sexta-feira, 23 de outubro de 2009


Meu médico afirmou que estou fora da zona de perigo. Ainda com anemia, mas por dentro o corpo tem reagido bem aos alimentos e mesmo em alguns momentos eu andar colocando os bofes para fora, não está atrapalhando o desenvolvimento da dieta e muito menos da terapia. Eu desenvolvi uma gastrite, então vomitar é tecnicamente natural.
Mas aí ele me perguntou como eu me sentia. Ele sempre me pergunta isso. As vezes até fico irritada. Poxa, como eu me sinto?.
E mais uma vez respondi, que me sentia gorda e que me sentia perdida. Assumir isso diante de seu ego é doloroso. As vezes tenho a sensação de que vou me olhar no espelho e me achar bem, nem gorda, nem magra, mas tudo o que eu vejo é um monte de carne acumulada.
Sofro menos com minhas angústias e medo. Sou insegura ora pois, recrio falas e cenas a cada 5 minutos. Choro pela balinha comida depois do almoço, ou pelo chocolate no meio da tarde. Se o alimento no prato pessar 500 gramas, eu tenho vontade de devolver tudo no restaurante. Me sinto presa, amassada e as horas passam e eu continuo me sentindo presa e amassada. Um ciclo de gordura pré-criada a partir daquela insegurança social.
Mas eu tenho consciência disso e apesar de todas as sombras, eu me sinto bem, porque eu sinto que seria injusto, reclamar diante de tantas outras coisas legais acontecendo.
O médico pediu para eu não entrar em pânico. 45 kilos não é assim uma tragédia. Pelo sim e pelo não eu almoçei bem, mas manterei um ritmo leve pela tarde. Sem neurose......(rs).Pelo menos por hoje.

2 comentários:

  1. Continuo no Rio, queridona. E você? Que passa? Me manda notícias. Tô tirando o atraso de leituras do teu blog, me conta da tua vida.

    Beijos, fica bem.

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  2. Quero ver vc bem gordinha viu dona Maestra.

    =P

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