Estava pensando em algumas decisões importantes em minha vida, quando parecia que o mundo iria desabar...
A primeira grande decisão foi a de emagrecer. Me incomodava muito o manequim 44, os 110 cm de quadril e comer tanto, parecia que ia explodir. Demorei 2 anos para perder meus primeiros 10 kilos. E depois de 4 eu acabei ficando doente, mas valeu a pena de certo modo.
Depois decidi fazer a faculdade. Demorei 2 semestres para ter certeza de que aquela era uma decisão acertada. Não foi fácil, tantas coisas, tantos medos e até mesmo preconceito. Mudar de sonho, não foi algo que entrou em minha mente de forma fácil. Mas foi uma opção deliciosa e frutífera.
Sair de casa, foi a mais difícil, mas foi a mais linda, não por ingratidão, mas pelo sucesso que eu tenho obtido, tendo meu mundo bem particular. Sofri menos, porque era algo que eu tinha escolhido aos 5 anos de idade e que esperava seu momento mais ideal de todos. E esse momento chegou. Pronto, parti.
Depois, aceitar que eu estava doente. Que precisava procurar ajuda, e engordar. Essa é uma decisão que eu tomo diariamente. Medito que naquele momento eu preciso comer, pela minha saúde, pela minha felicidade.
Essas decisões, tomadas com muita angústia, medo e incerteza. Claro, que todos os dias eu tenho que tomar alguma decisão. Várias eu tomei no susto, como os empregos que eu larguei por novas possibilidades. Ou os amores que eu abandonei por minhas convicções, ou pela falta do amor em si.
Algumas vezes, agi sem maturidade, e as decisões se tranformaram em guerra, intriga, mentira e fracasso. Algumas vezes, por infantilidade, nãio decidi nada, e deixei o tempo cuidar de tudo.
Só sei, qe hoje, eu me sinto aliviada. Porque cheguei até aqui, assim, no estopim, no calor da fragância do medo, da imaturidade acertada. Cheguei, meu Deus, como consegui chegar.
E quando percebo que ainda, terei tantas decisões a tomar, meu coração fica apertado, porque são muitas: faço jornalismo, tento a diplomacia, caso, tenho filhos, um carro, uma viagem, a cor do cabelo?...Tudo assim, analizado ou não, fazem parte de uma vida recehada de constantes desvaneios e conquistas pessoais com gosto de sorvete de flocos.
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