Lendo o blog http://www.myotherbagischanel.com.br, me deparei com um texto fofo sobre primeiro amor. E não tive como não lembrar do meu primeiro amor, forte, lindo e inocente.
Eu tinha uns 8 anos provavelmente. Sim, 08 anos, quando ganhei minha primeira e única bike da vida. Uma Caloi vermelha fofa que eu usei tanto que acho que não serviu nem para dar. Mas calma, não foi a Caloi o meu primeiro amor não, se bem que eu acho que foi, porque lembro ainda da sensação gostosa quando abri aquela caixa que estava atrás da árvore de natal há muito mais de um mês e que eu achava que era um armário (a louca!).
Hugo. Esse é o nome do meu primeiro amor da vida, que me resgatou depois que eu bati com minha caloi no meio fio. Eu estava aprendendo a andar e resolvi arriscar na rua. Caí pouco antes da casa dele, ele brincava na frente de sua casa, quando me viu chorando, me pegou no colo. Não sei efetivamente quantos anos ele tinha, mas ele me carregou no colo e isso foi o suficiente para eu me apaixonar por ele.
Loiro, magro, um pouco alto para mim. E eu passei 3 anos de minha vida pensando nele todos os dias. Quando passava ao seu lado, sempre olhava. Eu já era atrevida. Eu fazia tudo para chamar sua atenção. Até andar de bike num sol escaldante de meio-dia. Se ele estivesse na rua, eu dava meu jeitinho.
Isso de paixonite de criança sempre foi um tabu em minha família. Como vários outros temas, normal, acontece e não julgo. Então que eu escondia fortemente isso. Mas eu tinha uma prima cão (que Deus me perdoe), que quando eu aprontava algo ou acontecia algo que me tirasse do eixo por causa do Hugo, ela ameaçava contar para meus pais. E eu morria de medo de descobrirem. Hoje, acredito que eles até soubessem, mas não deram atenção não.
Já cheguei a brigar feio com essa prima, não por causa dele, mas porque eu achava tão injustas as ameaças. E já briguei com uma colega de patins só porque ela disse que ele gostava era dela. Não. Ele gostava de mim.
Claro que não. Nesta época eu já me achava feia e já entendi que de alguma forma que eu seria péssima nisso do coração. Não imaginei que seria tão doloroso, mas eu sentia que não era uma pessoa muito sortuda no amor.
Fui pra Rússia e 4 anos depois, ainda gostava do infeliz! Mesmo namorando. Quando o vi, já mais maduro e ainda mais lindo, eu queria correr e pular no colo dele.
Agora, 24 anos depois, lembro daquele sorriso de canto que ele tinha. Será que ainda vive a criatura? Já procurei no falecido orkut e no face, mas não lembro o sobrenome.
Tomara que sim.
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