Um título away, mas com um foco absurdo na emoção.
Hoje, 06 de janeiro de 2025, comemoramos a vitória da atriz Fernanda Torres, no Golden Globes 2025, com o melhor atriz de dama.
Isso por si só já é algo muito absurdo de pensar. Ou não. Afinal, Fernanda é muito além da comédia e segura qualquer papel que entregarem em suas mão.
E ela tem ainda aquele detalhe básico de ser filha de uma das lendas vivas da cinematografia brasileira, a Fernanda Montenegro. Deus suprema. Deus me livre imaginar o mundo sem ela.
Imaginar um mundo sem arte, sem estas pessoas que tratam a nossa cultura, com cuidado e carinho.
Mas não era exatamente sobre isso que eu ia falar. Eu apenas entrei no mês de janeiro de uma forma nostálgica. E assim, há 20 anos. Há 20 anos, o mês de janeiro me tira o ar. Me humilha. Me arranca aquela casquinha de uma ferida que nunca irá cicatrizar. Achei que ia passar. Não passou.
E aí eu assisti a entrevista da Fernanda, mãe, citando o tremendo orgulho da filha.
E aí eu me emocionei. Porque sinto, há muito mais que 20 anos, que nada do que eu faça, de bom, logicamente, dará algum orgulho. E digo não só por mim, mas por todos aqueles que um dia acharam que eu daria totalmente certo.
Não dei errado.
Mas certo?
Aí é forçar.