terça-feira, 11 de novembro de 2008

Estava na parada, um frio, uma chuva leve, e eu conversava com uma de minhas alunas. Dividiámos um guarda-chuva azul com flores amarelas e falavámos sobre o fim de semana, sobre nosso amores e desamores e por fim falamos de Barac Obama.
E refleti o seguinte:
Que coisa mais chata esse fanatismo pelo novo Presidente dos Estados Unidos. Parece até que ele sozinho conseguirá salvar o planeta do caos e da pobreza. Estão contando com um governo que ainda nem começou. Estão fazendo planos, criando metas, que podem ser efetivadas ou nunca acontecer.
Tudo poque ele é negro?. Ele é humano como qualquer um. Ele poderá acertar, como poderá destruir o que já está despedaçado.
Enquanto o mundo o vê como um astro, tudo bem. Estão todos sorrindo para o Barac, mas quero ver ele fazer algo errado. Quero ver ele criar um pacote econômico falho. Quero ver ele soltar alguma frase infeliz. Todo mundo que hoje está levantando a bandeirinha americana poderá começar a queimá-la.
Há que se ter cuidado com o fanatismo. Há que ser cauteloso com propostas. É importante esperar para criar tanta espectativa. Dar tempo ao tempo.
Eu fiquei orgulhosa dos americanos terem escolhido um negro para o poder. Mas isso infelizmente não acaba com o preconceito, não elimina as guerras espalhadas pelo mundo, a Africa não deixará de ser pobre da noite para o dia e a crise econômica pelo visto se fortalece a cada manhã.
Dar tempo ao tempo, para que ele possa se adaptar ao novo cargo. Para que o poder não suba à cabeça e ele esqueça o motivo pelo qual foi escolhido.
Desejo que ele consiga fazer um bom governo, que algo mude sistematicamente e que povos e nações possam se unir para combater os males. Mas não sejamos hipócritas. Nem depositemos esperanças desnecessárias. Deixemos o homem governar em paz.!

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