Jamais poderei esquecer o que ouvi ontem e vi pela televisão e senti.
Maysa interpretando uma de minhas músicas mais favoritas de todas, em meu segundo idioma favorito de todos: Ne Me Quitte Pas de Jacques Brel.
Ontem eu pude me sentir em solo francês, sentada no Olimpya, copos de whyski, cigarros, o cheiro de boemia, amor.
Assim me imaginei, vendo Maysa levar nosso brilho brasileiro ao povo da França. E me senti orgulhosa, de toda capacidade cultural que ela tinha. Aprendi a admirá-la, a acreditar na força que uma mulher possui, muitas vezes sem saber.
Não me importo se a vida dela era regada à bebedeiras e moderadores de apetite. Nem se ela trocou o lar e a família pela vida de boemia. Ela fez o que queria,o que acreditava ser melhor e se tivesse sido assim tão ruim, o próprio filho não teria homenageado a mãe com uma das minisséries mais lindas que eu já vi em minha vida.
E fiquei feliz pela oportunidade de ouvir essa música e de dormir com uma calma que há tempos eu não via. Dormi horas seguidas, a noite inteira, sem medo, sem angústias, sem lágrimas.
A letra triste. A melodia calmante.
Viva Maysa e sua alma perturbada e suas loucuras impensadas, mas com méritos, com amor. Ela era a deusa de seu tempo e uma beleza singular, seus olhos verdes, seu cigarrinho na mão. Quem poderia resistir tamanha sensualidade.
Maysa! Sempre.
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