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Hoje, estou naquela de querer me esconder.
Em meu esconderijo não faltariam uma música bem suave, uvas e champanhe, um lençol de cetim rosa.
Mas eu queria estar lá sozinha. Nada de companhias indesejadas.
Porque é assim,que eu me sinto realmente feliz.
Hoje, por um momento, eu gostaria de em nada pensar. Nada fazer. Somente adormecer em meu íntimo e pessoal, em minha crise de inexistência, em minhas palavras jogadas no mar de lamas desleixadas.
Nã comeria, não falaria em alto e bom som. Não respeitaria regra alguma e não descreveria meu passado intacto.
Ficaria ali, olhando para o vazio, para o secreto externo de meu corpo fraco e infeliz. E cortaria meus pulsos dançando valsa tocado no acordeom.
Paralizaria meus instintos e decifraria o concreto de meus afazeres inutéis.
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