segunda-feira, 9 de março de 2009

Sinto algemas em meu braços.
Os pulsos nervosos. A cabeça doi.
A chuva da noite anterior, me deu medo. O medo que abastece a insegurança do cabelo cortado, da roupa da cor errada.
Mas e se tudo isso não passar de temores imbécis e sem nexo?.
Se a paz de um beijo; ou de um carinho desprentesioso, não for um fato realmente marcante e encantador?.
E se todos esses temores não forem apenas bactérias deprimidas e alucinadas?.
Ou seria eu, alucinada, contundente, depressora e feroz?. Uma alma cheia de metas abstratas, coloridas, e deprimentes em velocidade máxima........
Ainda sinto a lágrima que brilhou em meus olhos quando ouvi alguém dizer que sou especial.
E sim sou. E minha especialidade é o sorriso fantasioso nas identidades roubadas, em noites compostas por bebidas no sabor banana e músicas indefinidas, pelos passos da madrugada que latejam meus olhos cor de abóbora e cabelo cortado em X.
Largo a bolsa na escada, e corro à procura de momentos e instantes breves que preencham a vaga de um carro que roubei, enquanto tentava fugir de mim.

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