quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sobre casamentos e vaidade

Amanhã é feriado e enquanto todo mundo descansa eu trabalharei. Mais um casamento para o currículo. Mais um dia de aprendizado. E eu estou super animada, porque neste eu irei bem cedo e poderei aprender muito com a Aline Linda sobre como montar um casamento. Eu já fiz isso duas vezes, mas é sempre tão gostoso observar o trabalho do outro e aprender um pouco mais. Ainda mais para mim que cada dia que passa acho que nada sei e que a caminhada do aprendizado é longa.
É fato que tem dias que eu acordo me achando. E faço coisas que parecem ser a 8ª maravilha do mundo, mas aí vem algo, ou alguém e me coloca no meu lugar. E aí vejo que eu realmente preciso de muita humildade e porradas no ego para não me deixar levar pelos achismos. E essa percepção me faz bem. Nunca gostei, desde pequena, de me achar mais importante. A vida do outro, o sonho do outro, o riso do outro, é de fato o que me motiva a seguir nessa vida muito doida.
Daí parei para refletir sobre um comentário que fiz dia desses e que gerou uma interrogação básica que resolvi esclarecer muito mais para mim mesma. E que tem muito a ver com o que falei acima: vaidade.  
A pessoa comentava que eu era bonita e eu soltei que eu era zero vaidade e ela retrucou de forma leve que não parecia. E eu fiquei feliz e ao mesmo tempo pedi à mim que eu pare de querer gastar com isso de beleza, porque ultimamente eu percebi que beleza não poe mesa, ainda que eu não me sinta nada linda ou isso ou àquilo. E fiquei pensando que preciso dar uma maneirada aí nos gastos excessivos com aleatoriedades. Parar de comprar brincos, anéis e sapatos. Sapato eu diminui, mas ando numa fase anéis que está insuportável.
Mas a minha vaidade, parando bem para pensar é zero. Tirando a ida à manicure uma vez por semana, eu não faço nada além. E só faço isso porque escolhi trabalhar com coisas que envolvem muitas críticas, caso você seja um tipo de pessoa que roa unhas ou não as mantenha lindas. Eu não frequento academias e até andei relaxando na questão da comida e pasmem comi Mc´Donalds já 3 vezes. E já me rendi à alguns pedaços de carne vermelha e copos de coca-cola. Parei um pouco com essa neurose com gordura e estou tentando aproveitar um pouco mais das poucas horas de lazer que tenho no mês. E aí eu penso que realmente, dentro dos padrões atuais, eu sou de fato zero vaidade. E mesmo que eu tivesse alguma grana, seria contra o uso de Botox e plásticas desnecessárias. Já quis. Há 7 anos andei frequentando uma clínica aqui em Brasília atrás de 300 ml de silicone. Deus é tão legal que me fez ficar cara a cara com um médico honesto que ao pedir os exames me alertou sobre eu enfrentar uma mesa de cirurgia de fato quando fosse muito muito necessário e questão vital. E ele me falou: "antes de intervenções cirúrgicas analise sua alma e pense que Deus te deu exatamente o que você precisa para ser feliz". Passei anos sonhando e não nego que volta e meia me imagino siliconada, não precisando de sutiã e arrasando na praia. Mas aí lembro de quem sou, de quem quero ser e me coloco na minha real posição: uma pessoa com 30 anos que apesar dos pesares ainda precisa provar que tem mais de 18 anos a onde quer que precise entrar. E toda a minha vaidade vai para o espaço, ou a concentro na vontade de apenas ser uma pessoa melhor e sendo uma pessoa melhor eu não me torne egoísta e cheia de si. Ser humilde não é ser pobre, é ter a certeza de que somos seres humanos e somente isso. 


Beijos e bom feriado! 

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