quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A difícil arte do silêncio

 


Como todos já sabem, desde janeiro vou à psicóloga tentar recuperar um pouco da dignidade que anda meio perdida, especificamente, desde 2016.

E lembrei que na sexta passada, uma jovem do meu prédio se jogou do 3º andar. Cheguei do trabalho e tinha acontecido há pouco tempo. Minha amiga do salão viu tudo, porque a moça caiu em frente ao estabelecimento que estava com várias clientes no momento.

O que sei da situação é que ela tomou uns remédios para epilepsia, avisou ao irmão que iria se jogar e se jogou. O irmão, que mora perto, saiu em desespero na tentativa de evitar e, infelizmente, não conseguiu. Ela se jogou com tudo e caiu entre dois carros, e apenas um danificou muito. Ela quebrou a telha, alguns ossos e a dignidade. 

Não sabemos como ela está agora. Sei que está ainda internada por conta física, mas o que quero saber é como ela está com relação à cabeça, neste momento. Digo isso porque enquanto ela era socorrida, muitas opiniões foram ditas, tais como: isso é falta de Deus; olha o prejuízo; espero que ele tenha seguro; tão jovem, tanta gente querendo viver...

Tudo isso aí é verdade, mas, a vida mental do outro, é a vida mental do outro e só ele sabe como que funciona tudo lá dentro da cabeça. E hoje eu aprendi, principalmente isso: que você pode ser a pessoa com mais fé na face da Terra, que ainda assim, coisas ruins te assombram, te perseguem e te incentivam a desistir. 

Digo por experiência própria. Quantas vezes, em oração, pedi a Deus que me levasse? Quantas vezes, depois de um dia ótimo e feliz, eu não cheguei em casa com uma vontade imensa de morrer? E isso, só quem sente, lida. O outro, por favor, reze. Ajude se puder, quando puder e se lhe permitirem. Não critiquem, porque pessoas assim, elas já mutilam demais a alma e o físico, querendo não querer que tudo acabe. 

Fico até aliviada quando alguém me diz que não precisa de terapia, que tem um dialogo muito bom com Deus e tudo mais. Olha, isso é realmente um sonho. 

E para finalizar, precisamos parar de dizer que quem se mata não vai para o céu. Porque isso não é o que irá mudar o pensamento firme de desistência. 


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Fim de férias

As férias acabaram sexta passada, véspera de uma big festa de 15 anos, 3 adiamentos depois. 

Foi um retorno especial, no sentido de que meu mimos pelo Dia do Profissional do Secretariado estavam me aguardando. Mas foi cansativo, porque a gente sabe que descansar mesmo no período de férias, eu descansei minimamente.

Em minhas férias eu não dormi até tarde, saí bem menos do que merecia, ainda mais porque em minha cabeça é natural que ainda estejamos em pandemia e segui solteira e encalhada. 

Mas se tem algo que eu fiz de verdade foi trabalhar. A começar pela confirmação ativa dos convidados do aniversário de 15 anos no dia 16/10 e seguimos com todo os stress natural pré-festa, com mãe intensa e cheia de dúvidas. Então que logo que retornei da viagem, me entreguei quase que 100% ao evento e infelizmente, tive várias crises de ansiedade. 

O tão aguardado dia chegou, com 20 horas de trabalho sem parar. Foi uma noite linda, encantadora e no final, me restou vários estresses e reflexões sobre o que é preciso melhorar. 

E ontem, segunda, é que eu considero meu real retorno às atividades do Gabinete e recebemos a triste notícia da morte de uma colega de trabalho por conta do Covid, depois de uma luta que durou 2 meses. Está sendo muito difícil e doído, porque ela era uma dessas mulheres incríveis sem fazer estardalhaço, generosa e coerente em tudo que dizia, pensava e fazia. Um tipo desses raros atualmente. Na tristeza da perda, desejamos que ela encontre a paz e que a família seja reconfortada neste momento tão difícil. 

A volta das férias me trouxe mais trabalho pro Bolshoi Cerimonial, com casamentos em abril, maio, agosto, setembro e outubro. 

Então, vamos que vamos, com saúde, coragem e esperança de dias cada dia melhores. 



sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Minha viagem para Jampa

 



No dia 07 de setembro, enquanto tomava uma cerveja à beira da piscina, em um encontro com umas amigas, por incentivo de uma outra amiga, resolvi que viajaria para João Pessoa. 

Combinei com uma outra amiga que foi morar lá, que disse que me receberia, afinal ou eu pagava a passagem ou a hospedagem, ambos me faliriam em meio dia. 

E fui. 9 meses depois da primeira vez, parti para Jampa, que se tornou minha cidade preferida, embora eu ainda ame o Rio de Janeiro. 

Reencontrei o guia da primeira vez, reforçamos a amizade e fiz com ele o mesmo passeio que fiz da outra vez e pasmem: fiz um grupo de amigos muito legal. Temos até um grupo no whatsapp. 

No meio dessa jornada, ganhei de presente a ida para Porto de Galinhas e Praia dos Carneiros. Caracas, até hoje não acredito! Um, eu não conhecia e o outro, fui para relembrar o casamento que ajudei a realizar, que foi na Praia dos Carneiros, em 2015. 

Foram 5 dias de "descanso", muita cerveja, passeio de barco, restaurante chique à beira da praia, foto com peixinhos, oração na Igreja da Praia dos Carneiros, e sim, teve até um beijo na boca! Amém Brasil! 

Eu adorei a minha viagem. Foi como se fosse a primeira vez, porque da outra, eu aproveitei pouco, primeiro porque eu estava namorando e segundo porque viajei em meio uma crise familiar sem precedentes na história da família tradicional brasileira. 

E lembrando, que em meu retorno, levei aquele pé na bunda e isso é algo que me deixa injuriada, porque eu poderia ter conhecido o homem da minha vida já na primeira vez, mas fiel como sou, nem olhei para os lados.

Desta vez não fui à praia de nudismo. E foi bom, porque eu ganhei a viagem de um casal super tradicional. Se eu tivesse ido, eles poderiam ter ficado muito chocados e decidido sequer falar comigo. 

A melhor parte da viagem, com certeza foi ter feito amizade com esse grupo super top! O casal do Rio, uma mãe e uma filha (sempre esqueço da onde elas são), 2 irmãs de BH e conheci a família do guia, o Robson, e tivemos dias muito divertidos e animados e de troca de experiências e vivências. 

Agradeço a Deus por me permitir viajar, me ajudar a economizar sem perder a animação e por ter me apresentando novas formas de ver o mundo. 

Espero voltar em breve! 



Férias




Depois de um tempo sumida, venho registrar como estão minhas férias. 

Férias que vieram do nada e que estou sendo extremamente econômica, porque se tem algo que desestabiliza o emocional e a conta bancária de pobre, são as férias. 

Fico imaginando quem ganha um salário mínimo e é obrigado a tirar férias, porque é um direito e ponto, por 30 dias. São 30 dias de agonia, porque o dinheiro falta em algum momento. 

Mas, passada a reclamação, confesso que estou até feliz, porque consegui viajar, para João Pessoa, de novo, e estou cuidando de um evento mega importante que acontecerá em outubro.

Enquanto tento descansar, carrego pedra: seja confirmando convidados, seja estudando (farei um concurso), seja lendo para escrever notas para o Jornal e agora preciso fazer algumas aulas do Curso de Libras. E claro, mesmo em férias, trabalhei em um casamento e já tenho um agendado no último sábado antes do retorno ao trabalho, dia 09/10.

Estou sentindo real a falta da rotina de trabalho. Está sendo ainda difícil, embora já esteja faltando pouco para o retorno. Não planejei muita coisa. Estou no ritmo do vida leva eu e seja o que Deus quiser. 

Agora o que eu sei é que só terei férias, se tudo correr bem, em 2023. Neste caso, solicito orações para que eu fique na nova empresa.