Eu com 4 aninhos em Buenos Aires. Já uma fofura né?
Eu comemoro todos os anos. Todos. Adoro relembrar cada detalhe de um dia especial. Na verdade dia 02 de junho eu comemoro a assinatura da minha nova certidão de nascimento. E eu sei disso porque minha mãe me entregou em meu aniversário de 15 anos, uma espécie de diário a onde ela relata esta data com muito orgulho. A outra certidão foi anulada e eu passei a ser Karla Karina de Souza Lopes.
Essa foi uma das providências tomadas pela minha família na adoção: mudar o meu nome de Monalisa Uisliene (eu acho que era assim) para Karla Karina e os sobrenomes devidos. E isso nunca foi motivo de vergonha. Mesmo. Tenho uma tranquilidade sobre-humana falando sobre este assunto, assim como é super natural falar sobre a adoção de uma forma geral. Tudo na minha história de vida é tratado de forma bem consciente, pois acredito que Deus trilhou os acontecimentos e com Ele não discuto.
Amo meu nome Karla Karina. Acho chique demais. Fico muito feliz imaginando como deve ter sido um momento especial para a minha família quando eles foram escolher o meu nome. Tem um gosto diferente, porque eu já tinha um nome, já tinha 3 anos, então, acredito eu que eles me olharam e escolheram de fato o nome que fosse condizente com a criatura angelical que eu era (?). Claro que quando criança tinha um certo pavor quando mamys me chamava pelo nome composto porque geralmente era para dar um bronca. Quem nunca né?
Ressalto aqui os apelidos. Adoro que me chamem de Karlinha, Karina, Karlota Joaquina, ou somente K. Mas please, não me chamem jamais de KK. Eu tive um affair (sim sou chique) aos 17 anos apelidado de Cacá e daí já viram a palhaçada que era enquanto estávamos juntos né? Ainda bem que durou pouco. Em Moscou me chamavam só de Karina, que dizem é bonita em italiano. Mas nunca fui atrás para saber se é isso mesmo, só sei que eu adorava.
E destaco que eu tenho a sorte de ter mudado o meu nome, mas sei que se Deus não tivesse trilhado outro caminho para mim e eu tivesse que continuar com o nome de Monalisa, eu não estaria triste não. Apesar de ter a certeza absoluta que eu viraria Mona, acredito que não é dos piores nomes. Ele tem uma participação forte na história e é por si só um nome forte. Não tenho raiva, e fazendo terapia descobri que ambos os nomes me transformaram em uma mulher de fibra, guerreira e ao mesmo tempo delicada. É como se um complementasse o outro. E respeito a minha mãe biológica, porque dentro da consciência dela, meu nome era a escolha perfeita. Mas Deus tinha outros planos e eu adoro isso.
De tudo que vivi nesta vida e tenho a viver pelos próximos anos, meu nome é uma das coisas mais especiais que me aconteceram. Ter sido Monalisa e virado Karla, é a prova de que Deus sabe exatamente o que faz desde o dia que somos concebidos.
Beijos e beijos!
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