da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer. A peristaltase, ou seja, o movimento muscular que empurra o alimento ao longo do estômago pode influenciar o tempo para o aparecimento dos sintomas. Apesar de os problemas não serem perigosos eles podem ser bastante desconfortáveis.
Tratamento:
Não há tratamento para aumentar a capacidade de produzir lactase, mas os sintomas podem ser controlados por meio de dieta.
Alimentos proibidos:
- Leite de vaca, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite;
- Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros...);
- Bolachas e biscoitos que possuem leite em sua composição.
Deve-se ressaltar que esta orientação dietética não substitui o acompanhamento pelo médico!
Alergia ao Leite de Vaca x Intolerância à Lactose
A alergia ao leite de vaca (ALV) e a intolerância à lactose (IL) são duas patologias diferentes, apesar de causadas por um alimento em comum e de apresentarem sintomas semelhantes.
A IL ocorre porque o organismo não produz ou passa, por algum motivo, a produzir pouca a enzima lactase, responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite). Em conseqüência, a lactose se acumula no intestino, para onde atrairá água, será fermentada pelas bactérias, com formação de gases, provocando diarréia, cólicas, distensão abdominal, e desconforto.
A ALV é provocada pelas proteínas presentes no leite, principalmente a globulina, que é identificada pelo sistema imunológico como um agressor, um agente estranho que precisa ser combatido. A partir da ingestão destas proteínas o sistema imunológico desencadeia uma verdadeira guerra contra os “agressores”, e esta guerra é a responsável pelos sintomas – diarréia, distensão abdominal, flatulência e ainda: lesões na pele, como urticária e coceira, sintomas respiratórios, inflamação da mucosa intestinal e até pequenos sangramentos intestinais.
A IL pode ser genética e nesse caso a pessoa já nasce sem produzir a enzima lactase, porém, em outras situações, pessoas que nunca foram intolerantes passam a ser, após gastroenterites, radioterapia ou quimioterapia, doenças inflamatórias intestinais, doença celíaca, etc. Nesses casos, a IL pode perdurar até o final da vida ou pode ser transitória e, ainda, pode apresentar vários graus. Geralmente a IL tende a piorar com a idade.
Ao contrário, a ALV tende a ser pior nos primeiros anos de vida e seus sintomas podem se suavizar com o passar dos anos. Muitas vezes esta alergia é desencadeada quando o bebê menor de 6 meses recebe leite de vaca em substituição ao leite materno, principalmente se for filho de pais alérgicos.