quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

8 meses.
Quase uma gestação.
Você se foi. Sem deixar beijo, obrigado.
Da noite para o dia, a cama vazia e o coração arrebentado.
Sua mão, seu cheiro, o lençol desarrumado.
O conforto de seus braços. Sinto tanta falta.
Para mim, o tempo párou naquela tarde de segunda-feira. Ao ler as linhas da despedida, me desesperei.
Ainda leio cada trecho. Ainda sinto sua presença em minha pele, descamada, seca, sem vida.
Assim me sinto há exatos 8 meses, sem vida, sem esperança de amores brutos e sinceros.
Me desespero em cada segundo. A idade que avança, as rugas aparecem lentamente. Esqueço coisas elementares. Mas não esqueço você e seu sorriso, e sua voz.
E quando penso que de de ti me libertei, fotos e fatos ressurgem na escuridão de meu quarto, de meu travesseiro, de minha alma na lama nua. De ti me lembro diariamente, por ti me apaixono eternamente.
Nem sei se é exatamente amor. Talvez não aceitei o fim. Ou finjo que aceitei para acreditar que almas são piedosas.
Mentira. Não aceito o fim.

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