terça-feira, 17 de março de 2015

Mesas inspiradoras para qualquer tipo de evento



Pretty party decor - baby boy shower??




Designer inspired wedding day. #weddingchicks Captured By: Alicia Thurston Photography http://www.weddingchicks.com/2014/09/15/modern-designer-inspired-wedding/






I like the crate idea. rustic wedding ideas #rusticwedding #wedding



50 Out of this world dessert table ideas to inspire you! #weddingchicks http://www.weddingchicks.com/dessert-table-bonanza/




honey bee dessert table: boxes and table runner out of wrapping paper, all yellow + white desserts

Looks e suas sandálias - de segunda a domingo

Como prometi, teremos hoje looks de segunda à domingo com sandálias. Não recomendo muito para as Secretárias, mas olha, não precisa acreditar mesmo em tudo que eu falo. Apenas espero que sirva de inspiração mesmo. Acho que nunca é demais né?






 and


Ray-Ban,  and Camila's




, Teria Yabar and Teria Yabar



,  and




,  and



Missguided



 and Parfois


31 anos - dia 20

Texto número 20! Uhuu! Gente como eu tenho coisa para falar viu? Caramba! 
Há alguns dias, li alguns relatos de pessoas que vivem com pouco, no mato, sem toda essa pressão social do ter, ser e não parar de querer ter e ser. Daí eu repenso minhas próprias pressões pessoais de ser e ter que me sufocam e que me custaram o meu casamento. Porque eu admito que o meu maior erro em meu casamento foi esse. Era um tal de você precisa estudar, precisa fazer uma faculdade, precisa passar em um concurso, precisa ser magro. Eu vivia repetindo que precisaríamos comprar um apartamento ou uma casa, ter plano de saúde, televisão à cabo, internet, carro, bens, dinheiro, viajar... Coitado! Deve ter engordado mais de raiva de mim e da minha vontade de seguir o mundo. 
Ao mesmo tempo me vejo até um pouco paralisada na vida. Farei 31 anos, não dirijo, não tenho um mestrado, uma casa, filhos, plano de saúde e não fui à Europa para um mochilão como planejado logo que voltei da Rússia. Não estudei Jornalismo, nem passei em um Concurso Público e pois é, estou divorciada sem nenhuma pretensão de formar família de comercial de margarina. Só trabalho, trabalho e trabalho, embora viva dizendo que ser professora de inglês e de russo e ser cerimonialista sejam hobbies, me deparo muitos domingos simplesmente estática de tão cansada de tanto trabalhar e não ter nada mais concreto do que o dinheiro do aluguel. 
Mas aí reparo que eu sou desencanada. Me mudei para um apartamento bem menor que antes, com um valor bem menor e muito mais longe do meu trabalho. Tirei a televisão à cabo e coloquei só a tal da Netflix que é para assistir quando posso, meus seriados que eu amo e que são na grande maioria das vezes o meu único lazer do fim de semana. Não sou de badalar, muito menos em boates caras, porque sou meio muquirana quando o assunto é perder tempo na noite. Não gosto de supermercado, embora compre uma coisa ou outra, principalmente material de limpeza, afinal preciso limpar a casa né? Mas gosto de sentar em um restaurante de vez em quando e comer bem. Pasmem! Como até carne se deixar. Em minha casa atualmente tenho dois armários adquiridos no casamento e uma geladeira. O sofá foi uma troca de uma cama e hoje está completamente detonado pelas meninas, mas que eu cubro com um lençol e para mim está ótimo. Tem um armário que já participou de sua 4ª mudança e uma comoda que já mudou de local umas 5 vezes. Ah tem a mesa que é da mãe do meu ex que eu me recusei a vender porque foi presente da mãe dela e eu preferi usar a velha desculpa de manter a tradição. Mas de resto: doei panela de pressão, forma de bolo, travessa de vidro, copo, prato, pano de prato, lençol, toalha... Tenho o mínimo e ainda acho que tenho demais. Parei de comprar sapato e roupa até em brechó, porque ultimamente até lá ando achando caro. Percebi que preciso de pouco para vestir e calçar, afinal só tenho dois braços e duas pernas. Só ando fazendo a unha quando faço casamento e a do pé ixi! tem demorado um tempo. Não compro maquiagem, cremes de pele caros, perfumes chanel, nem brinco, relógio e pulseiras. Vez ou outra compro anel, gosto de anel. Meu celular é bom, mas demorei mais de um ano para mudar, e antes dele, demorei uns 4 anos com o mesmo celular. 
Não me privo. Mas o meu objetivo é conseguir fazer uma viagem por ano. Nem sempre dá certo claro, mas é nisso que me apego mais. E quero viajar pelo Brasil o máximo que eu puder, mesmo sendo um pouco mais caro que viajar para a Europa. E tem a Copa em 2018 que eu espero poder ir. Mas sabe: parei de me frustrar por não ter, nem ser. Não culpo Deus por isso, acho que sou o que Ele acredita ser o melhor para mim. Sou corajosa, dedicada e um pouco inteligente, mas agora sou mais desapegada. Se eu conseguir um marido rico, massa, se não ok, me contento com a paquera uma vez por semana, não me rebaixando, logicamente. Se eu terei carteira de motorista? Não sei, não faço questão, vou onde meus pés podem chegar. Terei uma casa? Não tenho nem filho, para quem deixarei a casa mesmo? Ser concursada pública é um sonho? dia sim e dia não. Se eu conseguir passar no Itamaraty, massa também. 
O que eu sei é que o eu levarei desta vida nem ficará na memória, afinal há vida depois de tudo isso aqui? Não sei nem se acho legal acreditar nisso sabe? Prefiro tomar cozumel, rir com os amigos, planejar uma viagem, pagar o aluguel e dormir com saúde. 
Se nada disso acontecer rica, tem problema não. Está tudo bem, do jeito que está. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

31 anos - dia 19

Hoje me deu vontade de ter um filho! Pois é gente, acontece. Vez ou outra me dá vontade sim, me julguem. Mas já passou, como sempre passa quando paro para pensar direitinho na vontade. 
Meu relacionamento com crianças sempre foi o básico e não acredito que serei eternamente feliz sendo mãe. Não quero e nem irei colocar a esperança da minha realização tendo um filho. Sou pratica o suficiente e digo egoísta também, pois sou contra colocar filho no mundo atual. Mundo bizarro, insano, egoísta, desidratado e faminto. 
E eu até pensei em várias maneiras de escrever aqui no blog sobre isso de forma fofa. Até que li uma entrevista da atriz Totia Meirelles onde ela dizia algo que me definiu como pessoa de fato: "É mais difícil a mulher bancar não ter um filho do que ter". E eu acabei definindo isso de uma vez por todas em minha vida: não quero mesmo ter filhos. E não significa que eu não goste de crianças. Mas não quero e assumir isso é muito simples e libertador. As críticas doem, mas não posso sonhar com algo que não é o meu sonho. 
Não critico quem tem filhos. Muito pelo contrário: curto cada amiga grávida, a minha sobrinha eu curti muito, a esposa do meu sobrinho. E nunca irei criticar. Acho que ser mãe é algo especial, mas não é especial para mim. E tem toda uma questão histórica, psicológica e econômica que eu levo muito à sério.
Sei que comigo filho só no susto. Planejei isso apenas uma vez, enquanto casada. Agora não sinto a menor vontade de me envolver com médicos para ser mãe, pois eu tenho uma dificuldade para engravidar presente e não sei se toparia realizar por exemplo uma inseminação artificial. As vezes penso em adotar, mas descarto. Não quero ser mãe e ponto. Só se Deus achar certo, mas aos 31 anos melhor deixar isso quieto. 
E vou vivendo. Feliz com essa escolha e tranquila. E só não quero que as pessoas tenham pena ou fiquem me dando possibilidades. A minha possibilidade é de ser feliz. Só isso. 

domingo, 15 de março de 2015

31 anos - dia 18

Dia desses deitada na minha cama, sozinha e chorando, eu parei para pensar no fim do meu casamento. Penso nisso direto. Sempre em forma de oração. Não consigo chorar de tristeza ou saudade, mas de gratidão. E não no sentido tosco que algumas pessoas pensam, eu não acho que me livrei de algo ruim, apenas encerrei um ciclo para dar espaço para algo novo, e nem sempre esse algo novo é para mim de fato.
Na época me consideraram extremamente egoísta. Em outros momentos ouvi que fui ingrata, principalmente porque na época ele não estava trabalhando e pareceu que eu esperei ele ficar desempregado para terminar o casamento. Ouvi também que eu era metida a besta, que era uma pessoa que queria luxo e paparicos desnecessários. Sim, ouvi muita coisa ruim à respeito do fato de que simplesmente senti que não fazia mais o bem àquele que eu havia escolhido para a vida inteira, mas a verdade é que isso era muito claro desde o começo do relacionamento: se um dia um dos dois sentisse que não fazia o outro feliz, era hora de acabar o casamento.
Comecei a sentir isso 8 meses antes de pedir a separação. Comecei a perceber que eu reclamava demais, via defeitos no lugar de qualidades e principalmente, perdia a paciência facilmente. Em vários dias eu me pegava olhando para ele e pensando: ele não está feliz. Será necessário mesmo que ele seja infeliz? Não achava justo nem com ele, nem comigo. 
A decisão de dizer acabou doeu muito em mim. Depois fiquei com dúvida, pelo medo que se instalou em meu coração quando percebi que havia perdido meu companheiro e que eu não nutria mais o desejo ardente de ajudar. E aí foi me dando medo de não conseguir recuperar essa chama, fato constatado em meio à lágrimas.
Ao longo desse último ano divorciada eu me arrependi muito da separação. Senti muito o vazio da solidão, do não ter com quem dividir as angústias, o dia a dia em si. Gostei muito de ser casada, embora hoje não queira repetir a dose. Para quem duvidava de si, acho que mesmo sendo uma esposa mediana, me saí bem. Fui fiel, leal e tentei seguir os mandamentos sugeridos às esposas. Falhei obviamente, infelizmente não fui capaz de lidar com as diferenças.
A verdade é que eu o amei. Amei com amor de verdade, não só com paixão. Amei o ser humano que eu sei que ele é e sempre será: integro, honesto, inteligente, carinhoso. Mas não fui capaz de fazê-lo feliz. Isso me tornou uma pessoa que não acredita muito nisso de amor, porque eu fui criada para me casar apenas uma vez e mesmo não tendo me casado na Igreja acho que já cumpri minha missão. E falhei, mas hoje tento não me culpar mais, até porque não vale mais a pena. Cada um seguiu seu caminho e eu espero que já que ele não foi feliz casado comigo, possa estar feliz. Desejo muito que ele encontre o amor novamente, pois pessoas especiais como ele é raro encontrar. Ele me ajudou muito nos piores momentos, foi meu ombro amigo na hora da dor, me fez rir quando eu entrei em várias crises, acreditou em mim quando eu duvidava do que era capaz, me carregou no colo, nas costas, na alma. Me deu comida, banho, cuidou de muitas feridas, internas e externas. Meu ex foi meu melhor amigo enquanto marido, foi meu amante especial, àquele a quem confidenciei meus segredos mais profundos. Terminei um casamento cheio de amor, na esperança de quem o receba em seus braços futuramente, possa receber em dobro tudo o que ele me deu. Sou grata infinitamente pela oportunidade vivida e humilde o suficiente para me conformar com o que fui e na fé de que eu melhore. Melhorar para quem sabe viver um nova experiência e feliz no caso de não mais ter a oportunidade de amar novamente. E só peço à Deus que eu ouvi: você nunca mais encontrará um amor como esse, não aconteça na verdade. Quero o que for melhor para mim. Sempre. 


sábado, 14 de março de 2015

31 anos - dia 17

Ontem falei sobre o não querer me casar mais, o que não me tira a vontade de ter uma pessoa comigo. O que eu não quero é o casamento em si. Não esse que vemos no dia a dia, cheio de amarras e Drs chatas para caramba. Daí sempre rola um pensamento do tipo: qual o meu tipo de homem?
Ao longo da minha vida amorosa eu já namorei todo o tipo de homem possível. Gosto, magro, bonito, feio, com deficiência física, branco, negro, rico e pobre. Já namorei skatista, roqueiro, cawboy, maloqueiro. Nunca fiquei idealizando muito o meu par ideal, porque não existe e pronto. Também não acredito no encontro de almas, amor à primeira vista ou que os opostos se atraem. O que sugere realmente que eu não acredito no relacionamento.
Mas a verdade nem é essa. Eu acredito sim que duas pessoas, parecidas ou não, possam ficar juntas para sempre. E é justamente nisso que eu acredito. Mas para mim a prioridade mesmo é a tal da química. 
E essa questão é bem pele mesmo. Não ligo se o cara gosta de Ivete que nem eu ou não, se ele curte macarrão com molho branco ou não. Ele não precisa gostar do que eu gosto, porque eu não preciso gostar do que ele gosta. Mas essa coisa de pele tem que ser muito intensa. Eu tenho que olhar para a pessoa e querer devorá-la, no sentindo mais sexual que a palavra destaca. Quero pensar nela e me arrepiar, mas não preciso sentir borboletas na barriga. Preciso pensar que essa pessoa me faz bem, mas ela não precisa me dar o mundo não. 
Claro que coloco a hipocrisia de lado e digo que sim, tenho lá um pensamento do que seria o cara ideal para mim. Afinal, fui adolescente e fiquei muitas vezes fazendo brincadeiras que sugeriam com quantos anos eu me casaria, quantos filhos teria e se ele seria branco, pardo, negro, rico ou pobre. E sempre que penso nisso, eu penso que além da química que já citei, eu gostaria que o meu cara ideal curtisse dançar um forró, tomar uma cervejinha, um vinho no domingo à noite vendo um filme bacana. Que vez ou outra gostasse de viajar, de comer comida italiana e pipoca. Gostaria que ele já tivesse uma situação financeira mais calma, porque eu ralo tanto que eu queria poder ter algum tipo de conforto, sem que essa pessoa me sustente. Gosto de homem moreno claro, cabelos pretos. Que goste de se arrumar, andar cheiroso. Que não tenha filhos e que goste de ler, não me importa o gênero.  E principalmente, que não me critique pela minha paixão pela Ivete, tatuagens e gatos. E que ache interessante a minha história de vida, bem como me escute quando eu achar que sou muito feia e gorda. 
E assim eu vou vivendo. Muito criticada pela minha mudança de namorado na mesma velocidade em que troco de roupa, mas ao mesmo tempo desfrutando de momentos únicos e especiais. Se até os meus 60 anos eu não encontrar o cara ideal, tem problema não, terei me divertido horrores!

sexta-feira, 13 de março de 2015

31 anos - dia 16

Sempre fui de pequenos romances fogosos e intensos. Desde que comecei nessa área, acho que nunca fiquei tanto tempo sozinha como estou desde que me separei. A verdade é que perdi um pouco o jeito com a paquera. Antes existiam os bilhetes, os suspiros, os sonhos. Hoje, mesmo eu sendo intensa, acho tudo muito prático demais para o meu gosto. Sou do tipo que gosta dessa de alongar o primeiro encontro, conhecer mais e daí sim partir para a alegria.
Me irrita muito como são feitas as abordagens masculinas. Tentei usar um aplicativo para arranjar macho 3 vezes e me deu preguiça. Não sou hipócrita achando que lá encontrarei o homem da minha vida e sei que 90% da galera do Tinder, por exemplo, quer mesmo é safadeza pura. Conheço história de cara que sai praticamente com uma mulher por dia da semana só conversando neste aplicativo, mas eu ainda acho que não vale muito a pena o que tem lá. 
E daí que desde que separei, a grande maioria dos caras com quem tive algo eram figurinhas repetidas. Casos que eu engavetei para o caso de necessidade máxima. São pessoas especiais claro, também não dá para sair por aí com qualquer um. Mas cansei. Quero algo novo. Quero algo que eu não precise apenas pela necessidade física.
Mas não me vejo casando novamente. E era esse o ponto onde queria chegar. Não me vejo dividindo despesas, problemas e tendo intermináveis discussões de relacionamento. Não perdi a fé no amor em si, mas não quero mais a intimidade diária. Não quero saber de ter que lavar, passar, cozinhar e fazer agenda. Nem quero ter que lembrar o que a pessoa precisa fazer. Meio que fiz isso de forma tão intensa no meu casamento, que sinto que já vivi um casamento como ele deveria ser, ou não, e que isso de fato não é para mim. 
Quero um amor sim, mas em casas separadas, problemas individualizados e sem a pressão social que existe quando duas pessoas resolvem se envolver. Não quero passar Natal e Ano Novo, fazer planos econômicos, nem quero ter que me preocupar se a pessoa comeu e fez suas necessidades. 
Não digo que me tornei uma pessoa amarga e insensível. Acho que tive essa minha fase há alguns anos. Acho que sou realmente hoje, ainda mais prática. Não sou apegada à datas, cheiros. Gosto do momento especial. Gosto do carinho, mas sempre prefiro chegar em casa, colocar meu pijama e ler meu livro com as minhas gatas ao lado. E sinceramente, se eu tiver que fazer isso para sempre, não me entristeço.

quinta-feira, 12 de março de 2015

31 anos - dia 15

Estamos naquela fase de textos em que eu preciso encontrar um tema mais especifico para falar, embora eu tenha tanta coisa para dizer. Daí pensando um pouco mais sobre alguns temas resolvi falar sobre um compilado de coisas que eu acredito serem importantes, principalmente para quem está me conhecendo agora. Algumas pessoas sabem o que eu acho sobre várias coisas, outras não. São opiniões muito fortes e muito intensas, mas que apesar disso, me tornam quem eu sou. Escolhi três tópicos que sei que são polêmicos, mas que na minha humilde opinião, ainda que recebendo críticas, são opiniões de uma mulher de 30. Não tem jeito, mesmo me sentindo tão imatura, ainda assim preciso tentar agir como adulta. Os temas são: aborto, homossexualidade e bulling. 

Aborto - este tema está bem em evidência. Rola vez ou outra uma campanha contra o aborto e várias mulheres postam fotos grávidas. Acho muito legal porque eu adoro ver mulheres grávidas. Gosto de compartilhar esse momento especial na vida das mulheres que convivem comigo. E mesmo sendo contra o aborto, eu não julgo quem é à favor ou quem tenha praticado este ato. Com o tempo percebi que as decisões pessoais, são como o nome diz, pessoais. Não creio que quem aborte deva ser colocado em pregos. Também não uso a frase: na hora de fazer foi bom, para definir uma pessoa que opta por essa decisão. Eu dou graças a Deus por nunca ter precisado passar por isso, embora quando eu tinha 19 anos eu achei que estava grávida e sim, a primeira coisa que me veio à cabeça foi tirar a criança. Hoje, aliviada, penso muito na minha atitude na época e agradeço por não ter que carregar algum fardo relacionado à isso. Mas sempre pensei por exemplo que se eu ficasse grávida após um estupro eu talvez voltasse a querer tomar tal atitude. Mas o tempo passou e nada de gravidez. Hoje aos 30, nutro metade da vontade de ser mãe e metade da vontade de ser apenas tia e tia-avó. Não ter filhos deve ser uma opção decidida, acredito eu, ainda jovem. Sou completamente à favor do planejamento familiar e do ensino sobre sexualidade na escola. Defendo o uso de preservativo e como já disse, jamais julgarei uma mulher que decida pelo aborto. Sei que é difícil e sinto que não deva ser uma decisão muito simples de ser tomada, mas quero que quem ler este texto e precisar de um apoio, possa recorrer à mim sem medo. E principalmente, rezo para que quem aborte o faça com o mínimo de dignidade e que possa principalmente se perdoar. 

Homossexualidade: quem me conhece sabe que eu sou totalmente relax com relação à este tema. Acho super natural, embora exista por aí sempre uma discussão super fervorosa sobre o tema. Me espanta o preconceito com relação aos seres humanos que são gays, lésbicas e simpatizantes. Acho que não é algo que se adquire, mas que é algo com o qual você nasce. Não se vira gay, não é culpa da criação da avó, nem acredito que a TV vá influenciar nessa opção e acho cafona quem vira e diz que não é preconceituoso, mas quando acontece com algum parente vira as costas. A única coisa que eu sempre converso muito, principalmente com quem está naquela duvida, é que é preciso manter sempre o respeito. Principalmente com quem não é. Acho que é importante manter essa posição e respeitar. Um respeitando o outro, sem violência. Ser hétero ou não, ser gay, branco, negro, ou qualquer outra coisa, não me difere do outro. As dívidas permanecem, as contas precisam ser pagas, o mundo precisa de pessoas, não de sexo, raça ou credo. Simples. Não há necessidade de agir preconceituosamente. É feio e sei que Deus não gosta disso.

Bulling - parece esquisito tocar nesse assunto, mas é outro tema que anda muito em evidência nos últimos anos. Digamos que virou moda, embora não veja dessa forma. Quando criança eu sofri algum tipo de bulling: ou por ser sempre a mais baixa da turma, ou por não falar o R, ou por me confundir nos idiomas. Quando fui crescendo, era porque era gorda, depois porque era magra e por aí vai. Ter sido magra, muito magra, foi meio que resultado de tudo que ouvi sobre o meu corpo. Chorei muitas vezes calada, embora não me visse como vítima da sociedade careta e mau educada. Sofri muito mais por não saber responder à altura. E é isso que me entristece e me dá medo. Porque o problema é justamente quando a pessoa não consegue responder ao desrespeito. Eu foquei. Não me fechei em meu mundo. Demorei a aceitar a situação negativa, mas quando acordei, e sei que foi à tempo, ignorei totalmente os olhos atravessados e os sussurros inconvenientes. Sou à favor do dialogo. E essa questão eu falo em tudo que penso. Falta para o ser humano, humanidade e dialogo. Desta forma surge, porque muitas pessoas precisam que esse sentimento surja, de respeito. Para mim, respeito ao ser humano é algo que você nasce com ele. 

Sei que muitas vezes, nos três temas acima, fui infantil de alguma maneira. Essa minha visão mais humana das situações, é resultado de muita reflexão e de muitos erros e injustiças. Sei que não estou livre de errar e de julgar, mas eu agradeço à Deus pelo auto-reconhecimento do erro. Já dei muitos foras, comentei o que não devia e claro, desrespeitei. Mas imediatamente me retrato, não para aparecer, mas porque sei que não sou e nunca serei superior à absolutamente ninguém. O erro do outro, não é o meu erro. A escolha do outro, também. 



terça-feira, 10 de março de 2015

31 anos - dia 13

Muitas águas irão rolar até o dia 28 de março, por isso sigo a minha rotina de postar textos sobre meus últimos anos no mundo. Os temas são bem aleatórios. Escrevo sobre coisas que sinto, vivi, quero, gosto e acho legal. Não obrigatoriamente você precisa ler. Espero que leia, claro. Mas não é obrigado nem a opinar. Aliás, prefiro. hahah Medo da rejeição.
E o texto 13 é uma homenagem ao meu blog que foi ao ar pela primeira vem em 13 de abril de 2007.
Já já 8 anos serão completados e cada dia mais eu gosto de escrever e vivo cheia de ideias. As vezes penso em virar blogueira. Mas sabe, escrevo muito mais por prazer. Ganhar dinheiro eu ganho de outra forma.
O fato é que tenho um projeto específico de criar um livro a partir de alguns textos meus aqui. Um sonho antigo mesmo. Fico até imaginando a tarde de autógrafos. Mas ao mesmo tempo penso que não terei público. O que gerará um misto de vergonha e mico. E rapidamente esqueço esse sonho e parto para outro sonho: o de escrever puro e simplesmente pelo prazer que me dá colocar para fora metade das coisas que sinto e penso. 
Ao longos desses quase 8 anos de carreira, sim porque apesar de tudo, consegui muitas coisas por conta dessa coisa toda de achar que escrevo bem, eu ouvi muitas e muitas críticas. Algumas me fizeram repensar o blog. Já ouvi de pessoas muito próximas e especiais que eu me acho a escritora, mas que as coisas que escrevo são baboseiras. Imagina! Eu queria morrer neste dia. Quando pequei a impressão que a pessoa havia feito do texto só para me machucar, me senti pequena e vazia. Isso foi logo no começo mesmo, acho que não tinha nem um mês de blog. Lembro até hoje com um certo carinho desse momento. 
E é isso que eu sinto pelas críticas: carinho. Apesar de algumas lágrimas derramadas, sinto que algo do que escrevo ajuda. Pode não ajudar à você, mas ajuda sim. Porque eu leio tantos blogs, muito deles nem famosos e me ajudam tanto! Não é que eu me ache, mas é bom imaginar que uma pessoa leia o blog, se identifique de alguma maneira. Porque sinceramente eu não venho aqui escrever só para mim, porque nem faz sentido. O sentido todo é dividir mesmo. Mesmo que eu não seja uma ativista, feminista, dona de uma ONG ou caridosa, quero muito que meu blog seja uma transmissão de esperança e vontade para quem o ler.
E assim eu continuo escrevendo. As vezes falo bobagem mesmo, mas até Paulo Coelho foi criticado, porque eu devo acreditar que não receberei alfinetadas né? E continuo agradecendo imensamente, porque sei que foram esse momento de deixa eu pisar na sua cabeça, que me fizeram a pessoa que eu sou. Ninguém se torna internamente poderoso sem atravessar caminhos tortuosos.
E graças a Deus por conta do Bolshaia tenho muitos amigos, recebo vários e-mails com elogios. O facebook me ajuda muito pois gosto de compartilhar uma coisa ou outra. 
E peço a Deus sempre sabedoria. Para escrever sempre de forma honesta, intensa e alegre. E que eu possa ser um pequeno instrumento de alegria na vida do outro e que ao ler meu blog ele se sinta com vontade de seguir sorrindo.
Agradeço muito a quem me incentivou lá atrás para que não desistisse. Ouvi várias vezes que seria injusto pois ela dava gargalhadas quando lia meus textos críticos. E que se emociona quando eu conto algo um pouco mais triste mas com leveza. Ambas críticas foram positivas e me trouxeram para o caminho que hoje sigo cada vez mais feliz. 
E que até o meu último dia de vida eu escreva. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

31 anos - dia 12

Adoro rever minhas fotos antigas. Ando postando um monte delas no instagram e facebook. Junto vem toda a história relacionada a cada pose, sorriso. Alguém comentou comigo que a grande maioria das fotos eu estou sozinha. Mas é que eu sou exibida. Sempre fui. Sempre gostei de fotografar e por isso mesmo me imaginava sendo jornalista, aparecendo na TV. E como eu tenho foto!. Quando cuidava da mudança para o novo lar me surpreendi com o tanto de cd com foto. Olhando o facebook tenho tanta foto que nem sei como não enjoo da minha própria cara.
Não me acho bonita. Nunca me achei. Até os 15 anos então me achava medonha. Aí ganhei um aparelho e arrumei meus dentes. Aí pronto. Nunca mais parei de sorrir. Costumo ouvir muitos elogios a ele. E aproveito. Mas continuo achando que possuo uma beleza interior muito mais intensa do que a exterior.
Quando estava de férias em Florianopolis, uma pessoa comentou a facilidade que eu tenho de fazer amigos e conseguir paquerar. Mas a verdade é que eu não chego em um lugar e chamo atenção até eu sorrir. E sei que muito do que alcanço é muito mais pela minha espontaneidade e zero timidez. 
Graças à isso consegui muito do que tenho hoje. Na adolescência fiz teatro, cheguei inclusive a participar de um festival de música, mesmo com a voz mais piorada do mundo. Porque eu sou assim: eu quero causar, mas não no estilo Vice-Miss bumbum. Sempre achei que deveria ser simples, honesta e simpática ao ponto de que sintam a minha falta. E não somente pela beleza, essa que eu sei que não tenho.
Não faço um estilo. Aliás nem tenho um estilo. Uso a primeira coisa que vejo no armário. E sou Secretária e uso terno, que é a base da profissão. Fora isso, gosto de conforto. Daí que isso reflete na tal beleza. Ser simples por dentro e por fora é sempre minha meta, ano após ano e espero muito que aos 40, daqui a 9 anos, eu esteja magra, e com o mesmo sorriso de muitos anos atrás. Porque eu sou feliz há 31 anos e quero muito que as pessoas que convivem comigo entendam isso e sintam isso. 
E só. Nada de procedimentos estéticos, botox, lifting e sei lá mais o quê. Pensei no silicone, mas ah, quem me quiser será assim mesmo. Não malho, mas não como carne, acho que já uma boa ajuda.E sou feliz. 

domingo, 8 de março de 2015

31 anos - dia 11

Esse ano eu completo 10 anos como Secretária Executiva. As aulas começaram em 14 de fevereiro de 2005 e em julho de 2008 eu tive meu último dia de aula. Boa parte dos textos deste blog foram escritos na biblioteca da minha antiga faculdade. Passei muitas horas sentada em frente ao computador ou dormindo. Sempre fui muito dedicada, mas as vezes eu estava só cansada.
Foram anos muito intensos. Em outros momentos tristes.  Conheci muitas pessoas. Fiz 5 estágios e tive 2 empregos. Por mais de um ano fiz dois estágios. No começo de tudo eu caminhava por mais de uma hora e 15 minutos porque eu só tinha a passagem de ida e volta para casa. No fim do curso voltei a caminhar, porque eu saía muito cedo do estágio, preferia ir caminhando. Cheguei a ficar algum tempo muito dura mesmo. Pedi para sair da loja porque precisava pagar as mensalidades atrasadas. Emagreci tanto que cheguei a pesar 37 quilos. Fui em muitas festinhas sem beber nada de álcool. Namorei algumas pessoas. Amei algumas. Agradeço à vários professores que sempre acreditaram em mim, apesar de na grande maioria das aulas eu só babar em cima dos livros. Participei ativamente como Representante de turma, embora quase tenha sido expulsa do cargo porque dedurei uma professora que dormia durante as provas. Colei também, em Matemática Financeira e Contabilidade, calcular nunca foi o meu forte mesmo. Consegui um mês de bolsa e assim terminei os estudos sem dever absolutamente nada. Chorei, briguei, ganhei inimigas, perdi amizades. Mudei o estilo do cabelo umas 10 vezes. Já defendi causas, já paguei mico, engessei o braço, faltei apenas 4 vezes em quase 4 anos. Já saí arrasada de prova e ao mesmo tempo fiz apresentações perfeitas de trabalhos. 
Eu poderia ficar falando horas sobre esses anos de estudo. E mesmo que não pareça, eu estudei. A partir do segundo semestre eu decidi que me formaria. E que me formaria por mim em primeiro lugar. Em todas as minhas quedas eu pedia a Deus que não desistisse. Vontade não faltou. Faltou também em vários momentos vontade de seguir. Senti preguiça. Desanimo. Me questionei. Chorei. Quando eu precisava decidir entre tomar banho, comer ou dormir e eu escolhia dormir e acordava as 05 da manhã para chegar em casa meia noite, sim meus caros, eu pensava que nunca teria fim. Mas teve. Não um fim comum, mas um fim com um começo profissional especial na Embaixada do Peru e em seguida ANTAQ, onde há 5 anos me sinto feliz e realizada. 
Ainda tenho um longo caminho. 10 anos ainda é pouco. Pouco para quem sonha, para quem quer que essa profissão seja respeitada. Almejo um futuro cada dia mais promissor para mim e para meus e minhas colegas de profissão. Amo o que eu faço e quero fazer o melhor todos os dias. Sou humana, as vezes quero enforcar um, chutar a cara de outro, responder atravessado. Mas aí eu me lembro da promessa feita no dia da minha Colação de que eu respeitaria a profissão acima de qualquer coisa. Quem me conhece sabe que eu sou Secretária Executiva por amor. Um amor que aumenta cada vez mais. 

sábado, 7 de março de 2015

31 anos - dia 10

Quando falei do meu primeiro namoradinho ontem, lembrei do meu aniversário de 15 anos. Faz tanto tempo mas me lembro muito bem daquele domingo. Fiquei feliz porque seria na Igreja que eu frequentava com meus pais lá me Moscou e que fazia parte de 3 dos 4 anos que vivi lá. Meus pais tinham feito uma festa super legal no meu aniversário de 13 anos, mas no de 15, por ainda estar longe dos familiares, optei por algo menor e mais simples. Não teve convite, não teve valsa, nada disso. Mas foi muito, muito lindo.
Minha mãe costurou as duas roupas que eu usei, comprou um sapato lindo, arrumou meu cabelo, me maquiou de forma discreta, pintou minhas unhas. A missa aconteceu às 15 da tarde com a presença de muitos amigos da Igreja e da Embaixada. Minha afilhada Belipia, seus pais e sua irmã estiveram presentes. Quase que o povo se atrasa, pois era o primeiro dia do horário de verão por lá. 
Foi emocionante. A missa foi especial, celebrada por 3 padres de quem eu era muito amiga, um espanhol, um colombiano e um brasileiro. Voltamos para casa e tinha bolo feito pela minha comadre, docinhos feitos pela minha mãe, champanhe para o brinde e tive direito à dançar com meu pai, não uma valsa, mas uma salsa que ninguém dançou de fato, só mexemos o corpo. Mas os sorrisos eram sinceros e vieram do fundo do coração. Abrimos os presentes e estavam comigo duas amigas da escola: Lilia e Ira. Foi muito legal! Talvez a única coisa que hoje me pareceu estranho foi que eu comemorei meu niver com a filha de um casal  de amigos, que faz aniversário junto comigo. Mas não chega a ser nada dramático. Nem na época me pareceu. 
No outro dia meu pai chegou com as passagens para o nosso retorno para o Brasil: 26 de maio de 1999. Eu fiquei radiante. Era muita alegria para o meu coração. 
Nunca sonhei com uma grande festa de 15 anos. Já naquela época achava um desperdício de dinheiro. Não via lógica em fazer uma festa grande, principalmente lá, pois não estariam presentes mais da metade das pessoas que eu queria que estivessem. Por isso olhos as fotografias deste dia e sinto uma paz enorme. Porque desde sempre gostei de comemorar meu aniversário de forma discreta, com poucas pessoas e sempre agradecida. E aquele domingo nublado, de fim de inverno foi um dos mais especiais que já vivi na vida. Um dos melhores aniversários, um dos mais sinceros. 

sexta-feira, 6 de março de 2015

31 anos - dia 09

Ontem falei sobre fim de relacionamento e daí lembrei do meu primeiro namoradinho. A nostalgia tem batido forte por aqui nestes últimos dias. Estou adorando conversar um pouco sobre vários assuntos. A verdade é que nem sei se alguém vem lendo, mas mesmo assim, escrevo para a minha posteridade pessoal. 
Vamos lá. 
Conheci meu primeiro amor em fevereiro de 1999. Ele chegou com o pai, a irmã e madrasta. O seu pai ia para substituir o meu quando ele voltasse para o Brasil. Papai chegou em casa dizendo que ia emprestar um TV para eles e eu o acompanhei. Quando eu entrei e o vi, pronto. Minha perdição estava instalada. Moreno, alto, três anos mais velho do que eu, eu então com 14 anos. Nascia ali uma amizade gostosa. Adorava conversar com ele. E tirar onda obviamente. Eu era gorda, feia, dos dentes tramelados, mas por algum motivo atraia este menino cada vez mais para perto de mim. Descobri depois que era a solidão. Ele se sentia solitário e inconscientemente, acho eu, acabou se deixando envolver. 
Meu aniversário foi comemorado no domingo, no dia mesmo em que eu completava 15 anos. E quando ele me parabenizou ele me disse que queria me dar um beijo. Eu não tive coragem. Eu era boba e nunca havia beijado de verdade. 
Mas no dia 04 de abril, um domingo depois, finalmente ganhei o beijo mais doce e suave que já dei até hoje. Me apaixonei perdidamente. Foi engraçado porque estávamos almoçando na casa dele, e meus pais estavam na cozinha com o pai dele e madrasta. A irmã desapareceu e ele tascou um beijo do nada. Na TV, Believe, com Mariah Carey e a saudosa Whitney Houston. Lembro cada detalhe, mas esqueci a roupa que eu usava, sorry!
Foi sem dúvida um namoro bom. Nunca foi nada sério, porque claro primeiro que eu só tinha 15 anos. Venho de uma família muito tradicional e por mais que eu fosse uma pessoa à frente do meu tempo, não tínhamos muita coisa em comum. Ele era muito lindo, mas não se encaixava naquilo que eu vinha planejando quando retornasse ao Brasil. Vim embora em maio de 1999, ele em agosto do mesmo ano, tentamos levar adiante o romance, mas cansei depois de passar 3 anos ele me ligando dizendo que estava indo me visitar e não aparecer. Dizendo que estava enviando flores e até hoje as espero. Um dia sem mais nem menos me contou que seria pai. Chorei copiosamente, apesar de sentir que nunca daríamos certo.
16 anos depois, cada um seguiu seu caminho. Eu divorciada, ele recém-casado. Ele pai e eu planejando retornar em 2018 para o lugar onde tudo começou. Moscou. Copa do Mundo. Quem sabe agora eu não consiga um russo bacana né?