quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tive vontade de beber água. Mas só me restava a mesma vodka, gelada. Queimei minha mão mais uma vez no cigarro, bati o dedo do pé no canto do sofá. Gritei de dor, xinguei.
Estava eu ali, mais uma vez sozinha. Não havia ninguém. Escutei um sussuro da vizinha do andar de cima. Estaria ela fornicando?. Estaria ela absolutamente levitando sobre seus pertences?.
Continuei andando pelos cantos da casa. Procurei você e vocês. Queria apenas dividir aquela alegria. Pelo quê mesmo?.
E bebo insistentemente. E beijo o travasseiro verde com flores amarelas. Imagino passos coloridos com sapatos de ouro. A televisão ao fundo emite sons de pássaros jamaicanos, de fome de beleza e de angústia sorridente.
em vão. Tomo banho e o coração dispara.
Atenção. Eu morri. de Tédio!

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