segunda-feira, 27 de julho de 2009

O despertador insistente

É cedo ainda. O despertador descontrolado, insiste em acordá-la. Ela vira para o outro lado e tenta relembrar o sonho da noite anterior. Desiste. Se levanta, nua, ela resolveu se libertar das roupas ao dormir, melhor, incomoda menos.
O banho demorado, quente, molha seu corpo magro e cansado. Escova os dentes, penteia o cabelo, passa um gel, ela quer estar bonita no começo da semana.
Não toma café, escolhe a roupa, o sapato, a bolsa, as jóias. Ela continua querendo estar bonita e agora, elegante.
Lá fora o sol já brilha intensamente, mas faz um certo frio. É cedo e ela tem que seguir.
O dia parecia que seria intenso e assim o foi. Entre telefonemas e computador, o stress do chefe, a viagem que não sai. Ela se desespera, o braço doi, a cabeça gira. A fome, o almoço, as horas qeu parecem não passar.
Hora de ir para a aula, ela estuda, ela ensina, ela aprende, ela vive feliz com sua teorias conspiradoras de um mundo tecnicamente melhor.
Ainda faz frio e seu braço ainda doi.
A volta para casa parece o fim de mais uma jornada estressante. Não o é. A noite, ainda longa e maravilhada pelos cantos dos deuses, não tem fim em seu coração empedrado e triste.
Ela já não faz planos para amanhã. Ainda à espera do despertador tocar.

Um comentário:

  1. ...E mesmo com todos esse acontecimentos, ela continua vivendo de uma forma bela e incrível.

    Amo você.
    ;*

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