segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Casamento Ayane e Diego - 04/09/2021.

 


Em setembro de 2017, conheci o casal Ayane e Diego. Ela me comenta que trabalhava com casamentos, mas eu no fundo pensei que seria muito bom se ela me convidasse para realizar o casamento deles. Ele argentino, ok, superando esta parte; ela, uma princesa.

Quando eles ficaram noivos, mandei uma mensagem de parabéns no instagram, com aquela vontade forte de ser a cerimonialista deles. 

No dia 07 de janeiro de 2020, assinamos o contrato para o casamento em 24 de outubro de 2020. No meio do caminho, uma pandemia e o sonho adiado para 04 de setembro de 2021. 

E o dia 04/09 chegou lindo. Ensolarado. Quente. Cheio de detalhes, muito bem preparados e sonhados pelo casal. Família envolvida, madrinhas super presentes, padrinhos animados, noivo super tranquilo, exceto por um detalhe que graças a Deus não interferiu em nada. 

Tudo no casamento da Ayane e Diego foi realizado com uma energia super positiva, uma vibe lá em cima. Todo mundo que trabalhou colocou a alma. Fiz questão de informar que este casamento era um sonho da Ayane desde os 14 anos dela. 

Nos conectamos imediatamente e ao longo dos preparativos me senti muito poderosa. Em julho, passei por um momento profissional muito difícil, onde me questionei se era uma boa cerimonialista. Sábado passado, eu tive a certeza de que foi um momento difícil e que eu sou mesmo uma boa cerimonialista. 

Cerimônia redonda, sem erros, com vários detalhes pensados também por mim. A festa então! Caracas, que pista de dança boa, banda boa! Comida boa! Bebida gelada, convidados super envolvidos, família maravilhosa, crianças fofas, muita alegria!

O resumo é: tinha que ser neste 04/09, no lugar lindo que tinha que ser, com os fornecedores certos, com o amor ainda mais transbordante! 

Agradeço ao casal, pela confiança. Agradeço à cada fornecedor pela paciência. Agradeço à minha equipe, principalmente às 3 meninas que trabalharam no casamento de julho e me acompanharam no medo que eu estava de algo dar errado. 

Não só deu certo, como estamos recebendo muitos elogios e o casal está transbordando de felicidade. 

É para isso que eu vivo. E mesmo com um ou outro momento tenso, é isso mesmo que quero seguir fazendo enquanto me emocionar como me emocionei neste casamento maravilhoso. 

Ayane e Diego, meus votos de felicidade diária e construção de uma vida baseada no respeito, na alegria e muito sertanejo (vocês dançam tão lindo!). Aliás, você dois são lindos juntos. Amo vocês. Obrigada pela oportunidade, pelo carinho e por me permitirem sonhar o sonho de vocês e realizá-lo com todo meu coração. 


segunda-feira, 16 de agosto de 2021

15 de agosto - Dia do solteiro

Tá aí uma data que eu posso comemorar e eu comemorei ontem: saí para comer e tomei 2 chopps, sozinha. 

Foi legal, porque eu pude, de novo, refletir sobre esta doce condição, com o qual Deus me permite viver em paz absoluta. 

E agradeci por estar com a maturidade em alta, e desta forma, me sentindo segura para dizer não à quem eu sinto que não irá contribuir em nada com o que eu já construí e com o meu futuro brilhante. 

Semana passada bloqueei no whatsapp uma pessoa que me irritou profundamente com o mesmo papo de sempre: ah eu gosto de você, mas não quero namorar... mas deixa eu ir em sua casa...

Então, que eu não quero mais ninguém em minha casa que não seja parte da minha rotina, da minha história e da minha energia. Minha casa não é bar, nem restaurante e muito menos motel. E para deitar na minha cama e dividi-la com as gatas, tem que se no mínimo um namorado. 

Agora, vem com esse papo de que não quer nada sério, só ir ficando. Ficando o quê pedro bó? Acabou esse furdunço com o que eu demorei a construir: a minha dignidade. 

E eu dei todas as dicas, até porque eu sei que estamos em pandemia. Não vou em bar, mas tem um monte de coisas ao ar livre que são possíveis de serem feitas, principalmente nesta fase dita para se conhecer. Então que insistiu demais em se esconder na minha casa, e eu achei que ele é casado né? Ou tem namorada. Na dúvida, bloqueei mesmo, porque percebi que nem amizade ia dar certo. 

E estou aqui, muito tranquila, serena, porque depois do que vivi em dezembro passado, em que levei um fora de quem se dizia apaixonado por mim, eu me comprometi a permanecer solteira, até que o relacionamento venha de forma leve e reciproca. Determinei que ou eu namoro, ou eu fico sozinha. 

Estou com 37 anos e não fui achada no lixo. 


Atualizando

Estamos na metade de agosto, que pasmem, está passando bem rápido, e isso por si só, já choca a gente. 

Só neste mês, tantas coisas aconteceram, que eu fico até sem voz interna para processar tantos acontecimentos.

No dia 12, eu comemoraria 10 anos de casada, se estivesse casada. Foi um dia de muita nostalgia individual, porque claramente ninguém se importou com isso. Mas eu sou assim mesmo, penso, lembro, relembro e faço planos com o passado também. 

Perdemos os atores Paulo José e Tarcísio Meira e para mim, noveleira de carteirinha, foi um baque, porque ambos já me emocionaram em várias cenas. 

E para deixar o mês ainda mais emocionante, os Talibãs tomaram conta novamente do Afeganistão e estamos todos em suspense, inseguros com o que poderá acontecer. Ah e o Haiti teve novamente um terremoto que destruiu cidades e deixa milhares de pessoas em estado de pobreza absoluta. 

Dito isso, penso muito que ainda não aprendemos nada com essa pandemia. Na verdade, sinto que nunca nem estivemos em pandemia, porque o povo segue se matando, não se cuidando e achando que a primeira dose da vacina é carteira para ser desleixado com a sua saúde e a dos outros. 

A sensação de que as coisas só irão piorar, me deixam em constante estado de desânimo, insegurança e dor no peito.

E estamos na metade do mês de agosto de 2021. 


quinta-feira, 29 de julho de 2021

Quando eu achei que estava com Covid... de novo

Semana passada compartilhei aqui, para registros futuros, minha vacinação contra o vírus maldito. 

Ainda na sexta, meu corpo esboçou uma reação à vacina. Aliás, passei por um momento sinistro de congelamento do pé. Explico: Eu fui vacinar às 06h da matina e fui de sapatilha (retardada total). O quê aconteceu? Meu pé congelou. E eu sei disso porque 4 anos em Moscou me ensinaram isso. Demorei quase 2 horas em casa para me sentir menos congelada. 

No sábado, marquei uma reunião com nosso casal de dezembro próximo e onde os aguardei ventava muito, muito mesmo. 

No domingo, já acordei ruim, mas não dei bola, achei realmente que era frescura e tomei duas cervejas no almoço. 

Nem tinha chegado segunda e eu já me arrastava. Mas fui trabalhar porque eu preciso trabalhar. Passei o dia inteiro com o corpo mole, com febre, tomei remédio, não passou e aí eu recebo a notícia de que uma pessoa com quem mantive contato real estava com Covid. Imediatamente associei tudo que eu estava sentindo ao vírus. Comuniquei aos meus chefes, que prontamente me enviaram para casa, inclusive, pagando um uber só para eu não ter contato com mais pessoas. 

E estou desde segunda à noite em casa. Com calafrios, tosse, coriza, dor de ouvido, cansaço, muito cansaço. Como eu já tive covid e os sintomas eram os mesmos da primeira vez, me desesperei totalmente. 

Fiz o exame, ontem, quarta-feira, e à noite o resultado negativo, graças a Deus. 

Depois de todo este detalhamento, venho compartilhar com vocês 2 coisas importantes: 1) a gente é realmente substituível 2) eu tenho uma família e amigos especiais. 

Eu estou em remoto, mesmo com tudo mais difícil com o cansaço e a falta de ar, mas percebi que eu acabei desorganizando a vida do gabinete e me senti muito mal. Claro que apesar de ter ficado mais pesado, minhas colegas resolveram tudo, até melhor do que quando estou lá. Mas eu me senti muito mal com o fato de ter ficado doente, mesmo sabendo que isso é algo que não controlamos e ainda mais, por imaginar que eu poderia estar com Covid e ter infectado meio mundo. 

Mas Deus é muito generoso, e me manteve sã, trabalhando, sendo monitorada por minha mãe e meus irmãos. Uma amiga fez umas compras de primeiros socorros e muitas pessoas conversaram comigo para eu não ficar tão doente mentalmente quanto fiquei da outra vez. 

Me sinto um pouco melhor. Até tomei banho (sim, eu não tomei banho durante 3 dias), me julguem. Mas eu não tinha muito o que fazer né? Como poderia deixar alguém me ajudar de fato, se eu achava que estava com covid? 

Passado o susto, agradeço a Deus por tudo. Por não ser covid, por estar viva, por ser só uma gripe mais intensa e por ter me ajudado por meio de anjos, que estiveram presentes tanto para mim quanto para a pessoa que está, ainda, com covid. Aliás, pensar nela neste momento, me faz chorar de preocupação e eu agora só penso positivo para que ela fique bem logo, logo. 

Amanhã volto ao trabalho. Sem voz e com um curso às 08h da matina. 

A vida segue girando. A gente só precisa seguir girando também. 

Paz! 

Axé! 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

A 1ª dose

Desde março de 2020 estamos vivendo o maior desafio de nossas vidas: não morrer de Covid.

Eu tive, em agosto, há quase um ano, logo depois do dia dos pais, e vivi o medo de morrer real, durante 7 dias. Durante 3, sem ar, imaginava maneiras de que as pessoas soubessem do meu desespero, sem alarmar. Mas foram dias em que eu pensei que morreria, e por isso, deixava a porta destrancada, para o caso de precisarem entrar e cuidarem das gatas.

Não morri, provavelmente até tive novamente, ou se não tive, amém, claro e desde então sonho com a vacina. 

Cada pessoa vacinada, uma emoção. Quando cada irmão meu vacinou e meus pais vacinaram, eu consegui sentir um pouco mais de alívio. 

Até que hoje, 23 de julho de 2021, chegou minha vez e eu estou emocionada. Porque cada um de nós espera por isso e quando dá certo é um misto de sentimentos. O maior, a gratidão pelas pessoas esforçadas, dedicadas e inteligentes que criaram as vacinas. Gratidão por tantas pessoas da área da saúde que viveram o verdadeiro inferno (e ainda vivem), enquanto o vírus não é dizimado. Gratidão pelo SUS que tornou a vacinação possível, juntamente com quem, dentro da gestão da saúde, ainda que de forma um tanto quanto nebulosa, tornou isso real para todos. 

Agradeço a Deus pela corrente mundial para que o covid acabe. Pessoas que inventaram os protocolos, costuraram máscaras,  álcool em gel, e para os governantes que puderam ajudar sua população enquanto o lockdown existiu. 

Ainda temos um processo muito intenso, porque ainda estamos em pandemia. Mesmo vacinados, precisamos seguir nos cuidando. Não é ruim mais, a gente já acostumou, sabe como funciona e é só cada um fazer a sua parte que sairemos juntos dessa e nos recuperaremos de toda dor. Sentiremos saudades eternas de quem infelizmente não sobreviveu para tomar a vacina. 

Nós que aqui ficamos, honraremos cada um. 

Viva o SUS! 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Fim do trabalho remoto.

Desde março de 2020 que estamos em revezamento e realizando trabalho remoto. 

Passamos por diversas fases. Ora eram 3 na sala e uma em remoto. Ora eram pares em remoto por 2 dias. Já tivemos a fase de todos em remoto, por conta de casos de Covid no Gabinete. Eu tive covid, inclusive neste período, permanecendo 14 dias quase que trancafiada em casa: saí para fazer o exame. 

Neste período tivemos 3 chefes, onde o atual está desde junho passado. Muitas pessoas morreram, outras nem retornarão por estarem aposentadas ou por terem mudado de vida e ainda, as que voltarão após a licença maternidade. Aliás, oh fase para o povo fazer menino né? 

E aqui estamos. Encerrando um ciclo tenebroso. Um período que também teve fases estranhas. Começamos sem entender o que era e com isso veio o medo. Quando começou o trabalho remoto, veio o medo da demissão e da percepção de que o trabalho de Secretariado não seria necessário. Mas ele foi sim, e foi deveras necessário. 

Junto com este retorno vem, possivelmente, mais uma mudança de empresa e quem é terceirizado sabe como isso é mais um ciclo de medo, insegurança e dúvidas. 

Mais de um ano depois do começo desta revolução social e do cosmos, eu definitivamente não sou a mesma. Infelizmente, me tornei muito mais ansiosa, descrente, solitária e forte. Enquanto remotava (inventei isso agora), me percebi muito inteligente para várias coisas e muito burra para uma grande parte de atividades que eu encarava como elementares. Mas me permiti mudar algumas questões, silenciar outras e entender que como profissional de Secretariado, estou no começo de carreira.

Atravessei estes vales escuros, com o apoio fundamental de muitas pessoas. Principalmente minhas colegas-amigas de trabalho que me ajudaram a entender o sistema, elaborar documentos, me deram carona, amor e comida. 

Sem elas, teria sido muito mais difícil. Sei que em alguns pontos elas queriam me matar, por sorte eu estava longe delas nestes momentos. Mas graças a Deus, mesmo quando eu cometia algum erro sinistro de bobo, aparentemente, on-line, elas me deram coragem para seguir acreditando minimamente em mim.

A Deus, peço sabedoria para esta nova etapa, onde a empresa mudará, eu seguirei no mesmo lugar e me transformarei cada dia mais em alguém melhor. Agradeço ao meu chefe, sempre incentivador. Aos meus chefes e coordenadores, que nos deram o suporte necessário para sobreviver enquanto o covid matava sem piedade. As minhas colegas- amiga: o agradecimento profundo e especial por terem me suportado, me guiado, me ajudado e me tornado ainda mais humilde no reconhecimento de minhas fraquezas e no que eu preciso mudar para termos, daqui para frente e sempre, uma convivência real, harmoniosa, respeitosa e de sucesso absoluto.

E que o covid acabe, passe, suma de nossas vida. Vacina sim. E tempos melhores para que consigamos nos recuperar, nos reerguer e tornarmos o que nos rodeia ambientes melhores com pessoas melhores de corpo, alma e coração. 



quarta-feira, 23 de junho de 2021

Achados enquanto a vida de adulto nos oprime.

Arrumando umas pastas no notebook, encontrei este texto que escrevi em minha saída do estágio na Caixa. Era 2008 e eu não fazia ideia do que seria minha vida, e a nossa, nos outros 13 anos. 


Isso não é uma despedida

 

      Quando me ofereceram o estágio na Caixa, eu só pensava no fim de minha faculdade, o relatório e não queria de fato ter muitas amizades.

      Mas foi paixão à primeira vista. Fui tão bem recebida como em todos os outros estágios onde trabalhei. Aprendi, evoluí e passei a respeitar ainda mais o ser humano e a hierarquia que rege as grandes empresa. Colocaram- me para trabalhar com o Formigari e confesso, não gostei muito da ideia e quem diria, foi sem dúvida alguma  uma de minhas melhores chefias.

      Sou feliz por cada etapa de minha vida e agarro as novas que surgem com muita vontade. E assim está acontecendo, mais uma nova etapa onde tenho medo, mas confiança em mim e no que planto todos os dias.

     Agradeço de maneira mais especial ao Milton, que foi a pessoa que acreditou em mim e me deu essa oportunidade de fazer um estágio no sétimo semestre, o semestre da minha tão esperada formatura. E não dá para colocar aqui os nomes de todos que me ajudaram nesse últimos 4 meses e meio, que passaram rápido e me dão a sensação de fazer parte dessa família que é Caixa, porque certamente eu esqueceria de citar alguém.

     Mas citarei as principais da SUMGE e da GEAMG: Márcia (sempre com uma carinha de espanto); Vanuza (e suas dicas de concurso precisas); Gelson (o que insiste que eu fale Inca), Rayanne (o que farei sem sua ajuda e carinho?); Cris (e nossas longas conversas sobre garotos?), Camilo (o sem voz mais especial), Chicken Little (me ajudou bastante logo que cheguei, muito obrigada); Áurea (não li o livro, mas ganhei sua amizade), Formigari (uma gracinha!), Eneida (levei um fora e você em uma frase me colocou para cima!), Pedro Henrique (sentirei falta de seu abraço matutino especialíssimo), Cássio (não se esqueça dos mencheviques!), Aline (não terei ninguém que faça cuscuz para mim), Hiulli (organizou uma parte de meu relatório de estágio). E todas as outras pessoas que eu não citei, mas que eu peço: sintam-se amadas por mim eternamente.

    Muito obrigada pelo carinho e confiança em meu desempenho com ser humano. Que Deus os abençoes em cada momento da vida de vocês. Sempre que precisarem, estarei  à disposição!

   Me lembrarei com carinho! Beijos!

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Consultório sentimental da Bolshaia: Trair, é um instinto?

Voltamos a comentar sobre a morte do MC Kevin, tendo em vista que ainda é um dos assuntos mais comentados do momento e desde sua morte, e várias mudanças no rumo das investigações, estou reflexiva em vários pontos específicos. 

Um dos pontos de minha reflexão é uma frase dita por sua viúva, que mencionou em entrevista que seu marido traía porque era instinto de homem. Aliás, ela afirmou no presente: trair é um instinto do homem. 

E obviamente ela recebeu inúmeras críticas. 

Levando a frase para meu cotidiano, volto ao passado onde eu, por imaturidade e arrogância, traí muitas vezes. E fiz parte de relacionamentos estranhos, com pessoas comprometidas e achava que esse era meu destino. Na minha cabeça, eu merecia apenas homens em relacionamento, me achava incapaz de conquistar um homem que estivesse solteiro. Também era cômodo não ter de fato, um homem para um relacionamento normal. 

Depois, traí algumas vezes por diversão, por castigo, o famoso devolver na mesma moeda. Porque eu também fui traída muitas vezes. 

Até que em 2018, me relacionei com um rapaz que nunca assumia o namoro. Tinha vergonha de mim. E por ele nunca ter me pedido em namoro, nem querer namorar, porque as atitudes dele deixavam isso muito claro, fiquei com uma outra pessoa no meio do caminho. E na minha cabeça, não estava traindo. Até que ele descobriu e eu ouvi aqueles nomes fofos que escutamos quando o ego de um homem é ferido. 

De lá para cá, mudei completamente minha postura. E por mais que seja bobo, ainda que a pessoa não me assuma, até que tudo fique esclarecido, hoje eu não fico com mais de um. Mesmo que digam que o importante é ir curtindo, eu prefiro, ainda que apenas como ficante, ser fiel e não ficar com outro. 

Não tem acontecido, por muitos motivos, de me relacionar com alguém. Ainda mais agora com essa pandemia eterna. 

E a opção de ficar sozinha veio. E a opção de não trair, também. 

E mais madura, acredito que trair não é instinto. É opção. A pessoa trai sabendo que é errado, que magoa, que pode gerar desconforto e em diversos casos, até um suicídio, porque dependerá muito de como a outra pessoa receberá isso. 

Então que na dúvida: converse com a pessoa. E se a outra pessoa optar por um relacionamento aberto, ok. Se não, meu amigo ou minha amiga, a opção é ou permanece com a pessoa na fidelidade ou permanece na solteirice, na diversão. 

Simples. 

terça-feira, 18 de maio de 2021

Consultório sentimental da Bolshaia: Pessoas casadas podem ter amizade com pessoas solteiras?

A pergunta surgiu depois que a viúva do funkeiro MC Kevin, de 23 anos, que morreu domingo, vítima de uma queda do 5º andar de um hotel no Rio, afirmou que sua morte está relacionada às más companhias.

Segunda ela afirma, homens casados não podem ter amigos solteiros por ser mundos diferentes. A investigação da morte aponta que MC Kevin estava transando com uma pessoa que não era sua esposa, bateram na porta, ele assustado teria tentado fugir do flagra indo para outro apartamento pela varanda, o que obviamente foi uma péssima ideia né? 

Daí eu que além de solteira sou Cerimonialista estou pensativa neste tema, tendo inclusive, levantado a questão em meu instagram do Bolshoi Cerimonial. 

Porque eu acredito que seja até saudável que ainda que sejamos casados, tenhamos amigos paralelos, principalmente quando esta amizade é de longa data. Sou da teoria de que o casamento precisa de uma válvula de escape e ela muitas vezes está naquela amizade com quem compartilhamos alguns interesses em comum, que as vezes nem é compartilhado com o cônjuge. 

Não acredito nisso de que gente casada só deva andar com gente casada, porque pelo amor de Deus, tem gente que é chata, e isso não está nem relacionada a ser ou não casada. E sim, tem gente solteira que é super mais divertido de conviver. 

O que eu penso realmente é que independente do estado civil, as amizades precisam estabelecer certos limites e que se a pessoa é casada e faz coisa de solteira, não necessariamente será trair. Estado civil nada tem a ver com caráter. 

Se ele morreu traindo a esposa e no meio dessas pessoas tinham solteiros, o errado foi ele. Não os amigos. Certeza que ninguém colocou uma arma na cabeça dele para ele transar com outra pessoa. A pessoa faz merda porque quer. Fim. 

Então meu conselho é sempre que sim, casais tenham amigos, casados, solteiros, tico tico no fubá, e saibam respeitar quem está com você. Fim de novo. 



segunda-feira, 19 de abril de 2021

Consultório amoroso.

O fato de trabalhar com casamentos não me faz expert nesta área, tanto é que sou divorciada.

Quem acompanha este humilde blog sabe que meu melhor relacionamento foi meu casamento. De lá para cá, coleciono erros, e algumas pessoas me odiando, entre elas, meu último namoro que na minha cabeça, e apenas na minha cabeça, viraria casamento. 

Tive uma conversa super legal com um amigo que me disse em outras palavras, o que meu pai me disse logo que separei: que ficar sozinha não dando certo com ninguém, não é o fim do mundo. Meu pai falou algo diferente, é verdade, mas que é um complemento.

E eis que, obrigada terapia, hoje, consigo ter uma percepção muito mais leve de estar solteira. E é como se eu fosse essa pessoa a vida inteira, e isso é reconfortante. Não perdoei ainda a última pessoa que machucou profundamente meu coração, e talvez não perdoe, mas consigo entender que no fundo era para ele uma diversão, eu que levei à sério demais, como tudo em minha vida. 

Eu acredito demais no amor e não poderia ter escolhido profissão melhor, que é a de ser Cerimonialista, mas entendo meu caminho. Posso mudar de ideia? Sim, a vida é cíclica, mas atualmente, ser efetivamente sozinha tem me feito um bem danado. 

Aí lembrei hoje, que na faculdade eu era muito livre, leve e solta no que diz respeito à questões de coração e corpo. Apesar de ser anoréxica e por isso não estar no auge da minha beleza, e me sentir feia, eu fazia muito sucesso e conversava sobre estes assuntos sem sofrimento. Tanto é que tive muitos casos, rolos e afins e terminei a faculdade muito calma, com o coração zero mágoa. 

E refleti em que ponto deixei me guiar neste caminho de sofrimento por amar demais e não ser correspondida. Refleti porque deixei me tornar uma pessoa tão amarga. Nem quando me divorciei sofri tanto, e olha que eu amava e sei que era amada pelo meu ex. 

E lembrei também que eu era a conselheira amorosa mais divertida que uma pessoa poderia encontrar pela sua caminhada. Eu tinha sempre o melhor a dizer. Eu entendia tanto do amor. Não sei mesmo onde foi parar toda essa confiança. 

A verdade é que eu estou me cuidando muito mentalmente para resgatar pequenas coisas do meu passado que me faziam bem. E uma delas era exatamente isso, não sofrer porque um relacionamento não deu certo. 

Claro que tenho preferido nem começar um, e está tudo bem. Preciso me sentir bem, e se por acaso aparecer, que seja bom. E se terminar, quero seguir, sem essa lamúria eterna sobre o que fiz ou não de errado. 

E por fim, me coloco à disposição, caso alguém tenha alguma dúvida neste sentido. Acredito que trocar experiências nos acalme. 

Um dia, o amor acontece. 


sexta-feira, 16 de abril de 2021

14 anos de blog.

O Bolshaia fez aniversário e eu não lembrei kkkkkkkkk.

Acho que a pandemia fez com que mudássemos muito e uma das coisas que mudei, foi que me tornei mais preguiçosa. Eu já era, mas não assumia. Ou fingia que não era. Levava e estava tudo bem. Mas agora, não consigo mais esconder que este é meu maior defeito. 

Por aqui, 14 anos depois do primeiro texto, muita vida aconteceu. Muitas pessoas vieram e se foram, inclusive um marido. Enquanto escrevia, me formava, evoluía e me tornava quem sou. 

A Karla de quando começou a escrever humildemente aqui, hoje, é expressamente diferente, fisicamente e internamente. Minha alma de hoje é muito mais presa, medrosa e insegura. Talvez, dessa época, mantenho uma certa inquietação e curiosidade. 

Anos depois, me tornei uma mulher de 37 anos, muito embora, em vários momentos me comporte como uma quase mulher de 23 anos. 

Agradeço. Porque várias vezes enquanto escrevia, evitei de odiar, de falar na cara coisas que poderiam magoar, externei sentimentos que poderiam ter me matado. Escrever sempre foi minha terapia, mas nesta pandemia, minha terapia é sobreviver, um dia por vez. 

Desejo vida longa ao meu blog. Mesmo que não seja mais modinha e que pareça coisa de adolescente. Porque entre uma questão e outra da vida cotidiana, sempre estarei disposta a colocar em texto, o que quero, desejo e preciso. 


segunda-feira, 29 de março de 2021

Chegamos aos 37 anos.

Completei ontem, 37 anos. Segunda vez que celebro meu aniversário na pandemia. Não estava preparada e confesso que foi muito doído. Senti falta do aconchego dos meus pais, do abraço dos meus irmãos e da cervejinha gelada com os amigos em algum bar desta cidade que não sabe mais o quê fazer diante de tanto caos.

Agradeço a cada mensagem de carinho que recebi nas redes sociais. Ganhei muito amor e energias positivas para seguir neste ciclo, em paz e saúde. Agradeço à Tania, Adriana, Malu, Larissa, Vaninha, os meninos do Yak Food, Mendonça, Ana, Helena e Kleber, por estarem presencialmente em meu aniversário, cada um em um momento. Ganhei presente, almoço, janta e vários bolos, doces e sorrisos. 

Espero poder no próximo aniversário, me divertir mais, sem o peso na consciência de celebrar a vida enquanto tanta gente morre. 

E para finalizar, abaixo acrescentei a curiosidade número 37 desta pessoa que tem pela frente, se Deus quiser, muita vida para viver.


28) Tenho carteira de motorista mas detesto dirigir. Fiz uma promessa de que só tentaria uma vez e até hoje não sei como Deus me permitiu passar na prova que eu nem lembro de tanto nervoso. 


29) Não vou em show de reggae - eu passo mal com maconha gente, me dá dor de barriga. E só o cheiro já torna isso possível. Eu fujo disso correndo muito.

30) Sou umbandista há 8 anos - agradeço ao meu ex-marido por ter me levado para minha primeira vez em uma Casa lá em Niterói. Eu sabia que seria isso e eu sou muito feliz!

31) Tenho 13 tatuagens e 5 piercings - e a contar! Já tripliquei a meta e devo ficar fora da herança por causa disso.

32) Amo Carnaval!! - desde 2016 e espero que isso siga me "alumiando" 

33) Sou Secretária Executiva há 15 anos - meu maior orgulho da vida!!!

34) Sou Cerimonialista desde 2013 - e pasmem: tenho até uma empresa - Bolshoi Cerimonial - meu filho! 

35) Já dei aulas de inglês, espanhol e russo - adorava. Foi uma experiência única. Vez ou outra ensaio voltar. 

36) Estou escrevendo para um jornal e realizando meu sonho de infância que era ser Jornalista - finalmente gente! Achei que fosse passar por essa vida sem essa realização. Esse sonho sempre existiu. Muito feliz! 

37) Depois de muito fugir, hoje estou recebendo ajuda de uma psicóloga para poder dar uma luz mais concreta aos meus inúmeros problemas de adulta. Se eu soubesse que era tão bom, tinha me desafiado a procurar esse tipo de ajuda antes. Aliás, recomendo!

quarta-feira, 24 de março de 2021

Eu também sou tóxica

 


No dia que eu entendi isso, que eu, além de não ser perfeita, obviamente, sou uma pessoa que posso cometer o erro de ser tóxica, aprendi a me acalmar um pouco mais. 

Porque é isso mesmo, em algum determinado momento, seremos egoístas, ciumentos, grosseiros, preconceituosos, mentirosos... E afetaremos com isso a vida das pessoas com quem convivemos. 

Me relacionei em 2016 com uma pessoa que por algum motivo me deu a liberdade de ser prepotente com ela. O tratei de forma tão absurdamente grosseira, que quando olho para trás sinto até vergonha.

Claro que eu me policio muito, principalmente depois que me divorciei, porque eu acho que no fundo eu fui bem tóxica na vida do meu ex-marido. 

Agora, o mais importante é reconhecer os gatilhos, segurar a onda e se perdoar, porque a forma como tratamos o outro diz muito mais sobre nosso interior do que o quê o outro faz, principalmente de ruim.

É isso, não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você.