Penúltimo dia do ano. Dobraram o trabalho, documentos que precisam chegar até amanhã; demissão, stress, internet que não funciona.
Dizem que sou muito reclamona e briguenta, mas me convenço a cada dia, que eu sou justa em meu modo de trabalhar e por isso acabo falando mais que o necessário.
Essa minha luta pelas causas alheias me faz lembrar a primeira vez que li algo sobre um líder. Li a biográfia de Lênin, o cara russo que revolucionou a história mundial. O admiro e chego a imaginar que eu mudei muito após a leitura sobre sua vida. O que mais gosto é o fato de que ele não foi admitido na faculdade e decidiu estudar Direito sozinho, aparecendo lá apenas para fazer os exames finais.
Desde então me imagino liderando, sendo dona de um jornal, dizendo o que deve ser feito, mas acima de tudo fazendo tudo com cidadania na veia e com justiça social.
Falo isso, por estar triste com o governo de minha cidade. Brasília é linda e eu a amo, mas me dá raiva ver tudo o que rola por aí. Por exemplo: o metrô está em greve. A gente acorda cedo, na correria, se arruma, e talz e dá de cara no portão.
Eu entendo que é direito do cidadão trabalhador fazer isso, mas eu vejo como uma forma de desrespeito com uma população que depende de transporte o dia inteiro. E infelizmente essa atitude não mudará muita coisa, pois é fato que nosso governador está mais peocupado em trazer a Copa para Brasília do que com qualquer outra coisa que possa acontecer.
Eu fico mesmo muito chateada. Porque para que a cidadania aconteça de fato, precisamos de pessoas engajadas e conscientes de suas responsabilidades.
Lenin dizia isso. Ele acreditava na revolução da união. Várias pessoas lutando de forma respeitosa pelo bem comum. Não sou à favor ou contra das atitudes reais dele, mas a idéia me agrada e muito.
E é isso que eu mais desejo no próximo ano: que nós como cidadãos, façamos a nossa parte, de maneira construtiva. Respeitar ao próximo não deveria ser apenas um conceito biblíco. Isso devería fazer parte do DNA. Cuidar de sua cidade, com atitudes simples. Ajudar à pessoa que nós escolhemos como governante a perceber o que realmente precisamos.
Claro que fatalmente isso acontecerá aos poucos, pois é questão de cultura ser quem somos, mas eu acredito no brasileiro de uma forma geral, acredito que podemos oferecer algo mais lindas noites de carnaval.
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