terça-feira, 20 de outubro de 2020

Eu escolhi não ter filhos.

 


Eu escolhi não ter filhos por volta dos 3, 4 anos. Juro. Eu era uma criança que não gostava do trabalho que as crianças davam. 

Com o tempo, passei a gostar de crianças, desde que elas fossem meus sobrinhos. 

E o tempo passou e eles cresceram. E eu também, embora não muito. 

Aos 15 anos eu prometi a mim mesma que não seria mãe solteira, mãe solo e tantos outros nomes que dão à essas mulheres a quem admiro muito. 

Aos 20 me relacionei com um camarada que enfim, acabei achando que estava grávida dele. Ele queria o aborto. Eu queria somente não estar grávida.  Não estava grávida, mas com alguns muitos cistos no ovário. Amém! 

Me casei aos 26 e durante um ano mantivemos aí a vontade e os trabalhos para a geração de uma criança.  

No ano de meu divórcio, ouvi depois de alguns exames chatíssimos, que minha chance de gerar uma criança, orando para que dê tudo certo e venha saudável, são de 5%. 

Peguei estes 5% e transferi em oração à qualquer mãe que esteja precisando só disso para realizar seu sonho de ter um filho. 

Hoje, aos 36, qualquer ideia de filho é afastada imediatamente. Nada de filhos biológicos, nem adotados, nem inseminados. Estou ótima com o que tenho. E juro que não é somente uma questão financeira não. É não me ver nesta posição de gerar, criar, prover e educar. 

Mas eu só queria que as pessoas entendessem que eu adoro crianças. Que eu sou feliz. Que está tudo bem você querer ter mil filhos. Não me abala, nem me comove. Como diz a Pri Nayade: amém Brasil! 

E como me disse meu pai ano passado em meu aniversário de 35 anos: essa sua promessa aos 15 anos foi de verdade em? 

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