexas, principalmente nas que precisam de sorte. 

Mas quem assiste mesmo ao programa sabe que este foi o BBB de maior intimidade com temas muitas vezes esquecido ou ignorado. E tivemos pessoas reais, ainda que famosas, que demonstraram dia após dia que a gente precisa falar, precisa se posicionar, precisa esclarecer muita coisa de nossa ignorância pessoal. 

Temos 2 assuntos, claro que foram muito desenvolvidos ao longo da trama: Machismo e Racismo. 2 temas que na verdade eu sei que sei muito pouco, que provavelmente o viva em minha rotina, mas que devo cometer muitos erros e passando o pano. 

Sobre racismo eu debato muito pouco porque eu não me relaciono, ou tento evitar contato ao primeiro sinal de racismo do outro. Quando vejo que a pessoa destrata por conta de cor da pele (religião e sexualidade também, na verdade) eu realmente prefiro nem ter essa pessoa em minha vida. Acho esse sentimento podre e desqualificante em qualquer pessoa. Gente que desqualifica o ser humano porque ele não tem a pele clara, não merece sequer minha olhada. Convivo porque sou obrigada a conviver, mas prefiro mesmo não ter muita intimidade. 

E o machismo, que muita gente fala que é mimimi eu ainda estou aprendendo a me defender destas situações e a entender os sinais. Mas tenho também melhorado no meu faro para pessoas escrotas machistas. E ao menor sinal desta postura, tenho também eliminado de minha vida. Preciso aprender muito mais sobre respeito ao próximo, porque não sou perfeita. Mas algo que melhorei muito foi o meu posicionamento diante de algumas falas machistas.  Porque percebi que muitas e muitas vezes eu julguei uma mulher por alguma conduta que eu achei que ela não deveria ter tido. Já critiquei muito e não tentei sequer entender o lado dela. 

E aí que o BBB me ajudou bastante neste meu novo processo. Aprendi que uma coisa tem nada a ver com a outra. Cada um é cada um, cada um tem a sua história e não sou eu quem tem que dizer para o outro quem ele deve ser e viver. Mas quando se trata de desrespeito de um homem para uma mulher, eu devo me posicionar. Urgente. Porque sim, já vivi muitos episódios machistas que definiram muito quem sou hoje. E o quê eu não quero para mim, eu não quero para o outro. Se esse outro for uma mulher, eu quero muito que ela seja respeitada. 

Fiquei muito feliz pela vitória da Thelma. Foi merecido porque ela foi muito íntegra, leal e entregue. E tem uma história de vida que é exemplo de dedicação, de alcance de sonhos sem pisar no outro. 

E eu acho que a vida é bem por aí. Cada um viver sua vida, sem pisar no outro. Porque esse corona aí nos colocou em um mesmo patamar. E sabemos que nada será como antes. E nem deve ser. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Renovando o compromisso comigo.

https://bolshaia.blogspot.com/2019/06/pauta-importante-e-no-qual-pensei-muito.html

Ontem completei 1 ano sem namorar oficialmente. Me comprometi comigo em um domingo de Páscoa depois de um namoro com pedido e tudo, que durou 20 dias. 
Aquela noite foi muito importante para mim. E olhando para trás, vejo que apesar de  ter me envolvido com algumas pessoas, eu não cai em nenhuma armadilha, nem me apaixonei, nem esperei nada do outro, muito menos um pedido de namoro ou algo do tipo. 
E isso tem me feito um bem danado. A opção de estar sozinha parece triste, ainda mais para uma pessoa que vive de sonhos como eu, mas é gratificante. 
Neste um ano eu pude me conhecer ainda mais e pude me comprometer ainda mais em me manter bem, feliz, equilibrada e em paz com esta decisão. 
E achei este texto de junho do ano passado e reforço aqui o quê escrevi, principalmente para o tipo de pessoa que eu não quero em minha vida. 
Peço a Deus que eu siga me comprometendo com a minha realização pessoal, profissional e amorosa, sempre com humildade e respeito. E que na hora certa venha uma pessoa especial para caminhar ao meu lado. 

Primeiro não mais me relacionar com ninguém comprometido, mesmo que seja um namoro de 15 dias. Não caio mais no papo de que estou me separando, minha vida sexual é uma bosta, não transo há x anos luz. Foda-se.
Segundo, preciso de estrutura emocional e eu quebrei esse regra duas vezes. Então se eu estiver demente, eu me relaciono com pessoas que usam drogas ou estão se tratando. Em condições normais eu não vou mais aceitar. Foi uma furada que vivi e que hoje eu não tenho estrutura alguma para enfrentar. Foda-se. 
Terceiro, tem que ter o mínimo de afinidade. Eu cansei muito de gente que não dança, por exemplo. Não precisa ser um Carlinhos de Jesus, até porque eu danço de forma bem tranquila, mas é muito chato o cara não dançar. Porque no final terei que ouvir que uso a dança para provocar os homens e sério, não dá. E tem várias outras questões. Já tive gente criticando meu trabalho com casamentos, meu cabelo, meu cheiro. Não ter química é algo que não dá mais e não é só na cama. Se o cara não for admirável e eu não for admirável para a pessoa, foda-se. 
Quarto, não quero mais uma pessoa ansiosa. Porque não tem nada pior do que ouvir que se precipitou e ainda jogar a culpa em mim. Depois ainda dizer que se arrependeu. Por favor, já aviso logo que não sou boneca inflável para teste não. Eu sou uma pessoa imperfeita, que está na vida para ser feliz. Sou intensa e não deixarei de ser e sei lidar com isso, se tu não sabe, por favor, foda-se.  

Homem comprometido pode ter amiga?

Eu havia escrito um texto sobre isso, mas achei tão machista, que resolvi escrever outro. Não costumo apagar o que escrevo, mas o que escrevi me incomodou muito, então acho justo o meu pedido de desculpas e uma nova tentativa aberta de reescrever o que realmente sinto. 
E aí eu respondo à pergunta com outra pergunta: mulher comprometida pode ter amigo?
E a resposta é muito simples: sim. Pensando em algo bem geral, as pessoas podem e devem ter amigos. E quando existe um relacionamento, ambos podem e devem seguir tendo uma vida social de casal e individual. Sempre falo que acho saudável que a pessoa não grude em mim como se eu fosse a única opção de vida dela. Já vivi relações assim e foi péssimo. Porque eu demorei muito a entender que o outro é um complemento, um apoio, mas não é a minha vida. 
Aprendi depois de muito sofrimento que existe toda uma vida que àquela pessoa vem vivendo antes de constituir algum relacionamento. E é expressamente saudável que continue existindo uma vida além da de casal, porque se não ninguém aguenta. Então que não é nem poder ou não poder, é uma questão de necessidade mesmo, pessoal. Até porque é importante que existam afinidades, mas por exemplo, se a pessoa gosta de jogar e eu não, ou eu gosto de dançar e ela não, como fazer? Prefiro continuar gostando das minhas coisas, reforçar as afinidades e respeitar o momento dela com seus gostos pessoais. Eu realmente não vou me interessar por jogo só para agradar aquela pessoa. 
Eu super acredito que duas pessoas quando se relacionam passam quase a ser uma só. Mas acho que é muito importante que elas sigam com suas atividades individuais. 
Agora, claro que é sempre bom ter respeito. Não adianta ter uma amiga ou um amigo e o parceiro (a) se sentir inseguro. Quando traz insegurança a amizade do outro, diálogo é sempre a melhor saída. Para qualquer sentimento negativo em uma relação inclusive. 
Quando eu era casada eu mantive todas as minhas amizades, inclusive com homens e meu ex apesar de poucos amigos, tem uma grande amiga e em nenhum momento eu criei paranoia por isso, mesmo muitas pessoas achando que era um absurdo. O quê eu tirei disso é que se a pessoa for infiel ela será e não há nada que possamos fazer. 
E é isso. Acho que não existe isso de que homem pode ou mulher pode, ou não pode. Acho que precisamos enxergar as relações de forma muito mais leve. E é áquilo, quando a gente prende muito o outro, ele sempre vai querer ir embora. A sensação de liberdade, dá vontade de voltar. 

Beijos e boa semana! 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

As opções passadas que nos levam ao hoje


"Algumas mulheres escolhem seguir os homens, e outras escolhem seguir seus sonhos. Mas lembrem-se que sua carreira jamais acordará de manhã e dirá que não te ama mais". (Lady Gaga) 
Reproduzi a frase para o caso de perder a imagem.

Esta mensagem nunca fez tanto sentido para mim. Estou cumprindo o isolamento em casa, com minhas gatas. Venho, trabalho 2 dias seguidos e volto para casa. Graças a Deus que sigo com meu emprego e tenho conseguido me manter, inclusive emocionalmente, bem. 
No começo eu surtei bastante, chorei bastante, achei que ficar em casa, mesmo sendo apenas 2 dias seriam péssimos. Aí percebi que 2 virariam 5, caso emendasse com o fim de semana e com todos os feriados. Achava isso de ficar em casa algo completamente non sense, porque sempre na minha concepção casa era para dormir. 
Mas aí hoje apareceu esta frase no meu Facebook e eu comecei a pensar no tanto de gente, e eu digo gente, não divido aqui em homem ou mulher, que está neste momento vivendo a pior fase de sua vida. Pessoas que perderam seus empregos. Que não tem o quê comer em nenhum momento do dia. Que precisam cumprir esse isolamento, mas não fazem ideia de como será de fato, porque não existe nenhuma perspectiva. 
Homens que não tem como manter suas casas, sua família, dar o quê comer para um filho, 2, 10.
Mulheres que são chefe de família mas que não tem um pão com água. Mulheres que até tem, mas que estão vivendo seus pequenos infernos com companheiros violentos. 
Homens e mulheres que tiveram seus mundos revirados, e não sabem como será amanhã. 
Gente vivendo na rua. No frio. Na sujeira. Crianças que provavelmente não chegarão à idade adulta. 

E aí que eu peço por nós, "favorecidos", que podemos ir e vir, com nossas mínimas garantias, com o emprego e com as tarefas normais mesmo em casa. E aí sim eu penso em mim como mulher, e penso nas várias mulheres que hoje vivem de seu próprio sustento, que se organizaram para viver esse momento em paz. Que podem decidir se querem um vinho, uma live ou apenas dormir. Sem dar satisfação, sem pressão de uma relação. 

Agradeço a Deus pelas minhas conquistas. Elas nunca fizeram tanto sentido. Chego em casa, consigo dormir sem ninguém ao meu lado me cobrando, me questionando, me pedindo coisas que muito provavelmente eu não vou querer. Agradeço pelas vezes que resolvi economizar um pouco, que resolvi ficar em casa, que eu trabalhei também em algum evento. Tudo isso me preparou, bem ou mal, para estes dias ou meses em casa. 

Do fundo do meu coração, eu desejo isso para todos. Em especial para cada mulher neste mundão. Que elas possam viver sem medo, dentro de suas casas, com o melhor conforto possível, com comida na mesa, com relações felizes. Que seja realmente um momento de renovação e aprendizado.

Ao mundo inteiro. Paz. 

Que esse vírus vá embora...

terça-feira, 14 de abril de 2020

13 anos do Bolshaia

Minha cabeça anda tão perdida que não lembrei que ontem foi aniversário do meu blog gente! Ah que pena!
Até me lembrei aqui que ano passado eu recebi uma declaração de amor linda no dia 13 e uma semana depois, levei um fora. kkkkkkk Deve ter sido trauma né?
Mas enfim. Tendo me lembrado dessa data importante, venho aqui me declarar para este espaço que para mim é incrível. No meu blog eu escrevo um monte de besteira, mas também sei que escrevo algumas coisas legais. Coisas que servem para algumas pessoas, mas servem principalmente para mim.
Escrever sempre foi a minha forma de me conectar com o que fui, com o meu passado, com toda a minha história e finalmente com o meu dia de hoje. 
Meu blog é para mim, embora a intenção seja de que algo possa ser aproveitado no meu mundo externo por várias pessoas legais, escrevo para me acalmar, para me olhar com mais compaixão. 
E obvio, daqui a uns anos eu irei ler vários textos antigos e, ou terei vergonha ou me reencontrarei. 

Obrigada a cada pessoa que passa por aqui eventualmente, que lê, achando bom ou não. E à você que me apoia, que foi ajudado de alguma forma com minha conexões de alma. 

E que eu não perca essa vontade de colocar em palavras o que me leva para frente. 

Mil beijos!

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Tudo vai passar e precisaremos ser diferentes. Até porque mundo não será mais o mesmo.

Obviamente que essa questão não é para quem nos pede o isolamento. Sabemos que é um apelo dos governos ao redor do mundo para que fiquemos em casa. Mas você já se perguntou: para quê eu estou isolado? O quê isso muda em minha vida?

Eu não sei vocês, mas eu estou revezando no trabalho. Venho 2 dias e fico 2 dias em casa, mais o final de semana. Então estou tendo tempo de sobra para prensar e repensar. 

E nunca pensei tanto na minha vida. Principalmente que eu sempre fiz muitas das minhas atividades no automático. Ou para pagar contas. Ou para não morrer de tédio em casa. Sempre vi meu lar como um lugar gostoso e agradável apenas para dormir. 

Outra coisa que já entendi: não preciso de metade das coisas que possuo, principalmente no que diz respeito à roupas e afins. Coisas de casa eu já havia eliminado um monte de coisas, parecia que eu estava adivinhando. Mas abri meu guarda roupa um dia desses e fiquei abismada, que mesmo tirando muitas coisas, ainda tenho até mais do que preciso. 

Não sei obviamente até quando viveremos este momento, até quando vamos precisar nos isolarmos do mundo. Não sabemos como ficaremos como profissionais. Mas sei que dentro de mim, muitas coisas já mudaram. Até o momento eu ainda sinto muito medo. Mas quando isso passar sei que passarei a valorizar novos conceitos, passarei a observar tudo de um novo ângulo e medidas serão tomadas. 

Espero que você também repense sua vida. Ninguém irá virar uma Madre Teresa ou um Buda. Mas vamos aproveitar para nos interiorizarmos e entendermos um pouco mais sobre nós, nossos valores e metas.

Tudo vai passar e precisaremos ser diferentes. Até porque mundo não será mais o mesmo. 


segunda-feira, 30 de março de 2020

Como foi meu aniversário

Oi gente!!! 
Pois é. Completei 36 anos de um jeito totalmente diferente do que planejei. Eu pensei que como meu aniversário cairia em um sábado que eu ia arrastar o chifre no asfalto, que eu ia beber alguns litrões de cerveja e que abraçaria meio mundo... qué qué qué...
Foi um dia atípico, de isolamento, de muitas lágrimas, reflexões, raivas internas, desejo de sair correndo sem rumo...
Foi muito diferente de tudo que eu achei que merecia, mas como tudo tem o outro lado, confesso que mesmo em crise existencial, me senti extremamente amada.
Então que eu venho aqui agradecer à cada um que carinhosamente me mandou mensagem, mais de 30 pessoas no whatsapp, infinitas no face e à noite ainda conversei pelo zoom com meus sobrinhos, minha irmã e meu cunhado. Ganhei um bolo de limão maravilhoso, um bolo de pote de cenoura com cobertura de chocolate, canjica, cuscuz, um colar maravilhoso, pizza, um sushizão no Yakfood e acabei tendo que sair do isolamento para compartilhar isso com algumas pessoas. Assoprei uma vela a 10 metros de distância da galera e só ganhei um abraço porque minha amiga deu a louca e me abraçou. 
Comecei meu dia falando com meus pais e decidi que só falaria ao telefone com eles. Me pareceu algo significativo. Chorei por meia hora depois que ouvi a voz deles. Como queria estar com eles, abracá-los, tomar cerveja com mamãe, ouvir os mil conselhos dela... 
Foi um dia difícil. Oscilei entre gratidão e ódio, entre amor e repulsa, entre quero e não quero. Até fiz uma live, mas fui repreendida... acho que não sou boa nisso. Tomei minha cerveja solitária, agradecendo a Deus por mais um ano de vida, por estar superando este momento e por estar conseguindo fugir do vírus, que nem gosto de falar o nome, esse maledito!
Agradeço muito a cada um que me amou, me deu amor, mandou amor, rezou por mim... Que tempos melhores venham urgente, para que a gente se reúna em cada boteco desta cidade, com muito amor, cuspe no bolo, sem medo algum! 

sexta-feira, 27 de março de 2020

4ª parte das 36 curiosidades sobre esta senhora - Amanhã é o dia em?

Quando escrevi este texto não era ainda fato que passaria meu aniversário sozinha por causa do COVID-19. Então decidi não mudar nada, porque não quero transmitir, nem guardar, sentimentos negativos. 

Amanhã amores! É amanhã e eu estou super animada, feliz, grata, gorda, pobre e até o momento desencalhada! Pasmem!. Estou com saúde, sem filhos, empregada, ciente das minhas capacidades mentais de convivência em sociedade. Nunca roubei, nunca matei, nem fui presa. Então acho que o saldo até aqui, com todos os meus erros do tipo esquecimento, desobediência, egoísmo, pés na bunda de alguns machos escrotos e um divórcio, me tornaram uma mulher mais segura (haja coma alcoólico), mais alegre (muitas lágrimas), menos trouxa (obrigada embustes) e mais confiante em um amanhã melhor (só se for amanhã mesmo).
Vamos às 09 curiosidades finais sobre mim. 

28) Tenho carteira de motorista mas detesto dirigir. Fiz uma promessa de que só tentaria uma vez e até hoje não sei como Deus me permitiu passar na prova que eu nem lembro de tanto nervoso. 

29) Não vou em show de reggae - eu passo mal com maconha gente, me dá dor de barriga. E só o cheiro já torna isso possível. Eu fujo disso correndo muito.

30) Sou umbandista há 8 anos - agradeço ao meu ex-marido por ter me levado para minha primeira vez em uma Casa lá em Niterói. Eu sabia que seria isso e eu sou muito feliz!

31) Tenho 13 tatuagens e 5 piercings - e a contar! Já tripliquei a meta e devo ficar fora da herança por causa disso.

32) Amo Carnaval!! - desde 2016 e espero que isso siga me "alumiando" 

33) Sou Secretária Executiva há 15 anos - meu maior orgulho da vida!!!

34) Sou Cerimonialista desde 2013 - e pasmem: tenho até uma empresa - Bolshoi Cerimonial - meu filho! 


35) Já dei aulas de inglês, espanhol e russo - adorava. Foi uma experiência única. Vez ou outra ensaio voltar. 

36) Estou escrevendo para um jornal e realizando meu sonho de infância que era ser Jornalista - finalmente gente! Achei que fosse passar por essa vida sem essa realização. Esse sonho sempre existiu. Muito feliz! 

sexta-feira, 20 de março de 2020

3ª parte das 36 curiosidades sobre esta senhora

Chegando na penúltima parte dessa brincadeira gostosa que é compartilhar curiosidade idiotas, outras nem tanto, sobre este ser gnomo-cavalo-marinho-unicórnio-formiga-minion que vocês conhecem, mas que talvez tenham algumas dúvidas. Sanarei mais 9. 
Sei que não é a melhor hora, mas acho que apesar do meu desespero interno e todo medo com o Covid-19, preciso focar em manter algumas coisas da minha rotina.

19) Minha primeira tatoo foi aos 24 - Graças ao meu amigo Osny que achou um desenho que adaptei. É uma Matrioshka, bem pequenina e com uma mordida (ui!)

20) Minha música preferida é da Sandra de Sá, Solidão - até hoje quando estou na merda, bem na merda, escuto esta música e agradeço pela minha adoção. 

21) Minha cantora preferida é Ivete Sangalo - louca mesmo. Eu sou fã dela desde Moscou (sim, estou velha e fim de papo)

22) Não gosto de ir ao cinema - acho caro, tenho preguiça e sono. 

23) Prometi aos 15 que não seria mãe solo. Até agora tudo certo - é, sempre fui a louca com medo de engravidar. Seguimos assim.

24) Já fiquei com um argentino, um polonês, um belga, um chileno e um peruano - bons tempos.

25) Morei em Buenos Aires e Moscou  - Vivo dessa nostalgia e o povo me acha um porre. Beijos gente, só não me perguntar nada sobre isso.

26) Conheci Londres e Uruguai - cara! Preciso voltar em todos este lugares para parar de falar sobre isso 20,30 anos depois.

27) Conheci Floripa, Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Salvador, Porto Alegre, Gramado, Guarujá, Santos e Porto Seguro - todas foram muito massa! Quero conhecer mais desse país que eu amo!

terça-feira, 17 de março de 2020

14 de março de 2020

Sábado foi um dia especial. Casamento de Kenya e Roberto. Depois de quase um ano de preparativos o momento especial chegou.
Em meio à crise de pandemia mundial do Corona vírus, eles optaram por levar à diante o sonho deles, afinal, ali no altar eles completariam 10 anos de relacionamento.  
E foi mágico. 
Como profissional foi muito cansativo, como sempre é quando temos tantos detalhes para absorver e concretizar. Chegou a chover e meu coração quase explode de nervosismo. Mas depois que choveu, o dia terminou lindo, sem sol, mas em uma áurea de amor, de sentimentos positivos e com a presença de pessoas muito felizes.  
O time deste dia foi infalível. Do espaço aos garçons, todos muito presentes de coração, executando suas tarefas com sorriso no rosto. Isso acontece quando o casal nos inspira e neste dia todos estavam extremamente inspirados e entregues. 
 Agradeço à minha equipe, que mesmo com o pior dos rádios do mundo, fez com que tudo acontecesse impecavelmente. Não perdemos o foco em nenhum momento e no fim recebemos os devidos elogios. Compartilho de nossas vitórias e o casal foi muito cuidadoso e carinhoso com a gente! 
Aos fornecedores, meu muito obrigada, meu coração se alegrou por ter contado com cada um. Mesmo com 30 minutos de atraso no roteiro, todos fizeram o que precisava ser feito sem reclamar, sem chateação e em um verdadeiro trabalho de equipe. 
Kenya e Roberto, já sinto uma tremenda falta de nossas conversas por whatsapp e nunca esquecerei de nossa última reunião onde depositaram toda confiança na minha gestão do evento de vocês. 
Não poderia ter começado melhor meu ano de eventos. 
Que Deus abençoe vocês, seus lindos filhos, sua família, a Dona Fátima e seu espaço Recanto das Flores, que é um paraíso na Terra. Muito obrigada por nos permitir absorver tanto amor, por nos tornar pessoas melhores depois dos votos mais lindos e emocionados que pudemos presenciar. 
Vida longa ao amor! Sempre que precisarem, estamos aqui, Bolshoi Cerimonial e Karla Bolshaia, à disposição, com toda gratidão e carinho! 

quinta-feira, 12 de março de 2020

2ª Parte das 36 curiosidades sobre esta senhora!

Mais 09 curiosidades aleatórias que fazem parte desse doce de jaca que vos fala! Em breve saio da zona de conforto do número ímpar e celebro 36 anos, um número par e segundo consta isso não é lá muito bom. Será? Ah, lasquei-me! Mas vamo que vamo, oremos, seguremos na mão de Deus e tomemos cerveja e vergonha na cara. 

10) Meu número de calça era 44 e já usei 34 - devido à anorexia que durou de 2005 à 2009 - oficialmente. 

11) Já fui tão católica que queria ser missionária aos 14 anos - e foi uma fase muito boa. Conheci tanta gente bacana. E tenho muita orgulho de tudo que vivi, principalmente em Moscou. 

12) Mas aí dei meu primeiro beijo aos 15 e desisti - achei um tanto nojento, mas aí eu me empolguei e fui muito beijoqueira.

13) Meu primeiro namoro oficializado efetivamente foi aos 19 - durou 8 meses e foi um fiasco. Como todos os que vieram depois.

14) Meu primeiro emprego de carteira assinada foi como vendedora de roupa infantil - Lilica e Tigor, gratidão, amei e tenho histórias ótimas. Era uma vendedora mediana. Me endividei com o Banco. Tá, eu era um desastre nesta época.

15) Minha cor preferida atualmente é amarelo, mas já foi violeta - e é violeta, mas tem o rosa, tem o verde, e o azul. Sou muito volúvel nisso. 

16) Meu primeiro cigarro foi aos 12, mas somente aos 20 comprei meu primeiro cigarro - não me orgulho, mas sou eu, e tá. Pulando.

17) Meu primeiro gole de bebida alcoólica foi aos 12, mas somente aos 20 que comecei a beber novamente - o maior copo de vodka que eu bebi na vida. Tive coma alcoólico, mas nem sei se mamãe sabe. Ai, danou-se!

18) Já tive o cabelo laranja e consegui um emprego mesmo assim - na ANTAQ e meu chefe era um Almirante. Na entrevista estava eu de terninho verde, um lenço da mamãe e o cabelo: laranja. Mas trabalhei lá 06 anos em? Currículo ok.