Li um texto num blog em que a pessoas saudava seu passado e todas as coisas que com o tempo e novo hábitos ela havia deixado de fazer.
Párei e pensei em mim. Pensei nos dias em que amava ir à fazenda e tomar banho de rio. As vezes em que eu saia para jogar bete na rua e voltava tarde toda suja de correr, pegar bola, pular. Dos dias em que eu colocava os discos da Xuxa e dançava horrores. Do arroz doce da mamãe nos fins de tarde, das brincadeiras com minha sobrinha ainda bebê e quando eu estudava com ela me admirirando com apenas 5 meses. Da minha biscicleta no Natal, dos meus aniversários, principalmente um em que eu ganhei meu primeiro óculos e viajei para Punta del Leste, onde bem no dia um grupo de velhinhos cantou parabéns para mim em meio ao saguão do hotel. E na escola, como sinto saudades de minhas brigas, de quando as professoras diziam que eu tinha um gravador na barriga e eu ficava imaginando o gravador tocando o dia inteiro.
Ah eu sinto saudades de tudo mesmo, de todas as pessoas que eu pude conhecer nesses anos pssados: minha Gessica, meu avô, e tantas outras pessoas que fizeram parte de um momento tão especial em minha vida.
Eu costumo definir minha vida em fases. E eu sinto saudades de minha fase pré-Rússia, da minha fase Rússia e poucas saudades do pós-Rússia.
Eu sinto falta de quem eu era. De quem eu fui. De tudo que fiz até hoje e de tudo que construí até então. E pode acreditar. Sinto saudades do que está por vir. A vida passa tão rápido, e nós nos damos conta quando já não há mais nada a ser feito.
Viver com saudade é um dom, é agradecer a Deus pela dádiva de estar neste mundo. Só não vale viver no saudosismo e esquecer que a vida espera sempre por nós.
Saudades. Amém!
Bah, guria!
ResponderExcluirMuito bonito o que escreveste.
Bjo e abraços!!
Marcos Ster